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terça-feira, 11 de setembro de 2018

Aniversário de D. Jacinto, Bispo Emérito de Lamego

       D. Jacinto Tomaz de Carvalho Botelho, natural de Moimenta da Beira (Prados de Cima - Vila da Rua), nasceu em 11 de Setembro de 1935.
       Entrou para o Seminário de Resende em 1946 e foi ordenado, no dia 15 de agosto de 1958, ano em que morreu o Papa Pio XII. Celebrou os 50 anos de Sacerdócio no dia 15 de agosto de 2008. Depois da Ordenação foi estudar para Roma.
       Concluídos os estudos em História da Igreja, regressou à Diocese de Lamego, concretamente ao Seminário Maior, sendo professor e integrando-se na Equipa Formadora, vindo a assumir a responsabilidade do Seminário. Entretanto, assumiu outras missões, como Vigário Geral Adjunto e Vigário Geral da Diocese. Durante algum tempo foi pároco de Sande (Lamego).
       Foi nomeado Bispo Auxiliar de Braga e a sua ordenação Episcopal, na Sé Catedral de Lamego, foi no dia 20 de janeiro de 1996, dia de S. Sebastião, Padroeiro de Lamego.
       Depois da morte de D. Américo Couto de Oliveira, Bispo antecessor, viria a assumir a responsabilidade da Diocese, tomando posse no dia 19 de março de 2000. No dia 8 de julho de 2000, seria ordenado o primeiro padre, na Diocese, pelas suas mãos, e que é o Pároco de Tabuaço, Pe. Manuel Gonçalves.
       Parabéns D. Jacinto e que a Senhora dos Remédios, a Senhora da Lapa, a Senhora da Conceição, a Senhora da Assunção, a Mãe de Jesus Cristo, continue a velar pelo seu ministério sacerdotal e episcopal.
       Atualmente a residir na cidade de Lamego, é Bispo Emérito deste nossa Diocese, desde o dia 29 de janeiro de 2012, dia da tomada de posse de D. António Couto, como Bispo de Lamego.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Aniversário da Ordenação Episcopal de D. Jacinto

       D. Jacinto Tomaz de Carvalho Botelho, natural de Moimenta da Beira (Prados de Cima - Vila da Rua), nasceu em 11 de Setembro de 1935.
       Entrou para o Seminário de Resende em 1946 e foi ordenado, no dia 15 de agosto de 1958, ano em que morreu o Papa Pio XII. Celebrou os 50 anos de Sacerdócio no dia 15 de agosto de 2008. Depois da Ordenação foi estudar para Roma.
       Concluídos os estudos em História da Igreja, regressou à Diocese de Lamego, concretamente ao Seminário Maior, sendo professor e integrando-se na Equipa Formadora, vindo a assumir a responsabilidade do Seminário. Entretanto, assumiu outras missões, como Vigário Geral Adjunto e Vigário Geral da Diocese. Durante algum tempo foi pároco de Sande (Lamego).
       Foi nomeado Bispo Auxiliar de Braga e a sua ordenação Episcopal, na Sé Catedral de Lamego, foi no dia 20 de janeiro de 1996, dia de São Sebastião, Padroeiro de Lamego.
       Depois da morte de D. Américo Couto de Oliveira, Bispo antecessor, viria a assumir a responsabilidade da Diocese, tomando posse no dia 19 de março de 2000. No dia 8 de julho de 2000, seria ordenado o primeiro padre, na Diocese, pelas suas mãos, e que é o Pároco de Tabuaço, Pe. Manuel Gonçalves.
       Atualmente a residir na cidade de Lamego, é Bispo Emérito deste nossa Diocese, desde o dia 29 de janeiro de 012, dia da tomada de posse de D. António Couto, como Bispo de Lamego.
       Parabéns D. Jacinto e que a Senhora dos Remédios, a Senhora da Lapa, a Senhora da Conceição, a Senhora da Assunção, a Mãe de Jesus Cristo, continue a velar pelo seu ministério sacerdotal e episcopal.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

