A terceira Carta Encíclica de Bento XVI empresta o título a este blogue. A Caridade na Verdade. Agora permanecem a fé, a esperança e a caridade, mas só esta entra na eternidade com Deus. Espaço pastoral de Tabuaço, Távora, Pinheiros e Carrazedo, de portas abertas para a Igreja e para o mundo...
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quinta-feira, 9 de janeiro de 2025
sexta-feira, 20 de dezembro de 2024
sexta-feira, 7 de abril de 2023
Jesus foi morto a 7 de abril do ano 30
Jesus iniciou o Seu ministério público, como pregador itinerante, como Profeta, como Filho do Homem e de Deus, aos 34 anos de idade.
Centralidade do anúncio de Jesus: a novidade e proximidade do Reino de Deus. Novidade, futuro, esperança e os Velhos do Restelo.
Com a novidade do Reino, a conversão e a mudança de vida. Mudar não por mudar, mas procurar sempre e mais ser rosto de Jesus Cristo, ser o que se é pelo batismo: Filho/a de Deus.
Nunca é tarde para começar... ou recomeçar... se for para dar mais qualidade à vida...
Em alguns livros, e em alguns meios, continua a dizer-se que Jesus morreu com 33 anos, tendo iniciado a vida pública aos 30 anos de idade (informação dada por São Lucas).
Hoje é pacífico, ainda que não totalmente divulgado, que a morte de Jesus ocorreu quando Ele tinha 37 anos de idade e a Sua morte teria sido na sexta-feira, a 7 de abril do ano 30. Seguindo os evangelhos, Jesus morreu em véspera de sábado e naquele ano a Páscoa judaica ocorreu a um sábado. O calendário judaico é lunar, e a páscoa, a 14 de Nizan, pode cair a qualquer dia da semana. Nos anos 27, 30 e 33 da era cristã caiu num sábado. Morto a 27, era muito pouco tempo para a vida pública, tinha iniciado há pouco a pregação. Morto no ano 33, seriam 6 anos de pregação e os evangelhos não permitem extender por tanto tempo a sua vida pública, pois no máximo Jesus participou em 3 páscoas (segundo São João) no mínimo pelo menos numa páscoa. Daí que se calcule a vida pública entre 1 ano e meio a três anos. Há outros dados históricos que ajudam a situar cm alguma precisão a data da morte de Jesus, confrontando com os dados dos evangelhos, como por exemplo, Pôncio Pilatos exerceu o poder como autoridade romana entre o ano 26 e 36 depois de Cristo (da era cristã); Caifás entre 19 e 36 depois de Cristo...
Mas como é que morreu com 37 anos, no ano 30 da era cristã, se com Ele que se inicia a era cristã?
Vamos por partes. A data do nascimento de Jesus não se conhece com exatidão, nem o dia nem o mês nem o ano de nascimento. Festeja-se o nascimento a 25 de dezembro, quando os pagãos festejavam o deus Sol, no solstício de inverno. Para os cristãos, o verdadeiro Sol é Jesus Cristo, a Luz do Mundo. É aceitável que Jesus tivesse nascido na primavera/verão, pois se os pastores estavam por ali não poderia ser no inverno... A escolha de 25 de dezembro foi uma forma prática de "substituir" e cristianizar uma festa pagã.
O calendário cristão foi elaborado, no século VI, pelo monge Dionísio, o Exíguo, a pedido do Papa João I, tendo colocando o nascimento de Jesus a 25 de dezembro do ano 753 da fundação de Roma, e o início da era cristão em 1 de janeiro de 754, da fundação de Roma, oito dias depois, na Circuncisão de Jesus.
Dionísio ter-se-á enganado, colocando o nascimento de Jesus 4 anos depois da morte de Herodes. Contudo, Herodes estava no poder quando Jesus nasceu, o que obrigou a recuar a data de nascimento: entre 4 a 7 anos. Nesta lógica, e seguindo vários autores, optando por recuar até 7 anos, nós estaríamos neste momento no ano 2021 (partindo do nascimento de Jesus. Quando se descobriu o lapso de tempo em falta, já era tarde para corrigir a história e os respetivos documentos escritos...)
Se morreu no ano 30 e se nasceu no ano 7 antes da era cristã, Jesus morreu com 37 anos de idade. Sublinhe-se também que a esperança média de idades andava pelos quarenta anos. Não se pode dizer que Jesus tenha morrido demasiado novo, ainda que fosse antes do tempo, já que foi morto.
A pregação, a vida pública de Jesus durou três anos (ano e meio, no mínimo, a três anos, no máximo, segundo os vários evangelhos). Logo, começou a Sua pregação com (33 ou) 34 anos, na primavera do ano 27, depois de ter sido batizado por João Batista e eventualmente depois deste ter sido preso.
Os 30 anos é a idade em que todos os profetas iniciam a Sua missão. Estão preparados, maduros, já viveram muito tempo, já cresceram. Chamados desde o seio materno mas só se manifestam publicamente na idade adulta. 30 anos é uma idade simbólica. Logo se Jesus é profeta (ou o Profeta, por excelência), também Ele inicia o Seu ministério com 30 anos (mais um, dois ou três ou quatro, continua a ser 30 anos).
