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sábado, 11 de novembro de 2017

São Martinho de Tours, de soldado a bispo

       São Martinho de Tours nasceu em 316, na cidade de Sabaria, Panónima, e era filho de um tribuno romano. Entretanto acompanha o pai para Pavia e logo que atinge a idade de recrutamento, com quinze anos, entra para a armada romana, incorporado a guarda pessoal do imperador.
       O regimento de Martinho desloca-se para a Gália, para Amiens, cenário da lenda da capa. Um inverno rigoroso. Num dia em que transpunha o portão da cidade, deparou com um pobre mendigo esfarrapado. Vendo que ninguém o acudia, ele mesmo, com a espada, rasgou a sua capa militar e deu metade ao pobre mendigo. A capa militar pertencia ao exército, pelo que não podia ser vendida ou dada. O cortá-la a meio foi uma forma de dar conservando a posse militar. Os colegas de armas fizeram troça dele. Nessa noite, teve uma visão em que via Jesus Cristo com a metade da capa vestida. Concluiu que foi com Cristo que dividiu a capa.
       No dia seguinte, em nova visão, ouviu uma voz que lhe disse: "Cada vez que fizeres o bem ao mais pequeno dos meus irmãos é a mim que o fazes". Doravante passou a ver os cristãos com outros olhos.
       Entretanto converteu-se ao cristianismo, fez-se catecúmeno, recebendo depois o baptismo. Apresentou-se ao seu general para lhe dizer que passava a servir a Jesus Cristo. Pouco depois foi liberto do serviço militar.
       Viajou para Poitiers e engrossou o grupo dos discípulos de Santo Hilário, sábio e santo bispo. Para visitar os pais, voltou à Lombardia e pelo percurso terá sido assaltado, tendo conseguido que um dos ladrões se convertesse ao cristianismo.
       Em 361, depois de um exílio forçado de São Hilário, para Oriente, junta-se-lhe em Poitiers. Isolou-se arrastando consigo diversos monges, formando a Abadia Beneditina de Ligugé, mas o isolamento não o impediu de uma pregação constante pela Gália (França). Em 371/372, o segundo bispo de Tours, São Lidório, morreu, quiseram elegê-lo para Bispo, mas manteve-se surdo. Então um certo Rústico, rico cidadão, suplicou-lhe que viesse visitar a esposa gravemente doente. Sem suspeitar de nada entrou na cidade, a aclamação popular forçou-o a aceitar ser bispo de Tours, ainda que com a relutância de alguns dignitários eclesiásticos. Consolidou a fé e diante dos imperadores defendeu sempre a Igreja.
       Em 27 anos de bispo ganhou o carinho de todo o seu povo.
       Numa última visita a Roma, foi a Candes, um dos centros religiosos da diocese de Tours, foi atacado pela doença e aí viria a falecer. Pediu para ser levado ao presbitério da Igreja, morrendo em 397, com 81 anos de idade. O seu corpo foi levado para a cidade de Tours onde chegou a 11 de Novembro.

Oração de coleta:
       Senhor, que fostes glorificado pela vida e pela morte do bispo São Martinho, renovai em nossos corações as maravilhas da vossa graça, de modo que nem a morte nem a vida nos possam separar do vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Sulpício Severo (século V)

