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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

VL – Seguir Jesus também em tempo de férias

       Seguir Jesus implica toda a nossa vida, a vida toda, em todos os seus aspetos. Somos cristãos em qualquer situação, não apenas quando nos convém, nos dá mais jeito ou quando temos mais tempo. É dessa forma que ganhamos a vida, perdendo-a, gastando-a, dando-lhe sentido e sabor pelo serviço, pelo cuidado com os outros e com o meio ambiente. É dando que se recebe, é dando que se acolhe a vida como dom alegre. Quem resguarda a sua vida por medo ou para não se incomodar, acabará por morrer sem ter vivido (cf. Mt 16, 25)!
       Para o cristão, a referência é Jesus Cristo. Segui-l'O para O imitar, para gastar a vida como Ele, a favor de todos. Com efeito, lembra-nos São Paulo, fomos batizados em Cristo, sepultados na Sua morte, para com Ele ressuscitarmos. Se morremos com Cristo, vivamos então com Ele uma vida nova. «Cristo morreu para o pecado de uma vez para sempre; mas a sua vida, é uma vida para Deus. Assim, vós também, considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Cristo Jesus» (Rom 6, 10-11).
       Configurados com Cristo, deixemos que Ele nos ilumine, nos guie e viva em nós e através de nós. Morrendo por causa d'Ele, havemos de situar-nos na vida que permanece. É a Sua promessa. Tudo o que fizermos, façamo-lo em nome de Jesus, por amor a Jesus, com o amor de Jesus. E então tudo terá mais sentido, um sentido mais pleno, a vida, os pais, os filhos. Importa tomar a nossa cruz, dia após dia, e segui-l'O, imitando-O. «Se alguém der de beber, nem que seja um copo de água fresca, a um destes pequeninos, por ele ser meu discípulo, em verdade vos digo: Não perderá a sua recompensa» (Mt 10, 42).
       Seguir Jesus não servirá nunca para justificar a indiferença ou o descarte a que botamos as pessoas. Seguir Jesus com a nossa vida inteira faz-nos incluir os pais, os filhos, os amigos, os vizinhos, os colegas de trabalhos, aqueles de quem não gostamos tanto e sobretudo as pessoas mais fragilizadas, pela doença, pela pobreza, pela exclusão social, cultural, económica ou política.
       Em ambiente de férias, o cristão permanece ligado a Jesus com o compromisso de O transparecer em todos os cenários, em todo o tempo, com todas as pessoas. Com efeito, o cristão que vai à Missa é o mesmo que vai ao café ou que vai num passeio de barco! E o facto de quebrar as rotinas, não significa que se esqueça de celebrar a fé!

Publicado na Voz de Lamego, n.º 4421, de 18 de julho de 2017

domingo, 26 de outubro de 2014

10 razões para ser cristão

quinta-feira, 27 de março de 2014

LEITURAS: Giulio Viviani - Porque Jejuamos?

