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quinta-feira, 15 de abril de 2021

Manuel Martínez-Sellés - e DEUS fez-Se... célula

MANUEL MARTÍNEZ-SELLÉS (2016). E Deus fez-Se... célula. Apelação: Paulus Editora. 112 páginas.
Um livro do bolso, mas com muito conteúdo para refletir. Um médico que recorre à fé, à vivência, cristã, à Bíblia e aos magistério da Igreja, mas também à biologia e à sua condição de médico e investigador, na defesa da vida humana desde a fecundação à morte natural, abordando temáticas como aborto ou inseminação artificial, cultura da morte e eutanásia.
"Um olhar sobre a Encarnação e a origem da vida à luz da ciência e da fé. Relacionando ciência e fé, estudos científicos e ensinamentos da Igreja, Manuel Martínez-Sellés introduz questões polémicas e concretas que se colocam aos jovens, aos casais e a todos os cristãos como contraceção, técnicas de fertilização ou aborto. O autor explica conceitos e técnicas da ciência de forma muito simples e em capítulos curtos.
Sabia que o coração das mães se regenera com células dos bebés? Que, por isso, países engravidaram atletas para ter melhores resultados e, depois das competições, lhes faziam abortos? Ou que há cientistas que defendem que deva ser possível matar bebés até aos dois anos nas mesmas circunstâncias em que poderiam ter sido abortados durante a gravidez? A obra analisa também as implicações da Encarnação e do conhecimento científico atual na vida concreta familiar: Devem os casais cristãos usar técnicas de fertilização in vitro? E os métodos contracetivos?".
Quando dizemos que Deus encarnou, pensamos imediatamente numa criança ou mesmo no adulto Jesus. Mas o processo é igual a qualquer ser humano, uma célula com 23 cromossomas masculinos e 23 cromossomas femininos. Uma célula que se desenvolve, como embrião, feto, criança, adulto, ancião. Um processo contínuo, a não ser que seja destruído em alguma das suas fases de crescimento. A maior grandeza manifesta-se no mais simples, frágil, pequenino. Deus faz-Se célula.

O autor:
MANUEL MARTÍNEZ-SELLÉS D'OLIVEIRA SOARES
é casado e tem sete filhos. É Doutor em Medicina e Cirurgia, Mestre em Desenho e Estatística em Ciências da Saúde e Especialista Universitário em Pastoral Familiar.
É chefe do Serviço de Cardiologia, professor titular de Universidade, presidente da Secção de Cardiologia Geriátrica da Sociedade Espanhola de Cardiologia e vice-presidente do Comité de Ética do Hospital Universitário Gregorio Marañón. Tem mais de 100 artigos publicados em revistas e editou três livros internacionais.
Recebeu os seguintes prémios na área de cardiologia e bioética: Prémio In Memoriam Asin Enrique Calderon da Real Academia de Medicina e Cirurgia de Cádis; Prémio García-Conde da Real Academia de Medicina de Valença; Menção Honrosa Dr. Fernando Jiménez Herrero da Real Academia de Medicina da Galiza; Prémio Hipócrates do Colégio de Médicos de Madrid; Menção Honrosa Prémio Bial; Prémio Esteve "Unidos pela atenção ao Paciente" outorgado pela Organização Médica Colegial; Prémio Pfizer em Saúde da Mulher, Categoria Sanitária; ISCP Young Investigator Award da Sociedade Europeia de Cardiologia; Prémio Doctor Cardeñosa da Real Academia de Medicina; Prémio de Investigação Mapfre para Jovens Investigadores outorgado pela Sociedade Espanhola de Cardiologia.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

