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terça-feira, 14 de agosto de 2018

São Maximiliano Kolbe, presbítero e mártir

Nota Biográfica:
       Maximiliano Maria Kolbe nasceu no dia 8 de Janeiro de 1894, na Polónia.
       Foi ordenado sacerdote em 1918, em Roma.
       Foi por essa altura (1917) que fundou a Milícia da Imaculada. Depois de ordenado regressou à Polónia, a Cracóvia.
       Após abrigar muitos refugiados, entre os quais cerca de 2000 judeus, é preso em 17 de Fevereiro de 1941, pela Gestapo e transferido para Auschwitz em 25 de Maio como prisioneiro com o número 16670.
       Quando em Julho de 1941, um prisioneiro do bunker, onde se encontrava Kolbe, foge os nazis, como represália, enviam 10 outros prisioneiros para uma cela isolada até morrerem de fome e sede. Mais tarde o prisioneiro fugitivo é encontrado morto, afogado numa latrina.
       Um dos dez prisioneiros escolhidos para morrer lamenta-se pela família que deixa, dizendo que tem mulher e filhos. O padre Kolbe pede então para tomar o seu lugar e o seu pedido é aceite.
       Passadas duas semanas, apenas quatro dos dez homens sobrevivem, entre os quais Kolbe. Os guardas nazis executam-nos com uma injecção de ácido carbónico. Estávamos a 14 de Agosto de 1941.
       O corpo de Maximiliano Kolbe foi cremado e suas cinzas atiradas ao vento, realizando assim o seu desejo: “Quero ser reduzido a pó pela Imaculada e espalhado pelo vento do mundo”.
       No dia 17 de Outubro de 1979, é beatificado pelo Papa Paulo VI.
       No dia 10 de Outubro de 1982, é canonizado pelo Papa João Paulo II, como mártir da caridade, na presença de Franciszek Gajowniczek, que foi substituído por Kolbe e que sobreviveu aos horrores de Auschwitz.

Oração (de colecta):
       Deus de infinita bondade, que inspirastes a São Maximiliano Maria, presbítero e mártir, uma ardente devoção à Virgem Imaculada e o fortalecestes no zelo das almas e no amor ao próximo, concedei-nos, por sua intercessão, que, trabalhando generosamente pela vossa glória ao serviço dos homens, possamos conformar-nos até à morte com vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Das Cartas de S. Maximiliano Maria Kolbe, presbítero e mártir

O zelo apostólico  pela salvação e santificação das almas (1971)

Sinto grande alegria, querido irmão, pelo teu ardente zelo pela glória de Deus. Nos nossos tempos, infelizmente, vemos com tristeza propagar-se sob várias formas uma certa epidemia, a que chamam “indiferentismo”, não só entre os leigos mas também entre os religiosos. No entanto, porque Deus é digno de infinita glória, o nosso primeiro e mais importante objetivo é promover a sua glória, tanto quanto pode a nossa humana fraqueza, embora nunca possamos prestar Lhe a glória que Ele merece, dado que somos frágeis criaturas.
Uma vez, porém, que a glória de Deus resplandece sobretudo na salvação das almas que Cristo resgatou com o seu próprio sangue, o principal e mais profundo empenho da vida apostólica deve ser o de procurar a salvação do maior número de almas e a sua mais perfeita santificação. Sobre o caminho mais apto para este fim, isto é, para promover a glória divina e a santificação das almas, poucas palavras direi. Deus, que na sua infinita ciência e sabedoria conhece perfeitamente o que devemos fazer em todas as circunstâncias para promover a sua maior glória, manifesta-nos normalmente a sua vontade através dos seus representantes na terra.
É a obediência, e só ela, que nos manifesta com certeza a vontade divina. É possível que o superior cometa um erro, mas não é possível que nós, seguindo a obediência, sejamos induzidos em erro. A única excepção para não obedecer seria quando o superior mandasse alguma coisa que implicasse claramente uma transgressão da lei divina, por mais pequena que seja: nesse caso ele não seria intérprete fiel da vontade de Deus.
Só Deus é infinito, sapientíssimo, santíssimo; só Deus é Senhor clementíssimo, nosso Criador e nosso Pai, princípio e fim, sabedoria, poder e amor; Deus é tudo isto. Portanto, tudo o que se encontra fora de Deus, tudo o que não é Deus, só tem valor na medida em que se refere a Ele, que é o Criador de todas as coisas e o Redentor dos homens, o fim último de toda a criação. É Ele de facto que nos manifesta a sua adorável vontade por meio dos seus representantes na terra e nos atrai a Si, querendo também por meio de nós atrair as almas e uni las a Si na mais perfeita caridade.
Vê, irmão, como é grande, pela misericórdia de Deus, a dignidade da nossa condição. Pela obediência, apesar dos limites da nossa pequenez, como que nos transcendemos, conformando-nos à vontade divina, que, na sua infinita sabedoria e prudência, nos dirige para procedermos rectamente. Mais: aderindo à vontade de Deus, a que nenhum ser criado pode resistir, tornamo-nos mais fortes que todas as coisas.
É este o caminho da sabedoria e da prudência; é este o único caminho pelo qual podemos dar maior glória a Deus. Se houvesse outro caminho mais apto, Cristo no-lo teria certamente manifestado com a sua palavra e o seu exemplo. Mas a Escritura divina resume a sua vida, durante a longa permanência em Nazaré, com estas palavras: Era-lhes submisso; e insinua claramente que o resto da sua vida se passou sob o signo da obediência, declarando a cada passo que desceu à terra para fazer a vontade do Pai.
Amemos, portanto, irmãos, amemos com todo o coração o amantíssimo Pai celeste, e seja a nossa obediência a prova real desta caridade perfeita, que deve pôr se em prática sobretudo quando se nos pede o sacrifício da própria vontade. De facto, para progredir no amor de Deus, não conhecemos livro mais sublime que Jesus Cristo crucificado.
Tudo isto o alcançaremos mais facilmente por intermédio da Virgem Imaculada, a quem Deus, com infinita bondade, tornou dispenseira da sua misericórdia. Não há dúvida alguma de que a vontade de Maria é para nós a própria vontade de Deus. Se a ela nos consagramos, como instrumentos nas suas mãos, como ela o foi nas mãos de Deus, tornamo nos verdadeiramente instrumentos da misericórdia divina. Deixemo-nos portanto, dirigir por ela, deixemo-nos conduzir por ela, e fiquemos tranquilos e seguros sob o seu amparo: ela própria olhará por nós em todas as coisas, ela tudo providenciará; ela nos socorrerá prontamente nas necessidades de corpo e alma, ela nos livrará de todas as angústias e dificuldades.
Pode ver mais informação no blogue aqui.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Domingo II do Tempo Comum - ano A - 19 de janeiro

