A terceira Carta Encíclica de Bento XVI empresta o título a este blogue. A Caridade na Verdade. Agora permanecem a fé, a esperança e a caridade, mas só esta entra na eternidade com Deus. Espaço pastoral de Tabuaço, Távora, Pinheiros e Carrazedo, de portas abertas para a Igreja e para o mundo...
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sexta-feira, 25 de julho de 2025
quinta-feira, 3 de abril de 2025
sexta-feira, 15 de setembro de 2023
sábado, 9 de setembro de 2023
sexta-feira, 1 de abril de 2022
sexta-feira, 11 de setembro de 2020
sexta-feira, 4 de setembro de 2020
quinta-feira, 12 de setembro de 2019
Augusto Cury - Tu és insubstituível
Algumas expressões do livro de AUGUSTO CURY (2018). Você é insubstituível. Lisboa: Editora Pergaminho:
"Sem sonhos, a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não têm alicerces. Sem prioridades, os sonhos não se tornam reais. Sonhe, trace metas, estabeleça prioridades e corras riscos para realizar os seus sonhos. É melhor errar por tentar do que errar por se omitir. Não se esqueça de que tu, ainda que incompleto, foste o maior aventureiro da História" (espermatozóide entre 40 milhões na luta pela vida).
"Sem o perdão, o monstro do passado eclodirá no seu presente e controlará o seu futuro. Qual é a maior vingança contra um inimigo? É perdoá-lo. A palavra-chave para o perdoar não é tentar perdoá-lo, mas compreendê-lo. Se o compreender, perdoa-lo. Se o perdoas, ele morre dentro de ti e renasce de outra forma. Caso contrário, o seu inimigo dormirá contigo".
"Quando empreenderes, não tenhas medo de cometer erros. E quando os cometeres, não tenhas medo de os reconhecer. E quando os reconheceres, não tenhas medo de chorar. E quando chorares, não tenhas medo de reavaliar a tua vida. E quando reavaliares, não te esqueças de dares sempre uma nova oportunidade a ti próprio".
quinta-feira, 4 de abril de 2019
sábado, 16 de março de 2019
Amai os vossos inimigos
Disse Jesus aos seus discípulos: «Ouvistes que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo’. Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem, para serdes filhos do vosso Pai que está nos Céus; pois Ele faz nascer o sol sobre bons e maus e chover sobre justos e injustos. Se amardes aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem a mesma coisa os publicanos? E se saudardes apenas os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos? Portanto, sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito» (Mt 5, 43-48).

O paradigma de Jesus é bem mais elevado e saudável que a nossa limitação. É certo que nós também sabemos que o perdão é muito mais eficaz e faz-nos melhor à saúde que o rancor, a inveja e o desejo de vingança. Mas quando nos fazem mal a nós, aí já se torna mais delicado perdoar. Mas, ainda que momentaneamente nos pareça humilhação, com o tempo perceberemos que é o único caminho que nos liberta, que nos faz sentir bem connosco, com o mundo e com Deus. Dar a outra face, amar até os inimigos, ser perfeitos como o Pai celeste é perfeito. É este o modelo de vida que Jesus nos propõe.
Amar os nossos amigos é tarefa de fácil execução, não custa nada. Agora, amar os inimigos, aqueles de quem não gostamos, que nos fizeram mal ou a quem nós fizemos mal já é uma missão muito pesada, mas, garante Jesus, muito libertadora e que nos dignifica.
Amar os nossos amigos é tarefa de fácil execução, não custa nada. Agora, amar os inimigos, aqueles de quem não gostamos, que nos fizeram mal ou a quem nós fizemos mal já é uma missão muito pesada, mas, garante Jesus, muito libertadora e que nos dignifica.