São Sebastião, Padroeiro da Diocese de Lamego

       Padroeiro da Diocese de Lamego.
       Juntamente com Santa Bárbara é dos mártires com mais popularidade no Concelho e na Diocese. Muitas das paróquias têm imagens de São Sebastião e algumas têm capelas em sua honra.
       Terá nascido em Narbona, sul de França, de uma família nobre, em meados do século III. Os seus pais seriam de Milão, onde cresceu até se mudar para Roma.
       Em nome da religião enveredou por uma carreira militar. O imperador Diocleciano, desconhecendo a sua religião, nomeou-o capitão general da Guarda Pretoriana. Ajudava a que os condenados se mantivessem fiéis a Jesus Cristo. Cada mártir que surgia era um alento para Sebastião. Foi denunciado por Fabiano, então Governador Romano. Diocleciano acusou-o de ingratidão. Foi cravado por flechas, até o julgarem morto. Santa Irene encontrou-o e tratou-o. Depois de restabelecido voltou junto do imperador. Este mandou que fosse chicoteado até à morte e depois deitado à Cloaca Máxima, o lugar mais imundo de Roma. O corpo foi recuperado e sepultado nas catacumbas da Via Ápia.
       Faleceu a 20 de Janeiro de 288.

Oração:
       Concedei-nos, Senhor, o espírito de fortaleza, para que, a exemplo do vosso mártir São Sebastião, aprendamos a obedecer antes a Vós que aos homens. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Frei Filipe - Retalhos da Vida de um Padre

FREI JOSÉ FILIPE RODRIGUES (2014). Retalhos da vida de um padre. Lisboa: Verso de Capa e Frei José Filipe Rodrigues. 175 páginas.
       Desde que soube da sua publicação que este livro se tornou leitura obrigatória. Retalhos da vida de um padre é também um blogue que sigo com muito interesse, e a presença no YOUTUBE. Frade e Padre dominicano, da Ordem dos Pregadores, de São Domingos de Gusmão, deixa-nos publicações diversificadas sobre a vida da Igreja, os Dominicanos, a vida em colégios ou no Convento de São Domingos de Lisboa, a presença assídua no Hospital de que é capelão.
       Nascido em Lisboa, o Frei Filipe tem as suas raízes em Feirão, no concelho de Resende (terra natal da Mãe), e Cotelo, no concelho de Castro Daire (terra natal do Pai), lugares onde regressa amiúde, nomeadamente nas férias grandes, no Verão, e que integram a nossa Diocese de Lamego. Mas há mais. Mosteiro de Clausura, de irmãs dominicanas, um pouco acima do Santuário dos Remédios e de que é Visitador, "obrigando-o" a deslocar-se a Lamego.
       O contexto das férias é-me muito familiar bem assim como as terras e os santuários, Ouvida, festas populares, São Cristóvão e Douro, as vacas, as sementeiras, as avessadas, os tamancos. Por falar em tamancos, num dos seus textos fala da minha povoação: MATANCINHA onde haveria um famoso tamanqueiro. Na falta deste, Magueijinha, onde ainda existe o Senhor Isidoro, mas como lhe falta a matéria-prima, lá tem que o frei Filipe procurar tamancos na Rua da Olaria na cidade de Lamego.
       Se afinidade das terras e dos contextos desta região, muitos outros temas tornam esta leitura apetecível e agradável: amor, morte, amizade, sofrimento, cruz, Espanha, Vaticano, Liturgia, Santos, Férias, Livros, Encontros, Oração, Deus, Filosofia, Dia do Pai, Família, através de muitas histórias que se cruzam na vida de Frei Filipe e deixam marcas. Momentos importantes com que o Padre Filipe cruza a vida das pessoas, a preparar festas da catequese e a celebrá-las, em batizados, em funerais, no hospital, no convento, nos Maristas, ajudando outros sacerdotes.
       Como o próprio vai referindo, é uma espécie de diário pelo qual se partilha a vida, se comunicam ideias, sonhos, esperança. Acreditamos que será uma leitura envolvente, com muitas confidências, desafios, propostas, desabafos, textos diversificados.

ENTREVISTA com o Frei FILIPE RODRIGUES:

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Leituras: O Deus da Ausência

Joaquim Sarmento, O Deus da Ausência. MinervaCoimbra, Coimbra 2012.