       1 – Há oito dias o Céu abriu-se e escutamos a voz do Pai: «Este é o Meu Filho muito amado no qual coloquei todo a minha confiança». Hoje é o Batista que dá testemunho acerca de Jesus: «É d’Ele que eu dizia: ‘Depois de mim vem um homem, que passou à minha frente, porque era antes de mim’. Eu vi o Espírito Santo descer do Céu como uma pomba e permanecer sobre Ele. Eu não O conhecia, mas quem me enviou na batizar na água é que me disse: ‘Aquele sobre quem vires o Espírito Santo descer e permanecer é que batiza no Espírito Santo’. Ora, eu vi e dou testemunho de que Ele é o Filho de Deus».
       João volta a dar de caras com o Messias e não tem dúvidas: «Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo». O encontro com Jesus provoca reações. Também em João. Transborda a alegria de O encontrar, de O reconhecer e de dar TESTEMUNHO acerca d'Ele.
       É tempo de passar a pasta. João prepara o caminho e, agora, apresenta Jesus aos seus ouvintes: É Ele o Messias anunciado pelos profetas. Segui-O. Foi para este momento que eu vim, anunciar a proximidade do Reino de Deus e a vinda do Filho de Deus, preparar os caminhos para que Ele reine. É necessário que Ele cresça, ainda que eu desapareça!
       2 – «Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo». Este anúncio coloca-nos na história do povo de Israel, história de eleição e de aliança. Liga-nos ao seguimento de Jesus. Insere-nos na celebração da Páscoa, em cada Eucaristia.
       Cada ano o Sumo-Sacerdote entra no Santo dos Santos, o lugar-tenente de Deus, o lugar mais sagrado do Templo e oferece um sacrifício de expiação pelos pecados do povo. A oferenda de um cordeiro novo, sem mancha nem defeito, cuja morte sacrificial expia os pecados de todo o povo (cf Is 52,13ss). É o dia do grande Perdão. Na celebração da Páscoa, a família reúne-se e come o cordeiro pascal (cf. Ex 12,1-28), recordando o dia da libertação do povo, escravo no Egipto.
       João Batista faz-nos compreender que estamos diante de outro Cordeiro, o que verdadeira e definitivamente há de tirar o pecado do mundo. Como nos dirá a epístola aos Hebreus (cf. Heb 10, 11-18), Ele é o Sacerdote por excelência, que oferece não um cordeiro, mas Se oferece a Si mesmo, como Cordeiro, de uma vez para sempre a favor de todos.
       Vislumbra-se a paixão redentora de Jesus. A cruz começa a desenhar-se nas palavras simples e diretas do Batista. É Ele o Cordeiro, inocente, puro, escolhido e enviado, para nos livrar do pecado e da morte. Os braços que se estenderão na cruz espelham o AMOR de Deus, que Se faz frágil para que O encontremos bem perto de nós.
      Cada domingo nos reunimos como comunidade crente, como seguidores de Jesus, para nos recordarmos da Sua entrega a nosso favor, mas sobretudo para vivermos hoje no DOM que nos é oferecido, a vida nova no Espírito. A Eucaristia guia-nos até nos fazer levantar os olhos, e o coração, e a vida, para o CORDEIRO que tira o pecado do mundo. É o mistério maior da nossa fé, o pão e o vinho transformam-Se, pela ação do Espírito Santo, em Corpo e Sangue de Cristo. Quando nos sentamos à mesa, alimentamos o corpo e fortalecemos os laços que nos unem com a família e com os amigos. Quando o alimento é o próprio Jesus Cristo, tornamo-nos com Ele um só Corpo, uma só família.