LEITURAS - Lucien Israël . CONTRA A EUTANÁSIA

LUCIEN ISRAËL (2016). Contra a Eutanásia. Lisboa: Multinova. 136 páginas.
       A temática da Eutanásia, a suposta defesa da dignidade humana, através da morte induzida a quem nos parece estar a sofrer, por decisão do próprio ou da família, ou por opção médica... volta a estar na moda para alguns partidos políticos... Depois da introdução de temas fraturantes, na sociedade portuguesa, voltam-se agora para a Eutanásia, colocando-a em paralelo com o aborto ou a defesa dos animais... infelizmente vai chegar o tempo e já chegou, que é crime matar ou maltratar um animal, mas é legal e justo maltratar e matar um ser humano.
       Vejamos algumas razões por que Lucien Israël é contra a eutanásia e a favor da vida e da dignidade da pessoa:
  • Os defensores da despenalização/liberalização da eutanásia são pessoas saudáveis 
  • Quando ficam doentes, os defensores da eutanásia, deixam de a pedir para si próprios 
  • Os idosos holandeses têm emigrado para a França ou outros países onde a eutanásia não é legalmente aceite 
  • Os familiares, por motivos diversos, por cansaço, porque a pessoa doente ou idosa se tornou um fardo, porque não querem deparar-se com o sofrimento e com a morte, desejam a eutanásia, isto é, a morte para os seus familiares... porque adiar por 6 meses se já não vai sobreviver... 
  • Seis meses, diz o autor, pode significar, novas terapêuticas, e ganhar 4 ou 5 anos, ao fim dos quais podem ter surgido novos fármacos capazes de dar mais qualidade e mais tempo à vida 
  • Como médico oncologista, o autor só se deparou com um caso de pedido expresso do próprio doente... 
  • A longevidade da vida... 4 gerações que podem ser 5 que convivem... fardo para a Segurança Social e para os sistemas de providência e seguro, que tornam oneroso a sobrevivência dos mais idosos ou das pessoas doentes... 
  • Com o avanço da medicina, é possível aliviar os sofrimento de maneira aceitável, ainda que se aumentem as doses e em consequência se possa diminuir o tempo de vida... 
  • Com o avanço da medicina, mais camas são ocupadas... é preciso disponibilizar camas para os que vão chegando... 
  • A aposta na eutanásia vai significar a não-aposta na medicina, na investigação, nos cuidados paliativos. A eutanásia pode ter mais motivos económico-financeiros que compaixão pela pessoa em sofrimento. 
  • O pedido da eutanásia muitas vezes é uma cedência aos familiares, para não se ser um fardo, um estorvo... deixam-se convencer... um exemplo de uma mulher com uma doença terminal... os filhos, vendo que não haveria cura, convenceram a mãe que era melhor acabar com a vida, para ela e, sobretudo para os filhos, ela aceitou, já que os filhos achavam que era o melhor... 
  • Muitos dos defensores da eutanásia colocam-se como defensores da liberdade e todos os que não estão de acordo são retrógradas, conservadores, ditatoriais... 
  • Os médicos estão no lado da vida, da defesa da vida, procurando com a sua arte ajudar as pessoas, curando-as, aliviando-lhes o sofrimento, dando sentido às suas vidas... os médicos não podem tornar-se carrascos... quem irá confiar num médico, em quem confia e coloca a vida, sabendo que em algum momento esse médico optará pela morte?! 
  • A solidariedade intergeracional começa a estar em causa. A eutanásia significa que as gerações anteriores estão em risco, porque as mais novas não se comprometem com a sua sobrevivência... porquê gastar dinheiro em centros de cuidados paliativos quando se pode acabar com o sofrimento dos outros, herdar mais cedo o que lhe pertencerá posteriormente e aliviando o peso da Segurança Social?
       Lucien Isräel, um não-crente e homem da ciência. Este francês foi médico e professor universitário de Pneumologia e Oncologia. Deu aulas em França, Estados Unidos da América, Canadá e Japão. Fez parte também de várias organizações da área da oncologia e da investigação, chegando mesmo a fundar o Laboratório de Oncologia Celular e Molecular Humana, em Paris. Foi membro da Academia de Ciências de Nova Iorque.
       É um livro-entrevista, publicado em França em 2002, mas com uma atualidade surpreendente.

domingo, 16 de agosto de 2015

Pensamentos de Madre Teresa de Calcutá

"Para mim evangelizar significa ter Jesus no coração e levá-lo aos corações dos outros»

Fórmulas mágicas:
"- Nunca estejais tristes. Sorri, pelo menos, cinco vezes por dia. Basta um sorriso, um bom-dia, um gesto de amizade.
- Fazei pequenas coisas com grande amor. Contando pelos cinco dedos da mão, pronunciai as palavras de Jesus: Foi a mim que fizeste.
- Fazei pequenas coisas que ninguém, teve tempo de fazer.
- Muitos de vós, antes de partir, vão pedir-me autógrafos. Seria melhor que vos aproximasses de um pobre e, através dele, pudésseis encontrar o autógrafo de Cristo"

«Reza como se tudo dependesse de Deus e age como se tudo dependesse de ti»

"A Igreja somos nós. Não devemos julgar os outros, mas a nós mesmos. Nós seremos julgados por aquilo que tivermos feito a Jesus sofredor e abandonado"

"Temos o Corpo de Cristo. Ele dá-nos força. Jesus vem a nós em forma de pão mostrar-nos o seu amor, e tão faminto que possamos dar-lhe de comer"

"O meu segredo é a oração que se transforma em ação. O que fazemos é amor de Deus em ação"
«A oração é uma linha direta de comunicação com deus».
«No Pai-nosso há tudo. Deus, próximo, eu própria. Se perdoar aos outros posso orar. Não há complicações e, todavia, nós complicamos tanto a vida com tantas coisas supérfluas»

«Caros jovens, o maior mal de hoje é a falta de amor e de caridade, a terrível indiferença com os irmãos e as irmãs, filhos de Deus nosso Pai, que vivem marginalizados, presas da exploração, da corrupção, da pobreza e da doença... A vida é um dom maravilhoso de Deus e todos foram criados para amar e ser amados. Não é um dever ajudar os pobres material e espiritualmente: é um privilégio, porque Jesus, Deus feito Homem, assegurou-nos que "tudo o que fizerdes ao último dos meus irmãs a Mim o fareis"... só no Céu é que veremos quanto somos devedores aos pobres, por nos terem ajudado a amar melhor o Senhor».

