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sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

A vela teimosa

       Era uma vez uma vela vermelha e dourada que teimava em não se deixar acender. Uma atitude estranha, pois as velas foram feitas para estar acesas e para iluminar com a sua chama a cintilar na escuridão.
       Estava próximo o dia da grande festa familiar e todas as outras velas começavam a ficar felizes, só em pensar que iriam ser protagonistas com a sua luz que iam irradiar.
       A vela vermelha e dourada repetia obstinadamente:
       - Não quero ser queimada. Quando somos acesas queimamo-nos em pouco tempo. Quero permanecer assim como sou: elegante, bela e integral.
       Uma vela disse-lhe:
       - Se não te deixas acender, é como se estivesses morta. Tu foste feita para iluminar e é assim que serás feliz.
       A vela vermelha e dourada respondeu:
       - Não, obrigada. Admito que a escuridão e o frio são horríveis, mas é melhor sofrer por causa de uma chama que queima e faz doer.
       Uma outra vela disse-lhe:
       - Admite que é melhor a luz que a escuridão. Nós aceitamos ser consumidas, precisamente para sermos portadoras de luz. É assim que nos tornamos úteis.
       A vela vermelha e dourada insistia:
       - Mas assim perdemos a forma e a cor.
       - Sim, mas só assim podemos vencer a escuridão e iluminar o mundo.
       Foi então que a vela vermelha e dourada se deixou acender. A cera e o pavio consumiram-se lentamente. Brilhou na noite até desaparecer. Nos últimos instantes sentiu-se feliz porque tinha cumprido a sua missão. Ainda teve tempo de exclamar:
       - Fui feita para brilhar.

in Revista JUVENIL, n.º569, janeiro 2014.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

A Cigarra e da Formiga - versão Gonçalves da Costa

       A cigarra, graciosa garrida, livre de compromissos sociais ou económicos, resolve viver independente a alegrar a comunidade com as suas melodias rítmicas e monocórdicas, enquanto a formiga, desengonçada e farroupilha, escrava do agregado de classe mourejava dia e noite, sem outro ideal que o de satisfazer as exigências do estômago.
       Despreocupada e romântica, todo o verão a cigarra voava de árvore em árvore, na plena liberdade de espaços, persuadida que o espírito vale mais do que a matéria, nunca disputando o bocado que podia matar a fome do seu semelhante. Ao contrário a formiga, pragmática e egoísta, partidária do materialismo dialético, achava sempre pequeno o seu celeiro, espreitando todas as oportunidades de fazer ocupação selvagem, desde o naco de pão do proletariado, até ao grão de trigo do agricultor e ao boião de geleia do burguês, respondendo à dentada ao faminto que lhe batesse à porta.
       Não assim a cigarra. Fiel à doutrina evangélica, cumpria a primeira obrigação da criatura que é louvar a Deus, na certeza de que tudo o mais lhe viria por acréscimo; confiava na providência do Pai do Céu que nunca deixou perecer à míngua os que menosprezam os próprios interesses para fazer bem aos irmãos. Por isso a formiga, que não levanta os olhos da terra, está condenada a morrer sob os pés dos transeuntes e o seu cadáver a ser devorado pelas companheiras de luta, enquanto a cigarra recebe a morte franciscanamente entoando um hino ao sol.


       Curiosa a interpretação de André Sardet, em sintonia com esta versão alternativa do Pe. Manuel Gonçalves da Costa:
Interessante também a leitura de Pe. Isidro Lamelas, também natural de Penude: AQUI.

terça-feira, 22 de maio de 2012

A Lua cheia... sem comentários a acrescentar...

       A LUA cheia elevou-se gloriosamente sobre a cidade, e todos os cães do sítio começaram a ladrar à lua.
       Só um cão não ladrou, e disse aos outros com voz grave:
       - Não acordeis o silêncio do seu sono, não puxeis a lua para a terra com os vossos latidos.
       Então todos os cães deixaram de ladrar e permaneceram em terrível silêncio.
       Mas o cão que tinha falado continuou a ladrar, reclamando silêncio, durante toda a noite.

