A terceira Carta Encíclica de Bento XVI empresta o título a este blogue. A Caridade na Verdade. Agora permanecem a fé, a esperança e a caridade, mas só esta entra na eternidade com Deus. Espaço pastoral de Tabuaço, Távora, Pinheiros e Carrazedo, de portas abertas para a Igreja e para o mundo...
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sábado, 5 de julho de 2025
sábado, 13 de julho de 2024
sexta-feira, 19 de janeiro de 2024
III Domingo do Tempo Comum (ano B) - 21.janeiro.2024
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quinta-feira, 11 de janeiro de 2024
sábado, 23 de setembro de 2023
sábado, 5 de fevereiro de 2022
sábado, 23 de janeiro de 2021
sábado, 16 de janeiro de 2021
quinta-feira, 23 de janeiro de 2020
sexta-feira, 6 de setembro de 2019
sábado, 9 de março de 2019
Eu não vim chamar os justos, vim chamar os pecadores
Jesus viu um publicano chamado Levi, sentado no posto de cobrança, e
disse-lhe: «Segue-Me». Ele, deixando tudo, levantou-se e seguiu Jesus.
Levi ofereceu-lhe um grande banquete em sua casa. Havia grande número de
publicanos e de outras pessoas com eles à mesa. Os fariseus e os
escribas murmuravam, dizendo aos discípulos: «Porque comeis e bebeis com
os publicanos e os pecadores?» Então Jesus, tomando a palavra,
disse-lhes: «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os
doentes. Eu não vim chamar os justos, vim chamar os pecadores, para que
se arrependam» ( Lc 5, 27-32).
Neste primeiro sábado da Quaresma, o Evangelho apresenta-nos o chmamento de Mateus. O que virá a ser apóstolo e evangelista Mateus foi chamado por Jesus no seu posto de cobrança. Era conhecido como publicano, o que equivalia a ser considerado como traidor para com o povo judeu. Os cobradores de impostos estavam ao serviço do império romano, o povo opressor. E, por outro lado, os impostos eram muito elevados, pois visavam sustentar toda a máquina da opressão, soldados, oficiais, dirigentes, para lá dos impostos que beneficiavam directamente o cobrador.
Jesus lança-lhe um desafio para mudar de vida. Chama-o no lugar em que se encontra. Também a nós nos chama e desafia onde nos encontramos, chama-nos na nossa existência concreta. Deixa tudo para seguir Jesus. Suscita entre alguns uma justificável apreensão, pelo facto de ser publicano. Mas para Jesus todos reúnem as mesmas condições para serem Seus discípulos, pois todos são filhos de Deus. Aliás, como sublinha, a Sua vinda ao mundo visa envolver os pecadores, pois os justos (à partida) já não precisam de ser salvos...
sábado, 19 de janeiro de 2019
Não são os que têm saúde que precisam do médico
Ao passar, viu Levi, filho de Alfeu, sentado no posto de cobrança, e
disse-lhe: «Segue-me». Ele levantou-se e seguiu Jesus. Encontrando-Se
Jesus à mesa em casa de Levi, muitos publicanos e pecadores estavam
também a mesa com Jesus e os seus discípulos, pois eram muitos os que O
seguiam. Os escribas do partido dos fariseus, ao verem-n’O comer com os
pecadores e os publicanos, diziam aos discípulos: «Por que motivo é que
Ele come com publicanos e pecadores?». Jesus ouviu e respondeu-lhes:
«Não são os que têm saúde que precisam do médico, mas os que estão
doentes. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores» (Mc 2, 13-17).
O bom senso, por vezes, não parece ser a opção de Jesus, sobretudo quando estão em causas as pessoas mais simples, mais frágeis, mais distantes da normalidade social e religiosa. Encontra um cobrador de impostos, Levi, e chama-o, como se tratasse de alguém conhecido, honrado, exemplar. Na verdade, os cobradores de impostos eram tidos como traidores, faziam o trabalho sujo para a autoridade dominadora, cobrava os impostos dos seus conterrâneos para os entregarem às autoridade romanos. Para além disso, o zelo dos cobradores era de tal ordem que não facilitavam, retiravam o que competia e o que queriam, para também enriquecerem, servindo-se do seu posto. Eram pessoas odiosas. Jesus também os chama. A reação não se faz esperar, como é que Jesus, sendo Mestre e Profeta, se rodeiam dos pecadores, publicanos, numa palavra, como é possível rodear-se da escumalha de Israel. A resposta é simples: Jesus vem para todos, especialmente para os que estão mais longe... de uma vida condigna!
segunda-feira, 14 de janeiro de 2019
Farei de vós pescadores de homens...