Como é
que podemos rezar por alguém que nos fez mal? Como é que podemos amar
alguém que disse mal de nós? Como podemos nutrir sentimentos positivos
por alguém que não vemos com bons olhos? Não é fácil, mas é o mandamento
de Jesus. A referência é Deus Pai. O cristão não se fixa nos mínimos
garantidos, mas almeja o máximo, a perfeição de Deus.
quinta-feira, 3 de janeiro de 2019
Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo
«Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. É d’Ele que eu
dizia: ‘Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque era
antes de mim’. Eu não O conhecia, mas foi para Ele Se manifestar a
Israel que eu vim baptizar na água... Eu vi o Espírito Santo descer do céu como uma pomba e permanecer sobre
Ele. Eu não O conhecia, mas quem me enviou a baptizar na água é que me
disse: ‘Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer é que
baptiza no Espírito Santo’. Ora eu vi e dou testemunho de que Ele é o
Filho de Deus» (Jo 1, 29-34).
O testemunho de João Baptista acerca de Jesus é inequívoca. Ele é verdadeiramente Aquele que estava para vir ao mundo da parte de Deus. É o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Ontem ouvíamos João a dizer-nos que Ele estava no meio de nós num convite a procurá-l'O no mundo, à nossa volta, para O descobrirmos e encontrarmos. Hoje, João diz-nos as razões para O procurarmos.
Sobre Ele os pecados da humanidade. Como os cordeiros eram sacrificados, na festa do Yom kippur, no dia do Perdão, como que levando os pecados dos judeus, e largando-os com o cordeiro já morto, no deserto, assim Jesus é/será o novo Cordeiro, mas desta feita sacrificado de uma vez para sempre, pela humanidade inteira.
Libertos do pecado e da morte, vivamos no dia, na luz, na ressurreição...
O testemunho de João Baptista acerca de Jesus é inequívoca. Ele é verdadeiramente Aquele que estava para vir ao mundo da parte de Deus. É o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Ontem ouvíamos João a dizer-nos que Ele estava no meio de nós num convite a procurá-l'O no mundo, à nossa volta, para O descobrirmos e encontrarmos. Hoje, João diz-nos as razões para O procurarmos.
Sobre Ele os pecados da humanidade. Como os cordeiros eram sacrificados, na festa do Yom kippur, no dia do Perdão, como que levando os pecados dos judeus, e largando-os com o cordeiro já morto, no deserto, assim Jesus é/será o novo Cordeiro, mas desta feita sacrificado de uma vez para sempre, pela humanidade inteira.
Libertos do pecado e da morte, vivamos no dia, na luz, na ressurreição...
segunda-feira, 10 de dezembro de 2018
Homem, os teus pecados estão perdoados
Certo dia, enquanto Jesus ensinava, estavam entre a assistência fariseus
e doutores da Lei, que tinham vindo de todas as povoações da Galileia,
da Judeia e de Jerusalém; e Ele tinha o poder do Senhor para operar
curas. Apareceram então uns homens, trazendo num catre um paralítico;
tentavam levá-lo para dentro e colocá-lo diante de Jesus. Como não
encontraram modo de o introduzir, por causa da multidão, subiram ao
terraço e, através das telhas, desceram-no com o catre, deixando-o no
meio da assistência, diante de Jesus. Ao ver a fé daquela gente, Jesus
disse: «Homem, os teus pecados estão perdoados». Os escribas e fariseus
começaram a pensar: «Quem é este que profere blasfémias? Não é só Deus
que pode perdoar os pecados?» Mas Jesus, que lia nos seus pensamentos,
tomou a palavra e disse-lhes: «Que estais a pensar nos vossos corações?
Que é mais fácil dizer: ‘Os teus pecados estão perdoados’ ou ‘Levanta-te
e anda’? Pois bem, para saberdes que o Filho do homem tem na terra o
poder de perdoar os pecados... Eu te ordeno – disse Ele ao paralítico –
levanta-te, toma a tua enxerga e vai para casa». Logo ele se levantou à
vista de todos, tomou a enxerga em que estivera deitado e foi para casa,
dando glória a Deus. Ficaram todos muito admirados e davam glória a
Deus; e, cheios de temor, diziam: «Hoje vimos maravilhas» (Lc 5, 17-26).
O perdão dos pecados é exclusivo de Deus. Jesus, ao usar esta linguagem,
"provoca" a mente dos seus ouvintes. Ele não é simplesmente um
curandeiro, é muito mais que isso, é o Messias que estava para vir ao
mundo, é o Deus connosco. Milagres, curas, exorcismos, perdão dos
pecados, atributos próprios do Messias, ainda que este último aspeto só
se deva referir a Deus. Se Jesus perdoa os pecados, então o reino de
Deus chegou até nós.