GIULIO VIVIANI. Porque Jejuamos? A prática do jejum e da abstinência na Igreja de hoje. Paulus Editora. Lisboa 2013. 112 páginas.
       Um livro é um pouco como as pessoas, não se mede aos palmos. Este é um pequeno livro mas muito curioso, abordando o tema do jejum e da abstinência (de carne) de uma forma simples, fundamentada, acessível, de fácil compreensão. Parte do texto de Isaías, que dá o título ao original italiano: «Para quê jejuar, se Vós não fazeis caso? Para quê humilhar-nos, se não prestais atenção?» (Is 58, 3). A resposta do Senhor é elucidativa: "É porque no dia do vosso jejum só cuidais dos vossos negócios, e oprimis todos os vossos empregados. Jejuais entre rixas e disputas, dando bofetadas sem dó nem piedade... O jejum que me agrada é este: libertar os que foram presos injustamente, livrá-los do jugo que levam às costas, pôr em liberdade os oprimidos, quebrar toda a espécie de opressão, repartir o teu pão com os esfomeados, dar abrigo aos infelizes sem casa, atender e vestir os nus e não desprezar o teu irmão. Então, a tua luz surgirá como a aurora, e as tuas feridas não tardarão a cicatrizar-se. A tua justiça irá à tua frente, e a glória do Senhor atrás de ti" (Is 58, 1-12).
       Esta crítica estará também no discurso de Jesus quando se refere a algumas práticas exteriores, rituais, que, embora respeitando a Lei, não aproxima as pessoas. O melhor jejum será sempre a bondade, a misericórdia, o serviço ao irmão. Ou dito de outra maneira, o jejum e a prática da abstinência (bem assim a oração e a esmola) deverão ser acompanhadas por uma conversão efetiva a Deus e de Deus para os irmãos.
       O autor fundamenta a relevância do Jejum e da Abstinência na Sagrada Escritura, na Tradição da Igreja, no Magistério papal. Desde logo o jejum de Jesus, durante 40 dias e 40 noites, no deserto, antes de iniciar a vida pública. Por outro a resposta dada alguns fariseus quando ao facto de os discípulos não jejuarem. A resposta é evidente: não jejuam por agora, enquanto o noivo está com eles, quando o noivo lhes for tirado então jejuarão (cf. Mc 2, 18-22).
       Alguns documentos importantes revisitados pelo autor: Constituição Apostólica Paenitemini, do Papa Paulo VI, Catecismo da Igreja Católica, Código de Direito Canónico, Normas para o jejum e abstinência, da Conferência Episcopal Portuguesa (28 de janeiro de 1985), e Nota Pastoral O sentido cristão do jejum e da abstinência, da Conferência Episcopal Italiana (4 de outubro de 1994).
       Na atualidade verifica-se, de algum modo, uma certa indiferença em relação a estas práticas, que se acentuam sobretudo na Quaresma. Por um lado, a própria Igreja mitigou as orientações, para sublinhar que a salvação era dom de Deus, afastando de novo algumas conceções farisaicas: a salvação resultaria sobretudo do esforço humano e do sacrifício, das práticas instituídas. A Igreja, fiel a Jesus, quis e quer, que as práticas exteriores, do jejum, oração e esmola, seja sobretudo um sinal de conversão, de adesão à vontade de Deus, de mudança efetiva na vida pessoa, familiar, comunitária, sejam oportunidades na Quaresma mas para se estenderem a todo o ano. Por outro lado, o Jejum e a abstinência não podem ser separadas, nunca, do serviço concreto ao próximo. Não se jejua hoje para amanhã comer mais, ou se poupa hoje para amanhã gastar mais, mas que a poupança, no jejum e abstinência possam reverter a favor dos mais necessitados. Aliás, estas práticas visam fazer-nos sensibilizar para as carências de outras, que não têm que comer, que vestir, não têm o mínimo necessário para sobreviver com dignidade.
       Um dos aspetos cuja reflexão me surpreendeu anda à volta da ABSTINÊNCIA e concretamente de CARNE. Obviamente, e o documento da Conferência Episcopal Portuguesa é claro, mas também outras intervenções do magistério episcopal e papal, a abstinência poderá ser de um alimento ou algo que nos agrade muito: do tabaco, de café, de andar de carro, de doces, beber água da torneira e abster-se de beber água engarrafada. Cada família, comunidade, ou cada região, poderá refletir e propor um jejum e/ou abstinência que seja sinal para aquela realidade. No entanto, a Abstinência de Carne poderá ser um sinal com raízes muito significativas.
       Em Sexta-feira Santa, Jesus ofereceu a Sua Carne por nós. A abstinência e o jejum e a oração e a esmola, são práticas pascais, para melhor nos associarem à paixão redentora de Jesus. Daí se recomende a abstinência em todas as sextas-feiras, especialmente na Quaresma. Configurados à oferenda de Jesus, em Sexta-feira só deveríamos COMER a CARNE de Jesus e não outra carne. Belíssimo. Nunca tinha encontrado uma explicação tão justa e luminosa como esta. Até o jejum eucarístico (uma hora antes de comungar) poderá aqui encontrar uma explicação válida: não misturar o ALIMENTO com outros alimentos, valorizando o verdadeiro Pão da Vida.
       Outro argumento, igualmente preponderante, o facto da abstinência de carne poder ser um SINAL cristão no mundo atual. A abstinência pode adquirir outras modalidades, mas havendo uma comum a todos os cristãos e a todas as comunidades funcionará melhor como sinal. Nas cantinas da escola, ou nos restaurantes, há uma alimentação própria para vegetarianos, para judeus. Os muçulmanos sinalizam o Ramadão em público... então por que não os cristãos proporem o SINAL, não comendo carne à sexta-feira, oportunidade para sublinharem as razões da sua fé.
       Obviamente que esta prática não recusa a abstinência de outros alimentos ou situações, a nível pessoal, familiar e/ou comunitário. Mas um SINAL comum dos cristãos seria bem vindo. Parece que só os sinais dos cristãos desaparecem, sem que ninguém se importe com isso. A fundamentação, contudo, está na identificação com Jesus Cristo e com o mistério da Sua morte e ressurreição.
       Diga-se também que o não comer carne não significa que se deva comer peixe... O autor conta uma pequena história em que uma senhora o terá abordado para dizer que as leis da Igreja eram um disparate pois obrigavam a comer peixe nas sextas-feiras da Quaresma, quando o peixe era uma comida cara, uma comida para ricos, não levando em conta as pessoas com menos recursos. Em nenhum documento da Igreja se diz que a carne deva ser substituída por peixe. Hoje há muitos alimentos confeccionáveis que não exigem carne. Leite, ovos, queijo não entram na "proibição"/ recomendação de não se comer carne. E portanto será fácil preparar refeições sem carne.
       A abstinência é recomendada a partir dos 14 anos. O Jejum, a partir dos 21 anos, e em Portugal a partir dos 18 anos, e até aos 60 anos de idade. Dispensadas estão as pessoas doentes, as mulheres a amamentar, ou outras razões que justifiquem a dispensa. As crianças, sobretudo em idade de catequese, e as pessoas com 60 anos ou mais, podem também jejuar. A indicação para todos é que não ponha em causa a saúde da pessoa que jejua.
       Vale a pena uma leitura atenta e descontraída deste pequeno livro. 112 páginas, com o tamanho de um tablet de 7''.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

