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sexta-feira, 6 de abril de 2018

Tendes alguma coisa para comer?

        Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, e Natanael, que era de Caná da Galileia. Também estavam presentes os filhos de Zebedeu e mais dois discípulos de Jesus. Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar». Eles responderam-lhe: «Nós vamos contigo». Saíram de casa e subiram para o barco, mas naquela noite não apanharam nada. Ao romper da manhã, Jesus apresentou-Se na margem, mas os discípulos não sabiam que era Ele. Disse-lhes então Jesus: «Rapazes, tendes alguma coisa para comer?» Eles responderam: «Não». Disse-lhes Jesus: «Lançai a rede para a direita do barco e encontrareis». Eles lançaram a rede e já mal a podiam arrastar por causa da abundância de peixes. Então o discípulo predilecto de Jesus disse a Pedro: «É o Senhor»...
        Disse-lhes Jesus: «Vinde comer». Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar: «Quem és Tu?» bem sabiam que era o Senhor. Então Jesus aproximou-Se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com o peixe. Foi esta a terceira vez que Jesus Se manifestou aos discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos (Jo 21, 1-14).
       Oito dias de Páscoa, como se de um só dia se tratasse, para sublinhar a importância primordial da Ressurreição de Jesus Cristo, como acontece também por ocasião do Natal. Em cada dia desta Semana, celebramos o primeiro dia - eis o DIA que o Senhor fez, exultemos e cantemos de alegria -, o grande DIA em que se inicia um tempo novo, de graça e salvação.
       Com o primeiro dia, vêm as aparições de Jesus aos seus, para renovar neles a esperança, para confirmar neles a missão de serem Apóstolos para a humanidade, Apóstolos da salvação, da ressurreição.
       Esta, segundo São João, é a terceira aparição.
       Jesus aparece-lhe no local de trabalho. Já por si é um dado importante. Jesus vem ao nosso encontro, não apenas nos momentos de oração e de reunião, mas também no hoje da nossa existência, no meio das nossas preocupações e trajetos. Podemos encontrar Deus em qualquer parte, em todos os momentos.
       Jesus dá-Se a conhecer no lugar onde tinha chamado alguns dos discípulos, relembrando que doravante serão pescadores de homens. É outro dado importante.
       Manifesta-Se na pesca abundante mas uma vez mais também na refeição, que poderá apontar para a abundância da outra refeição - a Eucaristia, como alimento espiritual até à vida eterna, saciando-nos com o Pão descido do Céu, que é o próprio Jesus.

quinta-feira, 5 de abril de 2018

... a Paz esteja convosco!

        Os discípulos de Emaús contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus ao partir do pão. Enquanto diziam isto, Jesus apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Espantados e cheios de medo, julgavam ver um espírito. Disse-lhes Jesus: «Porque estais perturbados e porque se levantam esses pensamentos nos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo; tocai-Me e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E como eles, na sua alegria e admiração, não queriam ainda acreditar, perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa para comer?» Deram-Lhe uma posta de peixe assado, que Ele tomou e começou a comer diante deles. Depois disse-lhes: «Foram estas as palavras que vos dirigi, quando ainda estava convosco: ‘Tem de se cumprir tudo o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos’» (Lc 24, 35-48).
        O Evangelho de hoje continua a narração de ontem. Jesus aparece aos discípulos de Emaús, e estes, depois de O reconhecerem no partir do pão, vão a correr relatar o que lhes sucedeu e como o Mestre os encontrou.
       Estão reunidos, com alegria, a contarem uns aos outros os momentos em que Jesus apareceu às mulheres, como os discípulos que foram ao sepulcro e o encontraram vazio, a aparição em Emaús, e eis que Jesus Se coloca no meio deles e lhes diz: "A paz esteja convosco".
       Entra aqui mais um elemento novo. Jesus não é um espírito a vaguear pelo mundo ou um fantasma. Por um lado, a realidade temporal foi ultrapassada pela ressurreição, por outro, a identidade corpórea é evidente. O Crucificado é o Ressuscitado. Jesus relembra a mensagem anterior à Paixão. Manifesta-Se num corpo glorioso mas a Sua aparição é mais do que um susto, um fantasma, uma ilusão, é o próprio Cristo com a Sua identidade humana e divina e daí que no poder de Deus que Se manifesta Ele poder comer e ser "tacteado", apesar da Sua presença gloriosa.
       No tempo em que vivemos, por vezes, queremos explicar e encerrar Deus nas nossas concepções racionais e empíricas. Mas Deus, enquanto Deus, não pode ser limitado nem prisioneiro dos nossos conceitos. A palavra de Deus convida-nos a abrir-nos à esperança e ao futuro, a deixarmo-nos surpreender por Deus, como aconteceu com os discípulos daquele tempo.

quarta-feira, 4 de abril de 2018

Não ardia cá dentro o nosso coração...

       ... «Ficai connosco, porque o dia está a terminar e vem caindo a noite». Jesus entrou e ficou com eles. E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção, partiu-o e entregou-lho. Nesse momento abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-n’O. Mas Ele desapareceu da sua presença. Disseram então um para o outro: «Não ardia cá dentro o nosso coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?» Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os que estavam com eles, que diziam: «Na verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão». E eles contaram o que tinha acontecido no caminho e como O tinham reconhecido ao partir o pão (Lc 24, 13-35).
       É-nos hoje apresentado o relato da aparição de Jesus aos discípulos de Emaús.
       Salientam-se diversos momentos e sentimentos. Os discípulos caminham em direcção a casa desiludidos e tristes com os acontecimentos desses dias. No meio deles surge Jesus que os interroga sobre a discussão que vinham a ter e sobre o motivo da sua tristeza. Eles revelam o que aconteceu com o Mestre, Jesus. Então, por sua vez, Jesus faz-lhe ver que não foi o fim do mundo mas o início de um tempo novo. Com efeito, a Sagrada Escritura já anunciara o que haveria de acontecer com o Messias, o que sucedeu confirmou as diversas profecias.
       Chegados perto de casa, convidam Jesus a ficar com eles, sem saberem que era Ele. Por aqui se vê, que há uma diferença entre o Jesus terreno e o Jesus glorificado. Embora seja o mesmo Cristo Jesus, a Sua aparência coloca-O na "vastidão" de Deus, de onde Se manifesta a todo o mundo.
       Mas se pela aparência não O reconhecem, reconhecem-n'O nas palavras e sobretudo nos gestos, no partir o pão como memorial da Sua presença, antecipado para os Apóstolos na Quinta-feira santa. Reconhecem-n'O nos seus corações, ainda que necessitados de serem iluminados.
       Reconhecido o Mestre, o medo desaparece e no seu lugar a alegria que se partilhada. Antes convidaram o "Desconhecido" a pernoitar com eles, por ser noite. Agora, mesmo de noite, voltam a Jerusalém para contarem como Jesus lhes apareceu pelo caminho e como se manifestou ao partir do pão.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Jacinta: Grupo de Jovens de Tabuaço voltou ao Cinema