O próprio nome, revelado a São José e a Maria, Jesus, traz consigo esta dimensão divina. Jesus é Aquele que salva, é o Salvador. Ele trará um reino de cura, a partir do interior, não apenas cura de doenças mas muito mais que isso, redenção. A cura é sobretudo um sinal do poder de Deus entre nós e que atua a nosso favor. A verdadeira cura, porém, é a que nos redime do pecado e da morte e nos aproxima de Deus e dos outros, de forma simples e verdadeira, sem reservas.
terça-feira, 13 de novembro de 2018
Somos inúteis servos: fizemos o que devíamos fazer
Disse o Senhor: «Quem de vós, tendo um servo a lavrar ou a guardar gado, lhe dirá quando ele volta do campo: ‘Vem depressa sentar-te à mesa’? Não lhe dirá antes: ‘Prepara-me o jantar e cinge-te para me servires, até que eu tenha comido e bebido. Depois comerás e beberás tu’. Terá de agradecer ao servo por lhe ter feito o que mandou? Assim também vós, quando tiverdes feito tudo o que vos foi ordenado, dizei: ‘Somos inúteis servos: fizemos o que devíamos fazer’» (Lc 17, 7-10).
O caminho de Jesus é exigente, mas compensador, vivido na caridade sem limites. O serviço ao semelhante, tratando-o como irmão, na proximidade de um abraço, na leveza de uma palavra, no afago do coração, no sorriso da alma, é um projeto de vida, é a postura de Jesus, permanentemente. Ontem, Ele lembrava-nos de perdoar sempre, de nos conciliarmos uns com os outros mesmo tendo motivos para o conflito e a divisão. Hoje, claramente, fala-nos no serviço aos outros com alegria e generosidade.
A referência é Ele, que veio não para ser servido mas para servir e dar a vida pela humanidade.
sexta-feira, 26 de outubro de 2018
Jodi Picoult - A CONTADORA DE HISTÓRIAS
JODI PICOULT (2015). A contadora de Histórias. Lisboa: Betrand Editora. 520 páginas.
No passado dia 21 de agosto (de 2018), Jakiw Palij, nascido na Polónia, agora com 95 anos de idade, ex-guarda de um campo de concentração nazi, foi deportado dos EUA, de Nova Iorque, onde vivia, para a Alemanha. Há 25 anos foi confrontado pela primeira vez sobre as suas ações durante a Segunda Guerra Mundial. Trabalhou como assistente das forças SS de Hitler no campo de concentração de Trawniki (na Polónia ocupada pelos alemães) em 1941. Mais de 6 milhões judeus, entre homens, mulheres e crianças, foram assassinados a tiros nesse campo no dia 3 de novembro de 1943, num dos maiores massacres num único dia no Holocausto. Chegou aos EUA em 1949 e obteve, 8 anos depois, a cidadania americana, sendo-lhe retirada em 2003, por ter mentido sobre o seu passado ligado ao nazismo. Contribuiu diretamente para o extermínio dos prisioneiros judeus, já que tinha como missão assegurar-se que não fugiam. Levou alguns anos a ser deportado, pois nenhum país na Europa o aceitava até que finalmente a Alemanha o recebeu. A Alemanha julgou e condenou vários membros da SS por cumplicidade em assassinatos, mas nenhum deles foi para a prisão, por motivos de saúde.
Este caso é real e histórico.
No livro que agora sugerimos como leitura, a autora é verdadeiramente uma contadora de histórias, mas, como em outros romances que escreveu e deu à estampa, têm muito a ver com a realidade. Com efeito, "A Contadora de Histórias" narra a vida de Sage, neta de uma judia que foi prisioneira Nazi. Algumas das personagens vão contando a suas vidas, permitindo-nos diferentes pontos de vista. A história do presente encontra um bom homem, aceite pela comunidade e perfeitamente integrado, mas que quer contar o seu segredo, a sua vida passada, como membro das SS. Pouco a pouco, as personagens vão entrelaçando a trama, o passado e o presente, e o futuro. Josef pede ajuda a Sage para morrer. Aos poucos Sage percebe que Josef precisa de perdão, do perdão de uma judia, já que não pode pedir perdão aqueles e àquelas que morreram vítimas do Nazi. Vai-se percebendo que Josef, mesmo sendo nazista e no campo de concentração, vai procurando proteger sobretudo as crianças. De algum modo foi ele que protegeu a Avó de Sage, ainda que ele procure mostrar que era mau, para que Sage o possa ajudar a morrer. Sage tinha encontrado um amigo e agora enfrenta a dúvida se o há de entregar para ser julgado e expulso dos EUA ou se o há de proteger ou se o há de ajudar a morrer. Perdoar ou manter o ciclo das ofensas!