Depois de João ter sido preso, Jesus partiu para a Galileia e começou a proclamar o Evangelho de Deus, dizendo: «Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho». Caminhando junto ao mar da Galileia, viu Simão e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. Disse-lhes Jesus: «Vinde comigo e farei de vós pescadores de homens». Eles deixaram logo as redes e seguiram-n’O. Um pouco mais adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, que estavam no barco a consertar as redes; e chamou-os. Eles deixaram logo seu pai Zebedeu no barco com os assalariados e seguiram Jesus ( Mc 1, 14-20).
Com o Batismo do Senhor, iniciámos o Tempo Comum.
O ano litúrgico divide-se em vários tempos, que acentuam outras tantas
dimensões da vida de Jesus e da vida do cristão e da Igreja. O tempo do
Advento, como preparação para o Natal; o tempo do Natal; o tempo da
Quaresma: quarenta dias de preparação para a Páscoa; a Páscoa e o Tempo
Pascal, onde se acentua o mistério da morte e da ressurreição de Jesus,
com a referência especial para o Tríduo Pascal: Quinta-feira santa,
Sexta-feira santa e Sábado Aleluia, e o tempo Comum que se inicia com o
Batismo do Senhor e terminará na Solenidade de Cristo Rei, na 34.ª
Semana.
Hoje o
Evangelho dá-nos conta do chamamento dos Apóstolos. João Baptista é
preso. Jesus, abertamente, desloca-se de aldeia em aldeia, pelas povoações, para anunciar o Evangelho do Reino de Deus, no desafio
constante à conversão. É neste contexto inicial que chama os primeiros
discípulos para fazer deles pescadores de homens...
sábado, 5 de janeiro de 2019
Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira
Jesus resolveu partir para a Galileia. Encontrou Filipe e disse-lhe:
«Segue-Me». Filipe era de Betsaida, cidade de André e de Pedro. Filipe
encontrou Natanael e disse-lhe: «Encontrámos Aquele de quem está escrito
na Lei de Moisés e nos Profetas. É Jesus de Nazaré, filho de José».
Disse-lhe Natanael: «De Nazaré pode vir alguma coisa boa?» Filipe
respondeu-lhe: «Vem ver». Jesus viu Natanael, que vinha ao seu encontro,
e disse: «Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento».
Perguntou-lhe Natanael: «De onde me conheces?» Jesus respondeu-lhe:
«Antes que Filipe te chamasse, Eu vi-te quando estavas debaixo da
figueira». Disse-lhe Natanael: «Mestre, Tu és o Filho de Deus, Tu és o
Rei de Israel!». Jesus respondeu: «Porque te disse: ‘Eu vi-te debaixo da
figueira’, acreditas. Verás coisas maiores do que estas». E
acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: Vereis o Céu aberto e os
Anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem» (Jo 1, 43-51).
Dois dos discípulos seguiram Jesus. Um deles, André, foi ao encontro do seu irmão (Simão Pedro) para lhe dizer que tinham encontrado o Messias. Hoje, vemos um processo idêntico. Jesus encontra Filipe e diz-lhe: segue-me. Ontem, tinha dito aos discípulos (de João): vinde ver. Para conhecermos Jesus é necessário ir com Ele, segui-l'O, ver onde mora, viver com Ele, adotar o seu estilo de vida. Só dessa forma poderemos transpirar Jesus e testemunhá-l'O com convicção.
Tal como André, Filipe, no evangelho deste dia, não guarda a descoberta, a alegria de encontro do Messias, para si, mas comunica-a, no caso concreto, a Natanael. Perante as dúvidas deste, Filipe propõe o mesmo que Jesus tinha feito: vem ver. Não adianta muitas palavras, muitas justificações, importa que a experiência de encontro com Jesus seja pessoal.
