Jonas entrou na cidade e caminhou durante um dia, apregoando: «Daqui a
quarenta dias, Nínive será destruída». Os habitantes de Nínive
acreditaram em Deus, proclamaram um jejum e revestiram-se de sacos,
desde o maior ao mais pequeno. Logo que a notícia chegou ao rei de
Nínive, ele ergueu-se do trono e tirou o manto, cobriu-se de saco e
sentou-se sobre a cinza. Depois foi proclamado em Nínive um decreto do
rei e dos seus ministros, que dizia: «Os homens e os animais, os bois e
as ovelhas, não provem alimento, não pastem nem bebam água. Os homens e
os animais revistam-se de sacos e clamem a Deus com vigor; afaste-se
cada um do seu mau caminho e das violências que tenha praticado. Quem
sabe? Talvez Deus reconsidere e desista, acalmando o ardor da sua ira,
de modo que não pereçamos». Quando Deus viu as suas obras e como se
convertiam do seu mau caminho, desistiu do castigo com que os ameaçara e
não o executou (Jonas 3, 1-10).
Um olhar mais atento a esta passagem da Escritura e verifica-se que o autor sagrado sublinha sobretudo a misericórdia e benevolência de Deus, bem como a universalidade da salvação. Jonas é enviado a uma cidade estrangeira, onde as relações entre pessoas é pecaminosa, destrutiva, egoística, o que levará á destruição da cidade. Jonas é incumbido por Deus para alertar toda a cidade. As pessoas, a começar pelo rei invertem o seu comportamento, arrependem-se e mudam o seu estilo de vida, o que permitirá preservar a cidade.
Deus olha para o pecado mas sobretudo para a capacidade e vontade de mudança. Claramente jogam duas visões de Deus: um Deus castigador, pronto a irritar-se e que agrada a Jonas, até porque aquele povo é inimigo, e um Deus misericordioso e compassivo, que quer a salvação de todos.
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