A contadora de histórias é também a Avó de Sage, Minka, que, através da criação imaginativa de estórias, sobreviveu e ajudou outras a sobreviver no campo de concentração. É um romance que tem muito de histórico, com a seriedade e honestidade com que Jodi Picoult coloca em toda a trama. É como se estivesse dentro da história, ou dentro do filme, envolvidos e engolidos pela realidade. É daqueles romances, como aliás sugere a crítica, que se lê de fio a pavio sem parar, com vontade de continuar para descobrir onde nos conduz a história.
Uma ou outra frase:
No livro que agora sugerimos como leitura, a autora é verdadeiramente uma contadora de histórias, mas, como em outros romances que escreveu e deu à estampa, têm muito a ver com a realidade. Com efeito, "A Contadora de Histórias" narra a vida de Sage, neta de uma judia que foi prisioneira Nazi. Algumas das personagens vão contando a suas vidas, permitindo-nos diferentes pontos de vista. A história do presente encontra um bom homem, aceite pela comunidade e perfeitamente integrado, mas que quer contar o seu segredo, a sua vida passada, como membro das SS. Pouco a pouco, as personagens vão entrelaçando a trama, o passado e o presente, e o futuro. Josef pede ajuda a Sage para morrer. Aos poucos Sage percebe que Josef precisa de perdão, do perdão de uma judia, já que não pode pedir perdão aqueles e àquelas que morreram vítimas do Nazi. Vai-se percebendo que Josef, mesmo sendo nazista e no campo de concentração, vai procurando proteger sobretudo as crianças. De algum modo foi ele que protegeu a Avó de Sage, ainda que ele procure mostrar que era mau, para que Sage o possa ajudar a morrer. Sage tinha encontrado um amigo e agora enfrenta a dúvida se o há de entregar para ser julgado e expulso dos EUA ou se o há de proteger ou se o há de ajudar a morrer. Perdoar ou manter o ciclo das ofensas!
A contadora de histórias é também a Avó de Sage, Minka, que, através da criação imaginativa de estórias, sobreviveu e ajudou outras a sobreviver no campo de concentração. É um romance que tem muito de histórico, com a seriedade e honestidade com que Jodi Picoult coloca em toda a trama. É como se estivesse dentro da história, ou dentro do filme, envolvidos e engolidos pela realidade. É daqueles romances, como aliás sugere a crítica, que se lê de fio a pavio sem parar, com vontade de continuar para descobrir onde nos conduz a história.
Uma ou outra frase:
"Dentro de cada um de nós existe um monstro; dentro de cada um de nós existe um santo. A verdadeira questão é qual deles alimentamos melhor, qual deles destruirá o outro"."Um monstro é apenas uma pessoa para quem o equilíbrio se desfez a favor do mal"
"... pessoas desesperadas fazem coisas que normalmente não fariam"."Quando a nossa existência é um inferno, a morte deve ser o céu".
"O poder não é fazer algo terrível a alguém que é mais fraco do que nós... É ter a força de fazer algo de terrível e optar por o não fazer"."O que tens de parti para reunir uma família? Pão, evidentemente".
"Se os meteres a todos no mesmo saco por serem alemães, como podes ser diferente, quando eles nos metem a todos no mesmo saco por sermos judeus?""Tudo o que precisamos para viver mais um dia é de uma boa razão para ficar neste mundo".
"Por vezes, para voltarmos a ser humanos, só precisamos que alguém seja capaz de nos ver como seres humanos independentemente do que mostramos à superfície"."A história não é um relato sobre datas, lugares e guerras. É sobre pessoas que preenchem os espaços entre eles".
