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terça-feira, 16 de julho de 2019

PAPA FRANCISCO - Catequeses sobre o PAI-NOSSO

A oração do Pai-Nosso é a oração dos cristãos. A única oração que Jesus ensinou aos seus discípulos. Ensina-nos a rezar. É o pedido que Lhe fazem os Seus discípulos. Há de ser também o nosso pedido, quando nos falham as palavras ou quando temos palavras a mais. O importante não é a quantidade de palavras, mas falar com o coração e com a vida. O Vosso Pai celeste bem sabe do que precisais.
Na oração do Pai-Nosso, Jesus ensina-nos o essencial. Faz-nos olhar para Deus como "Paizinho", "Papai", um tratamento carinhoso, delicado, reconhecendo que Deus é Pai que nos ama como Pai e como Mãe, sempre, em todas as circunstâncias.
Já muito se escreveu sobre o Pai-Nosso e talvez muito se venha a escrever, tal a densidade desta oração, tal a sua simplicidade. Não é uma oração longa, não procura ser uma obra de arte, dirigida a uns quantos iluminados. É uma oração que nos faz perceber o Deus de Jesus Cristo, a quem podemos e devemos tratar por Paizinho, cuja soberania se manifesta no amor, na bondade e na misericórdia, que nos envolve com o "nós", pois não o tratamos por Pai, se não nos tratarmos por irmãos. O que pedimos é para nós. o "eu" não tem lugar. O relacionamento com os outros pressupõe darmos largas ao perdão, o que recebemos de Deus, somos-lhe sempre devedores, a começar pela própria vida. E se recebemos também o partilhamos. Perdoamos porque Ele nos perdoa! Como Pai.
O Papa Francisco, nas Audiências Gerais das quartas-feiras, de 12 de dezembro de 2018 ao dia 22 de maio último, debruçou-se sobre a oração do Senhor. 16 catequeses, sublinhando alguns aspetos que são percetíveis ao longo da vida de Jesus. Estas catequese podem ser lidas ou relidas na página do Vaticano (http://w2.vatican.va), mas estão também disponíveis num livrinho, publicado pelo Secretariado Nacional da Liturgia: Papa Francisco. Catequeses sobre o Pai-Nosso. Esta é uma opção para quem gosta de manusear o papel e de sublinhar o texto. Por outro lado, é garantia do que se lê foi mesmo escrito e/ou pronunciado pelo Papa. Sabe-se que há muitas frases e textos atribuídos ao Papa, sem que correspondam minimamente a alguma intervenção sua.
Vamos à leitura e a algumas expressões papais nas diferentes catequeses: "A oração transforma sempre a realidade, sempre. se não mudam as coisas à nossa volta, pelo menos mudamos nós, muda o nosso coração", "Deus procura-te, mesmo que tu não o procures. Deus ama-te, ainda que tu o tenhas esquecido. Deus vislumbra em ti uma beleza, não obstante tu penses que desperdiçaste inutilmente todos os teus talentos. Deus é não só um pai, mas é como uma mãe que nunca deixa de amar a sua criatura. Por outro lado, há uma “gestação” que dura para sempre, muito além dos nove meses da gestação física; trata-se de uma gestação que gera um circuito infinito de amor.
Para o cristão, rezar significa dizer simplesmente “Aba”, dizer “Papá”, “Paizinho”, “Pai” mas com a confiança de uma criança", "Eis o que muitas vezes é o nosso amor: uma promessa com dificuldade para se manter, uma tentativa que depressa evapora e seca, quase como quando de manhã nasce o sol e enxuga o orvalho da noite... Desejosos de amar, depois entramos em conflito com os nossos limites, com a pobreza das nossas forças: incapazes de manter uma promessa que nos dias de graça nos parecia fácil de realizar. No fundo também o apóstolo Pedro teve medo e fugiu. O apóstolo Pedro não foi fiel ao amor de Jesus. Há sempre esta fragilidade que nos faz cair. Somos mendigos que no caminho corremos o risco de nunca encontrar completamente aquele tesouro que procuramos desde o primeiro dia da nossa vida: o amor", "hoje a tatuagem está na moda: “Eu gravei a tua imagem na palma das minhas mãos”. Fiz uma tatuagem de ti nas minhas mãos. Estou nas mãos de Deus e não a possa cancelar. O amor de Deus é como o amor de uma mãe, que nunca se esquece. E se uma mãe se esquecer? “Eu não me esquecerei”, diz o Senhor. Este é o amor perfeito de Deus, assim somos amados por Ele. Se também todos os nossos amores terrenos se despedaçassem e nas nossas mãos ficasse apenas pó, haverá sempre para todos nós, ardente, o amor único e fiel de Deus."Nos Evangelhos encontramos uma multidão de mendigos que suplicam libertação e salvação. Há quem pede o pão, quem a cura; alguns a purificação, outros a vista; ou que uma pessoa querida possa reviver... Jesus nunca fica indiferente face a estes pedidos e padecimentos... A oração cristã começa por este nível. Não é um exercício para ascetas; parte da realidade, do coração e da carne de pessoas que vivem em necessidade, ou que partilham a condição de quem não dispõe do necessário para viver... O pão que o cristão pede na oração não é o “meu” pão mas o “nosso”... O pão que pedimos ao Senhor na oração é o mesmo que um dia nos acusará. Repreender-nos-á o pouco hábito de o repartir com quem está próximo, o pouco hábito de o repartir. Era um pão oferecido à humanidade, e ao contrário foi comido só por alguns: o amor não pode suportar isto. O nosso amor não o pode suportar; nem sequer o amor de Deus pode suportar este egoísmo de não repartir o pão".