Em todo o caso, a interrogação de Natanael coloca Jesus num lugar muito específico, em Nazaré. De algum modo, podemos concluir que é possível encontrar Deus em toda a parte, mesmo onde julgávamos que isso seria impensável.
quinta-feira, 6 de setembro de 2018
Faz-te ao largo e lançai as redes para a pesca
"Estava a multidão aglomerada em volta de Jesus, para ouvir a palavra de
Deus. Ele encontrava-Se na margem do lago de Genesaré e viu dois barcos
estacionados no lago. Os pescadores tinham deixado os barcos e estavam a
lavar as redes. Jesus subiu para um barco, que era de Simão, e
pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra. Depois sentou-Se e do
barco pôs-Se a ensinar a multidão. Quando acabou de falar, disse a
Simão: «Faz-te ao largo e lançai as redes para a pesca». Respondeu-Lhe
Simão: «Mestre, andámos na faina toda a noite e não apanhámos nada. Mas,
já que o dizes, lançarei as redes». Eles assim fizeram e apanharam tão
grande quantidade de peixes que as redes começavam a romper-se. Fizeram
sinal aos companheiros que estavam no outro barco para os virem ajudar;
eles vieram e encheram ambos os barcos de tal modo que quase se
afundavam. Ao ver o sucedido, Simão Pedro lançou-se aos pés de Jesus e
disse-Lhe: «Senhor, afasta-Te de mim, que sou um homem pecador». Na
verdade, o temor tinha-se apoderado dele e de todos os seus
companheiros, por causa da pesca realizada. Isto mesmo sucedeu a Tiago e
a João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão. Jesus disse a
Simão: «Não temas. Daqui em diante serás pescador de homens». Tendo
conduzido os barcos para terra, eles deixaram tudo e seguiram Jesus" (Lc 5, 1-11).
A multidão segue Jesus. Procuremos situar-nos naquele tempo, no meio daquela multidão. Alguns de nós estaríamos pela primeira vez, outras vinham acompanhando Jesus há vários dias, outros já tinham ouvido falar d'Ele, outros tinham-se cruzado com Ele em outras cidades e aldeias.
E o que é que estamos a fazer junto de Jesus? Nem todos estaremos pelas mesmas razões, cada um leva a sua vida. Segundo o próprio evangelista a multidão está ali aglomerada para ouvir Jesus. Da Sua boca saem palavras de desafio e de esperança.
Todos podem ser cooperadores de Jesus Cristo e da Boa Notícia. Os pescadores já estão a lavar os barcos. Jesus sobre para o barco de Simão, para criar as melhores condições para a pregação e para a escuta. Senta-Se e do barco põe-se a ensinar a multidão.
Segundo momento, diz a Simão para lançar as redes ao mar, como se fosse um entendido em pescaria. Pedro coloca a suas reservas/dúvidas, tal como faria cada um de nós se fosse pescador. Pedro entendia mais de pesca que Jesus. Como é que Este convida a pescar durante o dia. Mas o benefício da dúvida, já que o dizes, nós faremos como dizes. E lançaram as redes ao mar. E não é que a pescaria foi abundante!
Mais vale quem Deus ajuda do que quem muito madruga. Sem Deus a pesca, a vida, é vazia, insignificante. Com Deus toda a pesca é abundante. Deus conta que façamos a nossa parte. O milagre não é "gratuito", pressupõe a fé e o empenho. Ele conta com o nosso barco, com as nossas redes, com os nossos braços, para lançar as redes e para pescar.
A Pedro, como a outros, o desafio vai ainda mais longe: doravante serás pescadores de homens. Maior exigência. trabalho constante. Uma certeza: se Deus está connosco a pesca vai ser abundante.
sexta-feira, 13 de julho de 2018
Prudentes como as serpentes, simples como as pombas
Disse Jesus aos seus Apóstolos: "Envio-vos como ovelhas para o meio de lobos. Portanto, sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas. Tende cuidado com os homens: hão-de entregar-vos aos tribunais e açoitar-vos nas sinagogas. Por minha causa, sereis levados à presença de governadores e reis, para dar testemunho diante deles e das nações. Quando vos entregarem, não vos preocupeis em saber como falar nem com o que dizer, porque nessa altura vos será sugerido o que deveis dizer; porque não sereis vós a falar, mas é o Espírito do vosso Pai que falará em vós" (Mt 10, 16-23).
Jesus confronta os Seus apóstolos com as respetivas escolhas futuras. Ele chama-os e envia-os, mas não esconde que o seguimento não trará, humanamente falando, apenas alegria, factos extraordinários, prodígios realizados ou a realizar, trará também a perseguição, a calúnia, a prisão.
