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quinta-feira, 18 de outubro de 2018

São Lucas, Evangelista

Nota biográfica:
       Nascido numa família pagã e convertido à fé, acompanhou o apóstolo Paulo, de cuja pregação é reflexo o Evangelho que escreveu. Transmitiu noutro livro, intitulado Actos dos Apóstolos, os primeiros passos da vida da Igreja até à primeira estadia de Paulo em Roma.
Oração de coleta:
       Senhor nosso Deus, que escolhestes São Lucas para revelar com a sua palavra e os seus escritos o mistério do vosso amor pelos pobres, fazei que sejam um só coração e uma só alma aqueles que se gloriam no vosso nome, e todos os povos mereçam ver a vossa salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Das Homilias de São Gregório Magno, papa, sobre os Evangelhos

O Senhor segue atrás dos seus pregadores

Irmãos caríssimos: Nosso Senhor e Salvador ensina nos umas vezes por palavras e outras por acções. Com efeito, as suas próprias obras são preceitos, pois com elas nos dá a conhecer tacitamente o que devemos fazer.
Ele envia os seus discípulos em pregação dois a dois, porque são dois os mandamentos da caridade, a saber, o amor de Deus e do próximo. O Senhor manda os seus discípulos em pregação dois a dois, para nos indicar isto sem palavras: quem não tiver caridade para com os outros de modo algum deve assumir o ofício da pregação.
Apropriadamente se diz que os mandou à sua frente a todas as cidades e lugares aonde Ele próprio havia de ir. Na verdade, o Senhor segue os seus pregadores, porque a pregação prepara a sua vinda. O momento em que o Senhor vem habitar no nosso espírito é justamente quando as palavras de exortação aparecem antes d’Ele e por meio delas a verdade é recebida na alma. É por isso que Isaías diz aos mesmos pregadores: Preparai o caminho do Senhor, aplanai as veredas para o nosso Deus. Também o Salmista lhes diz: Abri caminho Àquele que sobe sobre o ocaso. É o Senhor que sobe sobre o ocaso, porque a sua morte Lhe serviu de pedestal para manifestar mais esplendorosamente a sua glória na ressurreição. Sobe sobre o ocaso, dizemos, porque a morte que suportou, Ele a calcou aos pés ao ressurgir. Portanto, abrimos caminho Àquele que sobe sobre o ocaso quando pregamos às vossas almas a sua glória, para que venha depois Ele próprio iluminá las com a presença do seu amor.
Mas ouçamos o que diz aos pregadores que enviou: A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai portanto ao senhor da messe que mande operários para a sua messe. Para a messe, que é grande, os trabalhadores são poucos, o que não podemos referir sem tristeza; porque, embora haja quem ouça a boa nova, falta quem a pregue. De facto o mundo está cheio de sacerdotes, mas muito raramente se encontra um operário na messe de Deus. É verdade que recebemos o ministério sacerdotal, mas não cumprimos as obrigações do cargo.
Pensai, caros irmãos, pensai no que diz o Evangelho: Rogai ao senhor da messe que mande operários para a sua messe. Pedi por nós para que possamos trabalhar por vós como convém; para que a nossa língua não deixe de vos exortar, não seja caso, que, tendo recebido o ofício da pregação, o nosso silêncio nos venha acusar perante o justo juiz.

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

São Gregório Magno, Papa e doutor da Igreja

       Gregório Magno nascem em 540, em Roma, numa família aristocrata, filho de Gordiaus e de Santa Sílvia. Foi senador e perfeito da cidade eterna. Cerca do ano 575, entra num mosteiro. E ele próprio faz da sua casa, no monte Célio, o mosteiro de Santo André, e fundou outros seis mosteiros em terras da família, na Sicília. Diácono e embaixador do Papa em Constantinopla.
       Foi eleito Bispo de Roma e, consequentemente, Papa da Igreja, a 3 de Setembro de 590.
       Preparou um grupo de missionários para evangelizar a Inglaterra, de onde saiu o primeiro Bispo de Cantuária. Deixou uma extensa obra de reflexão, sermões, comentários à Bíblia. É também responsável pela divulgação do canto que ficou com o seu nome, canto gregoriano.
       Morreu a 12 de Março de 604.