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Santo Atanásio, bispo e doutor da Igreja

Nota biográfica:
       Nasceu em Alexandria no ano 295; no Concílio de Niceia, acompanhou o bispo Alexandre e foi seu sucessor no episcopado. Lutou incansavelmente contra a heresia dos arianos; por isso teve de suportar muitos sofrimentos e foi exilado várias vezes. Escreveu importantes obras doutrinais e apologéticas. Morreu a 2 de maio do ano de 373.
       Bento XVI, nas catequeses das quarta-feiras, nas Audiências Gerais, aproveitou para propor o testemunho de alguns santos, como referência para os dias de hoje. Para o papa emérito, Atanásio foi um "autêntico protagonista da tradição cristã", considerado como "coluna da Igreja", um modelo da ortodoxia, no Oriente e no Ocidente. Foi, sem dúvida, "um dos Padres da Igreja antiga mais importantes e venerados. Mas sobretudo este grande santo é o apaixonado teólogo da encarnação do Logos, o Verbo de Deus, que como diz o prólogo do quarto evangelho 'Se fez carne e veio habitar entre nós' (Jo 1,14)".
       Num tempo em que havia diversas correntes teológicas, umas que colocavam em causa a divindade de Jesus, outros a sua humanidade, outros que acentuavam uma das dimensões em favor da outra, Atanásio foi um dos mais importantes adversários da heresia ariana.
       Antes de se tornar diácono e secretário do Bispo de Alexandria, Egipto, recebeu uma boa educação cristã e teológica. Participou com o Seu Bispo no Concílio de Niceia. A doutrina ariana defendia que Jesus era como que um Deus criado por Deus, um ser intermediário entre Deus e os homens. Deus permanecia sempre inacessível à humanidade. Os Bispos reunidos em Niceia prepararam o "símbolo da fé", que seria posteriormente completado pelo Concílio de Constantinopla. O termo "consubstancial" clarifica que o Logos, o Filho, é da mesma substância do Pai, é Deus de Deus, e portanto a Sua divindade é assegurada.
       Com a morte do Bispo de Alexandria, Alexandre, Atanásio torna-se seu sucessor, tornando-se mais uma vez decidido defensor da ortodoxia, recusando qualquer compromisso ou cedência doutrinal com os arianos. Com interesses políticos também envolvidos, as doutrinas arianas e o próprio Ário foram reabilitados, mais por exigência dos imperadores romanos. Atanásio, por cinco vezes, entre 336 e 366, foi obrigado a abandonar a sua cidade, totalizando 17 anos de exílio e de testemunho da fé. Foi oportunidade para continuar a divulgar e defender o Concílio. Santo Antão tornou-se um forte aliado na defesa de fé de Santo Atanásio. Com o regresso definitivo a Alexandria dedicou-se a pacificar as comunidades cristãs.
       A obra mais famosa de Santo Atanásio é o tratado Sobre a encarnação do Verbo, onde se encontra uma afirmação muito conhecida. Diz que "o Verbo de Deus 'se fez homem para que nos tornássemos Deus; Ele fez-se visível no corpo para que tivéssemos a ideia do Pai invisível, e Ele suportou a violência dos homens para que herdássemos a incorruptibilidade' (54,3)".Santo Atanásio defende um Deus acessível, não secundário, mas verdadeiro," através da nossa comunhão com Cristo podemos unir-nos realmente a Deus".
       Das suas obras destacam-se as cartas a Serapião, refletindo sobre o Espírito Santo, e os textos meditativos sobre os salmos e, como best-seller, a biografia de Santo Antão (A Vida de Santo Antão), escrita pouco depois da morte deste célebre abade, enquanto Atanásio vivia exilado e junto dos monges do deserto egípcio.
Oração de Coleta:
        Deus eterno e omnipotente, que suscitastes na Igreja o bispo Santo Atanásio para defender a fé na divindade do vosso Filho, concedei-nos que, auxiliados pela sua doutrina e proteção, possamos conhecer-Vos sempre melhor para Vos amar cada vez mais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Fonte: Secretariado Nacional da Liturgia.
BENTO XVI, A santidade não passa de moda. Editorial Franciscana. Braga 2010

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Papa Francisco - Catequese sobre os 7 Sacramentos