in "O povo de Rio Tinto", ano 34, n.º 291

O Urso e a Panela

       Certa vez, um urso faminto perambulava pela floresta em busca de alimento.
       A época era de escassez, porém, seu faro aguçado sentiu o cheiro de comida e o conduziu a um acampamento de caçadores. Ao chegar lá, o urso, percebendo que o acampamento estava vazio, foi até a fogueira, ardendo em brasas, e dela tirou um panelão de comida.
       Quando a tina já estava fora da fogueira, o urso a abraçou com toda sua força e enfiou a cabeça dentro dela, devorando tudo. Enquanto abraçava a panela, começou a perceber algo lhe atingindo.
        Na verdade, era o calor da tina... Ele estava sendo queimado nas patas, no peito e por onde mais a panela encostava. O urso nunca havia experimentado aquela sensação e, então, interpretou as queimaduras pelo seu corpo como uma coisa que queria lhe tirar a comida. Começou a urrar muito alto. E, quanto mais alto rugia, mais apertava a panela quente contra seu imenso corpo. Quanto mais a tina quente lhe queimava, mais ele apertava contra o seu corpo e mais alto ainda rugia.
       Quando os caçadores chegaram ao acampamento, encontraram o urso recostado a uma árvore próxima à fogueira, segurando a tina de comida. O urso tinha tantas queimaduras que o fizeram grudar na panela e, seu imenso corpo, mesmo morto, ainda mantinha a expressão de estar rugindo.
       Quando terminei de ouvir esta história, percebi que, em nossa vida, por muitas vezes, abraçamos certas coisas que julgamos ser importantes. Algumas delas nos fazem gemer de dor, nos queimam por fora e por dentro, e mesmo assim, ainda as julgamos importantes. Temos medo de abandoná-las e esse medo nos coloca numa situação de sofrimento, de desespero. Apertamos essas coisas contra nossos corações e terminamos derrotados por algo que tanto protegemos, acreditamos e defendemos.
        Para que tudo dê certo em sua vida, é necessário reconhecer, em certos momentos, que nem sempre o que parece ser o melhor vai lhe dar condições de prosseguir, de ser feliz. Tenha a coragem e a visão que o urso não teve.
       Solte a panela! 
Autor desconhecido, in Nova Civilização

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Águia ou galinha

       Uma metáfora da condição humana
       Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Embora a águia fosse o rei/rainha de todos os pássaros. Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:
       - Esse pássaro não é uma galinha. É uma águia.
       - De facto – disse o camponês. É águia. Mas eu criei como galinha. Ela não é mais uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão.
       - Não – retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração a fará um dia voar às alturas.
       - Não, não – insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.
       Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse:
       - Já que você de facto é uma águia, já que você pertence ao céu e não a terra, então abra suas asas e voe! A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá em baixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas. O camponês comentou:
       - Eu lhe disse, ela tornou-se uma simples galinha!
       - Não – tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia. E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.
       No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no tecto da casa. Sussurrou-lhe:
       - Águia, já que você é uma águia, abra as suas asas e voe!
       Mas quando a águia viu lá em baixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi para junto delas.
       O camponês sorriu e voltou à carga:
       - Eu não lhe disse, ela tornou-se galinha!
       - Não – respondeu firmemente o naturalista. Ela é águia, possuirá sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar.
       No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas. O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:
       - Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe!
       A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direcção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte.
       Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergueu-se, soberana, sobre se mesma. E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez mais para o alto. Voou... voou... até se confundir com o azul do firmamento...
       E Aggrey terminou conclamando:
       - Irmãos e irmãs, meus compatriotas! Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus! Mas houve pessoas que nos fizeram pensar como galinhas. E muitos de nós ainda acham que somos efectivamente galinhas. Mas nós somos águias. Por isso, companheiros e companheiras, abramos as asas e voemos.
       Voemos como as águias. Jamais nos contentemos com os grãos que nos jogarem aos pés para ciscar.

Leonardo Boff, in Porque evangelizar é preciso.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Folhas verdes... flores brancas e quem tem razão?!

       Dois pássaros estavam muito felizes sobre a mesma planta.
       Um mais acima e outro mais abaixo. A um certo momento, um disse ao outro:
       - Que lindas estas folhas verdes!
       O que estava mais abaixo, irritado, respondeu:
       - Estás cego? Não vês que são brancas?
       O de cima continuou:
       - Tu é que estás cego. São verdes e bem verdes.
       A discussão prolongou-se até ao ponto de se prepararem para lutar um contra o outro.
       Quando o de cima desceu, estando no mesmo ramo e preparando-se para o duelo, ambos olharam para a mesma direcção.
       Foi então que o que antes estava em cima e desceu, disse:
       - Que estranho! Afinal as folhas são brancas!
       Depois voaram os dois para o ramo de cima e disseram:
       - Que estranho! Afinal as folhas são verdes

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A Fábula da Verdade


Uma tarde, muito desconsolada e triste,
a verdade encontrou a Parábola,
que passeava alegremente,
num traje belo e muito colorido.
- Verdade, porque estás tão abatida?
- perguntou a Parábola.
- Porque devo ser muito feia já que os homens
me evitam tanto!
- Que disparate! - riu a Parábola - não é por isso
que os homens te evitam.Toma,
veste algumas das minhas roupas e vê o que acontece.

