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domingo, 31 de outubro de 2010

Solenidade de Todos os Santos - Desejar ir para o céu...


A solenidade de todos os Santos e Santas e a comemoração de todos os fiéis Defuntos espontaneamente elevam nosso pensamento e nosso coração para lá onde, também nós, um dia, estaremos. Trazemos em nosso íntimo, no mais profundo do nosso ser, o desejo do céu, e de sermos felizes.A liturgia de ambas as celebrações é um convite a fixarmos demoradamente nosso coração nas “coisas do alto”, onde se encontra a verdadeira felicidade (cf. Cl 3, 2). Deus é a Felicidade. A plenitude da felicidade acontece na contemplação de Deus face a face, na conquista da vida eterna: “Esta é a vida eterna: que conheçam a ti, o Deus único e verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que enviaste” (Jo 17, 3).
Não basta sentir saudade de Deus, não basta ter saudade do céu. Não basta experimentar o desejo de ir para o céu. É preciso algo mais. Ao longo de nossa peregrinação de volta para a Casa do Pai, é necessário ter a coragem de usar bem a nossa liberdade. A liberdade deve ser uma conquista diária para o bem. A todo instante somos convidados a fazer o mal e solicitados a praticar o bem.
O Maligno usa todos os meios possíveis para nos desviar do caminho da felicidade. Sua maior vitória consiste em levar as almas para longe de Deus. Se o Maligno existe, devemos combatê-lo. Não podemos ficar indiferentes diante dos artifícios do autor do pecado. Jesus passou pelo mundo libertando os possessos e curando toda sorte de enfermidade (cf. Mt 9, 35). Cabe a nós dar continuidade a essa missão. Quiçá, não estejamos entre os que não reconheceram ou não acolheram ou não aderiram a Jesus Cristo... E, sim, entre os indiferentes, covardes, medrosos, omissos, isto é, entre os que não se apercebem de que o Mal realmente existe em nós, no mundo e na Igreja.
Cristo venceu o poder do Maligno – o maior obstáculo à felicidade -, derrotou a fonte de todo mal que é o pecado.
Rezando ao Pai: “não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”, também nós podemos levar uma vida livre do pecado, uma vida santa.
Assim, a festa de Todos os Santos e Santas é um convite à santidade, a sermos perfeitos como o Pai do Céu é perfeito (cf. Mt 5, 48). De nada adiantará nosso peregrinar, isto é, nossa vida não terá sentido, se nossos nomes não estiverem escritos nos céus (cf. Lc 10, 20).
Por intercessão de todos os Santos e Santas, queremos pedir ao Senhor e Autor de toda santidade que nos conserve fiéis ao Evangelho e nos dê a coragem do testemunho dos mártires, a fim de que sejamos testemunhas autênticas de Jesus Cristo.
Nos Santos e Santas, Deus mostra as imagens mais perfeitas de Jesus Cristo, a fim de que também nós, que ainda peregrinamos na fé, sejamos conduzidos a uma maior união com Cristo. “Como é santo aquele que vos chamou, tonai-vos santos, também vós, em todo o vosso proceder. Pois está na Escritura: Sede santos, porque eu sou santo” (1 Pd 1,15-16).
“Ser santo” exige purificação de toda mancha da carne e do espírito (cf. 2 Cor 7,1). Significa estar revestido de Jesus Cristo.
Celebrando a santidade e recordando todos os que nos precederam no caminho do céu, o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo nos dê um espírito de sabedoria e nos revele o que devemos “ser” e “fazer” para alcançarmos a morada dos santos (cf. Ef 1, 17). Que Ele abra o nosso coração à sua luz, para que saibamos qual a esperança que o seu chamamento nos dá, qual a riqueza da glória que está na nossa herança com os santos e santas (cf. Ef 1,17-18). Não há outro caminho para participarmos da liberdade dos filhos e filhas de Deus. Vale a pena buscar a verdadeira Felicidade.

Dom Nelson Westrupp

Retirado de "Grupo de Oração Rainha da Paz"

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Quem são os "Arautos do Evangelho"?