"No Judaísmo há dois pecados que não podem ser perdoados. O primeiro é o homicídio, porque tem de ir ter com a outra parte e defender a nossa posição, e obviamente tal não é possível se a vítima está debaixo de terra. Mas o segundo pecado imperdoável é arruinar a reputação de alguém. Tal como um morto não pode perdoar ao assassino, uma boa reputação jamais pode ser reparadas. Durante o Holocausto os judeus foram assassinados e a sua reputação foi destruída"."Por vezes, para ganharmos precisamos de fazer sacrifícios".
"O padre disse: «O que ele fez está errado. Ele não merece o vosso amor. Mas merece o vosso perdão, porque caso contrário irá crescer como uma erva daninha dentro do vosso coração até o sufocar e cobrir. A única pessoa que sofre, quando se acumula todo esse ódio, és tu». Eu tinha treze anos e sabia muito pouco sobre o mundo, mas sabia que havia sabedoria na religião, então queria fazer parte dela. - Olha-me. - Não sei o que essa pessoa te fez, e não tenho a certeza se o quero saber. Mas perdoar não é algo que se faz por alguém. É algo que fazemos por nós próprios. É dizer: Não és suficientemente importante para teres poder sobre mim. É dizer: Não me vais deixar presa no passado, Eu mereço um futuro".
quinta-feira, 13 de setembro de 2018
Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam
«Digo-vos a vós que Me escutais: Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam. Abençoai os que vos amaldiçoam, orai por aqueles que vos injuriam. A quem te bater numa face, apresenta-lhe também a outra; e a quem te levar a capa, deixa-lhe também a túnica. Dá a todo aquele que te pedir e ao que levar o que é teu, não o reclames. Como quereis que os outros vos façam, fazei-lho vós também... amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem nada esperar em troca. Então será grande a vossa recompensa e sereis filhos do Altíssimo, que é bom até para os ingratos e os maus. Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados. Não condeneis e não sereis condenados. Perdoai e sereis perdoados. Dai e dar-se-vos-á: deitar-vos-ão no regaço uma boa medida, calcada, sacudida, a transbordar. A medida que usardes com os outros será usada também convosco» (Lc 6, 27-38).
Para lá regra de ouro - faz aos outros o que queres que te façam a ti - Jesus acentua a misericórdia, a generosidade, o amor até aos inimigos, a compreensão com o próximo. A lei de talião - olho por olho, dente por dente - não cabe nas contas de Jesus: "a quem te bater numa face, apresenta-lhe também a outra".
A caridade, ao jeito de Jesus, deve presidir a todos os nossos atos... quando estivermos irritados com alguém, como tem recomendado o Papa Francisco, rezemos por ele. Abençoemos em vez de condenarmos. Não julguemos. Não percamos tempo em juízos de valor acerca dos outros. Rezemos por todos.
quinta-feira, 16 de agosto de 2018
Perdoar 70 X 7 (= SEMPRE)

O Evangelho de hoje, mostra-nos como Jesus dá a Pedro uma resposta inequívoca, sublinhada pelo contexto judaico. Perdoar uma vez tolera-se. Perdoar duas vezes já é abuso. Perdoar três vezes é quebrar a cara, é humilhar-se, rebaixar-se. Ora, quando Pedro pergunta a Jesus se deve perdoar até sete vezes, isto é, se deve perdoar sempre, Jesus multiplica-lhe a equação, para que não restem dúvidas, perdoar sempre, em todas as circunstâncias, em todos os momentos.