       De novo nos surpreende o Dr. Joaquim Sarmento, com este belíssimo exercício literário. Já nos habituou a escrever bem, de forma escorreita, ao correr da pena, enformado por uma profunda cultura, numa linguagem acessível, em diálogo com a história, com a religião e a fé, com a vida do campo e da cidade, com o país e a Europa, com a psicologia e a política, com os costumes e tradições do povo, com a evolução dos tempos, com este nosso Douro, onde se passa grande parte da história e do enredo do Romance, diálogo com a filosofia e com o quotidiano.
       Já o dissemos oportunamente, os romances de Joaquim Sarmento ombreiam facilmente com nomes da nossa literatura portuguesa e se tivesse a mesma divulgação/projeção mediática por certo se tornariam sucesso de vendas. Os romances de Joaquim Sarmento, para lá da originalidade dos enredos, entram na nossa identidade bem portuguesa, de brandos costumes, mas com grandes paixões. Lamego (Balsemão) e o Douro projetam-se na sua candura, na sua beleza, no trabalho árduo e comprometido, na vinha e no sol, na pobreza e em paisagens deslumbrantes. E nas influências que se trocam, e se vendem, em interesses e no suor daqueles e daquelas que construíram/constroem o Douro, os socalcos do sacrifício e do pão de cada dia. Outros beberam e bebem refastelados à sombra o néctar que esta região, património da humanidade, ajuda a produzir, com as suas encostas e encantos e com as costas e as mãos e os pés de muita gente.
       A família Quitiliano tem segredos, tem vida, tem sonho, tem paixão. Joaquim Sarmento envolve-nos numa trama, em que o narrador se situa bem perto dos personagens, conhecedor de sentimentos divulgados ou escondidos. E se a trama romanceada é por demais bem conseguida, também a contextualização temporal, passagem do século XIX para o século XX, num Portugal em ebulição, no fim de um regime (monárquico) e no início de outro (republicano) e nas experiências que custam muito sofrimento a muitas pessoas
       Quem tiver oportunidade, quem gostar de ler, este é um livro que se devora com muito agrado, lê-se e compreende-se sem necessidade de estar sempre a reler o que se acabou de ler.

Veja blogue da MinervaCoimbra.

domingo, 12 de agosto de 2012

Nota Pastoral sobre a festa de Nossa Senhora dos Remédios

SOLENIDADE DE NOSSA SENHORA DOS REMÉDIOS
Nota Pastoral
       1. No próximo dia 8 de Setembro, dia em que a Igreja celebra a Festa da Natividade da Virgem Santa Maria, a Igreja que vive na Cidade de Lamego celebra a Solenidade de Nossa Senhora dos Remédios, sua Padroeira principal.

        2. Nossa Senhora dos Remédios é, com certeza, nas suas coordenadas culturais e religiosas, o ponto mais alto (falo de outras alturas) da cidade de Lamego, mas também de toda a nossa Diocese de Lamego, e ainda de muita gente humilde e devota do inteiro Portugal e até do estrangeiro, que acorre a este lugar alto (a Bíblia chama «lugar alto» [maqôm], mais alto do que eu, aos santuários de Deus) para, juntamente connosco, bater a esta porta aberta desta Casa da Mãe de Deus e nossa Mãe, à procura de algum consolo para as suas dores e de um bocadinho de esperança para a sua vida.

        3. A nós, Igreja de Deus que vive nesta Cidade e nesta Diocese de Lamego, compete-nos, portanto, pôr a mesa e acender a lareira, para que esta Casa da nossa Mãe seja um lar belo e acolhedor, onde todos aprendamos outra vez a sentir-nos verdadeiramente filhos e irmãos.

        4. Ouso, por isso e para isso, apelar a todos os Movimentos e a todas as Comunidades Paroquiais espalhadas pelo espaço da nossa Diocese de Lamego, com os seus párocos e fiéis, acólitos e porta-estandartes, a marcarem presença activa, peregrinante e orante, de modo a enchermos de Fé, de Amor e de Esperança todos os caminhos que vão dar ao Santuário de Nossa Senhora dos Remédios.

        5. O Dia Grande é o Dia 8 de Setembro. Nesse Dia haverá no Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, às 10 horas, a Solene Celebração da Eucaristia. E às 16 horas terá lugar a Solene Procissão que, saindo da Igreja das Chagas e atravessando as ruas da cidade, se dirigirá para o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios.