Martinho, pobre e humilde


Martinho soube com muita antecedência o dia da sua morte e comunicou a seus irmãos que a separação do seu corpo estava iminente. Entretanto, viu-se obrigado a visitar a diocese de Candes. Tinham surgido, com efeito, desavenças entre os clérigos desta igreja e Martinho desejava restaurar a paz. Apesar de não ignorar o fim próximo dos seus dias, não recusou partir perante motivo desta natureza, por considerar como bom termo da sua atividade deixar a paz restabelecida nessa igreja.
Permaneceu algum tempo nessa povoação ou comunidade para onde se dirigia. Depois de feita a paz entre os clérigos, pensou em regressar ao mosteiro. Mas de repente sentiu que lhe faltavam as forças do corpo. Reuniu os irmãos e participou-lhes que ia morrer. Então começou o pranto, a consternação e o lamento unânime de todos: «Pai, porque nos abandonas? A quem nos confias na nossa orfandade? Lobos ferozes assaltam o teu rebanho; quem nos defenderá das suas mordeduras, se nos falta o pastor? Sabemos sem dúvida que suspiras por Cristo, mas a tua recompensa está assegurada e não será diminuída se for adiada. Antes de mais, compadece te de nós, que nos deixas abandonados».
Então, comovido por estes lamentos e transbordando da terna compaixão que sempre sentia no Senhor, diz-se que Martinho se associou ao seu pranto e, voltando se para o Senhor, assim falou diante daqueles que choravam: «Senhor, se ainda sou necessário ao vosso povo, não me recuso a trabalhar; seja feita a vossa vontade».
Oh homem extraordinário, que não fora vencido pelo trabalho nem o haveria de ser pela morte e que, igualmente disposto a uma ou outra coisa, nem teve medo de morrer nem se furtou a viver! Entretanto, com as mãos e os olhos sempre elevados para o céu, o seu espírito invencível não abandonava a oração. Quando os presbíteros, que se tinham reunido à sua volta, lhe pediram para aliviar o seu pobre corpo mudando de posição, disse: «Deixa-me, irmãos, deixai-me olhar antes para o céu do que para a terra, para que a minha alma, ao iniciar a sua marcha para Deus, siga bem o seu caminho». Ao dizer isto, reparou que o diabo se encontrava perto. «Porque estás aqui, disse, besta sanguinária? Nada encontrarás em mim, maldito; o seio de Abraão me recebe».
Depois de pronunciar estas palavras, entregou o seu espírito ao Céu. Martinho, cheio de alegria, foi acolhido no seio de Abraão. Martinho, pobre e humilde, entrou rico no Céu.
BENTO XVI, na Festa de São Martinho, 11 de novembro de 2007
ANGELUS - DOMINGO

Queridos irmãos e irmãs!

A Igreja recorda hoje, 11 de novembro, São Martinho, Bispo de Tours, um dos santos mais célebres e venerados da Europa. Tendo nascido numa família pagã na Panónia, atual Hungria, por volta de 316, foi orientado pelo pai para a carreira militar. Ainda adolescente, Martinho encontrou o Cristianismo e, superando muitas dificuldades, inscreveu-se entre os catecúmenos para se preparar para o Batismo. Recebeu o Sacramento por volta dos vinte anos, mas teve que permanecer ainda por muito tempo no exército, onde deu testemunho do seu novo género de vida: respeitador e compreensivo para com todos, tratava o seu criado como um irmão, e evitava as diversões vulgares. Tendo-se despedido do serviço militar, foi a Poitiers, na França, junto do santo Bispo Hilário. Por ele ordenado diácono e presbítero, escolheu a vida monástica e deu origem, com alguns discípulos, ao mais antigo mosteiro conhecido na Europa, em Ligugé. Cerca de dez anos mais tarde, os cristãos de Tours, tendo ficado sem Pastor, aclamaram-no seu Bispo. Desde então Martinho dedicou-se com zelo fervoroso à evangelização no campo e à formação do clero.
Mesmo sendo-lhe atribuídos muitos milagres, são Martinho é famoso sobretudo por um ato de caridade fraterna. Quando era ainda jovem soldado, encontrou na estrada um pobre entorpecido e trémulo de frio. Pegou no seu manto e, cortando-o em dois com a espada, deu metade àquele homem. Nessa noite apareceu-lhe Jesus em sonho, sorridente, envolvido naquele mesmo manto.
Queridos irmãos e irmãs, o gesto caritativo de São Martinho inscreve-se na mesma lógica que levou Jesus a multiplicar os pães para as multidões famintas, mas sobretudo a deixar-se a si mesmo como alimento para a humanidade na Eucaristia, Sinal supremo do amor de Deus, Sacramentum caritatis. É a lógica da partilha, com a qual se expressa de modo autêntico o amor ao próximo. Ajude-nos São Martinho a compreender que só através de um compromisso comum de partilha, é possível responder ao grande desafio do nosso tempo: isto é, de construir um mundo de paz e de justiça, no qual cada homem possa viver com dignidade. Isto pode acontecer se prevalece um modelo mundial de autêntica solidariedade, capaz de garantir a todos os habitantes do planeta o alimento, as curas médicas necessárias, mas também o trabalho e os recursos energéticos, assim como os bens culturais, o saber científico e tecnológico.
Dirijamo-nos agora à Virgem Maria, para que ajude todos os cristãos a ser, como São Martinho, testemunhas generosas do Evangelho da caridade e incansáveis construtores de partilha solidária.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Quadras a São Martinho - Chavães

       No Arciprestado de Tabuaço, o São Martinho celebra-se em Chavães, sendo o Padroeiro, e no lugar de São Martinho, em Adorigo. Convidado pelo Rev. Pároco, Pe. Ildo, ali me desloquei para participar na festa religiosa. Durante a procissão fomos cantando, com as quadras que se seguem, em honra de São Martinho. As quadras assumem a sua vida, desde o nascimento à morte.