Pedro vê-se a si mesmo como pessoa generosa ao elevar a fasquia do perdão. Jesus leva o raciocínio até ao infinito, lembrando, através da parábola que conta de seguida:
O reino de Deus pode comparar-se a um rei que quis ajustar contas com os seus servos. Logo de começo, apresentaram-lhe um homem que devia dez mil talentos. Não tendo com que pagar, o senhor mandou que fosse vendido, com a mulher, os filhos e tudo quanto possuía, para assim pagar a dívida. Então o servo prostrou-se a seus pés, dizendo: ‘Senhor, concede-me um prazo e tudo te pagarei’. Cheio de compaixão, o senhor daquele servo deu-lhe a liberdade e perdoou-lhe a dívida. Ao sair, o servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários. Segurando-o, começou a apertar-lhe o pescoço, dizendo: ‘Paga o que me deves’. Então o companheiro caiu a seus pés e suplicou-lhe, dizendo: ‘Concede-me um prazo e pagar-te-ei’. Ele, porém, não consentiu e mandou-o prender, até que pagasse tudo quanto devia. Testemunhas desta cena, os seus companheiros ficaram muito tristes e foram contar ao senhor tudo o que havia sucedido. Então, o senhor mandou-o chamar e disse: ‘Servo mau, perdoei-te, porque me pediste. Não devias, também tu, compadecer-te do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’. E o senhor, indignado, entregou-o aos verdugos, até que pagasse tudo o que lhe devia. Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão de todo o coração».
quinta-feira, 5 de julho de 2018
Os teus pecados estão perdoados! Levanta-te...
Jesus subiu para um barco, atravessou o mar e foi para a cidade de Cafarnaum. Apresentaram-Lhe então um paralítico que jazia numa enxerga. Ao ver a fé daquela gente, Jesus disse ao paralítico: «Filho, tem confiança; os teus pecados estão perdoados». Alguns escribas disseram para consigo: «Este homem está a blasfemar». Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse: «Porque pensais mal em vossos corações? Na verdade, que é mais fácil: dizer: ‘Os teus pecados estão perdoados’, ou dizer: ‘Levanta-te e anda’? Pois bem. Para saberdes que o Filho do homem tem na terra o poder de perdoar os pecados, ‘Levanta-te – disse Ele ao paralítico – toma a tua enxerga e vai para casa’». O homem levantou-se e foi para casa. Ao ver isto, a multidão ficou cheia de temor e glorificava a Deus por ter dado tal poder aos homens (Mt 9, 1-8).
Por vezes o que nos paralisa tem pouco de físico como o medo, o pecado, o remorso, uma consciência pesada e culpabilizante. Jesus diz claramente que as doenças não são consequência do pecado, nem do próprio nem dos pais. Deus não castiga. Mas por vezes, nós castigamo-nos, adoecemos, tornamos físico o que era moral ou psicológico. E Jesus liberta-nos de todo o tipo de prisões.
Só Deus pode perdoar os pecados. É uma verdade para o mundo judaico, mas também para o mundo cristão. Jesus perdoa os pecados. Conclusão: Jesus é Deus. Ou, na observação dos judeus que O ouviam, faz-Se passar por Deus e isso é blasfémia.
Só Deus pode perdoar os pecados. É uma verdade para o mundo judaico, mas também para o mundo cristão. Jesus perdoa os pecados. Conclusão: Jesus é Deus. Ou, na observação dos judeus que O ouviam, faz-Se passar por Deus e isso é blasfémia.
A multidão dos simples, daqueles e daquelas que abrem o coração ao
futuro de Deus, rejubila com as maravilhas operadas através de Jesus
Cristo. Hoje, Jesus continua a agir na Igreja e no mundo, através de
nós.
segunda-feira, 25 de junho de 2018
Não julgueis e não sereis julgados
Disse Jesus aos seus discípulos: «Não julgueis e não sereis julgados. Segundo o julgamento que fizerdes sereis julgados, segundo a medida com que medirdes vos será medido. Porque olhas o argueiro que o teu irmão tem na vista e não reparas na trave que está na tua? Como poderás dizer a teu irmão: ‘Deixa-me tirar o argueiro que tens na vista’, enquanto a trave está na tua? Hipócrita, tira primeiro a trave da tua vista e então verás bem para tirar o argueiro da vista do teu irmão» (Mt 7, 1-5).
É tão fácil olharmos para os outros. Desde logo por uma razão biológica, estão à nossa volta, vemos e/ouvimos, formulamos juízos de valor e nem sempre (e talvez muitas vezes não são) positivos. Por vezes, como nos recordam vários autores como Augusto Cury, o que detestamos nos outros é aquilo que detestamos em nós, mas é mais simples observá-lo nos outros. Contudo, já o desafio de Sócrates (filósofo grego que viveu antes de Jesus Cristo) nos envidava a que cada um se conhecesse a si mesmo, para depois conhecer os outros e o mundo.