       No dia 11 de fevereiro, o Grupo de Jovens foi ao Cinema para ver o filme "Silêncio", de Martin Scorsese, baseado no romance, com o mesmo nome, da autoria de Shusaku Endo, católico japonês. Era um contexto que provocava reflexão, sobre a fé, sobre o martírio, sobre o testemunho cristão, sobre a negação da fé, procurando entender as situações de sofrimento e de perseguição.
       No âmbito do Centenário das Aparições, o filme "Jacinta", como outros que estão a sair para o mercado cinematográfico e televisivo, foi uma oportunidade para reunir o Grupo de Jovens numa atividade lúdica, cultural e religiosa, permitindo aprofundar os laços de amizade entre os membros do grupo e simultaneamente refletir sobre a mensagem de Fátima e das Aparições de Nossa Senhora aos Pastorinhos, desta feita a partir da figura mais nova, do seu olhar e da sua fé.
       Assim, no sábado 22 de abril, depois da Festa de São Vicente, partimos em direção a Vila Real para assistirmos a esta produção nacional de grande qualidade, forma séria de divulgar a mensagem e os acontecimentos de Fátima.

sábado, 9 de abril de 2016

3.º Domingo da Páscoa - ano C - 10 de abril de 2016

       1 – O Papa Bento XVI, na celebração vespertina do dia 12 de maio de 2010, na Basílica da Santíssima Trindade, em Fátima, com religiosos, seminaristas, diáconos e sacerdotes, evidenciava: "Permiti abrir-vos o coração para vos dizer que a principal preocupação de todo o cristão... há de ser a fidelidade, a lealdade à própria vocação, como discípulo que quer seguir o Senhor. A fidelidade no tempo é o nome do amor; de um amor coerente, verdadeiro e profundo a Cristo Sacerdote".
       O amor é a fidelidade no tempo. Não é um sentimento passageiro, ou uma emoção que nos entusiasma, mas uma opção de vida, aprofundando os laços que nos unem uns aos outros, promovendo gestos de afeto, de proximidade, de ternura, de serviço. Jesus não passa pelas pessoas. Jesus permanece. Para. Olha. Fala. Envolve. Cura. Desafia. Chama. Envia. "Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos" (Mt 28,20). Não estará num momento, ou apenas nas situações favoráveis, mas em todo o tempo, e em todas as situações da vida. Deus é amor. Quem ama permanece em Deus e Deus permanece nele (cf. 1 Jo 4, 7-19).
       Jesus volta a aparecer, a estar junto à margem, a colocar-se no meio de nós, como Aquele que congrega. Convida-nos para a Sua mesa. O entusiasmo inicial desvanece-se com alguma celeridade. É assim em muitos projetos que engendramos. E aqui todos somos muito infantis ou muito juvenis. Entusiasmamo-nos, mas logo o entusiasmo passa e tudo regressa à rotina e ao cansaço. E eis que vemos Jesus, a chamar-nos, a alimentar-nos e a enviar-nos. Ainda não percebemos que a ressurreição nos leva para outros caminhos? Por quê voltar à vida do passado? A vida está aquém do sepulcro e além da morte. O Ressuscitado reenvia-nos para o HOJE e para o amanhã. Por quê voltar atrás?
       Em Lisboa, no Terreiro do Paço, a 11 de maio, o Papa Bento XVI sublinhava que "o Ressuscitado oferece-Se vivo e operante, por nós, no hoje da Igreja e do mundo. Esta é a nossa grande alegria. No rio vivo da Tradição eclesial, Cristo não está a dois mil anos de distância, mas está realmente presente entre nós e dá-nos a Verdade, dá-nos a luz que nos faz viver e encontrar a estrada para o futuro... Para isso é preciso voltar a anunciar com vigor e alegria o acontecimento da morte e ressurreição de Cristo, coração do cristianismo, fulcro e sustentáculo da nossa fé, alavanca poderosa das nossas certezas, vento impetuoso que varre qualquer medo e indecisão, qualquer dúvida e cálculo humano. A ressurreição de Cristo assegura-nos que nenhuma força adversa poderá jamais destruir a Igreja".
    2 – Jesus apareceu aos discípulos, na tarde daquele primeiro dia, encontrou-os fechados em casa com medo dos judeus. Oito dias depois voltou a aparecer-lhes, estando também presente Tomé, que antes estava ausente. Porém, o Evangelho dá a entender que os discípulos ainda não sabem em que pé estão. O entusiasmo tomou conta deles, depois de um tempo de grande desencanto, mas parece ter sido sol de pouca dura. Que fazer? Esperar que Jesus Ressuscitado restaure em definitivo o Reino de Deus?
       O Apóstolo Pedro, para se distrair ou ocupar o tempo, decide ir pescar. Os outros seguem-lhe o exemplo. Tomé, Natanael, João, Tiago e mais dois discípulos. Já se tinham esquecido que Jesus os retirou da pesca real para os tornar pescadores de homens (cf. Mt 4, 19). E, com efeito, a noite não rendeu, não pescaram nada. Ao romper da manhã, Jesus apresenta-Se na margem. Jesus chega cedo à nossa vida. Eles não sabiam que era Ele. Muitas vezes também nós não nos apercebemos que Jesus nos visita ou que está diante de nós!
       A pergunta de Jesus deixa-os boquiabertos: «Rapazes, tendes alguma coisa de comer?». Como não lembrar o pedido feito à Samaritana: dá-Me de beber! Depois será Ele a saciar-lhe a sede (cf. Jo 4,1-42). Ou quando se faz convidado: Zaqueu, desce depressa que HOJE devo ficar em tua casa. E Zaqueu sentir-se-á em casa com Jesus (cf. Lc 19, 1-10).
       Os discípulos escutam o pedido e, como outros trabalhadores, de bom grado o atenderiam. Mas andaram toda a noite e não pescaram nada. Então Jesus diz-lhes: «Lançai a rede para a direita do barco e encontrareis». Para pescadores experimentados não era muito lógico lançar as redes pela manhã, mas fazem-no e são surpreendidos, pois as redes enchem-se de peixes. Sucedem-se momentos extraordinários. Com Jesus, a pesca é abundante. Sem Ele, é inútil qualquer trabalho. Nesta pescaria são precisas muitas mãos. Pedro vai ao encontro de Jesus, outros discípulos puxam as redes para a margem. Novamente Pedro, sobe ao barco, ainda Hoje, como Francisco, e puxa a rede para terra firme, com 153 grandes peixes. Não importa o número mas a comunhão de amor. Na margem, Jesus espera-os para os alimentar. Primeiro pediu-lhes que comer, agora tem o lume aceso e peixes a assar. Mas também agora conta com eles, e connosco: «Trazei alguns dos peixes que apanhastes agora».
       3 – «Vinde comer». É o convite de Jesus, para todos os tempos, para os que estão na praia, no mar ou em terra firme. Para ontem e para hoje. Para eles e para nós. "Jesus aproximou-Se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com os peixes". O que temos só é verdadeiramente nosso quando o repartimos pelos outros. À mesa de Jesus todos têm lugar, sobretudo os excluídos dos reinos deste mundo. Ele dá-nos tudo o que tem, a Sua própria vida, como alimento até à vida eterna, presente no Sacramento da Caridade, a Eucaristia, que havemos de comungar com os outros, no dia-a-dia da nossa existência.