        6. Toda a grande Celebração requer que nos preparemos condignamente para ela. Nesse sentido, o Santuário oferece um itinerário de preparação, que decorrerá de 30 de Agosto a 7 de Setembro, com dois momentos altos em cada um dos dias desta novena: às 6 horas da manhã, haverá a Recitação do Terço, Adoração e Celebração da Eucaristia; e às 18 horas, haverá um tempo de oração mariana, orientado pelas Irmãs Franciscanas Hospitaleiras. No dia 6, no final da Oração da manhã, a imagem de Nossa Senhora dos Remédios será levada em Procissão para a Igreja das Chagas, de onde sairá no dia 8, em Solene Procissão, às 16 horas.

        7. Aproveitemos este tempo de graça para renovarmos a nossa Alegria cristã e a nossa Dedicação à Mãe de Deus e Mãe nossa, que sempre nos acolhe na sua Casa e nos conforta nos seus braços maternais.

Lamego, 11 de Agosto de 2012, memória de Santa Clara de Assis

+ António Couto, Bispo de Lamego

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Ano da Fé em reflexão

       Em outubro, por proposta de Bento XVI, iniciar-se-á o ANO da FÉ, 50 anos depois do encerramento do Concílio Vaticano II, e por ocasião do Sínodo para a Nova Evangelização. Neste vídeo, a Editora Paulus propõe-nos uma reflexão sobre a fé, através palavras do Prof. Domingos Terra, sj, a partir do Motu Proprio de Bento XVI, Porta Fidei, (excertos de uma exposição realizada pelo Instituto Diocesano da Formação Cristã do Patriarcado de Lisboa); e a reflexão de D. António Couto, Bispo da nossa Diocese de Lamego e Presidente da Comissão Episcopal Missão e Nova Evangelização (excertos de uma entrevista realizada pela Família Cristã):

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Homilia de D. António na tomada de posse...

(foto: Kymagem)

       «Eis que faço novas todas as coisas» (Apocalipse 21,5), diz Deus. De tal modo novas, diz Deus, que ninguém pode dizer: «Já o sabia» (Isaías 48,7).