«Vós no Ocidente tendes que fazer com que aqueles que são espiritualmente os mais pobres dos pobres, mais do que com pessoas pobres no sentido material. É muito mais simples dar um prato de arroz a um esfomeado, encontrar um leito para quem o não tem... mas consolar ou eliminar um certo tipo de amargura, remover aquela raiva, aquela solidão, requer um empenhamento muito maior».
«No Ocidente, não se morre de fome, mas vós tendes outro tipo de pobreza, muito pior. É a pobreza de quem não ora, de quem não se preocupa com os outros, de quem não sabe sofrer e de quem se desespera. Esta pobreza do coração é mais difícil socorrer»

«O fruto do silêncio é a oração.
O fruto da oração é a fé.
O fruto da fé e o amor.
O fruto do amor é o serviço.
O fruto do serviço é a PAZ»

"A verdadeira santidade consiste em fazer a vontade de Deus com um sorriso"
"A alegria é oração, a alegria é força, a alegria é uma rede de amor. Quem dá com alegria dá muito mais. O melhor modo de mostrar gratidão a Deus e aos homens é aceitar tudo com alegria".
"A alegria é oração. A alegria é força. A alegria é amor. A alegria é uma rede de amor para conquistar as almas. Deus ama quem dá com alegria"
"Nada deve provocar-te tanta dor que te faça esquecer a alegria de Cristo ressuscitado".
"Quem dá com alegria é grande. A alegria é a marca de uma pessoa generosa, humilde que se esquece de tudo, até de si mesma, e procura agradar a Deus em tudo o que faz. Frequentemente, a alegria esconde uma vida de sacrifício, uma contínua união com Deus".
"Fazei com que todo aquele que for ter convosco saia da vossa beira sentindo-se melhor. Todos devem ver a bondade no vosso rosto, nos vossos olhos, no vosso sorriso. a Alegria transparece pelos olhos, manifesta-se quando falamos e caminhamos. Não pode. permanecer encerrada dentro de nós. A alegria é contagiosa».

«É fácil sorrir às pessoas que estão fora da nossa casa. É fácil cuidar das pessoas que não se conhecem bem. É difícil ser sempre solícito e delicado e sorridente e cheio de amo em casa, com os familiares, dia após dia, especialmente quando estamos cansados e irritados. Todos nós temos momentos como estes e é precisamente então que Cristo vem ter connosco vestido de sofrimento».
«O amor começa na própria casa e continua na própria casa, onde nunca faltam ocasiões de o demonstrar. A casa é o primeiro lugar onde é necessário praticar o amor e o espírito de serviço. Não há necessidade de ir a Jericó, o nosso trabalho mais importante deve desenvolver-se em Jerusalém [onde estava a falar], onde está o templo do verdadeiro Deus. Conheceis realmente os vossos familiares, os vossos vizinhos, as pessoas que frequentais? Preocupais-vos com a sua felicidade? Procurai, antes de tudo,  fazer isto e, depois, podereis pensar também nos pobres da Índia ou de outros países»
«As almas de oração são almas de grande silêncio. Nãos e pode encontrar Deus no barulho e na agitação. Deus é amigo do silêncio. Observai a natureza: as árvores, as flores, a erva crescem no silêncio; as estrelas, o Sol, a Lua movem-se no silêncio. Quanto mais recebemos na oração silenciosa mais podemos dar na vida ativa. Temos necessidade de silêncio para poder tocar as almas. Todas as nossas palavras serão inúteis se não vierem do nosso coração. As palavras que não têm a luz de Cristo aumentarão a escuridão. O silêncio dá-nos um modo novo de olhar as coisas»

«Deus criou-nos para amar e para ser amados. É este o início da oração: saber que Ele me ama, saber que fui criada para coisas maiores».

«Jesus teria morrido por uma única pessoa»
«Muitos falam dos pobres, mas poucos falam com os pobres»
«Os pobres não precisam da nossa comiseração. Os pobres precisam da nossa ajuda. O que eles nos dão é muito mais do que o que nós lhes damos».

"Demo-nos conta que o que fazemos é apenas uma gota no oceano. Mas sem essa gota, faltaria alguma coisa no oceano. Não devemos pensar na quantidade, nos números. Sejamos capazes de amar uma só pessoa de cada vez, de servir uma pessoa de cada vez».

"Para mim, cada um é Cristo e, assim, como existe um só Jesus, aquele que encontro é, naquele momento, o único no mundo".

«Nunca pensei mudar o mundo. Só procurei ser uma gota de água limpa em que o amor de Deus pudesse brilhar. Esforce-se também por ser uma gota de água limpa e já seremos dois. É casado?... Então diga à sua esposa e, assim, já seremos três! Tem filhos? (três filhos)... Diga-lhes também a eles e já seremos seis!»

«Eu sou um lápis nas mãos de Deus. Ele usa-me para escrever o que quer. O lápis não tem nada a ver com tudo isto. O lápis só deve ser usado»

«O amor é um fruto de todas as estações e ao alcance de todos».
"Todos têm o direito de vir ao mundo, desejado ou não. As crianças são o mais belo dom de Deus. O aborto é um crime realizado no ventre da mãe. Ninguém pode decidir sobre a vida alheia. O primeiro direito é nascer. Todos os outros vêm depois".
«Nós combatemos o aborto com a adoção. salvamos milhares de vidas. fazemos circular este aviso nos hospitais e nas clínicas e nas esquadras de polícia: "por favor, não mateis a criança antes de nascer; confiai-no-la". Assim, cada hora do dia e da noite, há sempre alguma (sabei, entre nós há muitas mais solteiras) a quem dizer: "Vem, tomaremos conta de ti, ficaremos com a criança que nascer de ti e dar-te-emos uma família". É uma bênção do Senhor para nós».