       4 – O amor é a fidelidade no tempo. Não é um instante, ainda que se alimente de instantes e se renove constantemente. Traduz-se em obras, gestos e atitudes. "Nem todo aquele que diz 'Senhor, Senhor' entrará no reino dos Céus, mas somente aquele que fizer a vontade de Meu Pai" (Mt 7, 21). O que os lábios professam, a vida transparece. Pedro havia professado Jesus, garantindo que estaria com Ele em todas as horas. É audível a repreensão de Pedro a Jesus (cf. Mt 16, 22). Mas, como Jesus previra, Pedro, na hora de maior desgaste, nega-se e nega Jesus (cf. Jo 18, 12-27).
       Neste reencontro, Jesus questiona Pedro sobre a sua fidelidade: «Simão, filho de João, tu amas-Me mais do que estes?». Pedro vai gaguejando e respondendo como se fosse algo óbvio: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Jesus insiste com Pedro, como por vezes insistimos com os amigos para garantirmos que eles vão estar connosco quando mais precisamos! Na última resposta, Pedro reconhece-se humildemente, quase a sussurrar: «Senhor, Tu sabes tudo, bem sabes que Te amo».
       Olhando-o nos olhos, Jesus desafia-o: «Apascenta as minhas ovelhas. Em verdade, em verdade te digo: Quando eras mais novo, tu mesmo te cingias e andavas por onde querias; mas quando fores mais velho, estenderás a mão e outro te cingirá e te levará para onde não queres». Mais uma vez não lhe promete facilidades. Jesus estará sempre com ele e connosco, desde que O amemos de todo o coração. Como a Pedro, ontem, também a nós, hoje, Jesus interpela: «Segue-Me».
       5 – Simão Pedro, impulsivo e espontâneo, aprendeu a confiar em Jesus e assumir a sua vocação; confirmado na fé, passou a confirmar os irmãos.
       A resposta dada ao sumo-sacerdote, que os proibia novamente de pregar, é clarificadora: «Deve obedecer-se antes a Deus que aos homens. O Deus dos nossos pais ressuscitou Jesus, a quem vós destes a morte, suspendendo-O no madeiro. Deus exaltou-O pelo seu poder, como Chefe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento e o perdão dos pecados. E nós somos testemunhas destes factos, nós e o Espírito Santo que Deus tem concedido àqueles que Lhe obedecem».
       A ordem das autoridades do Templo antigo é para os açoitar, intimidando-os para não voltarem a falar no Nome de Jesus. Porém, "os Apóstolos saíram da presença do Sinédrio cheios de alegria, por terem merecido serem ultrajados por causa do nome de Jesus", com o propósito de anunciar o Evangelho em toda a parte.

       6 – «Digno é o Cordeiro que foi imolado de receber o poder e a riqueza, a sabedoria e a força, a honra, a glória e o louvor, pelos séculos dos séculos». A visão de João, no Apocalipse, permite-lhe presenciar a oração dirigida a Jesus, o Cordeiro de Deus, que foi imolado para a salvação de todos. Na adoração inicia-se a conversão. Todas as criaturas que há no céu, na terra e no mar, são, em Cristo Jesus, resgatadas para Deus.
       Confiemos a nossa vida a Deus, Pai de Misericórdia: "Ouvi, Senhor, e tende compaixão de mim. Senhor, sede Vós o meu auxílio. Vós convertestes em júbilo o meu pranto: Senhor meu Deus, eu Vos louvarei eternamente" (Salmo).
       Dobremos os joelhos em adoração, mas sobretudo o coração, para que a nossa miséria, nas palavras do Papa Francisco, seja cancelada pela misericórdia de Deus.

Pe. Manuel Gonçalves


Textos para a Eucaristia (ano C): Atos 5, 27b-32. 40b-41; Sl 29 (30); Ap 5, 11-14; Jo 21, 1-19.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

João César das Neves - LÚCIA DE FÁTIMA e os seus primos

JOÃO CÉSAR DAS NEVES (2014). Lúcia de Fátima e os seus primos. Lisboa: Paulus Editora. 168 páginas.
       João César das Neves é um conhecido economista, e um reconhecido católico, com intervenções oportunas em diversas áreas, com o pano de fundo da mensagem do Evangelho. Mais um original contributo de um tema incontornável para os católicos (portugueses), o acontecimento de Fátima e as Aparições aos três Pastorinhos, dois deles já beatificados, em 2000, pelo Papa João Paulo II, que se deslocou a Fátima com esse propósito, no dia mais importante, 13 de maio, altura em que foi também revelada a terceira parte do segredo. A Irmã Lúcia viria a falecer cinco anos depois, a 13 de fevereiro de 2005, uns meses antes do Papa João Paulo II, que faleceu a 2 de abril de 2005. Três anos depois, Bento XVI dispensou do prazo para se iniciar o processo de beatificação, que são cinco anos, mas que passados três anos se iniciou o processo.
       O título, desde logo, nos centra no papel preponderante de Lúcia, pela extensão de vida, grande parte dos quais como mensageira da Senhora de Fátima. É do seu testemunho, respondendo aos diversos processos paroquiais, diocesanos, ou em resposta ao Vaticano, seja pelos escritos e pelas respostas que vão dando. O centro de toda a mensagem é DEUS. Outra protagonista é Nossa Senhora. E no serviço de divulgar o amor e a misericórdia de Deus, através da veneração do Imaculado Coração de Jesus e de Maria, os Pastorinhos.
       Se o título nos aponta imediatamente para a irmão Lúcia, o autor não deixa de contextualizar os acontecimentos de Fátima, com o lugar e o ambiente do interior de Portugal, aquela época, a proximidade à primeira guerra mundial, os erros espalhados pela Rússia, os costumes da época, o que envolveu a auscultação dos factos e a evolução dos acontecimentos.
       Antes de Lúcia, os dois primos: Francisco - reservado, decidido, disposto a tudo fazer para consolar Nosso Senhor, sério, não se importando de perder nos jogos. Jacinta - a mais nova. Determinada. Emotiva. A que colhe mais simpatia por parte das pessoas. A primeira a revelar a aparição de Nossa Senhora. Oferece os seus sacrifícios pela conversão dos pecadores, para consolar o Imaculado Coração de Jesus e de Maria, e pelo Santo Padre, a quem vê em grande sofrimento. Sensível, mas ao mesmo tempo corajosa, permanecendo dócil a Nossa Senhora, mas guardando para si o que é necessário guardar. Com a pneumónica sabe que não há nada a fazer, revelação de Nossa Senhora, mas aguenta todos os tratamentos para a conversão dos pecadores e pelo Santo Padre. Morre sozinha.
       Certamente que as Memórias da Irmã Lúcia são imprescindíveis para compreender o acontecimento de Fátima e o desenvolvimento de devoções e da consagração do mundo a Nossa Senhora, o carácter dos seus primos, e o desenrolar das investigações, e os padecimentos a que estiveram sujeitos. No entanto, tem surgido um enorme volume de textos, reflexões, e outras devoções decorrentes da Mensagem de Fátima. João César das Neves apresenta aqui um belíssimo testemunho sobre Fátima, com as PESSOAS incontornáveis nesta Mensagem vinda do Céu, que concorre com Lúcia, Jacinta e Francisco, para fazer chegar o Evangelho mais longe.
        É uma leitura leve, no sentido que é acessível a todos. Em pouco texto diz muito, leva-nos ao essencial. É um daqueles livros sobre o qual não existe dificuldade em recomendar, e que nos permite perceber um acontecimento sobrenatural.

