O tempo urge. Não temos o direito de ficar simplesmente a acariciar a alma. De ficarmos fechados no nosso mundinho… pequenino. Não temos o direito de nos sentirmos tranquilos e de gostarmos de nós próprios. Como me amo! Não, não temos esse direito! Temos de sair pelo mundo e contar que, há 2000 anos, um homem quis reconstruir o paraíso terrestre e veio para isso mesmo. Para voltar a equilibrar as coisas. Temos de o dizer à «dona Rosa», que encontramos na varanda. Temos de o dizer aos miúdos, àqueles que já perderam a esperança e àqueles para quem tudo é «pálido», tudo é música de tango, tudo é um cambalacho. Temos de o dizer à senhora gorda com a mania de que é fina e que acredita que esticando a pele vai obter a vida eterna. Temos de o anunciar aos jovens que, tal como a senhora da varanda, mostram que querem viver nos mesmos O Verdadeiro Poder É Servir moldes. Não vou aqui dizer a letra do tango, mas, se o fizesse, seria algo como: «faças o que fizeres, é tudo igual.»
Jorge Bergoglio/Papa Francisco, O Verdadeiro poder é servir. Nascente. Amadora 2013
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