       Eis então Jesus a entrar com os seus discípulos em Cafarnaum, na sinagoga deles, e ensinava e ordenava tudo de forma nova. Tão nova que inutilizava todas as comparações e catalogações. Não era membro de nenhuma confraria, academia, partido, ordem profissional ou instituição, que à partida lhe conferisse algum crédito, alguma autoridade. Nenhum crédito, nenhum currículo, nenhum diploma, o precedia. A sua autoridade começava ali, no próprio acto de dizer ou de fazer. E as pessoas de Cafarnaum foram tomadas de tanto espanto, que tiveram de constatar logo ali que saía dos seus lábios e das suas mãos um mundo novo, belo e bom, ordenado segundo as pautas da Criação. Um vendaval manso de graça e de bondade encheu Cafarnaum, e transvazava como um perfume novo de amor e de louvor por toda a região da Galileia e da missão. Saltava à vista que Cafarnaum não podia conter ou reter tamanha vaga de perfume e lume novo.
       As pessoas de Cafarnaum sabiam bem o que diziam os escribas, e como diziam os escribas. Não eram senão repetidores, talvez mesmo apenas repetentes de pesadas e cansadas doutrinas que se arrastavam na torrente de uma velha e gasta tradição. Os escribas diziam, diziam, diziam, recitavam o vazio (Salmo 2,1), compraziam-se na sua própria boca, nas suas próprias palavras (Salmo 49,14), e nada, nada, nada acontecia: nenhum calafrio na alma, nenhum rio nascia no deserto, ninguém estremecia ou renascia. Mas Jesus começou a falar, e as pessoas de Cafarnaum sentem um frémito, um estremecimento novo (Isaías 66,2 e 5), assalta-as uma comovida emoção, uma lágrima de alegria lhes acaricia o coração. Era como se acabassem de escutar aquela palavra única que há tanto tempo se procura, palavra criadora que nos vai direitinha ao coração, a ternura de quem leva uma criança pela mão!
        As pessoas de Cafarnaum sabiam bem o que eram, e como se faziam os exorcismos. Estavam muito em voga naquele tempo. Eram longos, estranhos, complicados, cheios de fórmulas mágicas e ritos esotéricos. Mas Jesus diz uma palavra criadora: «Cala-te e sai desse homem», e tudo fica de imediato resolvido!
       Abre-se um debate. O primeiro de muitos que o Evangelho de Marcos vai abrir. «O que é isto?», perguntam as pessoas de Cafarnaum, que nunca tinham visto tanto e tão novo e tão prodigioso ensinamento.
       Mas é apenas o começo da jornada deste maravilhoso ANUNCIADOR do Evangelho de Deus (Marcos 1,14). Logo a abrir o seu Evangelho, Marcos ensina-nos que a jornada iniciada naquele primeiro sábado em Cafarnaum salta os clichés habituais, e vai de madrugada a madrugada, de modo a deixar já bem à vista aquela outra sempre primeira madrugada da Ressurreição! Jesus começa de manhã na sinagoga; caminha depois 30 metros para sul, e entra, pelo meio-dia, na casa de Pedro e levanta da febre para o serviço do Evangelho a sogra de Pedro; à tardinha, já sol- posto, primeiro dia da semana, toda a cidade de Cafarnaum está reunida diante da porta daquela casa, para ouvir Jesus e ver curados por Ele os seus doentes; de madrugada, muito cedo, Jesus sai sozinho para rezar, e os discípulos correm a procurá-lo para o trazer de volta a Cafarnaum, pois, dizem eles, todas as pessoas o querem ver e ter. Ninguém o quer perder.
       Desconcertante reviravolta. Jesus diz aos seus discípulos atónitos: «VAMOS a outros lugares, às aldeias vizinhas, para que TAMBÉM ali ANUNCIE (kêrýssô) o Evangelho» (Marcos 1,38). Com este grávido dizer, Jesus deixa claro que ANUNCIAR o Evangelho enche por completo o seu programa e o seu caminho. Com aquele «vamos» [«vamos a outros lugares»], Jesus desinstala e agrafa a si os seus discípulos para este trabalho de ANÚNCIO do Evangelho seja a quem for, seja onde for. Com aquele «também» inclusivo [«para que também ali anuncie o Evangelho»], Jesus classifica como ANÚNCIO do Evangelho todos os afazeres da inteira jornada de Cafarnaum: ensinar, libertar, acolher, curar, recriar: é esta a toada do ANÚNCIO do Evangelho. ANUNCIAR (kêrýssô) é então o afazer de Jesus. E qual é a primeira nota que soa quando Jesus se diz com o verbo 
       ANUNCIAR? É, sem dúvida, a sua completa vinculação ao Pai, de quem é o arauto, o mensageiro, o ANUNCIADOR. Pura transparência do Pai, de quem diz e faz o que ouviu dizer (João 7,16-17; 8,26.38.40; 14,24; 17,8) e viu fazer (João 5,19; 17,4). Recebendo todo o amor fontal do Pai, bebendo da torrente cristalina do amor fontal do Pai (Salmo 110,7; cf. 1 Reis 17,4), Jesus, o Filho, é pura transparência do Pai, e pode, com toda a verdade dizer a Filipe: Filipe, «quem me vê, vê o Pai» (João 14,9). É mesmo aqui que reside a sua verdadeira AUTORIDADE e a verdadeira NOVIDADE do seu MODO novo de dizer e de fazer, que se chama ANUNCIAR.
       A primeira nota de todo o ANUNCIADOR ou Arauto ou Mensageiro não assenta na capacidade deste, mas na sua fidelidade Àquele que lhe confia a mensagem que deve anunciar. É em Seu nome que diz o que diz, que diz como diz. No Enviado é o Rosto do Enviante que se deve ver em contra-luz ou filigrana pura. No Enviado ou Mensageiro ou Anunciador é verdadeiramente Deus que visita o seu povo.
       Pertinho de Deus, cheio de Deus, Jesus leva Deus aos seus irmãos. É esta a Autoridade de Jesus. Ele é o profeta «como Moisés», mais do que Moisés, com a boca repleta das palavras de Deus (Deuteronómio 18,18). E não só a boca, mas também as mãos e o coração. Bem diferente dos escribas e dos falsos profetas e do povo rebelde no deserto. Estes dispensam a Palavra de Deus. O que querem ter na boca é pão e carne. O que recolheu menos, no deserto, diz-nos o extraordinário relato do Livro dos Números 11,31-35, recolheu 4500 kg de carne de codorniz. E começaram a meter a carne à boca com tamanha avidez, que morreram de náusea. Foram encontrados mortos, ainda com a carne entre os dentes, por mastigar (Números 11,33). Vê-se que é urgente libertar o coração, as mãos, a boca. Vive-se da Palavra. Morre-se de náusea.