sábado, 3 de maio de 2014

Domingo III da Páscoa - ano A - 4 de maio de 2014

       1 – "Jesus entrou e ficou com eles. E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção, partiu-o e entregou-lho. Nesse momento abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-n’O". A Eucaristia, instituída em Quinta-feira Santa, marca para sempre a vida dos cristãos, dos que se dizem e se querem seguidores de Jesus. Mesmo antes de morrer, Jesus deixa este memorial da Sua morte e da Sua Ressurreição, forma nova de permanecer, pelo Espírito Santo, no mundo, entre os discípulos. Antecipa o que será depois da Ressurreição. A mesa, à volta da qual Se senta com os seus discípulos, para comer a refeição e para, em definitivo e de forma sacramental, Se tornar Ele mesmo a refeição da nova e eterna Aliança. Entrega o Seu Corpo e o Seu Sangue, a Sua vida por inteiro, de uma vez para sempre. Não a entrega de forma provisória ou condicional, mas definitiva e total e a favor de todos.
       Mas à volta da mesa, e incluído na Eucaristia, está o serviço, o lavar dos pés, o cuidado dos mais frágeis, o compromisso discipular e missionário. Para sempre! Os que se sentam à mesa com Jesus são Seus discípulos, estão disponíveis para aprender com Ele, amar e dar a vida ao Seu jeito. Disponíveis para assumir uma postura de serviço, que incluí a evangelização. Dar o pão e dar o sentido para a vida, pois nem só de pão vive o Homem, mas de toda a palavra que vem de Deus.
       Neste pedaço de Evangelho que hoje nos é apresentado, estão os traços essenciais dos crentes cristãos.
       Jesus toma a iniciativa. Vem ao nosso encontro. Encontra-nos a caminhar. Acompanha-nos pela estrada fora. Dispõe-se a entrar em nossa casa e a revolucionar a nossa vida. Mas não Se impõe. Ele seguirá outro caminho se nós estivermos impermeáveis ao Espírito. É possível encontrá-l'O e descobri-l'O a caminhar, nas Sagradas Escrituras e reconhecê-l'O na vivência dos Sacramentos.
       O encontro com Jesus, se é autêntico, não anulando as dificuldades da nossa vida, frágil e humana, finita e mortal, converte-se em ALEGRIA contagiante, faz-nos descruzar os braços, levantar-nos do chão e coloca-nos de novo a caminho, ainda que tenhamos que voltar atrás, ainda que tenhamos que irromper pela noite e pelas trevas, para levar a Luz e Verdade a outras pessoas. Ide e fazei discípulos é mais que uma opção. É a única opção para os seguidores de Jesus. O bem, o amor, é para partilhar. Só o que se partilha é verdadeiramente nosso. Cristo é nosso quando e sempre que o partilhamos.
       2 – Sexta-feira, que viria a ser santa, dia da entrega final de Jesus na Cruz, os discípulos veem desenrolar-se um filme inesquecível. Desde o entardecer do dia anterior, acompanhando Jesus na oração dramática do Horto das Oliveiras. Sucessivamente, Jesus é preso, julgado de forma sumária, passando de instância para instância, esbofeteado, escarnecem d'Ele, cuspindo-lhe, colocam-lhe uma coroa de espinhos, é flagelado e fisicamente muito fragilizado carrega a Cruz, é crucificado e morre pregado na CRUZ como criminoso, de Quem se desvia rapidamente o olhar.
       Os discípulos vivem aquela hora de forma tensa, com elevada dose de ansiedade e medo. Uns mais distantes que outros. O medo paralisa uns, a outros mantém-nos mais perto, mas ainda assim com uma distância de segurança. Como discípulos, deste tempo, também acompanhamos o desenrolar dos acontecimentos. Reagimos de maneira diferente, em conformidade com a nossa fé e com a vida que levamos. Uns mais perto, outros mais sofríveis, uns mais confiantes outros mais duvidosos.
       Jesus morre. É sepultado. E agora? Quê fazer? O que aconteceu? O que nos aconteceu? Aquele que era o Guia agora está morto! Que vai ser de nós? Extinguiu-se a nossa luz!
       A morte de um familiar, um amigo, um vizinho, aproxima-nos de outros familiares e amigos. Partilhamos a dor, fazemos o luto em conjunto. Podemos até ficar algum tempo, umas horas, uns dias, para nos apoiarmos na mesma dor. Depois a vida segue e nós seguimos também, apesar da perda que sofremos e que passa a fazer parte de nós. Também os discípulos. Regressaram a casa, estiveram algumas horas juntos, três dias, e depois regressam às suas próprias casas. É nesse regresso que Jesus encontra os discípulos de Emaús, desanimados, mas em lógica de se conformarem. "Nós esperávamos que fosse Ele quem havia de libertar Israel. Mas, afinal, é já o terceiro dia depois que isto aconteceu".
       "Não tinha o Messias de sofrer tudo isso para entrar na sua glória?» – questiona Jesus. "Depois, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicou-lhes em todas as Escrituras o que Lhe dizia respeito". A palavra de Deus prepara-os e prepara-nos para reconhecermos Jesus. "E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção, partiu-o e entregou-lho. Nesse momento abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-n’O".
       Um novo acontecimento volta a congregar-nos em família: um casamento, um nascimento, um batizado, uma festa de aniversário. Aqui o acontecimento novo: JESUS ESTÁ VIVO! Há que regressar rapidamente à família, a Jerusalém, dizer aos outros, contar-lhes tudo, confirmar o que já se vinha a espalhar. Ser testemunhas da Ressurreição.
       3 – Com as aparições do Ressuscitado, Jesus vivo que Se apresenta e Se coloca no meio dos discípulos – a primeira comunidade cristã –, o medo dos Seus seguidores vai desaparecendo, dando lugar à valentia, à audácia e à persistência, para darem testemunho de Jesus e anunciarem o Evangelho em todos os ambientes e circunstâncias. O medo encerrara-os em casa. A ressurreição de Jesus dá-lhes coragem para superarem os medos e ser tornarem verdadeiros discípulos missionários.
       Com os demais apóstolos, Pedro toma a dianteira e a liderança. Aquele que se tinha negado a reconhecer o Mestre e o que os unia, contrapõe o testemunho:
       «Jesus de Nazaré foi um homem acreditado por Deus junto de vós com milagres, prodígios e sinais, que Deus realizou no meio de vós, por seu intermédio, como sabeis. Depois de entregue, segundo o desígnio imutável e a previsão de Deus, vós destes-Lhe a morte, cravando-O na cruz pela mão de gente perversa. Mas Deus ressuscitou-O, livrando-O dos laços da morte, porque não era possível que Ele ficasse sob o seu domínio... Irmãos, seja-me permitido falar-vos com toda a liberdade: David viu e proclamou antecipadamente a ressurreição de Cristo, dizendo que Ele não O abandonou na mansão dos mortos, nem a sua carne conheceu a corrupção. Foi este Jesus que Deus ressuscitou e disso todos nós somos testemunhas. Tendo sido exaltado pelo poder de Deus, recebeu do Pai a promessa do Espírito Santo, que Ele derramou, como vedes e ouvis» (Atos dos Apóstolos). "Se invocais como Pai Aquele que, sem acepção de pessoas, julga cada um segundo as suas obras, vivei com temor, durante o tempo de exílio neste mundo. Lembrai-vos que não foi por coisas corruptíveis, como prata e oiro, que fostes resgatados da vã maneira de viver, herdada dos vossos pais, mas pelo sangue precioso de Cristo" (Carta de São Pedro).
       O impulso missionário dos primeiros discípulos deve-se a uma grande proximidade com Jesus e com a Sua Ressurreição, da qual, de novo, sempre, nos deve impulsionar: IDE E FAZEI DISCÍPULOS. Frequentamos a escola de Jesus e do Seu Evangelho e simultaneamente partilhamos vivendo em lógica de serviço e cuidado.