«Sente muitas vezes durante o dia a necessidade da oração e preocupa-te em orar. A oração alarga o coração até quando ele é capaz de conter o dom que Deus faz de Si mesmo. Pede e procura e o teu coração será suficientemente grande para recebê-lo e para conservá-lo absolutamente teu».
"Jesus é a palavra que temos de falar
Jesus é a verdade que temos de gritar.
Jesus é o caminho que temos de percorrer.
Jesus é a luz que temos de acender.
Jesus é a vida que temos de viver.
Jesus é o amor que temos de amar.
Jesus é a alegria que temos de partilhar.
Jesus é o sacrifício que temos de oferecer.
Jesus é é a paz que temos de levar.
Jesus é o faminto a quem temos de matar a fome.
Jesus é o sedento a quem temos de matar a sede.
Jesus é o nu que temos de vestir.
Jesus é o sem-teto que temos de abrigar.
Jesus é o doente que temos de tratar.
Jesus é o abandonado que temos de amar.
Jesus é o o não querido que temos de querer...»


Recolha a partir:
FRANCA ZAMBONINI (2005). Madre Teresa. A mística dos últimos.
Prior Velho: Paulinas Editora.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Chiara Corbella Petrillo: nascemos e jamais morremos

Simone Triosi e Cristiana Paccini (2014). NASCEMOS E JAMAIS MORREREMOS. Vida de Chiara Corbella Petrillo. Braga: Editorial A.O., 168 páginas.
       Chiara viveu. Casou. Foi mãe de uma filha que morreu 30 minutos depois de ter nascido, foi mãe de um menino que morreu 37 minutos depois de ter nascido. Viu-os nascer para o Céu. Foi mãe do Francesco (Francisco), atrasando a intervenção médica, num carcinoma que se manifestou numa afta, na língua, mas optou por criar todas as condições para que o filho pudesse viver sem correr grandes riscos.
       Viveu com alegria cada momento. O namoro com Enrico Petrillo foi como qualquer namoro, com avanços e recuos, e discussões e separações. Como confessam mais tarde, Deus preparava-os para algo maior.
       Depois de experiências intensas de fé, de oração, de encontro, de reflexão, entregam-se nas mãos de Deus e contraem matrimónio. Em 2008. Em 2009, pouco mais de um ano depois, nasce a primeira filha. Os diagnósticos cedo revelam que Maria Grazia Letizia não tem cérebro. Alguns médicos aconselham o aborto dizendo que logo morrerá ao nascer. Chiara e o marido decidem que ela há de viver, mesmo que sejam alguns minutos. Nasce, é batizada, e, como sublinham, vai para junto de Deus. A anencefalia é um caso muito raro.
       Passado o tempo necessário, para o corpo de Chiara recuperar da gravidez, decidem que não divudam de Deus e que estão disponíveis para gerar uma nova filha. Depois do primeiro caso de anencefalia os riscos são maiores. Fazem todos os exames que lhes sugerem. Nova gravidez, de Davide Giovanni. As primeiras ecografias correm bem. Na terceira, o diagnóstico revela que lhe falta uma perna e na outra tem apenas um pequeno toco. "Para onde nos estás a levar?" Enrico queria ter filhos biológicos mas também ser responsável por uma casa de acolhimento de crianças com deficiência. Desta vez os médicos já nem colocam a pergunta sobre a possibilidade de aborto. O casal preparar-se para acolher o Davide.
       Quarta ecografia, ao Davide faltam também os rins e, por isso, também os pulmões não se poderão desenvolver o suficiente para respirar. Malformações múltiplas na pélvis (bexiga e rins), mostram por antecipação que também este menino viverá apenas alguns minutos. Chiara e Enrico celebram a vida do segundo filho, batizando-o logo depois de nascer para logo nascer para o céu.
       Uma situação não tem a ver com a outra. A situação do segundo filho nem tem nome tal é a raridade com que sucede.
       Recebem alguns conselhos "desinteressados" para não arriscarem nova gravidez. Mas de novo confiam em Deus. E passado pouco tempo, Chiara encontra-se grávida do terceiro filho. Pouco tempo antes da gravidez descobre uma afta na língua a que não liga, mas como vai piorando começa a consultar o dentista, o dermatologista, o otorrinolaringologista. O Francesco continua a crescer dentro da sua mãe.
       As biopsias revelam que é um carcinoma. A primeira intervenção com anestesia local, para não criar dificuldades ao menino, corre bem. Mas quanto antes deverá fazer nova intervenção, quimioterapia ou radioterapia. Os sintomas revelam que tem de ser intervencionada o quanto antes, o que implica um parto prematuro com inerentes perigos para o Davide. mas também aqui a opção é dar todas as garantias, humanamente possíveis, para que o filho possa nascer sem correr mais que os riscos normais.
       Para Chiara no entanto já era muito tarde. O "dragão" espalha-se muito rapidamente. Percebem que os tratamentos já adiantam, pelo que importa viver o tempo que resta com alegria, com intensidade, com fé. Chiara e Enrico dão uma testemunho de tal forma confiante que juntam cada vez mais pessoas para rezarem com eles e partilharem a sua vida de fé esclarecida e de confiança em Deus.
        Chiara morre a 13 de junho de 2012, com 28 anos de idade, com um testemunho de luz e de fé, de vida e de intensidade, de entrega a Deus, de testemunho. Deu tudo o que tinha por amor, a Deus, ao marido, aos filhos.
       Este livro é uma leitura impressionante, comovente, também um tributo do casal amigo que o escreveu. As vidas são todas diferentes, mas o amor de Deus é imenso para cada um de nós. Chega um tempo que a única esperança é CONFIAR em Deus e em tudo aquilo que Ele tem para nos dar. Até ao fim não deixa de rezar (sobretudo pelos outros), de agradecer, de cantar, de tocar violino...