Coro – Ao Céu ergamos hinos de alegria
E connosco os cristãos do Algarve ao Minho
Festejamos o Grande São Martinho
Padroeiro da nossa freguesia

1 – São Martinho é de Chavães
Ele é nosso Protector
Ele nos guia e guarda
No caminho do Senhor

2 – São Martinho, São Martinho
Teu povo em Ti tem fé
Para honramos Teu nome
Nos mantém sempre em pé

3 – São Martinho é nosso guia
Pela vida toda em frente
Ele mitiga as saudades
A todos os Emigrantes

4 – Se quiserdes ir ao céu
Imitai a são Martinho
Partiu sua capa ao meio
E deu-a ao pobrezinho

5 – Em coro a Deus louvemos
Com o nosso Padroeiro
E ele nos guarde do p'rigo
No caminho verdadeiro

6 – São Martinho está contente
De nos vir acompanhar
E mostra a toda a gente
Que nos vai abençoar

7 – Obrigado, Tabuaço
Por nos terdes convidado
Com o nosso são Martinho
Iremos a todo o lado

8 – São Martinho, São Martinho
Por Chavães foste escolhido
Sendo sempre Teus vassalos
O céu temos garantido

(Goretti)

1 – Nasceu em terras da Hungria
Duma família pagã
Mas decidiu aos dez anos
Abraçar a fé cristã

2 – Feito soldado do Império
Ingressa em cavalaria
Os perigos da milícia
Supera com valentia

3 – Surge-lhe em manhã de Inverno
Um mendigo a tiritar
Logo corta a sua capa
Para metade lhe dar

4 – Apar'ceu-lhe, com mil anjos
Jesus, no dia seguinte:
Deu-me esta capa Martinho
Quando me fiz de pedinte

5 – Findo o catecumenato
O Baptismo recebeu
Com o bispo Santo Hilário
Sua virtude cresceu

6 – Regressou de novo à pátria
P’ra converter sua mãe
Na luta contra os hereges
Sofreu e venceu também

7 – Taumaturgo do seu tempo
Bispo de Tours sem querer
Em milagres e virtudes
Sempre mais irá crescer

8 – Todo zelo e caridade
Cheio de paz e alegria
Para bem da sua Igreja
Até o céu adiaria

9 – Deitado em cinzas e cilício
Desfeitos os seus em dor
Olhos no céu a sorrir
A alma entrega ao Senhor

(P. Linhares)

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Paróquia de Tabuaço | Magusto da Catequese

       A 11 de novembro, a celebração do lendário São Martinho, comem-se as castanhas e prova-se o vinho (ou não!). A Catequese Paroquial, quando o São Martinho não coincide com o sábado, adia o dia, mas não a romaria. E assim, no sábado, 15 de novembro, o Magusto da Catequese. Depois da celebração da Santa Missa, o encontro marcado para o Centro Paroquial: crianças, catequistas, pais, e as pessoas que se quiseram associar.
       Sobre a mesa, as castanhas, mas também a partilha das catequistas, bolas e bolos, o bolo-rei oferecido, como habitualmente pela Panificadora, que assa as castanhas também. O regalo dos mais novos são as pizzas... se alguém se atrasa, quando chega estas já eram...
       Algumas imagens desta jornada:
Para outras fotos deste dia visite a página da Paróquia de Tabuaço no Facebook
ou o nosso GOOGLE PLUS.

sábado, 14 de novembro de 2009

Paróquia de Tabuaço | Magusto da Catequese | 2009

Realizou-se hoje o magusto da catequese. Aberto a toda a comunidade, mas têm sido sobretudo os meninos e meninas da catequese, adolescentes, catequistas que têm participado. Aqui fica o registo deste dia. Juntamente imagens de algumas salas de catequese e ainda o Primeiro Ano de Catequese, cuja festa do Acolhimento se realizou no dia 31 de outubro de 2009.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