       4 – Dia da Mãe, início do mês de maio, mês de MARIA, discípula e Mãe de Jesus, o seu exemplo de serenidade e confiança, mantém a primeira comunidade reunida em clima de oração e de recolhimento. Os discípulos de Emaús, quando reconhecem Jesus, voltam atrás, precisamente aonde se encontra Maria com um ou outro discípulo. É Ela que nos congrega como filhos, é Ela que nos faz sentir irmãos, é n’Ela que encontramos um modelo de Mãe: atenta, disponível, confiando mesmo quando as coisas correm mal.
       Maria, Mãe de Jesus e Mãe nossa, rogai por nós.

Pe. Manuel Gonçalves

Textos para a Eucaristia (ano A): Atos 2, 14. 22-33; Sl 15 (16), 1 Ped 1, 17-21; Lc 24, 13-35.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Francisco - Homilia na jornada Mariana

«Cantai ao Senhor um cântico novo, porque Ele fez maravilhas» (Sl 97, 1). Encontramo-nos hoje diante duma das maravilhas do Senhor: Maria! Uma criatura humilde e frágil como nós, escolhida para ser Mãe de Deus, Mãe do seu Criador. Precisamente olhando Maria à luz das Leituras que acabámos de escutar, queria reflectir convosco sobre três realidades: Deus surpreende-nos, Deus pede-nos fidelidade, Deus é a nossa força.

       1. A primeira: Deus surpreende-nos. O caso de Naamã, comandante do exército do rei da Síria, é notável: para se curar da lepra, vai ter com o profeta de Deus, Eliseu, que não realiza ritos mágicos, nem lhe pede nada de extraordinário. Pede-lhe apenas para confiar em Deus e mergulhar na água do rio; e não dos grandes rios de Damasco, mas de um rio pequeno como o Jordão. É uma exigência que deixa Naamã perplexo, surpreendido: Que Deus poderá ser este que pede uma coisa tão simples? A vontade primeira dele é retornar ao País, mas depois decide-se a fazê-lo, mergulha no Jordão e imediatamente fica curado. Vedes!? Deus surpreende-nos; é precisamente na pobreza, na fraqueza, na humildade que Ele Se manifesta e nos dá o seu amor que nos salva, cura e dá força. Pede somente que sigamos a sua palavra e tenhamos confiança n’Ele.
       Esta é a experiência da Virgem Maria: perante o anúncio do Anjo, não esconde a sua admiração. Fica admirada ao ver que Deus, para Se fazer homem, escolheu precisamente a ela, jovem simples de Nazaré, que não vive nos palácios do poder e da riqueza, que não realizou feitos extraordinários, mas que está disponível a Deus, sabe confiar n’Ele, mesmo não entendendo tudo: «Eis a serva do Senhor, faça-se em Mim segundo a tua palavra» (Lc 1, 38). Deus surpreende-nos sempre, rompe os nossos esquemas, põe em crise os nossos projectos, e diz-nos: confia em Mim, não tenhas medo, deixa-te surpreender, sai de ti mesmo e segue-Me! Hoje perguntemo-nos, todos, se temos medo daquilo que Deus me poderá pedir ou está pedindo. Deixo-me surpreender por Deus, como fez Maria, ou fecho-me nas minhas seguranças, nos meus projectos? Deixo verdadeiramente Deus entrar na minha vida? Como Lhe respondo?

       2. Na passagem lida de São Paulo, ouvimos o Apóstolo dizer ao seu discípulo Timóteo: Lembra-te de Jesus Cristo; se perseverarmos com Ele, também com Ele reinaremos. Aqui está o segundo ponto: lembrar-se sempre de Cristo, perseverar na fé. Deus surpreende-nos com o seu amor, mas pede fidelidade em segui-Lo. Pensemos quantas vezes já nos entusiasmámos por qualquer coisa, por uma iniciativa, por um compromisso, mas depois, ao surgirem os primeiros problemas, abandonámos. E, infelizmente, isto acontece também com as opções fundamentais, como a do matrimónio. É a dificuldade de ser constantes, de ser fiéis às decisões tomadas, aos compromissos assumidos. Muitas vezes é fácil dizer «sim», mas depois não se consegue repetir este «sim» todos os dias.
       Maria disse o seu «sim» a Deus, um «sim» que transtornou a sua vida humilde de Nazaré, mas não foi o único; antes, foi apenas o primeiro de muitos «sins» pronunciados no seu coração tanto nos momentos felizes, como nos dolorosos… muitos «sins» que culminaram no «sim» ao pé da Cruz. Estão aqui hoje muitas mães; pensai até onde chegou a fidelidade de Maria a Deus: ver o seu único Filho na Cruz.
       Sou um cristão intermitente, ou sou cristão sempre? Infelizmente, a cultura do provisório, do relativo penetra também na vivência da fé. Deus pede-nos para Lhe sermos fiéis, todos os dias, nas acções quotidianas; e acrescenta: mesmo se às vezes não Lhe somos fiéis, Ele é sempre fiel e, com a sua misericórdia, não se cansa de nos estender a mão para nos erguer e encorajar a retomar o caminho, a voltar para Ele e confessar-Lhe a nossa fraqueza a fim de que nos dê a sua força.

