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sexta-feira, 1 de junho de 2018

São Justino, mártir

Nota biográfica:
       Justino, filósofo e mártir, nasceu no princípio do século II, em Flavia Neapoli (Nablus), na Samaria, de família pagã. Tendo-se convertido à fé, escreveu diversas obras em defesa da religião; mas apenas se conservam as duas Apologias e o Diálogo com Trifão. Abriu uma escola em Roma, onde tinha públicas disputas. Sofreu o martírio, juntamente com seus companheiros, no tempo de Marco Aurélio, cerca do ano 163.

Oração (colecta):
       Senhor nosso Deus, que destes a São Justino, vosso mártir, a graça de encontrar na loucura da cruz a sabedoria incomparável de Jesus Cristo, concedei-nos, por sua intercessão, que, rejeitando os erros que nos rodeiam, mantenhamos sempre a firmeza da fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Das Atas do martírio de São Justino e dos seus companheiros
Abracei a doutrina verdadeira dos cristãos
Aqueles homens santos foram presos e levados ao prefeito de Roma, chamado Rústico. Estando eles diante do tribunal, o prefeito Rústico disse a Justino: «Primeiramente, manifesta a tua fé nos deuses e obedece aos imperadores». Justino respondeu: «Não podemos ser acusados nem presos por obedecer aos mandamentos de Jesus Cristo, nosso Salvador».
Rústico perguntou: «Que doutrinas professas?». Justino disse: «Procurei conhecer todas as doutrinas, mas acabei por abraçar a doutrina verdadeira dos cristãos, embora ela não agrade àqueles que vivem no erro».
O prefeito Rústico inquiriu: «Que verdade é essa?». Justino explicou: «Adoramos o Deus dos cristãos, a quem consideramos como o único criador, desde o princípio, e artífice de toda a criação, das coisas visíveis e invisíveis; e adoramos o Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, de quem foi anunciado pelos Profetas que viria ao género humano como mensageiro da salvação e mestre da boa doutrina. E eu, porque sou homem e nada mais, considero insignificante tudo o que digo para exprimir a sua divindade infinita, mas reconheço o valor das profecias, que previamente anunciaram Aquele que afirmei ser o Filho de Deus. Sei que eram inspirados por Deus os Profetas que vaticinaram a sua vinda para o meio dos homens».
Rústico perguntou: «Portanto, tu és cristão?». Justino confirmou: «Sim, sou cristão».
O prefeito disse a Justino: «Ouve, tu que és tido por sábio e julgas conhecer a verdadeira doutrina: se fores flagelado e decapitado estás convencido de que subirás ao Céu?». Justino respondeu: «Espero entrar naquela morada, se tiver de sofrer o que dizes, pois sei que a todos os que viverem santamente lhes está reservada a recompensa de Deus até ao fim dos séculos».
O prefeito Rústico perguntou: «Então, tu supões que hás-de subir ao Céu, para receber algum prémio em retribuição?». Justino disse: «Não suponho, sei-o com toda a certeza».
O prefeito Rústico retorquiu: «Bem, deixemos isso e vamos à questão de que se trata, à qual não podemos fugir e é urgente. Aproximai-vos e todos juntos sacrificai aos deuses». Justino respondeu-lhe: «Não há ninguém que, sem perder a razão, abandone a piedade para cair na impiedade».
O prefeito Rústico continuou: «Se não fizerdes o que vos é mandado, sereis torturados sem compaixão». Justino disse: «Desejamos e esperamos chegar à salvação através dos tormentos que sofremos por amor de Nosso Senhor Jesus Cristo. O sofrimento garante-nos a salvação e dá-nos confiança perante o tribunal de nosso Senhor e Salvador, que é universal e mais terrível que o teu».
E os outros mártires disseram o mesmo: «Faz o que quiseres; porque nós somos cristãos e não sacrificamos aos ídolos».
O prefeito Rústico pronunciou então a sentença, dizendo: «Os que não quiseram sacrificar aos deuses e obedecer à ordem do imperador, sejam flagelados e conduzidos ao suplício, segundo as leis, para sofrerem a pena capital». Glorificando a Deus, os santos mártires saíram para o lugar do costume; e ali foram decapitados e consumaram o seu martírio, dando testemunho da fé no Salvador.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Tabuaço: Grupo de Jovens foi ao cinema ver o Silêncio

       Nestes últimos tempos temos ouvido falar sobre o filme o “SILÊNCIO”
       Trata-se de um filme, baseado no romance de Shusaku Endo, católico japonês, que narra a história de dois padres jesuítas portugueses, Sebastião Rodrigues e Francisco Garpe, que como missionários vão para o Japão. Têm como missão descobrir o paradeiro de um outro padre, Cristóvão Ferreira, que depois de torturado, terá renegado a sua fé.
       Por tudo o que nos vinha chegando, parecia ser um filme que nos colocava várias questões, relativamente às dúvidas de fé, às de fidelidade, ao silêncio de Deus…
       Sentindo o desafio de nos questionarmos, o Grupo de Jovens da nossa paróquia foi, no passado sábado, 11 de fevereiro, ver o filme. Depois de nos acomodarmos confortavelmente nas cadeiras da sala, não esquecendo as pipocas, lá começamos a vê-lo.
       Com o decorrer do filme vai-se instalando o suspense entre todos. Algumas das cenas vividas despertam-nos para realidades muito presentes, como a perseguição aos cristãos!
       No final ficamos todos um pouco baralhados. A necessidade de refletirmos sobre o que vimos era evidente. Esse era o objetivo! Interpelarmo-nos sobre o que sentimos e, de certa forma, identificar, nas nossas vidas, situações semelhantes, de dúvida, hesitação, interrogação do silêncio de Deus.
       Brevemente, numa próxima reunião do grupo, teremos um tempo de reflexão sobre o que vimos e sentimos. Acredito que todos sairemos mais fortalecidos na fé e no amor a Deus!

Graça Ferraz, Grupo de Jovens de Tabuaço
in Voz de Lamego, ano 87/14, n.º 4399, 14 de fevereiro de 2017