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Papa Francisco em entrevista - capacidade de curar feridas

       «O Papa Bento teve um acto de santidade, de grandeza, de humildade. É um homem de Deus»...
       «Vejo com clareza — continua — que aquilo de que a Igreja mais precisa hoje é a capacidade de curar as feridas e de aquecer o coração dos fiéis, a proximidade. Vejo a Igreja como um hospital de campanha depois de uma batalha. É inútil perguntar a um ferido grave se tem o colesterol ou o açúcar altos. Devem curar-se as suas feridas. Depois podemos falar de tudo o resto. Curar as feridas, curar as feridas... E é necessário começar de baixo».
       A Igreja por vezes encerrou-se em pequenas coisas, em pequenos preceitos. O mais importante, no entanto, é o primeiro anúncio: “Jesus Cristo salvou-te”. E os ministros da Igreja devem ser, acima de tudo, ministros de misericórdia. O confessor, por exemplo, corre sempre o risco de ser ou demasiado rigorista ou demasiado laxista. Nenhum dos dois é misericordioso, porque nenhum dos dois toma verdadeiramente a seu cargo a pessoa. O rigorista lava as mãos porque remete-o para o mandamento. O laxista lava as mãos dizendo simplesmente “isto não é pecado” ou coisas semelhantes. As pessoas têm de ser acompanhadas, as feridas têm de ser curadas».
       «Como estamos a tratar o povo de Deus? Sonho com uma Igreja Mãe e Pastora. Os ministros da Igreja devem ser misericordiosos, tomar a seu cargo as pessoas, acompanhando-as como o bom samaritano que lava, limpa, levanta o seu próximo. Isto é Evangelho puro. Deus é maior que o pecado. As reformas organizativas e estruturais são secundárias, isto é, vêm depois. A primeira reforma deve ser a da atitude. Os ministros do Evangelho devem ser capazes de aquecer o coração das pessoas, de caminhar na noite com elas, de saber dialogar e mesmo de descer às suas noites, na sua escuridão, sem perder-se. O povo de Deus quer pastores e não funcionários ou clérigos de Estado. Os bispos, em particular, devem ser capazes de suportar com paciência os passos de Deus no seu povo, de tal modo que ninguém fique para trás, mas também para acompanhar o rebanho que tem o faro para encontrar novos caminhos».
        «Em vez de ser apenas uma Igreja que acolhe e recebe, tendo as portas abertas, procuramos mesmo ser uma Igreja que encontra novos caminhos, que é capaz de sair de si mesma e ir ao encontro de quem não a frequenta, de quem a abandonou ou lhe é indiferente. Quem a abandonou fê-lo, por vezes, por razões que, se forem bem compreendidas e avaliadas, podem levar a um regresso. Mas é necessário audácia, coragem».
       «Devemos anunciar o Evangelho em todos os caminhos, pregando a boa nova do Reino e curando, também com a nossa pregação, todo o tipo de doença e de ferida. Em Buenos Aires recebia cartas de pessoas homossexuais, que são “feridos sociais”, porque me dizem que sentem como a Igreja sempre os condenou. Mas a Igreja não quer fazer isto. Durante o voo de regresso do Rio de Janeiro disse que se uma pessoa homossexual é de boa vontade e está à procura de Deus, eu não sou ninguém para julgá-la. Dizendo isso, eu disse aquilo que diz o Catecismo. A religião tem o direito de exprimir a própria opinião para serviço das pessoas, mas Deus, na criação, tornou-nos livres: a ingerência espiritual na vida pessoal não é possível. Uma vez uma pessoa, de modo provocatório, perguntou-me se aprovava a homossexualidade. Eu, então, respondi-lhe com uma outra pergunta: “Diz-me: Deus, quando olha para uma pessoa homossexual, aprova a sua existência com afecto ou rejeita-a, condenando-a?” É necessário sempre considerar a pessoa. Aqui entramos no mistério do homem. Na vida, Deus acompanha as pessoas e nós devemos acompanhá-las a partir da sua condição. É preciso acompanhar com misericórdia. Quando isto acontece, o Espírito Santo inspira o sacerdote a dizer a coisa mais apropriada».
       «Esta é também a grandeza da confissão: o facto de avaliar caso a caso e de poder discernir qual é a melhor coisa a fazer por uma pessoa que procura Deus e a sua graça. O confessionário não é uma sala de tortura, mas lugar de misericórdia, no qual o Senhor nos estimula a fazer o melhor que pudermos. Penso também na situação de uma mulher que carregou consigo um matrimónio fracassado, no qual chegou a abortar. Depois esta mulher voltou a casar e agora está serena, com cinco filhos. O aborto pesa-lhe muito e está sinceramente arrependida. Gostaria de avançar na vida cristã. O que faz o confessor?»
       «Não podemos insistir somente sobre questões ligadas ao aborto, ao casamento homossexual e uso dos métodos contraceptivos. Isto não é possível. Eu não falei muito destas coisas e censuraram-me por isso. Mas quando se fala disto, é necessário falar num contexto. De resto, o parecer da Igreja é conhecido e eu sou filho da Igreja, mas não é necessário falar disso continuamente».
       «Os ensinamentos, tanto dogmáticos como morais, não são todos equivalentes. Uma pastoral missionária não está obcecada pela transmissão desarticulada de uma multiplicidade de doutrinas a impor insistentemente. O anúncio de carácter missionário concentra-se no essencial, no necessário, que é também aquilo que mais apaixona e atrai, aquilo que faz arder o coração, como aos discípulos de Emaús. Devemos, pois, encontrar um novo equilíbrio; de outro modo, mesmo o edifício moral da Igreja corre o risco de cair como um castelo de cartas, de perder a frescura e o perfume do Evangelho. A proposta evangélica deve ser mais simples, profunda, irradiante. É desta proposta que vêm depois as consequências morais».
       «Digo isto também pensando na pregação e nos conteúdos da nossa pregação. Uma bela homilia, uma verdadeira homilia, deve começar com o primeiro anúncio, com o anúncio da salvação. Não há nada de mais sólido, profundo e seguro do que este anúncio. Depois deve fazer-se uma catequese. Assim, pode tirar-se também uma consequência moral. Mas o anúncio do amor salvífico de Deus precede a obrigação moral e religiosa. Hoje, por vezes, parece que prevalece a ordem inversa. A homilia é a pedra de comparação para calibrar a proximidade e a capacidade de encontro de um pastor com o seu povo, porque quem prega deve reconhecer o coração da sua comunidade para procurar onde está vivo e ardente o desejo de Deus. A mensagem evangélica não pode limitar-se, portanto, apenas a alguns dos seus aspectos, que, mesmo importantes, sozinhos não manifestam o coração do ensinamento de Jesus.»
in BROTÉRIA.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Tu acreditas na vida após o nascimento?