MARIA JOSÉ NOGUEIRA PINTO

       Maria José Nogueira Pinto, deputada do PSD, morreu hoje aos 59 anos, vítima de cancro no pâncreas.
       Jurista de formação, licenciou-se pela faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Entrou na política em 1992, para o Governo de Cavaco Silva, como sub-secretária de Estado da Cultura. Um ano depois, abandonou o cargo em ruptura com Santana Lopes, que tutelava a pasta.
       Três anos depois, em 1995, entra na Assembleia da República como deputada independente eleita pelo CDS, partido do qual se torna militante um ano depois. Disputa a liderança do partido com Paulo Portas, foi líder parlamentar do partido e candidata à Câmara de Lisboa em 2005.
       Dois anos depois entra em conflito com Paulo Portas e abandona o CDS. Há dois anos, a convite de Manuela Ferreira Leite integrou as listas do PSD à Assembleia da República, cargo para o qual foi novamente eleita nas legislativas de Junho.
       Antes da vida política activa, Maria José Nogueira Pinto ocupou vários cargos em instituições públicas e privadas, foi vice-presidente do instituto português do cinema, directora da maternidade Alfredo da Costa e provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
       Desde a década de 90 que Maria José Nogueira Pinto era presença habitual na antena da Renascença como comentadora. Ultimamente integrou o painel do programa “Espaço Aberto”.


       E dizemos nós:
       Fervorosa defensora da vida, uma cristã que na vida política defendeu os valores da vida, da verdade, da justiça, da igualdade, do bem, da solidariedade. Por vezes a política altera a personailidade da pessoa. Aqui, a pessoa, Maria José Nogueira Pinto, levou os valores morais, cristãos, humanos, para humanizar a política, colocando esta ao serviço da pessoa, das pessoas.
        Felizmente, em todos os quadrantes políticos há valores que promovem a pessoa e a qulidade de vida. Em todos os quadrantes políticos há cristãos empenhados, comprometidos, não se deixando corromper, mas levando mais valia à vida político-partidária, do governo á oposição, da Assembleia a vários organismos governamentais

       O Presidente do Tribunal de Contas, Guilherme d'Oliveira Martins, falou nela à Rádio Renascença, como cidadã e cristã empenhada :

       Guilherme d'Oliveira Martins, que foi colega de faculdade de Maria José Nogueira Pinto, destaca a personalidade da deputada do PSD, que faleceu hoje aos 59 anos.
       Maria José Nogueira Pinto foi “uma cidadã e cristã empenhada”
       “Foi minha colega na faculdade e desde sempre devo reconhecer que ela se afirmou com uma personalidade muito forte, uma personalidade muito generosa, uma pessoa com qualidades extraordinárias, qualidades de cidadã, de uma cristã empenhada que foi sempre toda a vida", diz o actual presidente do Tribunal de Contas.
       "Perco uma grande amiga, que me suscita já uma grande saudade, mas sobretudo que cita o seu exemplo de alguém que deu sempre tudo ao serviço público e tudo aquilo que ela entendia ser o bem comum”, diz ainda Guilherme d'Oliveira Martins.

»» Veja também o que disse Ribeiro e Castro.
»» Não deixe de ler o Editorial da Rádio Renascença.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Ser cristãos nos dias de hoje

Para ser cristão é preciso, antes de tudo, ser “humano”.

 
       Para nos salvar Jesus assume a humanidade e a vive integralmente, mostrando que não se pode fazer a vontade de Deus na terra a não ser através da humanidade. Olhar para a humanidade de Jesus é olhar para o que Deus espera de nós, seres humanos.
       Para compreender o sentido de ser “humano” é necessária a calma, a tranquilidade para mergulhar no próprio interior e descobrir “quem somos”, sem qualquer sombra de julgamento. Pois assim como Deus estava em Jesus, assim também está em nós.
       Quem procura Deus tem que procurar a si mesmo, à sua verdade.
       Nos dias atuais, o ser humano é assombrado por três medos fundamentais:

Medo de ser determinado pelos outros:
       – isto é, agir segundo a vontade de outras pessoas abrindo mão do seu livre arbítrio. Quando a Bíblia nos diz que Jesus foi obediente a Deus (Fl 2,8) não significa que agiu contra a própria vontade, mas que ouvindo a Deus que falava em seu íntimo aceitou e assumiu o projeto do Pai como seu próprio protejo e determinou-se a ser fiel a esse protejo, mesmo diante da morte tramada pelos que detinham o poder.
       No mundo actual, onde impera o individualismo, muitos vêem a vontade de Deus como empecilho à liberdade individual. No entanto, Deus não está em nós para quebrar a nossa própria vontade, ao contrário Ele vem dar o sentido da nossa existência humana. A vontade de cada um tem diferentes dimensões, mas a base será sempre a manifestação da vontade de Deus, que também se manifesta nos anseios do povo e nos clamores da sociedade. Quando Jesus, no Horto das Oliveiras, pede ao Pai que afaste o cálice do sofrimento (Mt 26,39), no mesmo instante Ele reafirma a sua base ao pedir que se faça a vontade de Deus. Jesus sabe que o Pai não deseja seu sofrimento, mas apenas a fidelidade ao seu protejo de amor. O sofrimento pelo qual Jesus passará é fruto da maldade do homem e não da vontade de Deus. Assim, a obediência evangélica é aquela que nos leva a agir sendo fiéis a Deus, ao que somos e aos valores humanos.
 
Medo da fome:
       – de não ter o necessário para sobreviver. “Olhai as aves do céu: não semeiam nem ceifam, nem recolhem nos celeiros e vosso Pai celeste as alimenta. Não valeis vós muito mais que elas?” (Mt 6,26). Ser pobre é não ter nada, não pensar nada e não querer nada. Não ter nada não significa não possuir bens, mas também não querer possuir Deus. A pobreza evangélica é aquela que nos leva a não considerar os bens como propriedade exclusiva, e mais ainda não considerar Deus como nossa propriedade.
       A riqueza não é ruim em si, mas tem a capacidade de reforçar em nós o apego e a induzir as pessoas a usar máscaras, o que provoca o vazio interior. Quem não consegue renunciar às coisas, jamais conseguirá fortalecer o próprio “EU”. Somos chamados a viver a generosidade da partilha total, conscientes de que o que possuímos é temporário e jamais deverá ser estocado, mas deve servir para o bem de todos; “Não se pode servir a Deus e ao dinheiro” (Lc 16,13).
 
Medo da solidão:
       – de não ser amado, ser abandonado. Empreendemos uma busca desesperada de agradar os outros passando por cima dos nossos próprios valores e anseios esperando com isso a atenção desses. Com isso perdemos a própria identidade. “Amai ao próximo como a ti mesmo” (Mt 19,19) – aqui Jesus deixa claro que só podemos amar aos outros se nos amarmos primeiro, e quem se ama se respeita e procura se conhecer. Assim, devemos descobrir quem somos no mais profundo do nosso íntimo e nos amarmos. E quando isso acontece, nos encontramos com Deus que nos ama do modo mais profundo e descobrimos que jamais estaremos sozinhos. A partir daí, construiremos a base da nossa vida no próprio Deus. A castidade evangélica é fruto de uma vida construída sobre alicerces de integração da sexualidade e não da sua negação, identificando para onde ela nos leva.
       Encontramos na Bíblia belíssimos relatos impregnados de sexualidade que nos falam do amor de Deus pela humanidade, o “Cântico dos Cânticos” é um exemplo disso.

Para desenvolver a integração da sexualidade é necessário:
  • Desenvolver uma cultura de vida saudável. Hoje há um movimento de destruição da vida, é preciso cultivar a vida saudável, a própria casa e o próprio ser como lugar onde se habita com paz e bem estar.
  • Cultivar a amizade sincera, deixando que as pessoas cheguem ao coração, deixando-se cativar.
  • Cultivar a criatividade, usando-a como meio de expressão pessoal e até mesmo da própria sexualidade.
  • Cultivar a espiritualidade mística, que tem a ver com experimentar Deus, com silêncio e meditação. A espiritualidade mística não leva a perder o contato com a realidade, nem a ficar girando em torno de si mesmo na busca pelo próprio bem estar e a própria salvação, mas induz ao questionamento pessoal do que pensamos, sentimos e fazemos na busca da comunhão e do bem comum.
       Cada pessoa tem o desejo de amar e ser amado que leva à experiência de sentir-se pleno ou vazio, acolhido ou rejeitado. É essa experiência que nos leva a compreender que permanecer no amor é permanecer em Deus.
 