       3. O último ponto: Deus é a nossa força. Penso nos dez leprosos do Evangelho curados por Jesus: vão ao seu encontro, param à distância e gritam: «Jesus, Mestre, tem compaixão de nós» (Lc 17, 13). Estão doentes, necessitados de serem amados, de terem força e procuram alguém que os cure. E Jesus responde, libertando-os a todos da sua doença. Causa estranheza, porém, o facto de ver que só regressa um para Lhe agradecer, louvando a Deus em alta voz. O próprio Jesus o sublinha: eram dez que gritaram para obter a cura, mas só um voltou para gritar em voz alta o seu obrigado a Deus e reconhecer que Ele é a nossa força. É preciso saber agradecer, louvar o Senhor pelo que faz por nós.
       Vejamos Maria: depois da Anunciação, o primeiro gesto que ela realiza é um acto de caridade para com a sua parente idosa Isabel; e as primeiras palavras que profere são: «A minha alma enaltece o Senhor», o Magnificat, um cântico de louvor e agradecimento a Deus, não só pelo que fez n’Ela, mas também pela sua acção em toda a história da salvação. Tudo é dom d’Ele; Ele é a nossa força! Dizer obrigado parece tão fácil, e todavia é tão difícil! Nós quantas vezes dizemos obrigado em família? Quantas vezes dizemos obrigado a quem nos ajuda, vive perto de nós e nos acompanha na vida? Muitas vezes damos tudo isso como suposto! E o mesmo acontece com Deus.

Continuando a Eucaristia, invocamos a intercessão de Maria, para que nos ajude a deixarmonos surpreender por Deus sem resistências, a sermos-Lhe fiéis todos os diaa, a louvá-Lo e agradecer-Lhe porque Ele é a nossa força. Amen.


FONTE: Spe Deus.

domingo, 13 de outubro de 2013

Papa Francisco - Consagração do Mundo a Nossa Senhora

       Diante da Imagem de Nossa Senhora de Fátima, no 96.º aniversário da última aparição de Nossa Senhora aos Pastorinhos, no âmbito da jornada mariana, incluída no Ano da Fé, o papa Francisco consagra o mundo inteiro a Maria. Segue a oração de CONSAGRAÇÃO:
Bem-aventurada Virgem Maria de Fátima,
Com renovada gratidão pela tua presença materna, unimos a nossa voz à de todas as gerações que te chamam bem-aventurada, em ti celebramos as grandes obras de Deus, que nunca se cansa de se inclinar misericordiosamente sobre a humanidade, aflita pelo mal e ferida pelo pecado, para a curar e salvar.
Acolhe com benevolência de mãe o acto de entrega que hoje fazemos com confiança,
Diante desta tua imagem, para nós tão querida.
Estamos certos que cada um de nós é precioso aos teus olhos e que nada do que habita nos nossos corações te é estranho.
Deixamo-nos alcançar pelo teu olhar tão doce e recebemos a consoladora carícia do teu sorriso.
Cuida da nossa vida entre os teus braços; abençoa-nos e reforça todo o desejo de bem; reaviva e alimenta a fé; sustém-nos e ilumina a esperança; suscita e anima a caridade; guia-nos a todos no caminho da santidade.
Ensina-nos o teu próprio amor de predilecção pelos pequenos e pobres, pelos excluídos e pelos que sofrem, pelos pecadores e os que têm o coração dilacerado: reúne-os a todos sob a tua protecção, e entrega-os ao teu dilecto filho, o Senhor Nosso Jesus.
Amen.

sábado, 14 de abril de 2012

Domingo da Divina Misericórdia (2.º de Páscoa)

       1 – "Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei». Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa, e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco». Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente». Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!» Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto»".


       Ficará para sempre a confissão de fé de Tomé: "Meu Senhor e Meu Deus". Diante de Jesus ressuscitado não são necessárias muitas palavras. A experiência de encontro é tão forte e sublime que leva à contemplação, ao êxtase. Com Tomé, também nós rezamos, repetimos (em silêncio), professamos a nossa fé, num dos momentos mais extraordinários, o mistério da fé por excelência, o da CONSAGRAÇÃO, quando o Pão e o Vinho dão lugar à pessoa de Jesus Cristo, PÃO divino, o lugar à adoração. Somos privilegiados, não O vimos fisicamente, mas participámos deste milagre maior: "felizes os que acreditam sem terem visto".
       A cada passo evocamos a memória do apóstolo: crer como Tomé, ver para crer. A dúvida do Apóstolo é compreensível, uma vez que a RESSURREIÇÃO é um acontecimento inaudito, novo, extraordinário, que sai fora do humanamente expectável. Veja-se o caso dos discípulos de Emaús (evangelho de são Lucas), que tendo ouvido dizer que Ele ressuscitara, pois as mulheres encontraram o túmulo vazio (como podem constatar também alguns discípulos) e apareceram-lhes uns anjos, estão tristes, ainda não acreditam, até Jesus Se manifestar na fração do pão. Do mesmo jeito, o demais apóstolos, acreditam porque veem, e não porque outros o testemunharam.
       "Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, colocou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhe-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes serão retidos»".
       Também a eles Jesus mostra o lado e as mãos, repetindo a saudação, para que não restem dúvidas que estão perante o Mestre dos Mestres.

