"... outro aspecto que caracteriza as testemunhas do Ressuscitado: a alegria e a paz. «Os discípulos encheram-se de alegria por verem o Senhor» (Jo 20,20; Lc 24, 41). A paz é o dom dado pelo Ressuscitado: «A paz esteja convosco!» (Lc 24, 36; Jo 20, 19.21). Mesmo nos momentos difíceis, aparecem «cheios de alegria, por terem sido considerados dignos de sofrer vexames por causa do Nome de Jesus» (Act 5, 41). É a alegria dos homens e mulheres novos, que conhecem a plenitude final e sabem viver dela. Na Igreja actual há demasiada tristeza. Não se cuida da alegria pascal. Dá a impressão de que a fé consiste em aceitar como verdadeiras e reais coisas que não se podem experimentar vitalmente e com alegria. Para muitos, a alegria é algo de secundário e até supérfulo, da qual não é preciso ocupar-se. E, no entanto, sem alegria não é possível amar, lutar, criar ou viver algo de grandioso. Sem alegria é impossível a celebração cristã. A partir da ressurreição, a alegria é, de alguma maneira, «o rosto de Deus no homem»".
José António PAGOLA, La llamada de Cristo Resucitado a su Iglesia. Idatz. Donostia 2005.
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