No ventre de uma mulher grávida estavam dois bebés.
O primeiro pergunta ao outro:
       Tu acreditas na vida após o nascimento?
       Certamente que sim. Algo tem de haver depois de nascermos! Talvez estejamos aqui, principalmente, porque precisamos de nos preparar para o que seremos mais tarde.

       Tolice, não há vida após o nascimento. E se houvesse como seria ela? ...
       Eu cá não sei, mas certamente haverá mais luz lá do que aqui... Talvez caminhemos com os nossos próprios pés e comamos com a boca.

       Isso é absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca é totalmente ridículo! O cordão umbilical alimenta-nos. Estou convencido de que a vida após o nascimento não existe, pois o cordão umbilical é muito curto!
       Olha, eu penso de outro modo. Penso que há algo depois do nascimento, talvez um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui...

       Mas nunca ninguém voltou de lá, para nos falar sobre isso!? O parto é o fim da vida. E a vida, afinal, nada mais é do que a angústia prolongada na escuridão.
       Bem, eu não sei exactamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamã e ela cuidará de nós.
       Mamã? Tu acreditas na mamã? E onde está ela?
       Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela é que nós vivemos. Sem ela nada disto existiria!

       Eu não acredito. Nunca vi nenhuma mamã, pelo que não existe mamã nenhuma!
       Eu acredito. E sabes porquê? Porque às vezes, quando estamos em silêncio, ouço-a cantar e sinto como ela afaga o nosso mundo. E também penso que a nossa vida só será "real"depois de termos nascido. Nesse momento tomará nova dimensão. Aqui, onde estamos agora, apenas estamos a preparar-nos para essa outra vida...

Recebida da Plataforma Pró vida

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Electricista recusa trabalho em clínica de aborto

Foto de Tim com a sua família

       O jornal The Catholic Spirit da Arquidiocese de Minneapolis, nos Estados Unidos, destacou o testemunho de um eletricista católico que, apesar de estar desempregado desde julho de 2009, rejeitou uma suculenta oferta de trabalho na construção de uma clínica abortista da rede Planned Parenthood.
       Em meados de fevereiro de 2011, Tim Roach, que tem dois filhos pequenos, recebeu uma ligação do sindicato local sobre uma oferta de trabalho. "Não podia chegar em um momento melhor. Os benefícios por desemprego de Tim estão por acabar. Não podia acreditar que estavam oferecendo um trabalho por um prazo de onze meses com um salário anual de 65 000 a 70 000 dólares", contou o electricista ao periódico.
       Tim pensou que o emprego era perfeito mas logo recebeu a má notícia. Tratava-se de uma posição na construção da nova clínica da Planned Parenthood na avenida University da cidade de St. Paul. "Ele (o representante do sindicato) não estava realmente seguro de que iam praticar abortos ali. O rapaz evitou o ponto, acredito, para buscar me atrair e que eu dissesse sim. Mas, me disse a mim mesmo: 'Espere um minuto. É uma da Planned Parenthood'", a maior rede de clínicas abortistas do mundo.
       O eletricista continua desempregado e sem perspectivas imediatas de emprego. Felizmente, sua esposa Nicole, de 37 anos, tem um trabalho a tempo completo em uma escola primária. Embora Tim tenha rejeitado a oferta com prontidão - a conversação telefónica durou apenas um minuto - Nicole tomou mais tempo para acatar sua decisão, sobretudo porque ela dirige o orçamento familiar e se ocupou da tensão financeira do desemprego prolongado de Tim.
       "O primeiro que queria fazer era justificar (aceitar o trabalho)", mas logo percebeu que não era "só uma clínica".
       "Em todo este processo, nossa fé se aprofundou. Sentimo-nos como se isto fosse uma prova para nossa fé. Escolhemos manter nossa fé", afirma Nicole e assegura estar impressionada pela reacção do seu marido. "Ele tem essa formação moral que o faz reconhecer imediatamente que isto não é o correcto", afirma.
       A história de Tim chegou por correio electrónico ao Padre Erik Lundgren, vice-pároco da paróquia Divina Misericórdia, que Tim frequenta, e a incorporou em uma de suas homilias. "Pensei que é um exemplo inspirador para todos em nossa paróquia, sobre o zelo que é necessário que nós os católicos tenhamos no debate pró-vida, na luta pró-vida", afirma o sacerdote.
       "É inspirador para mim como um sacerdote. Aqui, na Divina Misericórdia, as palavras, 'Jesus, confio em ti' escritas na nossa pia batismal, e é disto que se trata tudo isto", acrescentou.
       Conforme afirma The Catholic Spirit, "Tim continua procurando um trabalho. Em última instância, seu objetivo é começar sua própria empresa, mas terá que ganhar e economizar dinheiro para que isto aconteça. Enquanto isso, está disposto a aceitar qualquer trabalho que possa encontrar".
       "Nos últimos seis meses, aprendemos a tomar nossos temores e preocupações e entregá-las a Deus," diz Nicole, sua esposa. "Sentimo-nos orgulhosos de ser católicos e orgulhosos de tomar uma posição contra o aborto", acrescentou.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Vale mais um touro que um bébé!