Então a Verdade pôs algumas das lindas
vestes da Parábola e, de repente,
por toda à parte onde passava
era bem vinda.
- Pois os homens não gostam de encarar a
Verdade nua; eles a preferem disfarçada.

(autor desconhecido)

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O Rouxinol e a Rosa!!!

Era uma vez, um Rouxinol que vivia em um jardim.
No jardim havia uma casa, cuja janela se abria todas as manhãs.
Na janela, um jovem, comia pão, olhando as belezas do jardim.
Sempre deixava cair farelos de pão, sobre a janela.
O Rouxinol, comia os farelos, acreditando que o jovem
os deixava de propósito para ele.
Assim criou um grande afeto,
pelo jovem que se importava em alimentá-lo,
mesmo com migalhas O jovem um dia se apaixonou.
Ao se declarar a sua amada,
ela disse que só aceitaria seu amor,
se como prova, ele desse a ela,
na manhã seguinte, uma rosa vermelha.
O jovem, percorreu todas as floriculturas da cidade,
sua busca foi em vão,
não encontrou nenhuma rosa vermelha
para ofertar a sua amada.
Triste, desolado,
o jovem foi falar com o jardineiro da casa onde vivia.
O jardineiro explicou a ele,
que poderia presenteá-la com
Petúnias, Violetas, Cravos, menos Rosas.
Elas estavam fora de época,
era impossível consegui-las, naquela estação.
O Rouxinol, que escutara a conversa,
ficou penalizado pela desolação do jovem,
teria que fazer algo para ajudar seu amigo,
a conseguir a flor.
Assim, a ave procurou o Deus dos pássaros que assim falou:
Na verdade, você pode conseguir uma Rosa Vermelha
para teu amigo, mas o sacrifício é grande,
e pode custar-lhe a vida!
Não importa respondeu a ave. O que devo fazer?
Bem, você terá que se emaranhar em uma roseira,
e ali cantar a noite toda, sem parar, o esforço
é muito grande, seu peito pode não agüentar.
Assim farei, respondeu a ave,
é para a felicidade de um amigo!
Quando escureceu, o Rouxinol,
se emaranhou em meio a uma roseira,
que ficava frente a janela do jovem.
Ali, se pôs a cantar, seu canto mais alegre,
precisava caprichar na formação da flor.
Um grande espinho,
começou a entrar no peito do Rouxinol,
quanto mais ele cantava,
mais o espinho entrava em seu peito.
O rouxinol não parou, continuou seu canto,
pela felicidade de um amigo,
um canto que simbolizava gratidão, amizade.
Um canto de doação, mesmo que fosse da própria vida!
Do peito da pobre ave, começou a escorrer sangue,
que foi se acumulando sobre o galho da roseira,
mas ela não se deteve nem se entristeceu.
Pela manhã, ao abrir a janela, o jovem se deteve diante da mais linda Rosa vermelha,
formada pelo sangue da ave, nem questionou o milagre,
apenas colheu a Rosa.
Ao olhar o corpo inerte da pobre ave, o jovem disse:
Que ave estúpida!
Tendo tantas árvores para cantar,
foi se enfiar justamente em meio a roseira que tem espinhos... Enfim:
Cada um dá o que tem no coração...
Cada um recebe com o coração que tem....

(autor desconhecido)

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Algo a mais

Um crente sincero na bondade de Deus, desejando aprender como colaborar na construção do reino de Deus, certo dia pediu ao Senhor a permissão para compreender os propósitos divinos e saiu a campo.

De início, encontrou-se com o vento que cantava e o vento lhe disse: Deus mandou que eu ajudasse as sementeiras e varresse os caminhos, mas eu gosto também de cantar, embalando os doentes e as criancinhas.

Em seguida, o devoto surpreendeu uma flor que inundava o ar de perfume, e a flor lhe contou: minha missão é preparar o fruto; entretanto, produzo também o aroma que perfuma até mesmo os lugares mais impuros.

Logo após, o homem parou ao pé de grande árvore que protegia um poço de água, cheio de rãs, e a árvore lhe contou: confiou-me o Senhor a tarefa de auxiliar o homem; contudo, creio que devo amparar igualmente as fontes, os pássaros e os animais.