Oração (de colecta):
       Deus eterno e omnipotente, que velais pelo vosso povo com infinita misericórdia e o governais com inefável amor, por intercessão do papa São Gregório Magno, concedei o espírito de sabedoria àqueles que escolhestes como mestres e guias da Igreja, para que o progresso dos fiéis seja a alegria eterna dos seus pastores. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
HOMILIA de São Gregório Magno sobre o Profeta Ezequiel:

Por amor de Cristo, ao serviço da sua palavra nem a mim mesmo perdoo

Filho do homem, coloquei te como sentinela na casa de Israel. Deve notar se que o Senhor chama sentinela àquele que envia a pregar. De facto, a sentinela está sempre num lugar alto, a fim de perscrutar tudo o que possa vir ao longe. Todo aquele que é colocado como sentinela do povo, deve, portanto, pela sua vida, situar se bem alto, para ser útil com a sua previdência.
Oh como são duras para mim estas palavras que digo! Ao falar assim, estou a ferir me a mim próprio, porque nem a minha pregação nem a minha vida estão à altura da missão que desempenho.
Reconheço me culpado, confesso a minha tibieza e negligência. Talvez o próprio reconhecimento da culpa me alcance o perdão do piedoso Juiz.
Quando vivia no mosteiro, eu conseguia guardar a minha língua de conversas inúteis e manter quase continuamente o meu espírito em atitude de oração. Mas depois que tomei sobre meus ombros a responsabilidade pastoral, o espírito não consegue recolher se tão assiduamente como queria, porque se encontra solicitado por muitas preocupações.
Vejo me obrigado a ocupar me ora dos problemas das igrejas ora dos mosteiros e analisar muitas vezes a vida e actuação de cada pessoa em particular; ora a ocupar me de assuntos de ordem civil, ora a lamentar os estragos dos exércitos invasores dos bárbaros e a temer os lobos que ameaçam o rebanho que me foi confiado; ora a zelar pelos interesses daqueles que vivem submetidos a uma disciplina regular, ora a suportar com paciência certos assaltantes, ora a sair lhes ao encontro para salvaguarda da caridade.
Estando assim dividido e subjugado por tão numerosas e tão grandes preocupações, como poderá o meu espírito recolher se e concentrar se para se poder dedicar plenamente à pregação e não se afastar do ministério da palavra? Além disso, obrigado por dever de ofício, tenho de tratar muitas vezes com os homens do mundo, o que me leva por vezes a afrouxar o domínio da língua. Na verdade, se mantenho nesta matéria uma disciplina rigorosa, sei que isso afastará de mim os mais fracos e assim nunca poderei atraí los ao que pretendo. Por isso acontece muitas vezes que também ouço pacientemente as suas conversas inúteis. Mas porque também eu próprio sou fraco, deixo-me atrair um pouco para essas palavras ociosas e começo a falar de bom grado sobre aquilo que principiara a ouvir contrariado; e acabo por ficar com gosto, onde antes me repugnava cair.
Quem sou eu, portanto, ou que espécie de sentinela sou eu, que, em lugar de permanecer firme sobre a alta montanha, me encontro prostrado, pelo meu modo de proceder, no vale da fraqueza? Mas o Criador e Redentor do género humano é assaz poderoso para me conceder a mim, embora indigno, a altitude da vida e a eficácia da linguagem: é por seu amor que, ao serviço da sua palavra, nem a mim mesmo perdoo.

sábado, 10 de fevereiro de 2018

Santa Escolástica, Virgem

Nota biográfica:
       Escolástica, irmã de S. Bento, nasceu em Núrsia (Úmbria) cerca do ano 480. Consagrou-se a Deus, como seu irmão, e seguiu-o para Cassino, onde morreu aproximadamente em 547.