São Martinho, de soldado a bispo

       São Martinho de Tours nasceu em 316, na cidade de Sabaria, Panónima, e era filho de um tribuno romano. Entretanto acompanha o pai para Pavia e logo que atinge a idade de recrutamento, com quinze anos, entra para a armada romana, incorporado a guarda pessoal do imperador.
       O regimento de Martinho desloca-se para a Gália, para Amiens, cenário da lenda da capa. Um inverno rigoroso. Num dia em que transpunha o portão da cidade, deparou com um pobre mendigo esfarrapado. Vendo que ninguém o acudia, ele mesmo, com a espada, rasgou a sua capa militar e deu metade ao pobre mendigo. A capa militar pertencia ao exército, pelo que não podia ser vendida ou dada. O cortá-la a meio foi uma forma de dar conservando a posse militar. Os colegas de armas fizeram troça dele. Nessa noite, teve uma visão em que via Jesus Cristo com a metade da capa vestida. Concluiu que foi com Cristo que dividiu a capa.
       No dia seguinte, em nova visão, ouviu uma voz que lhe disse: "Cada vez que fizeres o bem ao mais pequeno dos meus irmãos é a mim que o fazes". Doravante passou a ver os cristãos com outros olhos.
       Entretanto converteu-se ao cristianismo, fez-se catecúmeno, recebendo depois o baptismo. Apresentou-se ao seu general para lhe dizer que passava a servir a Jesus Cristo. Pouco depois foi liberto do serviço militar.
       Viajou para Poitiers e engrossou o grupo dos discípulos de São Hilário, sábio e santo bispo. Para visitar os pais, voltou à Lombardia e pelo percurso terá sido assaltado, tendo conseguido que um dos ladrões se convertesse ao cristianismo.
       Em 361, depois de um exílio forçado de São Hilário, para Oriente, junta-se-lhe em Poitiers. Isoulou-se arrastando consigo diversos monges, formando a Abadia Beneditina de Ligugé, mas o isolamento não o impediu de uma pregação constante pela Gália (França). Em 371/372, o segundo bispo de Tours, São Lidório, morreu, quiseram elegê-lo para Bispo, mas manteve surdo. Então um certo Rústico, rico cidadão, suplicou-lhe que viesse visitar a esposa gravemente doente. Sem suspeitar de nada entrou na cidade, a aclamação popular forçou-o a aceitar ser bispo de Tours, ainda que com a relutância de alguns dignitários eclesiásticos. Consolidou a fé e diante dos imperadores defendeu sempre a Igreja.
       Em 27 anos de bispo ganhou o carinho de todo o seu povo.
       Numa última visita a Roma, foi a Candes, um dos centros religiosos da diocese de Tours, foi atacado pela doença e aí viria a falecer. Pediu para ser levado ao presbitério da Igreja, morrendo em 397, com 81 anos de idade. O seu corpo foi levado para a cidade de Tours onde chegou a 11 de Novembro.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Quadras de São Martinho

Como é bom comer
Castanhas assadas
E no magusto ver
As meninas coradas
Na rua está um vendedor
De castanhas assadas
É com esforço e amor
Que faz feliz a rapaziada
Todo o dia a apanhar chuva
Coitado do vendedor!
Mas à beira das castanhas
Fica cheio de calor.
Com o frio a chegar
A natureza está-se a transformar
Os ouriços a abrir
Para as castanhas apanhar.
O S. Martinho está a chegar
A lareira vou acender
Para as castanhas assar
E contigo as comer.
Que lindo é o Outono!
Que lindo que é!
Uvas e castanhas
Dá-me o avô Zé.
Dia 11 de Novembro
É o dia de S. Martinho
Come-se a castanha assada
E mais o caldo verdinho.
É dia de S. Martinho
É a festa das castanhas
Em vez de Sol há chuva
É Outono ninguém estranha.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Provérbios sobre o mês de Novembro

Trinta dias tem Novembro, Abril, Junho e Setembro; de vinte e oito, só há um, e os mais têm trinta e um.
Outubro lavrar, Novembro semear, Dezembro nascer.
Cava fundo em Novembro, para plantares em Janeiro.
Dia de São Martinho, fura o teu pipinho.
Dia de São Martinho, lume, castanhas e vinho.
Do São Martinho ao Natal, o médico e o boticário enchem o bornal.
Se o Inverno não erra caminho, tê-lo-ei pelo São Martinho.
Se queres pasmar teu vizinho, lavra, sacha e esterca pelo São Martinho.
No dia de São Martinho, vai à adega e prova o vinho.
Pelo São Martinho, abatoca o teu vinho.
Pelo São Martinho, mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho.
Pelo São Martinho, nem favas, nem vinho.
Pelo São Martinho, todo o mosto é bom vinho.
Por São Martinho, nem favas, nem vinho.
Dos Santos ao Natal, Inverno natural.
De Santa Catarina ao Natal, mês igual.
De Todos os Santos ao Advento, nem muita chuva nem muito vento.
De Todos os Santos ao Natal, bom é chover e melhor nevar