A advertência de Jesus em relação à reação das pessoas é de prevenção e de confiança, para que os discípulos saibam o que vão encontrar e não se iludem nem positiva nem negativamente. E por isso Ele lhes diz para serem prudentes e simples, não embarcando em euforias mas não desanimando em nenhum situação. O Espírito de Deus estará com eles em todos os momentos. Deus estará com eles e o
Espírito Santo os iluminará na hora de se apresentarem diante de
governadores e réis, para darem testemunhos de Jesus Cristo e do Seu
Evangelho de paz, de amor e de bem.
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quinta-feira, 12 de julho de 2018
Recebestes de graça; dai de graça
Disse Jesus aos seus Apóstolos: «Ide e proclamai que está próximo o reino dos Céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça; dai de graça. Não adquirais ouro, prata ou cobre, para guardardes nas vossas bolsas; nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado; porque o trabalhador merece o seu sustento. Quando entrardes em alguma cidade ou aldeia, procurai saber de alguém que seja digno e ficai em sua casa até partirdes daquele lugar. Ao entrardes na casa, saudai-a, e se for digna, desça a vossa paz sobre ela; mas se não for digna, volte para vós a vossa paz. Se alguém não vos receber nem ouvir as vossas palavras, saí dessa casa ou dessa cidade e sacudi o pó dos vossos pés. Em verdade vos digo que haverá mais tolerância, no dia do Juízo, para a terra de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade» (Mt 10, 7-15).
O chamamento por parte de Jesus não é fixista, isto é, não é para acomodar aqueles que são chamados, é um chamamento ativo, corresponde a uma missão, a um envio. Jesus chama para enviar. Hoje no evangelho ouvimo-l'O a fazer as recomendações aos discípulos: anunciar o reino de Deus, curar os enfermos, expulsar os espíritos impuros, permanecendo leves, disponíveis para estar com as pessoas.
Recebestes de graça, dai de graça. Os talentos que Deus nos dá são para partilhar, só assim têm valor e sentido. Se cruzarmos os braços, por mais talentos que tenhamos, de nada valem, é como se não existissem em nós.
Enviados para levar a paz de Jesus Cristo, que está entranhada no coração. Não uma paz qualquer, uma paz imposta, mas a que brota do amor...
O Evangelho é a expressão plena de que Deus em Jesus Cristo entra na humanidade, habita no meio de nós, mais, habita em nós. Os discípulos, ao serem enviados, levam esta boa nova de que o Reino de Deus chegou até nós.
O Evangelho é a expressão plena de que Deus em Jesus Cristo entra na humanidade, habita no meio de nós, mais, habita em nós. Os discípulos, ao serem enviados, levam esta boa nova de que o Reino de Deus chegou até nós.
sexta-feira, 6 de julho de 2018
Prefiro a misericórdia ao sacrifício
Jesus ia a passar, quando viu um homem chamado Mateus, sentado no posto de cobrança dos impostos, e disse-lhe: «Segue-Me». Ele levantou-se e seguiu Jesus. Um dia em que Jesus estava à mesa em casa de Mateus, muitos publicanos e pecadores vieram sentar-se com Ele e os seus discípulos. Vendo isto, os fariseus diziam aos discípulos: «Por que motivo é que o vosso Mestre come com os publicanos e os pecadores?». Jesus ouviu-os e respondeu: «Não são os que têm saúde que precisam do médico, mas sim os doentes. Ide aprender o que significa: ‘Prefiro a misericórdia ao sacrifício’. Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores» (Mt 9, 9-13).
O chamamento de Mateus mostra como Jesus não é preconceituoso e como não segue a opinião geral. Cada vez que chama alguém não o faz pelas qualidades pessoais mas pelo que poderão vir a ser. Neste sentido, o mais importante é a disponibilidade humilde para acolher o desafio de Jesus Cristo.