Oração de Colecta:
       Ao celebrar a memória de Santa Escolástica, nós Vos pedimos, Senhor, que, a seu exemplo, Vos sirvamos de coração sincero e alcancemos a verdadeira felicidade no vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo que é Deus convosco na unidade dos Espírito Santo.
São Gregório Magno, papa

Pôde mais quem mais amou


Escolástica, irmã de São Bento, consagrada ao Senhor desde a infância, costumava visitar o irmão uma vez por ano. O homem de Deus vinha encontrar-se com ela num local próximo do mosteiro.
Um dia veio ela como costumava todos os anos, e ao seu encontro veio seu venerável irmão, com alguns discípulos. Passaram todo o dia no louvor de Deus e em santa conversação, de tal modo que já se aproximavam as trevas da noite quando se sentaram à mesa para comer.
No meio da sua santa conversação foi passando o tempo e fez-se muito tarde; a santa religiosa implorou-lhe então com estas palavras: «Peço-te irmão, que não me deixes esta noite, para que possamos continuar até de manhã a falar sobre as alegrias da vida celeste». Mas ele respondeu-lhe: «Que dizes tu, irmã? De maneira nenhuma posso passar a noite fora da minha cela».
Então Escolástica, ouvindo a recusa do irmão, poisou sobre a mesa as mãos com os dedos entrelaçados, inclinou a cabeça sobre elas e implorou o Senhor Omnipotente. Quando levantou a cabeça da mesa, rebentou uma grande tempestade, com tão fortes relâmpagos, trovões e aguaceiros, que nem o venerável Bento nem os irmãos que com ele se encontravam podiam pensar em sair do lugar onde estavam reunidos.
Então o homem de Deus, vendo que não podia regressar ao mosteiro, começou a lamentar-se, dizendo: «Deus te perdoe, irmã. Que foste fazer?». Ao que ela respondeu: «Vê, eu pedi-te e não me quiseste ouvir. Pedi ao meu Deus e Ele ouviu-me. Agora, se podes, vai-te embora; despede-te de mim e volta para o mosteiro».
E Bento, que não quisera ficar ali espontaneamente, teve de ficar contra vontade. E assim passaram toda a noite em vigília, animando-se um ao outro com santos colóquios sobre a vida espiritual.
Não nos admiremos que aquela mulher tenha tido mais poder do que ele: se na verdade, como diz João, Deus é amor, é razoável sentença que tenha tido mais poder aquela que mais amou.
Três dias mais tarde, encontrando-se o homem de Deus na sua cela com os olhos levantados ao céu, viu a alma da sua irmã, liberta do corpo, em figura de pomba, dar entrada no interior da morada celeste. Então, contente com a glória tão grande que a ela tinha sido concedida, deu graças ao Deus Omnipotente com hinos e cânticos de louvor, e enviou alguns irmãos a buscar o corpo e trazê-lo para o mosteiro, onde ficou depositado no túmulo que ele tinha preparado para si.
E assim, nem o túmulo separou aqueles que sempre tinham estado unidos em Deus.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

João Paulo I - cada bom ladrão tem a sua devoção

       Lá em cima, na região de Veneza, ouvia dizer: cada bom ladrão tem a sua devoção. O Papa, devoções, tem várias; entre outras, a de São Gregório Magno, de que hoje ocorre a festa. Em Belluno, o Seminário chama-se gregoriano, em honra de São Gregório Magno. Lá, passei eu sete anos como estudante, e vinte como professor. Dá-se a coincidência de hoje, 3 de Setembro, ter ele sido eleito Papa e começar eu oficialmente o meu serviço à Igreja universal. Ele era romano, e subira a primeiro Magistrado da Cidade. Depois, deu tudo aos pobres, fez-se monge, e veio a ser Secretário do Papa. Falecido este, elegeram-no a ele mas não queria aceitar. Interpôs-se o Imperador, e também o povo. Por último, sempre aceitou, mas escreveu ao seu amigo Leandro, Bispo de Sevilha: "Tenho mais vontade de chorar do que de falar". E à irmã do Imperador: "O Imperador quis que um macaco se tornasse leão". Vê-se que, também naqueles tempos, era difícil ser Papa. Que bom que ele era para os pobres! Converteu a Inglaterra! Sobretudo escreveu livros belíssimos; um é a Regra Pastoral: ensina aos Bispos o seu ofício, mas, na parte final, tem estas palavras: "Eu descrevi o bom pastor, mas não o sou; mostrei a praia da perfeição a que é preciso chegar, mas pessoalmente encontro-me ainda nas tempestades dos meus defeitos, das minhas faltas. Sendo assim, — por favor disse ele — para que não venha a naufragar, lançai-me uma tábua de salvação com as vossas orações". Eu digo o mesmo; mas não é só o Papa que precisa de orações, é também o mundo. Um autor espanhol escreveu: "O mundo vai mal porque há mais batalhas que orações". Procuremos que haja mais orações e menos batalhas. 