Chegámos a isto. Ou se percebe ou não se percebe.
Lamentavelmente, parece que os Portugueses ainda não percebem.
1. O animal é um animal.
2. Uma pessoa é diferente.
Não há qualquer comparação.
É inadequada.
Deficiente.
Injusta.
Imprópria.
Imoral.
E, todavia, corre na net subscrita por milhares uma (falaciosíssima) petição para o Presidente da República, para o Primeiro – Ministro e para a Assembleia da República, afirmando, designadamente, que:
(...) as touradas ofendem a fé e o sentimento maioritariamente cristãos e católicos do povo português, pois a Bíblia apresenta os animais como criaturas de Deus (Génesis, 1, 24) e o Catecismo Católico declara ser “contrário à dignidade humana fazer com que os animais sofram ou morram desnecessariamente”, doutrina recentemente recordada pelos Papas João Paulo II e Bento XVI;

(...) o artigo 9.º da Constituição da República Portuguesa consagra como tarefa fundamental do Estado “promover o bem-estar e a qualidade de vida do povo”;

(...) as touradas são uma das expressões de uma cultura da insensibilidade e da violência que degrada quem a pratica e promove, o que ofende o Artigo 1.º dos “Princípios fundamentais” da Constituição da República Portuguesa, que proclama Portugal como “uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana”;
(...) o progressivo abandono de tradições retrógradas, contrárias a um sentido humanista de cultura como aquilo que contribui para nos tornar melhores seres humanos, é o que caracteriza a evolução mental e civilizacional das sociedades e melhor corresponde à sensibilidade contemporânea;

(...) a abolição das touradas vem na linha humanista da abolição da pena de morte, em que Portugal foi pioneiro, e promoverá a imagem de Portugal em todo o mundo, sendo um contributo decisivo para o país mais ético que todos desejamos, esse “país mais livre, mais justo e mais fraterno” consagrado no “Preâmbulo” da Constituição da República Portuguesa;
Espantosamente (ou talvez não), esta petição pública corre contra outra denominada “DEFENDER O FUTURO”, que apela a verdades simples e essenciais como estas:
1. Portugal afunda-se hoje numa profunda crise económica e social, a que não é alheia a teia legislativa dos últimos seis anos de governação, destruidora dos pilares estruturantes da Sociedade.
2. (...) A reforma da Sociedade não deve ser realizada apenas na área económica e fiscal. Carece de uma intervenção mais profunda, designadamente no que diz respeito à Dignidade da Pessoa, em todas as etapas da sua vida, desde a concepção até à morte natural, à cultura da Responsabilidade, do compromisso no Casamento e na Família; por outras palavras, é necessária uma verdadeira cultura da Liberdade.
Efectivamente, desde o ano de 2007, já foram mortas por aborto em Portugal com o apoio activo e o financiamento do Estado, 85.000 crianças.
E é caso para perguntar:
Onde param a tal fé e o sentimento maioritariamente cristãos e católicos do povo português?
E a Bíblia?
E o Catecismo Católico?
E o sentido humanista de cultura?
Como se vê, em Portugal, continuamos a enganar-nos a nós próprios, a brincar com coisas sérias e a trocar tudo.

A tratar os animais como pessoas.
E as pessoas como verdadeiros animais.

Esta história, se não se inverte rapidamente, acaba mal.
Miguel Alvim
Advogado, in POVO.

terça-feira, 6 de março de 2012

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Miriam Fernandez: poderia ter sido abortada!