Desafios são vencidos quando se vive o Baptismo:
       O baptismo nos confere o ser rei, sacerdote e profeta; e cada um desses selos tem um significado próprio que nos identifica com Jesus.
  • Ser rei ou rainha é ter a capacidade de viver por si mesmo, sem se deixar levar pelos outros, é ser soberano de si mesmo e da própria dignidade.
  • Ser sacerdote é ser guardião do sagrado, é guardar em si o espaço sagrado interior. Jesus afirmou que o Reino de Deus está em nós (cf. Lc 17, 20-24). O sagrado está livre do mundo e dá liberdade para que possamos estar no mundo sem nos deixarmos prender por ele ou por seus julgamentos. O espaço sagrado é o espaço da autenticidade, da originalidade; é o lugar da entrega, onde não há espaço para o sentimento de culpa.
  • Ser profeta é dizer algo de Deus a partir da própria experiência que se tem dele e da sua presença em nossa vida. É ter sensibilidade para falar sobre coisas que ferem o ser humano e clamam contra Deus.
       O desejo de controle absoluto, de si e do outro, nos coloca na contramão da caminhada cristã e impede as pessoas de serem “humanas”; quanto mais nos entregamos ao amor de Deus e nos deixamos guiar e transformar por esse amor, mais nos aproximamos da humanidade perfeita, perfeição a que Jesus nos chamou (Mt 5,48).
 
postado a partir do blogue: Nos Passos de Jesus.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

A polémica na Igreja e a intolerância manifesta

       Sobre a polémica que tem envolvido a Igreja, centrando-se no ataque à figura do Papa Bento XVI e de algumas personalidades próximas, sugerimos dois textos que em nosso entender são muito pertinentes:
       Ainda que respeitando outras opiniões, identificamo-nos com estas duas reflexões, do reverendo Pe. Alfredo Patrício, do do amigo bloguista Joaquim Mexia Alves. Sei que é mais simpático alinhar na corrente e no ataque a figuras proeminentes, pareceríamos mais progressitas. Mas a verdade é bem mais importante que a moda, que a simpatia, mais importante que o coodismo...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

A importância da Missa - A inocência diante da Eucaristia

O caso passou-se na Inglaterra. Um religioso reuniu num belo dia, um grupo de crianças e falou-lhes da presença real de Jesus Cristo na Eucaristia. Explicou-lhes que Aquele que tanto nos ama, faz-Se prisioneiro num humilde Sacrário. Entre os pequeninos ouvintes estava uma criança que escutava o missionário com grande atenção. De repente, veio-lhe uma ideia à cabeça.
Abandonando os seus companheiros, dirigiu-se à igreja. Entrou, foi direito à capela mor e, como não chegasse ao Sacrário, subiu numa cadeira e sentou-se no altar. Uma vez ali, bateu à porta, atrás da qual estava Jesus escondido e disse:
- "Jesus estás aí?"
Ninguém lhe respondeu.
Sem perder a sua comovedora ousadia, bateu de novo.
- "Estás aí?"Responde-me. Na catequese, disseram-me que sim!"
Contudo, Jesus permaneceu calado. A criança encostou o ouvido à porta mas não ouviu nada.
"Talvez esteja a dormir", pensou. Para O acordar suavemente, disse:
- "Ó querido Jesus, eu Te amo, eu Te estimo, creio em Ti, responde-me, eu Te peço, fala-me".
E... ó prodígio! Jesus cedeu à tão comovedora instância e fez ouvir a sua voz:
- "Sim, meu querido, estou aqui, que queres de mim? Pede, que te dou a graça desejada"
O menino surpreso, pensou um pouco e disse: "A mamã está sempre zangada pelo facto de o papá não ser cristão. Toca o seu coração, eu te suplico"
- "Vai! Prometo salvar a alma de teu pai"
O menino, todo feliz, voltou para casa dos pais e, no dia seguinte,um Domingo, maravilhado ouviu o pai dizer que ia à missa. A partir daquele momento, começou a levar uma vida mais Cristã. Jesus recompensou a Fé do seu pequenino servo e cumprira a promessa que lhe fizera.
Texto extraído do livro"Jesus Cristo na Eucaristia"

quarta-feira, 3 de março de 2010

QUARESMA

"Na quaresma nós intensificamos essas oportunidades que Deus tem de entrar na nossa vida, de agir no nosso coração,de mudar o nosso jeito de ser. Você pode ter certeza que muita coisa vai ficar melhor na sua vida à medida que você permitir que Deus seja em você. Pode observar. Geralmente os nossos sofrimentos nascem de regiões da nossa vida e do nosso coração, onde Deus está ausente. Porque se Deus não preenche o espaço,nós vamos dar um jeito de preencher com aquilo que é humano, com aquilo que é frágil.Geralmente aquilo que é humamo e frágil,não nos sustenta durante muito tempo. Agora aquilo que é humano e frágil mas está sobre o comando de Deus, este vai durar. Porquê?? ...a benção e a Graça de Deus nos sustenta nesta hora. Eu continuo tendo todos os pecados do mundo, todos os limites do mundo,você também. Mais a certeza que nós não nos perdemos de Deus é que nos dá garantia para gente não deixar de continuar. E a quaresma é esse tempo Especial que a Igreja nos chama,nos abre os olhos,para aquilo que nós estamos deixando de lado. É sempre bom a gente tomar consciência daquilo que nós estamos esquecendo da nossa vida cristã para que a gente possa reassumir. Reassumir estes compromissos com Deus é dar a ele a oportunidade de continuar agindo e trabalhando em nós."
Pe Fábio de Melo!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Larga o que trouxeste