       3 – O profeta Isaías, na primeira leitura, revela com clareza que o Enviado será o “Servo Sofredor”, qual Cordeiro inocente levado ao matadouro, para resgatar o Seu povo dos seus pecados e congregar na unidade todos os povos da terra.
       Disse-me o Senhor: «Tu és o meu servo, Israel, por quem manifestarei a minha glória... Não basta que sejas meu servo, para restaurares as tribos de Jacob… Vou fazer de ti a luz das nações, para que a minha salvação chegue até aos confins da terra». 
       O tempo dos animais sacrificados já lá vai, agora é o próprio Deus que nos oferece o Seu Filho, que por sua vez Se oferece e nos oferece a Deus. “Não Vos agradaram sacrifícios nem oblações, / mas abristes-me os ouvidos; / não pedistes holocaustos nem expiações, / então clamei: «Aqui estou». Eis que venho para fazer, ó Deus, a tua vontade” (Salmo e Hebreus 10). De uma vez para sempre, Jesus Se oferece em libação pelos nossos pecados, libertando-nos de superstições, falsas esperanças, baseadas em poções mágicas e fantasias. Liberta-nos do demónio e de muitos medos que nos paralisam. Coloca a vida em dinâmica de esperança e de abertura a um Deus clemente e compassivo, paciente e cheio de bondade, a um Deus que é Pai.

       4 – São Maximiliano Kolbe é um belíssimo exemplo de alguém que assume ser outro Cristo, dando a sua vida a favor de um irmão, não por desprezar a sua vida, mas por pura gratuidade, compadecendo-se do seu colega de prisão.
       Em plena segunda Guerra Mundial, num campo de concentração, em Julho de 1941, um prisioneiro, do bunker onde se encontra Maximiliano Kolbe, foge. Para dissuadir qualquer fuga e para vingar aqueles que o conseguiam, os nazis enviavam 10 outros prisioneiros para uma cela isolada até morrerem de fome e sede. No caso presente, o prisioneiro fugitivo viria a ser encontrado morto, afogado numa latrina. Mas antes, são selecionados 10 prisioneiros para morrerem. Ouve-se o choro e lamento de um prisioneiro que deixará a mulher e os filhos. O padre Kolbe pede então para tomar o seu lugar e o seu pedido é aceite. Passadas duas semanas, apenas quatro dos dez homens sobrevivem, entre os quais Kolbe. Os guardas nazis executam-nos com uma injeção de ácido carbónico. Morre em véspera da Assunção de Nossa Senhora, a 14 de Agosto de 1941, dia em que celebrámos a sua memória.
       É um testemunho que torna luminosa a entrega de Jesus Cristo em favor da humanidade inteira e, por conseguinte, Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, resgatando-nos às trevas, introduz-nos na vida de Deus.

Textos para a Eucaristia (ano A): Is 49, 3.5-6; Sl 39 (40); Cor l, 1-3; Jo 1, 29-34.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

São Maximiliano Kolbe, presbítero e mártir

Maximiliano Maria Kolbe nasceu no dia 8 de Janeiro de 1894, na Polónia.
Foi ordenado sacerdote em 1918, em Roma.
Foi por essa altura (1917) que fundou a Milícia da Imaculada. Depois de ordenado regressou à Polónia, a Cracóvia.
Depois de abrigar muitos refugiados, entre os quais cerca de 2000 judeus, é preso em 17 de Fevereiro de 1941, pela Gestapo e transferido para Auschwitz em 25 de Maio como prisioneiro com o número 16670.

Quando em Julho de 1941, um prisioneiro do bunker, onde se encontrava Kolbe, foge os nazis, como represália, enviam 10 outros prisioneiros para uma cela isolada até morrerem de fome e sede. Mais tarde o prisioneiro fugitivo é encontrado morto, afogado numa latrina.
Um dos dez prisioneiros escolhidos para morrer lamenta-se pela família que deixa, dizendo que tem mulher e filhos. O padre Kolbe pede então para tomar o seu lugar e o seu pedido é aceite.
Passadas duas semanas, apenas quatro dos dez homens sobrevivem, entre os quais Kolbe. Os guardas nazis executam-nos com uma injecção de ácido carbónico. Estávamos a 14 de Agosto de 1941.
O corpo de Maximiliano Kolbe foi cremado e suas cinzas atiradas ao vento, realizando assim o seu desejo: “Quero ser reduzido a pó pela Imaculada e espalhado pelo vento do mundo”.
No dia 17 de Outubro de 1979, é beatificado pelo Papa Paulo VI.
No dia 10 de Outubro de 1982, é canonizado pelo Papa João Paulo II, como mártir da caridade, na presença de Franciszek Gajowniczek, que foi substituído por Kolbe e que sobreviveu aos horrores de Auschwitz.