Jesus é peremptório, o nosso juízo de valor sobre os outros deve ser muito cuidadoso, usando para com eles a medida que gostaríamos que usassem connosco. Ou como nos lembra um ditado popular, não atiremos pedras aos telhados vizinhos quando nós temos telhados de vidro, é um perigo, poderemos ficar sem telhado...
segunda-feira, 18 de junho de 2018
Oferece a outra face...
Disse Jesus aos seus discípulos: «Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Olho por olho e dente por dente’. Eu, porém, digo-vos: Não resistais ao homem mau. Mas se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda. Se alguém quiser levar-te ao tribunal, para ficar com a tua túnica, deixa-lhe também o manto. Se alguém te obrigar a acompanhá-lo durante uma milha, acompanha-o durante duas. Dá a quem te pedir e não voltes as costas a quem te pede emprestado» (Mt 5, 38-42).
O Evangelho hoje fala-nos de perdão, de tolerância, de compreensão, de benevolência, numa palavra, fala-nos de caridade que depois se expressa no perdão e no acolhimento aos outros mesmo daqueles que me/nos ofendem. Ao olho por olho, dente por dente, a conhecida lei de talião, Jesus propõe que se ame até o inimigo.
Jesus não se fica pelos mínimos garantidos, no cumprimento fiel da Lei, mas quer que a Lei tenha rosto, vida, tenha espírito. Jesus aponta como limite o infinito, o Amor sem fim. Ele próprio assume este desiderato: por amor derrama a vida até à última gota de sangue...
Jesus não se fica pelos mínimos garantidos, no cumprimento fiel da Lei, mas quer que a Lei tenha rosto, vida, tenha espírito. Jesus aponta como limite o infinito, o Amor sem fim. Ele próprio assume este desiderato: por amor derrama a vida até à última gota de sangue...
quinta-feira, 14 de junho de 2018
Vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão...
Disse Jesus aos seus discípulos:
«Se a vossa justiça não superar a dos
escribas e fariseus, não entrareis no reino dos Céus. Ouvistes que foi
dito aos antigos: ‘Não matarás; quem matar será submetido a julgamento’.
Eu, porém, digo-vos: Todo aquele que se irar contra o seu irmão será
submetido a julgamento. Quem chamar imbecil a seu irmão será submetido
ao Sinédrio, e quem lhe chamar louco será submetido à geena de fogo.
Portanto, se fores apresentar a tua oferta sobre o altar e ali te
recordares que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua
oferta diante do altar, vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão e
vem depois apresentar a tua oferta. Reconcilia-te com o teu adversário,
enquanto vais com ele a caminho, não seja caso que te entregue ao juiz, o
juiz ao guarda, e sejas metido na prisão. Em verdade te digo: Não
sairás de lá, enquanto não pagares o último centavo» (Mt 5, 20-26).
O arrependimento e o perdão são, mais que duas palavras, duas atitudes do crente.
Nem sempre é fácil sair de um modo de vida para aderir a uma outra
maneira de viver. E por vezes volta-se aos velhos vícios. No entanto,
há de ser um esforço constante, na certeza que Deus nos inspira. O
sabermos que Deus nos quer bem, que quer a nossa vida com sentido,
realizada, plena, deverá ser um estímulo.
Por outro lado, o perdão como oportunidade de progredirmos na
santidade. Jesus diz-nos claramente que o perdão é uma postura
permanente de quem é e se sente filho de Deus. Jesus diz mesmo que a
nossa responsabilidade não se refere só aos momentos em que fomos nós os
causadores de mau estar mas também quando os outros nos ofenderam
deveremos ir ao seu encontro. Não basta perdoar, é
necessário procurar o perdão até daqueles que nos ofenderam. Uma vez
mais Jesus inverte a postura dos seus seguidores... Não é fácil. Mas é recompensador. Dessa
forma não deixamos que o outro domine o nosso pensamento, o nosso dia, a
nossa vida. Jesus bem sabe das nossas limitações. Mas também sabe que o perdão nos liberta e nos faz bem à saúde...
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