       Quando colocamos algum texto, imagem ou vídeo no blogue, é por acharmos que vale a pena partilhar, pela beleza, pela provocação, pela mensagem, pela lição que se pode tirar para a vida. Mais uma sugestão extraordinária. Calmamente, ouça, aprecie, cante com eles, saboreie a melodia, reflicta na letra, eleve-se com a música:
       Coro Juvenil de Padornelo e Parada no Festival de Coros  Juvenis 2010, de Viana do Castelo, que venceu, com brilhantismo.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O menino pobre

Era uma vez, há muitos anos, um menino pobre que frequentava a igreja levando sempre uma roupa remendada e uns sapatos já gastos. Certo dia, um homem sem fé quis brincar com ele. Quando a criança regressava da igreja, perguntou-lhe: Olha, menino, acreditas mesmo em Deus? Sim, acredito que existe e nos ama muito. E achas que Ele é mesmo teu amigo, que gosta mesmo muito de ti? Sim, é o meu melhor amigo. Então, se Ele é teu grande amigo, porque é que não te dá roupa nova e não te ajuda a comprar uns sapatos novos? O menino, com um olhar de tristeza, voltou-se para esse homem ateu e disse-lhe: Certamente que Deus encarregou alguém neste mundo de fazer isso para mim. Mas esse alguém ainda não me viu ou não me quis ver.

Lição: Nós como Cristãos devemos amar o próximo. O grande mandamento do amor que Jesus nos deixou. Este menino pobre é um Cristo. Devemos ver sempre no outro um Cristo, e deve-mos amá-lo tal como é. Quem ama a Deus, ame também a seu irmão. (1Jo 1, 4)
(autor desconhecido)

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Quarta-feira de Cinzas

A Quarta-Feira de Cinzas é o primeiro dia da Quaresma no calendário cristão ocidental. As cinzas que os cristãos católicos recebem neste dia é um símbolo para a reflexão sobre o dever da conversão, da mudança de vida, recordando a passageira, transitória, efémera fragilidade da vida humana, sujeita à morte. Ela ocorre quarenta dias antes da Páscoa sem contar os domingos que não são incluídos na Quaresma; ela ocorre quarenta e quatro dias antes da Sexta-feira Santa contando os domingos. Seu posicionamento varia a cada ano, dependendo da data da Páscoa. A data pode variar do começo de Fevereiro até a segunda semana de Março.
Nas Missas celebradas nesse dia, os participantes são abençoados com cinzas pelo o padre. O padre marca a testa de cada celebrante com cinzas, deixando uma marca que o cristão normalmente deixa em sua testa até o pôr-do-sol, antes de lavá-la.
Esse simbolismo relembra a antiga tradição do Médio Oriente de jogar cinzas sobre a cabeça como símbolo de arrependimento perante a Deus (como relatado diversas vezes na Bíblia). No Catolicismo Romano, é um dia de jejum e abstinência.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Adeus ao Crucifixo


Clique em "full"para aumentar.
A presença de crucifixos nas salas de aula é "uma violação do direito dos pais de educar os seus filhos de acordo com as suas convicções" e "uma violação da liberdade religiosa dos estudantes". Esta foi a deliberação do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, em Estrasburgo.

(Este slideshare foi-me enviado por uma colega, indignada com esta decisão)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

História Verdadeira...

Isto aconteceu em 1892.

Um senhor de 70 anos viajava de trem tendo ao seu lado um jovem universitário, que compenetrado lia o seu livro de ciências.

O senhor por sua vez lia um livro de capa preta.

Foi quando o jovem percebeu que se tratava da Bíblia, e estava aberta no livro de São Marcos.

Sem muita cerimónia o jovem interrompeu a leitura do velho e perguntou:

- O senhor ainda acredita neste livro cheio de fábulas e crendices?

- Sim. Disse o senhor.

Mas não é um livro de crendices, é a Palavra de Deus.Estou errado?

O estudante dando uma risadinha sarcástica respondeu:

- Claro que está! Creio que o senhor deveria estudar a história geral.

E veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de 100 anos, fez o favor de mostrar a miopia da religião.

Somente pessoas sem cultura ainda crêem nessa história de que Deus criou o mundo em seis dias.

O senhor deveria conhecer um pouco mais sobre que os cientistas dizem sobre isso.

- É mesmo?- perguntou o cristão, e o que dizem os cientistas sobre a Bíblia?