  (foto: Kymagem)

        Caríssimos irmãos mais pequeninos, jovens amigos, caríssimos pais, caríssimos idosos e doentes, caríssimos catequistas, acólitos, leitores, cooperadores na missão da evangelização e da caridade, ilustres autoridades, caríssimos seminaristas, caríssimos religiosos e religiosas, caríssimos diáconos e sacerdotes, Senhores Bispos, Senhor D. Jacinto, Senhor Núncio Apostólico, Senhor Cardeal Patriarca, e todos vós que comigo pisais hoje este chão de generoso vinho e de amendoeiras em flor.

 
 (foto: Kymagem)

       Numa página sublime do Livro dos Números (17,17-26), Deus ordena a Moisés que recolha as varas de comando dos chefes das doze tribos de Israel, para, de entre eles, escolher um que exerça o sacerdócio em Israel. Em cada vara foi escrito o nome da respectiva tribo. Por ordem de Deus, o nome de Levi foi substituído pelo de Aarão. As doze varas foram colocadas, ao entardecer, na presença de Deus, na Tenda do Encontro. Na manhã seguinte, todos puderam ver que da vara de Aarão tinham desabrochado folhas verdes, flores em botão, flores abertas e frutos maduros (Números 17,23). Dos frutos é dito o nome: amêndoas! Vara de amendoeira em flor e fruto, que, por ordem de Deus, ficará para sempre na sua presença, diante do Propiciatório (cf. Hebreus 9,4), entre Deus e o povo, para impedir que o pecado do povo chegue a Deus, e para facilitar que o perdão de Deus chegue ao povo. Já ninguém estranhará agora que o candelabro (menôrah) que, noite e dia,/ ardia/ na presença de Deus, estivesse ornamentado com flores de amendoeira (Êxodo 25,31-35; 37,20-22). E também já ninguém estranhará que a tradição judaica tardia refira que a vara do Messias havia de ser de madeira… de amendoeira.
       Aí estão as coordenadas exactas do lugar do sacerdote e do bispo: entre Deus e o povo. Mais concretamente: pertinho de Deus, mas de um Deus que faz carícias ao seu povo, um Deus que ama e que perdoa; pertinho do povo, o suficiente para lhe entregar esta carícia de Deus.
       Queridos filhos e irmãos, pais e mães que Deus me deu nesta dorida e querida Diocese de Lamego. Quero muito ver o vosso rosto. Já sabeis que trago notícias de Deus. E que conto muito com cada um de vós, para levar a todos os lugares e a todas as pessoas desta bela Diocese este vendaval de graça e de bondade que um dia Jesus desencadeou em Cafarnaum.

       Seja Louvado Nosso Senhor Jesus Cristo!

+ António Couto, Bispo de Lamego

(A homilia, deste dia, encontra-se também no blogue de D. António: Mesa de Palavras.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Diocese de Lamego: Fátima Jovem 2011

       A Diocese de Lamego respondeu à chamada, mais uma vez.
       A paróquia de Tabuaço também lá esteve no Santuário de Fátima, com o 10.º ano de Catequese, nos dias 7 e 8 de Maio, integrando-se para participar neste encontro nacional dos jovens portugueses. Aqui ficam algumas imagens dos elementos da nossa comunidade, da diocese (e outras) deste fim de semana de encontro e de festa.

domingo, 8 de agosto de 2010

Bodas de Ouro Sacerdotais: Pe. Luís

       Pe. Luís Ribeiro da Silva:
       Nasceu em 27 de Dezembro de 1933, na paróquia e freguesia de Magueija, Lamego e foi ordenado sacerdote no dia 15 de Agosto de 1960. Faz os 50 anos de ordenação sacerdotal no próximo dia 15 de Agosto, mas por disponibilidade do Sr. D. Jacinto, Bispo de Lamego, e que chegou a ser colega de Seminário, realiza-se hoje a festa, em Barcos.
       Foi co-pároco com o Pe. Manuel Pinto Afonso, em Tabuaço e Pinheiros, durante 11 anos, assumindo a paroquialidade de novo, provisoriamente, com a saída do Pároco e até à posse de um novo pároco.
       Paroquiou também Távora e Granjinha, nos primeiros anos de sacerdote e antes das Comissões como Capelão na Guerra, em Angola.
       É pároco de Barcos, de Adorigo e de Santa Leocádia e Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Tabuaço.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Leituras - As escadas do Céu