Audiência Geral, 3 de setembro de 1978: AQUI

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

A ignorância das Escrituras é ignorância de Cristo

     A Bíblia foi escrita pelo Povo de Deus e para o Povo de Deus, sob a inspiração do Espírito Santo. Somente com o «nós», isto é, nesta comunhão com o Povo de Deus, podemos realmente entrar no núcleo da verdade que o próprio Deus nos quer dizer. Aquele grande estudioso, para quem «a ignorância das Escrituras é ignorância de Cristo», afirma que o carácter eclesial da interpretação bíblica não é uma exigência imposta do exterior; o Livro é precisamente a voz do Povo de Deus peregrino, e só na fé deste Povo é que estamos, por assim dizer, na tonalidade justa para compreender a Sagrada Escritura. Uma autêntica interpretação da Bíblia deve estar sempre em harmónica concordância com a fé da Igreja Católica. Jerónimo escrevia assim a um sacerdote: «Permanece fi rmemente apegado à doutrina tradicional que te foi ensinada, para que possas exortar segundo a sã doutrina e rebater aqueles que a contradizem».

       São Gregório Magno: «As palavras divinas crescem juntamente com quem as lê».
Bento XVI, Verbum Domini, n.º 30.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

São Gregório Magno, Papa e doutor da Igreja

       Gregório Magno nascem em 540, em Roma, numa família aristocrata, filho de Gordiaus e de Santa Sílvia. Foi senador e perfeito da cidade eterna. Cerca do ano 575, entra num mosteiro. E ele próprio faz da sua casa, no monte Célio, o mosteiro de Santo André, e fundou outros seis mosteiros em terras da família, na Sicília. Diácono e embaixador do Papa em Constantinopla.
       Foi eleito Bispo de Roma e, consequentemente, Papa da Igreja, a 3 de Setembro de 590.
       Preparou um grupo de missionários para evangelizar a Inglaterra, de onde saiu o primeiro Bispo de Cantuária. Deixou uma extensa obra de reflexão, sermões, comentários à Bíblia. É também responsável pela divulgação do canto que ficou com o seu nome, canto gregoriano.
       Morreu a 12 de Março de 604.

Oração (de colecta):
       Deus eterno e omnipotente, que velais pelo vosso povo com infinita misericórdia e o governais com inefável amor, por intercessão do papa São Gregório Magno, concedei o espírito de sabedoria àqueles que escolhestes como mestres e guias da Igreja, para que o progresso dos fiéis seja a alegria eterna dos seus pastores. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

São Gregório Magno, Papa e Doutor da Igreja

Gregório Magno nascem em 540, em Roma, numa família aristocrata, filho de Gordiaus e de Santa Sílvia. Foi senador e perfeito da cidade eterna. Cerca do ano 575, entra num mosteiro. E ele próprio faz da sua casa, no monte Célio, o mosteiro de Santo André, e fundou outros seis mosteiros em terras da família, na Sicília. Diácono e embaixador do Papa em Constantinopla. Foi eleito Bispo de Roma e, consequentemente, Papa da Igreja, a 3 de Setembro de 590.
Preparou um grupo de missionários para evangelizar a Inglaterra, de onde saiu o primeiro Bispo de Cantuária. Deixou uma extensa obra de reflexão, sermões, comentários à Bíblia. É também responsável pela divulgação do canto que ficou com o seu nome, canto gregoriano.
Morreu a 12 de Março de 604.