Na véspera da celebração do Sacramento da Confirmação, o Sr. Bispo, D. António, acompanhado pelo Sr. Vigário-Geral, Mons. Joaquim Dias Rebelo, encontrou-se com os 17 jovens adolescentes, suas catequistas, pároco, para um momento de reflexão/aproximação.
Oportunidade para D. António conhecer os Crismandos, e para este se sentirem mais próximos e à vontade com o Pastor da Diocese de Lamego.
Oração inicial, trocas das primeiras palavras, e a primeiro sugestão: leitura da unção de David - 1 Samuel 16. Deus envia Samuel a Jessé de Belém. Jessé tem vários filhos. Samuel manda que lhe apresentem um a um, os filhos, a começar pelo mais velho. Desfilam diante de Samuel os filhos de Jessé, mas nenhum, nem o mais velho, cuja belo aspeto impressiona, nem os outros são os escolhidos. 7 filhos e nenhum é o escolhido de Deus. Deus vai respondendo a Samuel - não te deixes impressionar pelo aspeto. "O homem vê as aparências, mas o SENHOR olha o coração". Samuel vendo que nenhum daqueles fora o escolhido por Deus pergunta a Jessé se tem mais filhos. Jessé lembra-se que ainda tem um garoto, David, a guardar o rebanho. É precisamente aquele, que quase não conta, que Deus escolhe para ungir como Rei,
D. António centrou a sua reflexão nesta passagem da Bíblia, dizendo que Deus não olha à aparência. Se fosse hoje talvez não escolhesse os que têm as suas caras em cartazes mas talvez alguém que ninguém estivesse à espera. Deus olha ao coração.
Sobre a unção, o gesto... que aponta para o coração. Naquele tempo, e no Oriente, a unção é abundante, sobre a pessoa, com a esperança que o óleo penetre até ao coração. Jesus é o Ungido/Cristo/Messias. Os 17 jovens são ser ungidos. São outros Cristo(s). Então, se são Cristo, têm que agir como Ele, com amor, atendendo aos mais frágeis.
Outro dos aspetos sublinhados e relacionando com a Confirmação, a imposição das mãos, invocando o Espírito Santo. Mãos sobre a assembleia, sinal de bênção, como Deus. As mãos estendidas não tem nada, assim Deus, não tem nada, dá tudo. As mãos abertas e viradas para baixo, não sustentam nada. Também as de Jesus Cristo, estendido na Cruz, de mãos abertas, cravadas, tudo é dado.
Quem recebe, tem as mãos estendidas, viradas para cima, abertas, recebem e distribuem. O pecado é quando alguém fecha as mãos, querendo apenas para si, como Eva no paraíso, agarra o fruto e reserva-o para si e para o homem. Usurpa o DOM.
Na parte final, uma pequena estória. Deus criou a pomba. No primeiro dia, pouco depois de pousar no chã, veio um gato, mais forte, e deixou-a de rastos. Então a pomba foi ter com Deus e disse-lhe: como é que pode ser uma coisa destas, a mim deste-me duas patas, fininhas, frágeis e ao gato, mais forte, e com quatro belas patas, assim não pode ser, ele dá cabo de mim. Então Deus colocou-lhe duas asas. A pomba, satisfeita da vida, lá andava toda contente. Vem o gato e de novo a deixa em frangalhos. De novo a pomba vai ter com Deus e protesta: já não bastava duas pequenas patas, franzinas, e ainda que puseste mais peso em cima, assim não me posso quase mexer, o gato dá cabo de mim. Deus respondeu-lhe: estúpida pomba (ingénua), eu não te dei as asas para te pesarem mas para suportarem o teu peso. Nesta belíssima imagem, o convite de D. António aos jovens para se voem, alegres, com Jesus Cristo, ungidos pelo Espírito, no coração, não desistam de voar...
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