       Francisco Gouveia é naural de Pinheiros. Na Páscoa de 2006 fez-nos chegar duas obras da sua autoria: "Pietá" e "As escadas do Céu". É este último romance (Edição do Notícias da Beira, 1999) que agora recomendamos como leitura. Tem todos os ingredientes: hsitória portuguesa e duriense, intriga, tradições, usos e costumes, ódio e amor, trabalho e vingança.
       O grande cenário é o Douro, onde as montanhas foram esculpidas com a dedicação, com o suor, com o esforço, com o sangue, com a vida de muitos homens e de mulheres. Trabalho duro, para levar alguns tostões para casa e para o sustento da família. Quando a colheita era boa, todos ganhavam, quando era má, quem mais sofria eram os contratados, que passariam miséria com as suas famílias.
       Alfred Spencer e Mafalda, casados por interesses económicos, mas onde o amor venceu e germinou num fruto chamado Alice. Julião, o feitor que sucede ao pai, e Ana que se torna "aia" da patroa. II Guerra Mundial e Spencer a aventurar-se, quase no fim da guerra, a ir a Inglaterra, visitar a sua terra e as suas raízes, não voltará o mesmo. A desgraça que se abate sobre a quinta e sobre a casa. O sócio que só vê dinheiro e que quer casar o filho, pródigo de vícios, com a filha de Spencer, que entretanto fora dado como morto. Os amores de Alice com o filho do feitor, o Daniel. O casamento de Vítor com Alice, forçado, redunda em desgraça... A guerra no Ultramar e a mobilização dos jovens. de novo a desgraça se abate sobre a quinta... Virá depois a debandada dos que ainda têm força e esperança para França onde ganharão um futuro melhor.
       Em pano de fundo sempre o Douro, com descrições magníficas, que encantam quem nos visita.
       A pergunta de sempre: como foi possível construir com mãos humanas o que tinha sido moldado por Deus e como o homem acentuou a beleza plantada por Deus...

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Douro em chamas...

       "Douro em chamas. As lutas liberais no Douro", é o título do 5.º romance do Pe.  Joaquim Correia Duarte, apresentada no dia 24 de Abril, no Auditório da Câmara Municial de Resende.
       Depois de termos recomendado os anteriores como leituras obrigatórias, mais este romance que revisita a história de Portugal, que também se fez em terras do Douro, com as lutas miguelistas/liberais.
       No meio da trama, espaço e tempo para o romance de Jorge Marçal, de Foz Côa, e de Margarida, de Resende, cujo encontro se dá na Lapa, cuja distância territorial e as opções partidárias dos pais (e consequentemente, famílias), os afastam... até quando?! Até à eternidade...
       As terras são nossas conhecidas, bem como algumas histórias/estórias bem populares, como a da Granja do Tedo, com o Custódio e a Maria Coroada (a auto-intitulada Terceira Eva). Resende, Cinfães, Lamego, Castro Daire, Tabuaço, Armamar, Sernancelhe, Moimenta da Beira, Tarouca, Pesqueira, Foz Côa, Régua, Vila Real, Porto, Viseu... e outras paisagens nacionais, e as lutas travadas entre povoações e/ou facções... Em Tabuaço, as escaramuças entre Barcos e Tabuaço, a história célebre da Granja do Tedo, mas também a passagem por Longa...
       Depois da leitura, a sugestão. Vale a pena: introduz-nos numa época da nossa história, no contexto da nossa região, de fácil e agradável leitura, lê-se como está escrito, ao correr da pena.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Sacerdotes de Lamego in Rio Douro