No Evangelho destaca-se também que a salvação não é discriminatória (preconceituosa) mas é para todos. A preferência é dada aos pobres, aos humildes, aos pecadores, não para excluir, mas precisamente para a todos incluir.
terça-feira, 20 de março de 2018
VL – Jesus quer-nos mas não pela rama
Jesus chama-nos mas não nos quer de qualquer maneira, quer-nos de corpo e alma. Aceita o nosso pecado e as nossas limitações, aceita-nos como somos, com as nossas dúvidas e hesitações, com os nossos falhanços e com os nossos esforços, compreende os nossos avanços e recuos, o nosso entusiasmo e o nosso medo, as nossas certezas e o nosso peregrinar por vezes titubeante, mas não nos quer pela rama, quer-nos envolvidos, mergulhados na Sua palavra, procurando, apesar de tudo, fazer o bem. Por conseguinte diz-nos ao que vem. Não faz campanha (eleitoral), não usa muito palavreado nem argumentos para nos levar a aderir à Sua mensagem e a sincronizar com a Sua postura de vida.
É conhecido o episódio em que João Batista coloca os seus discípulos no encalço de Jesus, apontando para Ele: Eis o Cordeiro de Deus (Jo 1, 35-42). A sequência levará ao seguimento. Estes primeiros discípulos são interpelados por Jesus: que buscais? É uma questão que devemos ter sempre presente: quê, ou melhor, Quem buscamos?
Vinde ver! É a Sua resposta! Podia passar umas horas a explicar aos seus futuros discípulos a razão e a importância de O seguirem. Como somos seres miméticos, mais facilmente imitamos comportamentos do que seguimos conselhos, então nada melhor do que ver como Ele vive, como gasta o Seu tempo, como reage às diferentes situações da vida. Daqui pode concluir-se que o apóstolo só o é verdadeiramente se for discípulo, se se mantiver perto do Mestre, pela oração, pela escuta da Palavra, pela imitação da Sua postura, para irmos e fazermos nós também do mesmo modo.
Para seguir Jesus não bastam algumas informações sobre Ele, mas mergulhar a nossa vida na Sua vida. Não podemos ficar apenas pela rama, pela maquilhagem, pelo exterior, é incontornável que nos entranhemos na Sua vida, nos identifiquemos com o Seu amor, nos sintonizemos com a Sua misericórdia. Alma, corpo e espírito. Seja Ele a viver em nós, a amar através de nós, a servir com as nossas mãos, a cuidar dos outros com o nosso corpo por inteiro.
Aqueles primeiros discípulos compreenderam o desafio de Jesus e ficaram com Ele nesse dia e noutros dias que se seguiram e foram chamar outros, os irmãos, os amigos, os vizinhos. Conhecer Jesus implica habitar com Ele e deixar-se habitar por Ele, deixar que os Seus pensamentos, as Suas palavras e os Seus gestos se agarrem aos seus corpos, às suas mentes, aos seus corações, à sua vida. Caminhar com Jesus, viver com Jesus, permanecer junto d'Ele. Discípulos e simultaneamente missionários!
quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018
Não leveis nada para o caminho...
"Chamou os Doze, começou a enviá-los dois a dois e deu-lhes poder sobre os espíritos malignos. Ordenou-lhes que nada levassem para o caminho, a não ser um cajado: nem pão, nem alforge, nem dinheiro no cinto; que fossem calçados com sandálias e não levassem duas túnicas. E disse-lhes também: «Em qualquer casa em que entrardes, ficai nela até partirdes dali. E se não fordes recebidos numa localidade, se os seus habitantes não vos ouvirem, ao sair de lá, sacudi o pó dos vossos pés, em testemunho contra eles.» Eles partiram e pregavam o arrependimento, expulsavam numerosos demónios, ungiam com óleo muitos doentes e curavam-nos" (Mc 6, 7-13).
O chamamento dos Apóstolos é um momento essencial na missão de Jesus Cristo. Chama-os a fim de os preparar e de os enviar a anunciar o reino de Deus. Com Ele farão um seminário, ouvindo-O, aprendendo com Ele, experimentando a alegria de estar com Ele. Neste estágio, Jesus envia-os, como escutamos hoje no Evangelho, dando indicações precisas, desafiando à confiança em Deus e ao respeito pela liberdade das pessoas. Não vão impor, vão propor a Boa-nova. Regressão e nessa ocasião farão uma avaliação da jornada de evangelização. Desta forma se vão entranhando na vivência e no anúncio do Reino de Deus.
Hoje somos nós os chamados, os escolhidos do Senhor, para estarmos na Sua presença, para sentirmos a alegria da Sua vida em nós, para aprendermos e vivermos com Ele e como Ele. Somos igualmente enviados a testemunhar (anunciar) pela vida e pela voz, a boa-nova da Salvação que nos é dada em Jesus Cristo.
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