       2 – A ressurreição de Jesus Cristo revoluciona a história da humanidade. E, nesta perspetiva, é um acontecimento histórico. Nada será como dantes. Não só divide a história ao meio, o antes e o depois de Cristo (a era cristã inicia-se na referência ao nascimento de Jesus, mas este só é reconhecido a partir da Páscoa, e dos encontros com o Ressuscitado, de contrário Jesus seria mais um profeta caído em desgraça e esquecido), como influencia (continua a influenciar) a cultura, a sociedade, a política, a economia, a religião. É uma revolução a partir do interior do homem, mas efetiva, que se espalha de Jerusalém para o mundo inteiro, ou pelo menos para meio mundo, e cuja perseguição não só não desmobiliza mas apressa a evangelização. Expulsos de casa, expulsos da cidade, levam Cristo para outras casas e cidades.
       A casa do medo há de incendiar-se com a alegria do Ressuscitado. A vida nova invade toda a casa, como quando os raios de sol, num alegre dia de primavera, inundam todos os compartimentos com uma claridade tal que o olhar tem de se apurar (para resistir!).
       É em casa que a vida acontece. E é à volta de uma mesa que se solidificam e estreitam os laços que unem e caraterizam a família. Na última das Ceias encontram-se lá todos. O ambiente é de festa, mas cedo fica carregado com o anúncio de Jesus. É um testamento. Vai partir. Não mais se sentará à mesa com os seus, a não ser noutra Páscoa. A família aprende a superar as dificuldades. A casa começa a desmoronar-se quando alguém se levanta da mesa e abandona a casa. É o que acontece com Judas. Não voltará a entrar em casa, a sentar-se à mesa com os companheiros e com o Mestre, não voltará à convivência com os amigos. Nem tudo estava perdido. Pedro volta. Os outros discípulos hão de voltar também.
       c É em casa que os discípulos se fecham e se apoiam uns aos outros, lamentando o sucedido, as portas e as janelas estão fechadas. A luz espreita pelas frinchas. Reina o medo e a tristeza. Jesus vem e coloca-se no meio deles. A casa ganha nova vida. Jesus ilumina toda a casa. Melhor, inunda de alegria os seus discípulos. Passa a ser casa de esperança, de festa, arejada com a presença do Ressuscitado, o cheiro a mofo desaparece rapidamente. Abrem-se as portas. Começa a revolução. A partir de dentro. A partir de casa.
       A casa não é apenas o espaço físico, a habitação, é o outro, a casa são as pessoas que a constituem. Quando alguém regressa a casa, um filho desavindo, um pai ou uma mãe fora em trabalho, uma filha que estivera longo tempo hospitalizada, surge vida nova. O regresso de Jesus a casa, à convivência dos seus, provoca nova vida. "Família e nova evangelização", é a temática proposta para o ano pastoral a decorrer na Diocese de Lamego. Nada mais incisivo: é a partir de casa, da família, que a evangelização há efetivar a adesão firme a Jesus Cristo, mudança no coração, para mudar o mundo.

       3 – A comunidade inicia em casa a verdadeira ressurreição, vida nova. Abrem-se as portas para o mundo. Os discípulos fizeram um longo caminho. Deus caminhou com eles. Jesus fez-Se casa para eles. É a LUZ da ressurreição que finalmente lhes abre o entendimento.
       Há vida nova. Jesus está de volta. Os discípulos saem da letargia em que tinham caído com a Sua morte. E com eles se faz a primeira comunidade cristã, que vai aumentando de dia para dia.
       O acontecimento – Ressurreição de Jesus – dá origem a uma postura nova, que assume e espelha a postura de Jesus Cristo e responde ao Seu mandato de amor e de comunhão.
       "A multidão dos que haviam abraçado a fé tinha um só coração e uma só alma; ninguém chamava seu ao que lhe pertencia, mas tudo entre eles era comum. Os Apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus com grande poder e gozavam todos de grande simpatia. Não havia entre eles qualquer necessitado, porque todos os que possuíam terras ou casas vendiam-nas e traziam o produto das vendas, que depunham aos pés dos Apóstolos. Distribuía-se então a cada um conforme a sua necessidade".
       Eis o modo como as primeiras comunidades assumem viver e anunciar a Ressurreição em Cristo Jesus. Continuam a ser modelo para as comunidades do nosso tempo.

       4 – Hoje como ontem, não estamos sós. E não devemos estar sós, se Deus nos criou para vivermos uns com os outros e uns para os outros, em comunidade, ajudando-nos como irmãos, vivendo com os outros como em família, como em casa, protegendo, dialogando, partilhando, comendo do mesmo pão, alimentando-nos da mesma vida, da mesma vontade de viver, acolhendo e acolchoando as dores uns dos outros, solidificando a confiança e a segurança.
       Deus amou-nos primeiro. Enviou-nos o Seu Filho. Ama-nos, em todos os momentos da nossa vida. A referência para nos amarmos como irmãos é o amor de Deus. E amamos a Deus sempre que seguimos o Seu projeto de amor, de vida nova, de reconciliação e de paz.
       "Nós sabemos que amamos os filhos de Deus quando amamos a Deus e cumprimos os seus mandamentos, porque o amor de Deus consiste em guardar os seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados, porque todo o que nasceu de Deus vence o mundo. Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. Quem é o vencedor do mundo senão aquele que acredita que Jesus é o Filho de Deus? Este é o que veio pela água e pelo sangue: Jesus Cristo; não só com a água, mas com a água e o sangue. É o Espírito que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade".

Textos para a Eucaristia (ano B): Act 4,32-35; 1 Jo 5,1-6; Jo 20,19-31.

sábado, 30 de abril de 2011

Ide por todo o mundo e proclamai o Evangelho

       Jesus ressuscitou na manhã do primeiro dia da semana e apareceu em primeiro lugar a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demónios. Ela foi anunciar aos que tinham andado com Ele e estavam mergulhados em tristeza e pranto. Eles, porém, ouvindo dizer que Jesus estava vivo e fora visto por ela, não acreditaram. Depois disto, manifestou-Se com aspecto diferente a dois deles que iam a caminho do campo. E eles correram a anunciar aos outros, mas também não lhes deram crédito. Mais tarde apareceu aos Onze, quando eles estavam sentados à mesa, e censurou-os pela sua incredulidade e dureza de coração, porque não acreditaram naqueles que O tinham visto ressuscitado. E disse-lhes: «Ide por todo o mundo e proclamai o Evangelho a toda a criatura» (Mc 16, 9-15).
       O Evangelista Marcos apresenta-nos as várias aparições do Ressuscitado. Jesus ressuscitou a apareceu a Maria Madalena, depois a dois discípulos que iam a caminho do campo (discípulos de Emaús), depois aos Onze.
       Destaca-se, por um lado, as diferenças dos quatro evangelistas quanto às aparições, como por exemplo, a aparição a Maria Madalena, ou às mulheres, aos dois discípulos que iam para o campo, ou iam para Emaús. Neste concreto as diferenças são abonatórias, pois os evangelistas não combinaram entre eles, não é uma farsa, de contrários todos os pormenores coincidiriam. Por outro lado, concordam no essencial, na ressurreição de Jesus, nas aparições do Ressuscitado e nas dúvidas surgidas após os primeiros sinais da ressurreição. Os discípulos ainda não estão refeitos da tragédia e já se anuncia um novo dia, um novo tempo, o Dia do Senhor (= Dies Domini = Domingo, em português), o dia da Ressurreição e da Vida.
       Um dado mais, sobre Maria Madalena. Além de ser referida nos vários evangelhos como primeira testemunha da ressurreição, individualmente ou com as outras mulheres, Marcos dá-nos um referência concreta sobre a sua identidade. Já sabemos que é de Magdala (= Magdalena = Madalena), mas sabemos também que foi uma mulher de quem Jesus expulsou 7 demónios, ou por outra, Jesus curou-a. Desengane-se, uma vez mais, corrigindo o erro, quem a identifica umas vezes com uma prostituta outras vezes com a mulher apanhada em flagrante adultério. Destas duas mulheres não sabemos nem o nome nem a identidade até como forma de preservá-las, depois da conversão.
       Um aspecto final: a aparição de Jesus leva à missão: «Ide por todo o mundo e proclamai o Evangelho a toda a criatura»

