Na dor agarramo-nos a Deus. No calvário, é Deus quem se agarra a os, àquela parte boa e sã, àquela parte afetuosa e forte, àquela porção de confiança, melhor, à coisa mais forte - instinto, energia, potência - que existe sobre a terra: a relação mãe-filho. Para, a partir daí, reconstruir um caminho que não se extravie debaixo de todas as infinitas cruzes.
Quando Jesus diz «Eis o teu filho», indica alguém que caminha ao nosso lado na existência.
Quando acrescenta «Eis a tua mãe», indica alguém que, um dia, nos socorrera, nos ajudara a viver: inumeráveis pequenas mães da nossa existência, os muitos samaritanos, quem, quer que ainda agora nos apoie na vida.
Filho e mãe para cada criatura: é este o homem de Deus.
Filho e mãe para cada vida: é este todo aquele que pertence a Cristo.
No fundo, a única heresia é a indiferença.
ERMES RONCHI, As casas de Maria
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