- Bem - respondeu o universitário, agora eu não posso explicar, pois vou descer na próxima estação, mas deixe o seu cartão que eu lhe enviarei o material pelo correio.

O senhor então cuidadosamente abriu o bolso interno do paletó, e deu o cartão ao universitário.

Quando o jovem leu o que estava escrito baixou a cabeça, e saiu cabisbaixo sentindo-se pior que uma ameba.

O cartão dizia: "Louis Pasteur, Director do Instituto de Pesquisas Científicas da École Normale de Paris".

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O Pai-nosso rezado com Deus


CRISTÃO: Pai nosso que estais no céu...
DEUS: Sim? Estou aqui.

CRISTÃO: Por favor, não me interrompa, estou rezando!
DEUS: Mas você me chamou!

CRISTÃO: Chamei? Eu não chamei ninguém. Estou rezando. Pai nosso que estais no céu...
DEUS: Aí, você chamou de novo.

CRISTÃO: Fiz o que?
DEUS: Me chamou. Você disse: Pai nosso que estais no céu. Estou aqui. Como é que Posso ajudá-lo?

CRISTÃO: Mas eu não quis dizer isso. É que estou rezando. Rezo o Pai Nosso todos os dias, me sinto bem rezando assim. É como se fosse um dever. E não me sinto bem até cumpri-lo...
DEUS: Mas como podes dizer Pai Nosso, sem lembrar que todos são seus irmãos, como podes dizer que estais no céu, se você não sabe que o céu é a paz, que o céu é amor a todos?

CRISTÃO: É, realmente ainda não havia pensado nisso.
DEUS: Mas, prossiga sua oração.

CRISTÃO: Santificado seja o Vosso nome...
DEUS: Espere aí! O que você quer dizer com isso?

CRISTÃO: Quero dizer... quer dizer, é... sei lá o que significa. Como é que vou saber? Faz parte da oração, só isso!
DEUS: Santificado significa digno de respeito, Santo, Sagrado.

CRISTÃO: Agora entendi. Mas nunca havia pensado no sentido dessa palavra SANTIFICADO ... "Venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu..."
DEUS: Está falando sério?

CRISTÃO: Claro! Porque não?
DEUS: E o que você faz para que isso aconteça?

CRISTÃO: O que faço? Nada! É que faz parte da oração, além disso seria bom que o Senhor tivesse um controle de tudo o que acontecesse no céu e na terra também.
DEUS: Tenho controle sobre você?

CRISTÃO: Bem, eu freqüento a igreja!
DEUS: Não foi isso que Eu perguntei. Que tal o jeito que você trata os seus irmãos, a maneira com que você gasta o seu dinheiro, o muito tempo que você dá à televisão, as propagandas que você corre atrás, e o pouco tempo que você dedica à Mim?

CRISTÃO: Por favor. Pare de criticar!
DEUS: Desculpe. Pensei que você estava pedindo para que fosse feita a minha vontade. Se isso for acontecer tem que ser com aqueles que rezam, mas que aceitam a minha vontade, o frio, o sol, a chuva, a natureza, a comunidade.

CRISTÃO: Está certo, tens razão. Acho que nunca aceito a sua vontade, pois reclamo de tudo: se manda chuva, peço sol, se manda o sol reclamo do calor, se manda frio, continuo reclamando, se estou doente peço saúde, não cuido dela, deixo de me alimentar ou como muito...
DEUS: Óptimo reconhecer tudo isso. Vamos trabalhar juntos Eu e você, mas olha, vamos ter vitórias e derrotas. Eu estou gostando dessa nova atitude sua.

CRISTÃO: Olha Senhor, preciso terminar agora. Esta oração esta demorando muito mais do que costuma ser. Vou continuar: "o pão nosso de cada dia nos daí hoje..."
DEUS: Pare aí! Você está me pedindo pão material? Não só de pão vive o homem, mas também da minha palavra. Quando me pedires o pão, lembre-se daqueles que nem conhecem pão. Pode pedir-me o que quiser, desde que me veja como um Pai amoroso! Eu estou interessado na próxima parte de sua oração. Continue!

CRISTÃO: "Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido"
DEUS: E o seu irmão desprezado?

CRISTÃO: Está vendo? Olhe Senhor, ele já criticou várias vezes e não era verdade o que dizia. Agora não consigo perdoar. Preciso me vingar.
DEUS: Mas, e sua oração? O que quer dizer sua oração? Você me chamou, e eu estou aqui, quero que saias daqui transfigurado, estou gostando de você ser honesto. Mas não é bom carregar o peso da ira dentro de você, não acha?

CRISTÃO: Acho que iria me sentir melhor se me vingasse!
DEUS: Não vai não! Vai se sentir pior. A vingança não é tão doce quanto parece. Pense na tristeza que me causaria, pense na sua tristeza agora. Eu posso mudar tudo para você. Basta você querer.