Depois desta precisão, voltemos ao ponto de partida desta reflexão.
Nunca é tarde para mudar. Com efeito a nossa vida transforma-se constantemente. Gostaríamos de preservar tudo o que vem de trás, mas nem sempre é possível, melhor, o que "herdámos" da nossa vida há de ser assimilado e transformado na vida presente e futuro. Somos seres em devir, em transformação. Como crentes, ainda mais, na abertura para Deus, Deus da nossa Esperança, acreditando que cada passo que dermos na fidelidade a Jesus Cristo será uma forma de atualizarmos o tempo presente, sem perdemos o melhor que recolhemos do passado.
Com efeito, Jesus inicia a vida pública com a pregação que se centra na originalidade/novidade do reino de Deus e na necessidade de nos abrirmos aos novos céus e nova terra que Jesus vem trazer com o Seu amor, com a Sua vida, a entregar por nós.
Os velhos do Restelo são aqueles que nunca estão satisfeitos com nada, nunca se dispõem a ajudar na transformação do mundo, nunca colaborarão para melhorar o meio envolvente em que vivem, querem que tudo permaneça como está, qual fotografia que se vai deslavando até perder toda a coloração...
Todos podemos ter em nós restos d' Os velhos do Restelo... Jesus deparou-se com uma sociedade certa e orgulhosa da Sua história. Também isso O levou à Cruz, os interesses instalados, a surpresa da Sua mensagem, a provocação das Suas palavras e da Sua vida... mas mudou os que se Lhe abriram de todo o coração, mudou o mundo inteiro, ainda que precisemos de novo de O acolher para continuarmos a mudar o que em nós é urgente mudar, para sermos transparência do Seu amor, no mundo em que vivemos.
Texto originalmente publicado em 3 de fevereiro de 2012.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2022
quarta-feira, 30 de novembro de 2022
sexta-feira, 31 de dezembro de 2021
quarta-feira, 29 de dezembro de 2021
quarta-feira, 22 de dezembro de 2021
segunda-feira, 10 de maio de 2021
João Manuel Duque - NO CORPO DO TEMPO
JOÃO MANUEL DUQUE (2021). No Corpo do Tempo. Teologia Breve I. Braga: Frente e Verso. 188 páginas.
O autor: João Manuel Duque Doutor em Teologia Fundamental pela Phil.-Theologische Hochschule Sankt Georgen, Frankfurt, com uma tese sobre Gadamer. Professor Catedrático da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa e Pró-Reitor da mesma Universidade, para o Centro Regional de Braga. Diretor da revista Ephata. Publicou, entre outras obras, Homo credens. Para um Teologia da Fé (UCE), Cultura contemporânea e cristianismo (UCE). É casado e pai de três filhos.
Conjunto de reflexões de fácil leitura, acessíveis, escritas ao longo do tempo na revista "Mensageiro do Coração de Jesus" e agora colocadas em livro, com diversas temáticas, percorrendo o tempo litúrgico: Natal... Quaresma... Páscoa... sobre o Espírito Santo... a vida eclesial.
"De facto, tendo sido elaborados ao longo de cada ano, os artigos iam correspondendo à época do ano em que se publicavam, sobretudo na sua relação com o ano litúrgico e com as principais celebrações do ano cristão — com grande insistência no Natal, na Quaresma e na Páscoa. Por isso, este volume organiza as suas partes segundo esse ritmo, permitindo uma leitura de acordo com o tempo anual correspondente.
É claro que a referência ao tempo evoca, também, a temporalidade da nossa existência. Essa dimensão tem impacto sobretudo no conteúdo dos textos, mais do que na forma. De facto, a perspetiva fundamental da abordagem corresponde a uma compreensão da experiência de Deus no presente da história quotidiana dos humanos, ou seja, no tempo que marca as suas vidas. Daí a escolha do outro termo do título: o corpo. Porque a experiência de Deus e a correspondente experiência de salvação acontece já na história humana, no dia a dia das suas realizações, nos corpos pessoais e comunitários que lhe dão corpo. Ainda que haja uma referência especial ao corpo eclesial, de modo nenhum se pretende que esse corpo possa isolar-se dos corpos pessoais e comunitários que constituem o tecido do mundo, de que a Igreja faz parte e ao qual se orienta. Os corpos são todos permeáveis, porque estão todos expostos uns aos outros. Pretensas imunizações são perversas, ou mesmo ilusórias".
