A terceira Carta Encíclica de Bento XVI empresta o título a este blogue. A Caridade na Verdade. Agora permanecem a fé, a esperança e a caridade, mas só esta entra na eternidade com Deus. Espaço pastoral de Tabuaço, Távora, Pinheiros e Carrazedo, de portas abertas para a Igreja e para o mundo...
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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
terça-feira, 29 de novembro de 2011
O Embaixador da Palavra: Gratidão a D. António Couto
Programa Pastoral da Arquidiocese de Braga sublinha como prioridade pastoral para este ano “repensar a nossa identidade como Igreja, a nossa vivência e a nossa missão” a partir da Palavra.
Queremos estruturar um trabalho sério para que, neste mundo de mudanças, ousemos ser Igreja para hoje discernir os caminhos a percorrer, colocando-nos na atitude de “ouvir” o que o Espírito Santo tem a dizer. Ele como inspiração e orientação; e todo o Povo de Deus como intérprete duma renovação adequada que aposta no essencial.
Tem-nos acompanhado a atitude de querer tomar conta da Palavra de Deus para que ela tome conta de nós. Só assim seremos Igreja de harmonia com os critérios evangélicos e cristãos que testemunham o valor incomensurável de Deus pela humanidade.
Neste itinerário de renovação, numa comunhão eclesial profunda, tivemos o dom de ter connosco D. António José da Rocha Couto. A Igreja chama-o, agora, para servir na Diocese irmã de Lamego. Sentimos a tristeza da perda, mas reconhecemos que o seu trabalho, amigo e persistente, ficará como semente a produzir frutos ou como chuva suave a penetrar o coração das comunidades para o seu rejuvenescimento.
A sua consciência profunda da missão da Igreja e a sua paixão pela Palavra de Deus e a sua permanecerá. Por isso, o termo mais justo para o definir será: “O Embaixador da Palavra”. Embaixador, pois a sua acção pastoral funda-se num carácter missionário; Palavra, pois esta é o conteúdo central dessa acção.
A dedicação não se paga nem se esquece. O amor nem sempre necessita de palavras mas faz com que nos sintamos unidos na mesma missão, mesmo que em terrenos diferentes. A gratidão está na certeza de que pode continuar a sentir-se “bracarense”, pois não deixaremos de contar com ele em oportunidades e circunstâncias que o futuro nos reservará.
“Quem corrige alguém, encontra depois mais gratidão do que aquele que lisonjeia com palavras” (Pr 28,23). Sei que não aceita homenagens. Mas como forma de agradecer as “correcções bíblicas e missionárias” que nos proporcionou, o clero da Arquidiocese irá manifestar-lhe um sincero obrigado no dia 20 de Dezembro, no seu encontro de Natal.
Que nas terras de Lamego, também através da nossa comunhão eclesial, continue a gastar a vida pela “vinha amada” que, lá como cá, deve produzir frutos na medida em que se alimenta da Palavra.
Bem-haja, D. António Couto! Fica entre nós pelo testemunho.
Vamos consigo na oração.
† Jorge Ortiga, A.P.
Braga, 19 de Novembro de 2011
Fonte: Diocese de Braga.
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Enquadramento das mudanças de Párocos
Tendo como pano de fundo a mudança do Pároco de Fafe, na Arquidiocese de Braga e depois de todo o alarido através dos meios de comunicação social, vejamos a reflexão do Pe. Carlos Lopes, no blogue "Asas da Montanha". As suas interpelações podem ajudar-nos a compreender melhor a tomada de posição do Sr. Acebispo de Braga (actual Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa), ainda que compreendendo também a estreita ligação da população ao seu pároco e o que é de louvar e enaltecer:
"O que sei é pela comunicação social. Não estou por dentro do assunto nem nada tenho que me meter. Contudo esta situação sugere-me alguns reflexões breves de ordem eclesial e pastoral.
1. Nenhum padre se ordena para determinada paróquia, mas para o serviço da Igreja.
2. Todo o padre, no acto da sua ordenação, promete obediência ao seu Bispo.
3. Em muitas paróquias portugueses vive-se um certo "quintalismo". Só Paróquia é uma célula viva do corpo que é a Igreja Local (Diocese) a que preside o Bispo.
4. O Bispo tem muitas vezes motivos para a mudança de um pároco que não pode dar a conhecer por caridade e até por confidencialidade.
5. Porque responsável por toda a Igreja Local, o Bispo tem uma visão abrangente das necessidades pastorais que os paroquianos certamente não possuem.
6. Nenhum Bispo, penso eu, nas actuais circunstâncias, age por mania ou despotismo. Cada situação é pormonorizadamente analisada, conversada, rezada.O Bispo houve muita gente, a começar, naturalmente, pelos seus conselheiros mais próximos.
7. Claro que os leigos têm o direito de manifestar o que pensam. São Igreja. Só que muitas vezes perdem a razão pelo modo como se manifestam. Quando há o insulto suez, quando a manifestação cheira a sindicalismo, quando há violência de palavras e actos, os paroquianos perdem toda a razão.
8. Dá a impressão que o "deus" de muitos é aquele padre. Não são cristãos por causa de Cristo, há até quem diga que "ia à Missa por causa daquele sacerdote". E isto é o pior testemunho da passagem de um pároco por uma paróquia, uma vez que, em vez de ajudar as pessoas a caminhar para Cristo, as fixou nele mesmo...
É fantasticamente cristão quando as pessoas sentem saudades de quem parte, até vertem uma lágrima, manifestam sentimentos de amizade e gratidão, mas sabem abrir portas de esperança a quem parte e a quem chega. "Seja bem-vindo" quem vem em nome do Senhor."
9. Alguns párocos também não ajudam nada. Agarrados ao lugar, tem palavras e atitudes que espicaçam as paixões de momento. É preciso saber entrar, mas é igualmente precisa a disponibilidade para partir. Em Igreja, ninguém se anuncia a si mesmo, todos anunciamos Cristo.
10. Ao Bispo cabe naturalmente saber ouvir, estar atento ao modo de proceder, ser capaz de vir até às comunidades, auscultar seus anseios, sentimentos e razões, explicar-se. As decisões tomadas só nas paredes do gabinete, por mais pensadas que sejam, não são o caminho actual. Também aqui é preciso tornar a Igreja "Casa de Comunhão". Os leigos também são Igreja.
11. Claro que uma decisão, uma vez tomada, é para manter, mesmo que isso acarrete para quem a toma desertos de sofrimento. Recuar por causa da cruz é indigno de cristãos. Há assim que decidir bem, ver aquilo que "o Espírito diz às Igrejas".
12. É minha opinião que nenhum sacerdote se deveria fixar na mesma paróquia ou serviço diocesano por tempos indeterminados. Pode haver razões válidas para um prolongar do exercício sacerdotal num determinado serviço, mas eternizá-lo não me parece sadio. O povo tem razão quando afirma: "Quem se muda, Deus ajuda."
Pe. Carlos Lopes, Asas da Montanha.
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