O visitante olhou os feios batráquios e fez um gesto de repulsa, mas a árvore continuou: estas rãs são boas amigas. Hoje posso ajudá-las, mas depois serei ajudada por elas, na defesa de minhas próprias raízes contra os vermes da destruição e da morte.

O aprendiz compreendeu o ensinamento e seguiu adiante, chegando numa grande cerâmica.

Acariciou o barro que estava sobre a mesa e o barro lhe disse: meu trabalho é o de garantir o solo firme, mas obedeço ao oleiro e procuro ajudar na residência do homem, dando forma a tijolos, telhas e vasos.

Então, o devoto regressou ao lar e compreendeu que para servir na edificação do reino de Deus é preciso ajudar aos outros, sempre mais, e realizar cada dia algo a mais.

Temos que convir que, se cada um fizesse somente a sua obrigação, a humanidade não teria saído das cavernas.

O progresso só se realiza porque há pessoas que fazem algo mais que sua obrigação pura e simples.

O esforço que cada criatura faz em prol do bem comum, é o que propicia a realização das conquistas maiores.

Se os homens de gênio tivessem apenas cumprido seu tempo justo de trabalho, não desfrutaríamos hoje das grandes descobertas.

Se Pasteur, Tomas Edison, Pierre e Marie Curie, Grahan Bell, e outros tantos cientistas não tivessem feito algo mais que a sua obrigação, a humanidade não teria atingido tamanho progresso.

Nós, por nossa vez, também podemos e devemos fazer algo a mais para conquistar uma sociedade justa e feliz.

Além das oito horas diárias de trabalho, podemos dedicar alguns minutos para tirar alguém do analfabetismo.

Para ensinar um serviçal a utilizar corretamente os produtos e equipamentos de trabalho.

Para socorrer um ancião desvalido, uma criança desamparada, um animal ferido, um enfermo sem esperanças.

Aprendamos, com o devoto da fábula, que para a construção de um reino feliz, Deus espera que cada um de nós façamos algo a mais.

(autor desconhecido)

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

As duas rãs...

       Várias rãs decidiram ir passear. Andaram num bosque. A um certo momento, ouviu-se um grito: duas delas tinham caído num poço com água.
       As companheiras, ao olharem para dentro do poço, viram que era muito fundo. As duas rãs, lá dentro, lutavam com todas as forças para sair.
       As companheiras, à beira do poço, começaram a gritar-lhes:
       - Não vale a pena lutar! Aceitem morrer!
       Um delas ainda fez algumas tentativas, mas em pouco tempo morreu afogada.
       A outra, enquanto as de fora insistiam em dar conselhos, foi lutanto, lutando, até que, com um salto inesperado de atleta, conseguiu sair do poço.
       As companheiras, admiradas com tanta coragem, perguntaram-lhe:
       - Não ouvistes os nossos conselhos para desistires?!
       - Como sou um pouco surda, julguei que me estavam a animar!

in Revista Juvenil, Outubro 2010, n.º 539

sexta-feira, 11 de junho de 2010

O Leão, o Insecto e a Aranha

       Um insecto se aproximou de um Leão e disse sussurrando em seu ouvido: “Não tenho nenhum medo de você, nem acho você mais forte que eu. Se você duvida disso, eu o desafio para uma luta, e assim, veremos quem será o vencedor.”
       E voando rapidamente sobre o Leão, deu-lhe uma ferroada no nariz. O Leão, tentando pegá-lo com as garras, apenas atingia a si mesmo, ficando assim bastante ferido.
       Desse modo o Insecto venceu o Leão, e entoando o mais alto que podia uma canção que simbolizava sua vitória sobre o Rei dos animais, foi embora relatar seu feito para o mundo. Mas, na ânsia de voar para longe e rapidamente espalhar a notícia, acabou preso numa teia de aranha.
       Então se lamentou dizendo: “Ai de mim, eu que sou capaz de vencer a maior das feras, fui vencido por uma simples Aranha.”
Autor: Esopo

Moral da História: O menor dos nossos inimigos é frequentemente o mais perigoso.

domingo, 24 de janeiro de 2010

A Fábula do Porco-espinho

Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio.

Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram juntar-se em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor.
Por isso decidiram afastar-se uns dos outros e começaram de novo a morrer congelados.
Então precisaram fazer uma escolha: ou desapareciam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.

Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.
Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.
E assim sobreviveram.

Moral da História

O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro, e admirar as suas qualidades.