Composta predominantemente por jovens, esta Associação está presente em 78 países. Seus membros de vida consagrada praticam o celibato, e dedicam-se integralmente ao apostolado, vivendo em casas destinadas especificamente para rapazes ou para moças, os quais alternam a vida de recolhimento, estudo e oração com actividades de evangelização nas dioceses e paróquias,dando especial ênfase à formação da juventude.
Os Arautos do Evangelho são uma Associação Internacional de Fiéis de Direito Pontifício, a primeira a ser erigida pela Santa Sé no terceiro milénio, o que ocorreu por ocasião da festa litúrgica da Cátedra de São Pedro (22 de Fevereiro) em 2001.
Embora não professem votos e conservem-se no estado leigo - excepção feita de alguns que abraçam as vias do sacerdócio - os Arautos do Evangelho procuram praticar em toda a sua pureza fascinante os conselhos evangélicos.
Vivem normalmente em comunidade (masculinas ou femininas), num ambiente de caridade fraterna e disciplina. Em suas casas fomenta-se uma intensa vida de oração e estudo, seguindo-se a sapiencial directriz do Papa João Paulo II:
A formação dos fiéis leigos tem como objectivo fundamental a descoberta cada vez mais clara da própria vocação e a disponibilidade cada vez maior para vivê-la no cumprimento da própria missão" (Christifidelis Laici, 58).



" Seu fundador é Mons. João Clá Dias.

Outra categoria de membros são os Cooperadores, os quais "embora sintam-se identificados com o espírito da Associação - lê-se nos Estatutos -não podem comprometer-se plenamente com os objectivos dela, devido a seus compromissos sacerdotais, ao facto de pertencerem a algum instituto de vida consagrada ou sociedade de vida apostólica, ou a seus deveres matrimoniais ou profissionais".
terciarios1.jpg
Leigos, casados ou solteiros que vivem no mundo, sacerdotes, diáconos, religiosos, religiosas, leigos de vida COOPERADORES.jpgconsagrada ou membros de outras associações ou movimentos apostólicos, os Cooperadores dos Arautos do Evangelho, além de observarem os preceitos e deveres próprios a seu estado, esforçam-se por viver em conformidade com o carisma e a espiritualidade da Associação, dedicando a ela seu tempo livre e se comprometendo a cumprir certas obrigações.

Finalidade

Nos primeiros artigos de seus Estatutos encontra-se delineada a vocação dos Arautos do Evangelho:
"Esta Associação .... nasceu com a finalidade de ser instrumento de santidade na Igreja, ajudando seus membros a responderem generosamente ao chamamento à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade, favorecendo e alentando a mais íntima unidade entre a vida prática e a fé. ....cortejo dos arautos.jpg

Além disso, a Associação tem como fim a participação activa, consciente e responsável de seus membros na missão salvífica da Igreja através do apostolado, ao qual estão destinados pelo Senhor, em virtude do Baptismo e da Confirmação. Devem, assim, actuar em prol da evangelização, da santificação e da animação cristã das realidades temporais."

Espiritualidade
Os Arautos têm sua espiritualidade alicerçada em três pontos essenciais: a Eucaristia, Maria e o Papa, como está definido nos seus estatutos:

"A espiritualidade tem como linhas mestras a adoração a Jesus Eucarístico, de inestimável valor na vida da Igreja para construí-la como una, santa, católica e apostólica, corpo e esposa de Cristo (EE 25, 61); a filial piedade mariana, imitando a sempre Virgem e aprendendo a contemplar n'Ela o rosto de Jesus (NMI 59); e a devoção ao Papado, fundamento visível da unidade da fé (LG 18)."
Esses pontos estão representados em destaque no brasão que os distingue.

Evangelização através da cultura e da arte

Por verem na cultura e na arte eficazes instrumentos de evangelização, os Arautos habitualmente lançam mão da música, Orquestra Arautos do Evangelho.jpgtanto pelas vozes como pelos instrumentos.
Assim é que grande número de coros, orquestras e conjuntos musicais foram constituídos por Arautos, a fim de levar sua mensagem de fé e de esperança à sociedade contemporânea .
Esse papel tão importante da arte tem sido ressaltado pelo Papa Bento XVI - ele mesmo um grande apreciador de música - em várias ocasiões, como por exemplo nas palavras finais de agradecimento pelo concerto oferecido pelo Presidente da República Italiana por ocasião do terceiro aniversário do pontificado, a 24/04/2008:

CORO E BANDA ARAUTOS DO EVANGELHO.jpg"Existe uma misteriosa e profunda relação entre música e esperança, entre canto e vida eterna: por este motivo a tradição cristã representa os espíritos bem-aventurados, enquanto cantam no coro, raptados e extasiados pela beleza de Deus.

Porém a arte autêntica, como a oração, não nos torna alheios à realidade quotidiana; mas nos conduz a ela para "impregná-la" e fazer que reviva, para que dê frutos benéficos e paz".

ARAUTOS DO EVANGELHO_B.jpg