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sábado, 18 de setembro de 2010

Pedofilia: perdão, penitência e vergonha

(foto: Rádio Renascença)
       O Papa Bento XVI abordou hoje de novo em Londres o tema dos escândalos de pedofilia, evocando «o imenso sofrimento provocado pelos abusos cometidos nas crianças».


       «De novo, penso no imenso sofrimento provocado pelos abusos cometidos nas crianças, especialmente no seio da Igreja e pelos seus ministros», declarou o Papa na homilia na catedral de Westminster, retomando assim um dos temas dominantes da visita de quatro dias.
       «Exprimo antes de tudo a minha profunda aflição às vitimas inocentes destes crimes inomináveis, esperando que o poder da graça de Cristo e o seu sacrifício de reconciliação lhe dêem uma profunda paz».
       «Reconheço também, convosco, a vergonha e a humilhação das quais todos sofremos por causa destes pecados», disse.
       Desde o primeiro dia da visita, na quinta-feira, Bento XVI tinha reconhecido que «a autoridade da Igreja (o Papa e os bispos) não tinha sido suficientemente veloz e firme para tomar as medidas necessárias», adiantou.
       A publicação em Novembro de 2009 de um relatório que revelava centenas de sevícias sexuais em crianças cometidas por padres na Irlanda e cobertos pela hierarquia, conduziu a mais grave crise da Igreja nos últimos anos. Escândalos semelhantes surgiram, nomeadamente na Alemanha e na Bélgica.
       Na sexta-feira, durante um discurso perante responsáveis dos estabelecimentos católicos britânicos, o Papa pediu-lhes para «assegurarem nas nossas escolas um ambiente seguro para as crianças e para os jovens», numa nova alusão transparente aos escândalos de pedofilia envolvendo padres.
       Segundo membros do Vaticano, que acompanham o Papa nesta visita de Estado, Bento XVI deverá encontrar-se em Londres ainda hoje com uma dezena de vítimas britânicas, provavelmente na nunciatura.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

O perdão não substitui a justiça

       Antes de aterrar em Figo Maduro, Bento XVI falou aos jornalistas que fizeram a viagem com ele de Itália para Portugal, reconhecendo que a perseguição à Igreja vem antes de mais do interior da Igreja, do pecado dos seus membros. Por outro lado acentuou, como o tem feito, que o perdão e o arrependimento não substituem a justiça e a necessidade da mesma.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

A polémica na Igreja e a intolerância manifesta

       Sobre a polémica que tem envolvido a Igreja, centrando-se no ataque à figura do Papa Bento XVI e de algumas personalidades próximas, sugerimos dois textos que em nosso entender são muito pertinentes:
       Ainda que respeitando outras opiniões, identificamo-nos com estas duas reflexões, do reverendo Pe. Alfredo Patrício, do do amigo bloguista Joaquim Mexia Alves. Sei que é mais simpático alinhar na corrente e no ataque a figuras proeminentes, pareceríamos mais progressitas. Mas a verdade é bem mais importante que a moda, que a simpatia, mais importante que o coodismo...

sábado, 10 de abril de 2010

O caso do Pe. Kiesle

       O caso do Pe. Kiesle, em mais um polémica a envolver o Papa Bento XVI, ou a forma como se compõem notícias para envolver figuras da Igreja.
       Naturalmente que o que este padre católico fez é gravíssimo, como é gravíssimo cada caso de abuso de monores, muito mais quando por alguém que tem de zelar pelo bem dos outros e cuja formação é superior. Mas daí a tentar culpabilizar outras pessoas e sobretudo a figura do Papa, já se torna abusivo...
       Dito isto veja agora o desenvolvimento da notícia, e a carta que entretanto está a gerar polémica, no blogue do confrade Pe. José Alfredo,

sexta-feira, 26 de março de 2010

NY Times, o Papa e uma parte da verdade

       O NY Times do dia 24 de Março publica uma notícia com o título "Vaticano negou-se a expulsar padre que abusou de rapazes".
       Em resumo, o artigo reproduz a trágica história de Lawrence C. Murphy que terá abusado de 200 rapazes surdos num Colégio na Diocese de Milwaukee, onde trabalhou entre 1950 e 1974. As primeiras acusações de abusos contra L. Murphy surgiram a partir de 1974 e todas elas foram arquivadas pelo tribunal civil.
       Da documentação reproduzida pelo NY Times, fica provado que, os únicos a preocuparem-se com as vítimas foram as autoridades diocesanas, que afastaram Murphy de cargos e até o mudaram de Diocese (de Milwaukee passou à Diocese de Superior), onde o único encargo que tinha era ajudar o Pároco da zona onde passou a residir. 
       Desde 1974 até 1996, a Diocese de Milwaukee abriu vários expedientes processuais canónicos tendo em vista a gravidade dos acontecimentos, com a finalidade de o obrigar a obter a dispensa das obrigações do estado clerical. É no âmbito destes processos judiciais canónicos que surge um dado novo: algumas tentativas de abuso por parte de Murphy terão sido feitas durante a confissão. Uma vez que este delito está na esfera da competência da Congregação para a Doutrina da Fé, em 1996 (ou seja, 22 anos depois de Murphy ter sido afastado do trabalho com crianças e já depois das autoridades civis se terem desinteressado do seu caso, arquivando os processos de denúncia), o Bispo de Milwaukee escreve para a Congregação presidida na altura pelo Card. Ratzinger a pedir esclarecimentos sobre se a competência para julgar o P. Murphy é da Congregação para a Doutrina da Fé ou é da Diocese americana. É neste contexto que o Vaticano tem conhecimento do processo e do caso do P. Murphy.
       O título do NY Times rapidamente passou de "Vaticano negou-se a expulsar padre que abusou de rapazes" a "Bento XVI terá encoberto padre norte-americano". No entanto, mais uma vez, a tentativa de implicar o actual Papa no encobrimento de casos de abusos de menores torna a falir.

Mais informações:
El Papa y los abusos: la fiebre amarilla de "The New York Times", en La Iglesia en la prensa
Papa não encobriu caso Murphy, in Zenit
Prete pedofilo in Usa, ecco come è andata veramente, in Avvenire

Postado a partir de Ubi Caritas.