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

13 de Outubro: em Fátima e no Chile

       No dia 13 de Outubro de 1917, Nossa Senhora aparecia, pela sexta e última vez, na Cova d' Iria, aos três Pastorinhos de Fátima. Hoje comemorou-se o 93.º aniversário da referida aparição. O Santuário de Fátima, uma vez mais encheu-se de cor, de festa, de pessoas, de promessas, de súplicas, de agradecimento de graças alcançadas.
       No Chile, o dia 13 de Outubro de 2010 ficará para sempre na memórida dos chilenos, especialmente na memória dos mineiros e dos seus familiares. Mais um dia feliz.
       Para os crentes cristãos esta poderá ser mais uma coincidência feliz. Como referiu hoje D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima, há 93 anos a aparição milagrosa de Nossa Senhora a três crianças, hoje, no Chile, o milagre de salvar vidas.
       O Papa, ao longo destes dois meses em que os mineiros estavam nas minas, prisioneiros, rezou e pediu orações para eles e para os seus familiares. Também hoje se associou alegremente ao resgate. Assim também o Santuário de Fátima e os seus peregrinos...

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Madre Teresa e as Aparições de Nossa Senhora

       O padre Jack relata um encontro, nos EUA, com a Madre Teresa de Calcutá e a opinião desta acerca das aparições de Nossa Senhora em Medjugorje.
     A Madre Teresa, sem levantar a voz, vai falando de vários temas. Por exemplo acerca do aborto, diz que hás duas mortes: uma é a do bebé e a outra é a da consciência da mãe. E que a única coisa que a pode curar é o sacramento da Reconciliação, porque a grande dádiva da Confissão é que permite que nos comecemos a perdoar a nós mesmos...
       O padre Jack pede-lhe a bênção e ela recusa, dizendo que quem deve dar a bênção é o sacerdote, acrescentando: "Os padres não se dão conta doo quanto são preciosos. É através de vós que Jesus está aqui na Eucaristia".
       Quando lhe perguntaram sobre as aparições de Nossa Senhora em Medjugorje, ela respondeu:
       - "Claro que a Santíssima Virgem está a aparecer lá! É a minha terra, sabem? (Albânia, nos Balcãs) Mas eu nunca lá iria, porque poderia ser uma distracção em relação ao trabalho que Deus lá está a fazer. Enviei uma carta para eles entregarem a Maria, a pedir-lhe que viesse a Calcutá".

O sacerdote respondeu-lhe: "Bem, Madre, Maria não vai porque já a está a utilizar a si lá"...

in Wayne Weible, Medjugorje. A Mensagem. Paulinas 2009.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Aparição de Nossa Senhora a Mirjana

       No dia 24 de Junho de 1981, Nossa Senhora apareceu a seis crianças, na aldeia serrana de Medjugorje. Desde então, e diariamente, Nossa Senhora aparece. Além das seis crianças, ainda apareceu a outra, mas como ao segundo dia não compareceu, só viu Nossa Senhora uma vez. Nossa Senhora revela para eles, para a comunidade e para o Mundo, 10 segredos. Alguns dos videntes só vêem Nossa Senhora em datas específicas, aniversários, quando têm mais necessidade... Mas a Mãe de Jesus Continua a aparecer diariamente.
       À mesma hora, numa das salas contíguas à Igreja de São Tiago, ou mesmo no exterior. O encontro inicia-se com a recitação do terço, durante o qual se dá a aparição. Fazem silêncio. Aqui no vídeo podemos ver uma das aparições. É uma questão de fé, vemos a expressão de Mirjana, uma das videntes, já adulta. Mexe os lábios, abana a cabeça, expressa alegria ou choro. No final alguém escreve a mensagem do dia.

Medjugorje: Abril de 2009


       Podem ver outros vídeos, mesmo da dança do sol, ou milagre do Sol, como aconteceu em Fátima. Como é uma questão de fé, pode ver-se o milagre ou não. Aos que presenciam, os sacerdotes têm dito para não olharem directamente para o Sol, tentando a Deus, alguns ficam com lesões na retina. Optámos pelas imagens concentradas numa das videntes, não se vê a aparição, como é evidente, mas podem ler-se as expressões. Mais uma vez, importa dizer, que estas aparições não estão aprovadas pela Igreja, mas os fruto têm sido muito meritórios e a mensagem fundamental é a constante do Evangelho.

MEDJUGORJE - A Mensagem

Encontrámos este livro na Livraria Religiosa de Lamego, a Gráfica de Lamego, e imediatamente comprámos. O sr. Guerra, o responsável, começou por dizer que valia a pena, pois já tinham sido vendidas mais de 1 milhão de cópias, em todo o mundo. Não foi esse o motivo, até porque dias antes tinha adquirido "A Cabana" que já tinha vendido mais de 7 milhões de cópias em todo o mundo. Comprei pela mensagem e pelo fenómeno das aparições de Nossa Senhora.
Quando estive na Equipa Formadora do Seminário Menor de Resende, nos anos de 1998-2000, o sr. Reitor, Pe. Manuel Esteves, falou-nos muitas vezes de Medjugorje (mediugorje, como prenunciámos), quer à Equipa Formadora, quer aos seminaristas, lendo textos referentes às mensagens de Nossa Senhora a seis videntes, todos os dias, ao longo de vários anos, numa localidade da ex-Jugoslávia, Medjugorje, sob domínio comunista.
Este livro é um testemunho na primeira pessoa, Wayne Weible, protestante, que ministrava catequese aos adultos e que se encontra com este fenómeno numa sessão de catequese. Recolhe informações. Prepara um artigo para um dos seus jornais, que desdobra em 4 artigos, que vão tendo cada vez mais saída, até que são impressos num opúsculo, que em pouco tempo ultrapassa os 2 milhões de exemplares, espalhados pelos EUA.

O autor faz várias incursões a Medjugorje, à Irlanda, a Inglaterra. Várias viagens, várias conferências, várias entrevistas. Sente dentro de si a voz de Nossa Senhora, convidando-o a espalhar a mensagem. Descobre a beleza da recitação do terço. A mensagem fundamental de Medjugorje é a mesma de Fátima, de Lourdes, do Evangelho: jejum, oração, penitência, conversão, mudança de vida, seguimento de Jesus Cristo.
Estas aparições não foram validadas pela Igreja, mas em todo o caso a mensagem que veiculam está de acordo com o Evangelho, leva as pessoas à conversão, à confissão, à reza do terço, à celebração da Eucaristia, à comunhão, à transformação interior e exterior.