CRISTÃO: Pode? Mas como?
DEUS: Perdoe seu irmão, Eu perdoarei você e te aliviarei

CRISTÃO: Mas Senhor, eu não posso perdoá-lo.
DEUS: Então não me peças perdão também!

CRISTÃO: Mais uma vez está certo! Mais do que quero vingar-me, quero a paz com o Senhor. Esta bem, esta bem; eu perdôo a todos, mas ajude-me Senhor. Mostre-me o caminho certo para mim e meus inimigos.
DEUS: Isto que você pede é maravilhoso, estou muito feliz com você. E você como está se sentindo?

CRISTÃO: Bem, muito bem mesmo! Para falar a verdade, nunca havia me sentido assim! É tão bom falar com Deus.
DEUS: Ainda não terminamos a oração. Prossiga...

CRISTÃO: "E não deixeis cair em tentações, mas livrai-nos do mal..."
DEUS: Óptimo, vou fazer justamente isso, mas não se ponha em situações onde possa ser tentado.

CRISTÃO: O que quer dizer com isso?
DEUS: Deixe de andar na companhia de pessoas que o levam a participar de coisas sujas, intrigas, fofocas. Abandone a maldade, o ódio. Isso tudo vai levá-lo para o caminho errado. Não use tudo isso como saída de emergência!

CRISTÃO: Não estou entendendo!
DEUS: Claro que entende! Você já fez isso comigo várias vezes. Entra no erro, depois corre me pedir socorro.

CRISTÃO: Puxa, como estou envergonhado!
DEUS: Você me pede ajuda, mas logo em seguida volta a errar de novo, para mais uma vez vir fazer negócios comigo!

CRISTÃO: Estou com muita vergonha, perdoe-me Senhor!
DEUS: Claro que perdoo! Sempre perdoo a quem está disposto a perdoar também, mas não esqueça, quando me chamar, lembre-se de nossa conversa, medite cada palavra que fala! Termine sua oração.

CRISTÃO: Terminar? Há, sim, "Amém!"
DEUS: O que quer dizer amém?

CRISTÃO: Não sei. É o final da oração.
DEUS: Você só deve dizer amém quando aceita dizer tudo o que eu quero, quando concorda com minha vontade, quando segue os meus mandamentos, porque AMÉM! Quer dizer: assim seja, concordo com tudo que orei.

CRISTÃO: Senhor, obrigado por ensinar-me esta oração e agora obrigado por fazer-me entendê-la.
DEUS: Eu amo cada um dos meus filhos, amo mais ainda aqueles que querem sair do erro, quer ser livre do pecado. Abençoo-te e fica com minha paz!
CRISTÃO: Obrigado, Senhor! Estou muito feliz em saber que és meu amigo.

(Autor desconhecido)
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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A piscina e a cruz


       Conta-se que um excelente nadador tinha o costume de correr até a água e de molhar somente um dedo do pé antes de qualquer mergulho.
       Alguém intrigado com aquele comportamento, perguntou-lhe qual a razão daquele hábito.
       O nadador sorriu e respondeu:
       - Há alguns anos era eu um professor de natação. Eu os ensinava a nadar e a saltar do trampolim. Certa noite, eu não conseguia dormir, e fui à piscina para nadar um pouco. Não acendi a luz, pois a lua brilhava através do tecto de vidro do clube. Quando eu estava no trampolim, vi minha sombra na parede da frente. Com os braços abertos, minha imagem formava uma magnífica cruz. Em vez de saltar, fiquei ali parado, contemplando minha imagem. Nesse momento pensei na cruz de Jesus Cristo e no seu significado.Eu não era um cristão, mas quando criança aprendi que Jesus tinha morrido para nos salvar pelo seu precioso sangue. Naquele momento as palavras daquele ensinamento me vieram à mente e me fizeram recordar do que eu havia aprendido sobre a morte de Jesus. Não sei quanto tempo fiquei ali parado com os braços estendidos. Finalmente desci do trampolim e fui até a escada para mergulhar na água. Desci a escada e meus pés tocaram o piso duro e liso do fundo da piscina. Haviam esvaziado a piscina e eu não tinha percebido. Tremi todo, e senti um calafrio na espinha. Se eu tivesse saltado seria meu último salto. Naquela noite a imagem da cruz na parede salvou a minha vida. 

       Fiquei tão agradecido a Deus, que ajoelhei na beira da piscina, confessei os meus pecados e me entreguei a DEUS, consciente de que foi exactamente numa cruz que Jesus morreu para me salvar.

       Naquela noite fui salvo duas vezes e para nunca mais me esquecer, sempre que vou à piscina molho um dedo do pé antes de saltar na água…. “Deus tem um plano na vida de cada um de nós e não adianta querermos apressar ou retardar as coisas pois tudo acontecerá no seu devido tempo…“
 
(autor desconhecido)