       Miriam Fernandez é uma jovem estudante, que se tornou conhecida quando venceu a segunda edição de "Tú sí que vales", um reality-show musical de Telecinco, canal televisivo espanhol.
       A mãe biológica deu-a para adopção (em vez de abortar, devido à paralisia cerebral detectada ainda no ventre materno), a uma família que tinha condições para cuidar dela, com possibilidade de recorrer a médicos, consultas, medicamentos, e paciência. Jovem, aproveita a sua recente fama para lutar contra o aborto: "todo o esforço merece a pena ainda que seja para salvar apenas uma vida». Com 20 anos, muito querida na vizinha Espanha é uma acérrima defensora da vida, dizendo-nos que "Deus não manda nada que não possamos suportar".

Seguimos a postagem da Paróquia de Tarouca:
       «Miriam nasceu com paralisia cerebral e os médicos diziam que, aos 15 anos, não caminharia, e só me arrastaria; mas hoje caminho com ajuda de um andarilho" – explica ela. A sua mãe, adolescente, ignorou a proposta de realizar um aborto e optou por entregá-la para adopção. Por isso diz-se eternamente grata a sua mãe biológica que a deixou viver. Assim como à família que a acolheu e apoiou em todos os sentidos.
       "Na minha vida passei momentos duros, como a morte do meu pai e a do meu irmão. São momentos em que se pergunta a Deus: «porquê?». Mas, no final de todas as escuridões, sempre vi luz; sempre vi que tudo serve para alguma coisa; que Deus não manda nada que não possamos suportar", assegura Miriam. E elogia a formação que recebeu na família adoptiva e nos colégios religiosos em que estudou.
       "A música foi a minha salvação numa infância dura, quando outras crianças riam de mim. Continuei cantando e vi que cantar por cantar não é o mesmo do que fazê-lo sabendo que assim ajudamos os demais", sustenta. Na sua carreira de cantora, Miriam enfrenta críticas por apoiar as campanhas pró-vida, assim como comentários negativos às suas canções nas redes sociais. Dizem: "Não deveria ter uma posição tão firme". Mas ela dá valor à vida que lhe deixaram viver e sabe que muitos seres humanos são vítimas do aborto.
       Agora que ganhou fama e tem quem a ouça, aproveita para compor as suas canções, onde canta o dom da vida e diz a todos que é feliz, apesar da sua deficiência física»

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Socialistas Católicos pedem novo referendo ao aborto

       No quarto aniversário do referendo e na véspera do Fórum Novas Fronteiras, que tem início a 12 de Fevereiro, os socialistas católicos lançam uma campanha para nova ida às urnas.
Armado com dez mil folhetos e autocolantes e dois mil cartazes, o Movimento Socialistas Católicos tentará sensibilizar a opinião pública para a convocação de um nova consulta popular sobre o aborto, marcando o quarto aniversário da despenalização.
       Cláudio Anaia, líder do grupo de 70 militantes do PS diz que «há novos argumentos para pedir um novo referendo». Numa altura em que «se corta nos abonos de família», a lei isenta de taxas moderadoras as mulheres que abortam e concede-lhes licenças até 30 dias.
       Este grupo pró-vida sublinha ainda que o número de interrupções legais da gravidez tem continuado a subir, quando «já devia ter começado a decrescer». Mas, desde 2007, todos os anos o número de abortos nos hospitais tem subido, notam.
       Os Socialistas Católicos defendem o referendo com a expectativa de que «o aborto deixe de ser um negócio e que o Estado deixe de o financiar». O financiamento deve ser canalizado «para associações pró-vida».
       Cláudio Anaia gostaria de estar representado «com uma moção» no congresso do PS que vai realizar-se em Abril, mas não alimenta muitas esperanças. «As intervenções são controladas, os congressos são feiras de vaidades», diz ao SOL.
       Daí a intervenção em paralelo que ocorre em Lisboa, Porto, Coimbra e Setúbal, no mesmo fim-de-semana em que José Sócrates realiza a convenção Novas Fronteiras.

Fonte: SOL, via Asas da Montanha.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

CERTIDÃO DE NASCIMENTO: nascida durante aborto por envenenamento salino...

       Gianna Jessen, com 7 meses e meio, ainda no ventre materno, e sua mãe, que tinha 17 anos, juntamente com o seu pai biológico, decidiram que ela seria abortada, na maior rede de clínicas de aborto.
       Foi injectada na mãe uma solução salina, que queima o bebé por dentro e por fora e em 24 horas seria expulsa para fora... Mas eis o milagre, o aborto está vivo... deveria estar cega, queimada, morta... e ao longo do tempo vai sendo rejeitada... mas sobreviveu... mas ouçamo-la de viva voz:
       Pode continuar a ver e a ouvir a segunda parte deste testemunho, igualmente empolgante, aqui, Sobrevivente de Aborto, Parte 2: Giana nunca vai ser nada... "Eu sou mais fraca que a maioria de vós, mas é isso o meu sermão... oferecer esperança... conheci a minha mãe biológica... perdoei a minha mãe biológica. Sou cristã. É uma mulher com o coração muito destroçado... foi um dia difícil... eu não lhe pertenço, pertenço a Jesus Cristo..."

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Abertura à vida

"A abertura à vida está no centro do verdadeiro desenvolvimento. Quando uma sociedade começa a negar e a suprimir a vida, acaba por deixar de encontrar as motivações e energias necessárias para trabalhar ao serviço do verdadeiro bem do homem.
Se se perde a sensibilidade pessoal e social ao acolhimento de uma nova vida, definham também outras formas de acolhimento úteis à vida social".

Bento XVI, A Caridade na Verdade, 28.