Papa FRANCISCO (2014). Catequeses sobre os Sacramentos. Fátima; Secretariado Nacional de Liturgia, 32 páginas.
       Depois de termos sugerido as CATEQUESES do Papa Francisco durante o ano de 2013, eis agora um opúsculo dedicado aos SETE SACRAMENTOS, recolha e proposta do Secretariado Nacional de Liturgia (SN Liturgia no Facebook) Os Sacramentos, sinais e expressão da presença de Deus no mundo através da Igreja, que nos envolvem e nos fazem participantes da vida divina, são sempre espaço de encontro, de partilha, de vida nova, de encontro e reencontro com a comunidade e com Deus, no desafio constante de nos deixarmos plasmar pelo Espírito Santo, para nos tornarmos cada vez mais parecidos com Jesus Cristo, com a força renovada no empenho em transformar o mundo em que vivemos.
       De forma coloquial, o Papa Francisco procura, de forma assertiva, mostrar a importância, a seriedade e a dinâmica dos Sacramentos.
       Para quem for mais fácil ler, então a sugestão desta brochura. Para quem preferir ler em formato digital, ou imprimir, siga as hiperligações, clicando sobre cada título. As catequeses, estas e outras, estão disponíveis na página oficial do Vaticano, no apartado das Audiências-Gerais das Quartas-feiras.
  1. Batismo, Fundamento da nossa Fé.
  2. Pelo Batismo, tornamo-nos membros do Corpo da Igreja.
  3. Pela Confirmação, recebemos o Espírito Santo como Dom.
  4. Eucaristia, memorial da Páscoa de Jesus.
  5. Eucaristia e Vida.
  6. Na Confissão pedimos perdão a Jesus.
  7. Unção dos Doentes, Misericórdia de Deus.
  8. Sacramento da Ordem.
  9. Sacramento do Matrimónio.

       São catequeses breves, acessíveis, para ler e meditar e sobretudo para viver melhor os Sacramentos e o compromisso com a Igreja e com a Sociedade.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Papa Francisco - O MISTÉRIO DA IGREJA - Catequeses

PAPA FRANCISCO (2014). O mistério da Igreja. Catequeses do primeiro ano de pontificado. Lisboa: Paulus Editora. 120 páginas.
       Neste livro, as catequeses do Papa Francisco, nas Audiências Gerais das Quarta-feiras, durante o primeiro ano de pontificado, à excepção da última, referente ao tempo do Advento. A 13 de março de 2013, o Cardeal Jorge Mario Bergoglio aparecia à varanda do Palácio Apostólico como Papa Francisco, em pleno Ano da Fé, instituído e iniciado por Bento XVI, pelo que as catequeses seguem a linha escolhida pelo Predecessor, mormente a reflexão dos diversos artigos do Credo.
       A continuidade não é apenas na temática, mas na acessibilidade da mensagem, simples, direta, numa linguagem de fácil compreensão, com imagens para ilustrar o que se está a dizer, ainda que cada Papa deixe transparecer o seu estilo mais pessoal.
       As catequese são dividas em 4 partes.


  • PARTE I - NÃO DEIXES QUE TE ROUBEM A ESPERANÇA
  1. Semana Santa, tempo de graça do Senhor
  2. As mulheres, as primeiras testemunhas da ressurreição
  3. Cristo Ressuscitado, a Esperança que não engana
  4. Subiu aos Céus, está sentado à direita de Deus Pai
  5. O fim dos tempos
  6. São José Operário e início do mês mariano
  7. O Espírito Santo, fonte inesgotável de vida
  8. O Espírito de Verdade
  • PARTE II - O MISTÉRIO DA IGREJA
  1. Sintamos a alegria de evangelizar
  2. A Igreja, família de Deus
  3. Igreja, Povo de Deus
  4. Igreja, Corpo de Cristo
  5. Igreja, Templo do Espírito
  6. As colunas da Igreja
  7. Igreja, nossa Mãe
  8. O Rosto da Igreja-Mãe
  • PARTE III - CREIO NA IGREJA
  1. Igreja Una
  2. Igreja Santa
  3. Igreja Católica
  4. Igreja Apostólica
  5. Maria, imagem e modelo da Igreja
  • PARTE IV - A FÉ PROFESSADA
  1. Creio na comunhão dos santos
  2. A comunhão nas coisas sagradas
  3. Professo um só batismo
  4. Para a remissão dos pecados
  5. Creio na ressurreição da carne
  6. Ressuscitaremos com Cristo
  7. Creio na vida eterna
       Vamos ouvindo e lendo uma frase, uma expressão, um tema desenvolvido pelo Papa Francisco.
       Mas como em muitas situações, ler integralmente a mensagem, ou escutar na íntegra a intervenção não é o mesmo que ler ou escutar uma passagem, isolada do seu contexto e muitas vezes utilizada abusivamente para ilustrar outros argumentos. Vale sempre a pena ler todo o texto, pelo que assim deixamos este convite. São reflexões breves, de fácil leitura, quase nos sentimos na assembleia com quem o Papa Francisco interage.

       Também poderá aceder aos textos a partir da página do Vaticano: AQUI.