       Aproximadamente meia centena de sacerdotes da Diocese de Lamego, incluído meia dúzia de seminaristas maiores, encontraram-se em convívio sacerdotal no RIO DOURO, apreciando o que Miguel Torga classificou com "Excesso de Beleza". A organização esteve a cargo do Seminário Maior de Lamego. O primeiro ajuntamento, no Seminário Maior, para depois todos se encontrarem no Pinhão. Daqui partimos em Barco até ao Pocinho, e do Pocinho ao Pinhão regressámos de comboio. Ficam algumas imagens e pequenos vídeos, deste convívio sacerdotal, que contou também com a presença do Sr. Bispo, D. Jacinto, do Sr. Vigário Geral.
       Imagens dos sacerdotes e da paisagem deslumbrante das margens do Rio Douro:

       Pequenos vídeos:

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Faleceu o Pe. Delfim Silva Pedro

       Na manhã de hoje, faleceu o Pe. Delfim Silva Pedro, Missionário da Congregação do Espírito Santo, natural de Vila Nova de Paiva. Os seus restos mortais encontram-se na Capela de S. Francisco, em Vila Nova de Paiva. O seu funeral realiza-se na Igreja Matriz de Vila Nova de Paiva amanhã, sábado, pelas 16h00, e será presidido pelo Sr. D. Jacinto Botelho, Bispo da Diocese.

Nota biográfica:
       O Pe. Delfim Silva Pedro nasceu no seio de uma família profundamente católica, em Vila Nova de Paiva, Diocese de Lamego, a 04.09.1919. Entrou para a Congregação dos Missionários do Espírito Santo (Espiritanos) e recebeu a ordenação sacerdotal a 19.12.1942. Tendo sido enviado para Angola, dedicou-se às missões durante vários anos, até ter sido nomeado Administrador Apostólico de Nova Lisboa (actual Huambo). Regressado à sua terra natal em 1972, foi, desde essa data, colaborador assíduo em várias actividades pastorais da Diocese de Lamego, auxiliando vários sacerdotes no desempenho das suas funções. Faleceu na manhã do dia 09 de Julho de 2010, em sua casa.
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Gabinete de Imprensa | Diocese de Lamego

sábado, 3 de julho de 2010

Quero seguir-Te - Pe. Marcos Alvim

       Uma sala cheia, auditório do Centro Paroquial de Almacave, para ouvir e delciar-se com as músicas, as melodias, as letras, inspiradas no Evangelho, e a boa disposição do Pe. Marcos. Uma colectânia dos Hinos das Jornadas Diocesanas da Juventude, de 2000 a 2010.
       O livro, além das letras, dos acordes e das pautas, traz ainda uma proposta de reflexão e oração para cada uma das canções.
        Um dos hinos diz-nos um pouco mais, o da XVI Jornada Diocesana da Juventude de 2001, que se realizou em Tabuaço, no Santuário de Santa Maria do Sabroso... É este o tema que propomos no vídeo que se segue:

Poderá também ouvir/ver:

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Apresentação de CD - BOM MESTRE

       Hoje será apresentado, pelas 21 horas, no Centro Paroquial de Almacave (Lamego), o CD e Livro BOM MESTRE, da autoria do Pe. Marcos Alvim e das Edições Salesianas. Uma colectânia dos Hinos das Jornadas Diocesanas da Juventude, de 2000 a 2010. O Hino de 2001 diz-nos mais respeito. A Jornada nesse ano realizou-se em Tabuaço, no Santuário de Santa Maria do Sabroso...
       O evento tem a chancela do SDPJ Lamego (Secretariado da Pastoral Juvenil de Lamego).
       Do MySpace, do Pe. Marcos, deixamos este vídeo com um e outra interpretação,...

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Ordenações Sacerdotais - Diocese de Lamego

       A Diocese desde ontem conta com 4 novos sacerdotes: André Pereira, António Giroto, Bernardo Magalhães e José Filipe. A Celebração, presidida pelo Sr. Bispo D. Jacinto Botelho, contou com a presença de mais dois Bispos, D. António José Rafael, Bispo emérito de Bragança-Miranda, e D. Manuel António dos Santos, Bispo de S. Tomé e Príncipe, tio de André Pereira, e cerca de 100 sacedotes das dioceses de Lamego, Viseu, Bragança, Porto.
       Neste vídeo, do Gabinete de Impressa da Diocese de Lamego, podem visualizar-se algumas imagens da celebração de ordenação. Outros vídeos podem ser consultados no Canal da Diocese de Lamego no Youtube, ou no Blogue da Diocese.