O que dá o seu verdadeiro rosto á realidade paroquial é o tipo de população, os fatores humanos, a herança do passado, as mudanças que se operaram. A relação com o solo (chão) vai unida à relação com as pessoas que tem nele as suas raízes. Há um fundamento da comunidade humana: a convivência. O ser humano é espírito encarnado; por isso enxerta a sua vida nas coordenadas espácio-temporais. Entra-se numa paróquia que existe antes de casa um, que acolhe o que chega, que vincula os que estavam antes, os mais velhos, também os defuntos. Essa base espacial que dizer que a territorialidade da paróquia não é simplesmente um facto geográfico convencional, um meio que se adota para promover as relações de vizinhança, mas que a Igreja está ao serviço das pessoas tal e como vivem num lugar. A missão da paróquia consistirá em assumir o que vive uma população para apresenta-lo diante de Deus e anunciar a todos o Evangelho do Reino.
Compreende-se assim que a paróquia seja uma instituição internamente heterogénea e mais «lenta», porque leva sobre si a carga dos cristãos não praticantes, dos aleijados, dos que se não crentes mas que não rompem definitivamente a sua vinculação eclesial…
in JOAQUIN PEREIA. Otra iglesia es posible. p. 281
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