É claro que a referência ao tempo evoca, também, a temporalidade da nossa existência. Essa dimensão tem impacto sobretudo no conteúdo dos textos, mais do que na forma. De facto, a perspetiva fundamental da abordagem corresponde a uma compreensão da experiência de Deus no presente da história quotidiana dos humanos, ou seja, no tempo que marca as suas vidas. Daí a escolha do outro termo do título: o corpo. Porque a experiência de Deus e a correspondente experiência de salvação acontece já na história humana, no dia a dia das suas realizações, nos corpos pessoais e comunitários que lhe dão corpo. Ainda que haja uma referência especial ao corpo eclesial, de modo nenhum se pretende que esse corpo possa isolar-se dos corpos pessoais e comunitários que constituem o tecido do mundo, de que a Igreja faz parte e ao qual se orienta. Os corpos são todos permeáveis, porque estão todos expostos uns aos outros. Pretensas imunizações são perversas, ou mesmo ilusórias".
O primeiro texto começa assim:
"'Deus é amor (O Theos agapê estín – Deus caritas est) (1 João) – esta é, talvez, a mais condensada e mais completa «definição» de Deus. Corresponde, de modo pleno, à compreensão cristã de Deus, que resulta de um processo longo e complexo de revelação e de descoberta. Concluir que Deus é amor não é algo evidente, nem isento de consequências. Contudo, a palavra «amor» – e até a palavra «caridade» – sofreu uma forte erosão, sendo necessário algum esclarecimento sobre o seu significado no contexto da tradição bíblico-cristã.
Antes de tudo, amor é um modo de relação entre pessoas – ou entre seres pessoais. O que implica o esclarecimento de alguns elementos do conceito de pessoa. Em primeiro lugar, implica a afirmação da unidade e unicidade de cada pessoa. Isto é, implica que aquele ou aquela que está envolvido ou envolvida numa relação de amor seja único e irrepetível, e não apenas uma energia, um elemento num sistema englobante, um princípio lógico, uma aparência ou outra realidade qualquer. Como tal, não poderíamos considerar o amor como algo do género de uma energia contínua que flui entre os seres, como pontos ou nós numa rede eletrónica, sem que fosse considerada a unicidade pessoal de cada ser nele envolvido.
No mesmo sentido, cada ser único e irrepetível envolvido na relação amorosa é diferente de outro ser. Por isso, o amor é o contrário de uma fusão das identidades e das diferenças dos sujeitos envolvidos numa realidade que os englobasse e lhes anulasse as suas características pessoais. Só é possível amor entre pessoas diferentes – e, ao mesmo tempo, a realidade pessoal resultante da relação amorosa é sempre uma realidade inconfundível com outra.
Em Jesus Cristo, Deus revela plenamente quem é – mesmo que nós, humanos, ainda não o compreendamos completamente. E revela-se amando – dando a vida pelo outro; e revela-se sendo amado – acolhendo a vida como dádiva do Pai. Por isso, o amor de Deus, que se realiza no encontro com o humano, sendo plenamente humano em Jesus Cristo, é que revela o próprio Deus. É claro que, nas condições da nossa existência humana e das suas limitadas capacidades de compreensão, nós só podemos compreender o que seja esse amor de Deus pelos humanos de modo analógico – só a partir da limitada experiência que fazemos do nosso amor humano. Por isso, Deus revela-se, em Jesus Cristo, amando com amor humano – só assim conseguimos compreender e acolher esse amor. Mas, ao mesmo tempo, percebendo nós as limitações do amor humano, também percebemos a sua grandeza e, em certa medida, o facto de albergar, nessas limitações, algo que é maior do que ele mesmo. Por essa via, podemos acolher um amor que seja fonte do nosso amor humano – e, nesse sentido, infinitamente mais perfeito do que ele. Mais do que isso: podemos compreender que a nossa verdade – e a nossa salvação – reside na correspondência prática a esse amor primeiro e originário, pois ele é a fonte do nosso...
... Mas como se nos revela o amor de Deus – e Deus como amor? Precisamente na atuação de Jesus, enquanto ama, como humano. Assim, o amor de Deus que vem ao encontro do ser humano é o próprio Deus que, feito humano, ama humanamente, mostrando aos humanos que o amor humano é o caminho para corresponder ao amor de Deus, acolhendo a salvação. E o amor, que é caminho de salvação, é a capacidade de dar a vida pelo outro, fazendo-se servo do outro, o mais pequeno entre os pequenos, assumindo a debilidade humana – incluindo a condição mortal – como modo de amar, partilhando um modo de ser. É isso precisamente o que acontece no Natal".
Recensão do Livro no site do Departamento Nacional da Pastoral da Cultura: AQUI.
sábado, 2 de janeiro de 2021
PRESÉPIO EM FAMÍLIA - 2020 - construção e partilha
No início do Advento, ano pastoral 2020-2021, proposta de construir e partilhar presépios, feitos em família, sobretudo no espaço pastoral que abarca as Paróquias de Tabuaço, Távora, Pinheiros e Carrazedo, pessoas naturais daqui, residentes ou emigrantes, e outras pessoas com ligação às comunidades e amigos que acompanham a vida pastoral.
Presépio também das Paróquias e de uma ou outra entidade.
A acompanhar este videoporama, a música do Externato Marista de Lisboa, num CD editado em 2002, com o título "O Nosso Natal". A faixa utilizada: Rapsódia de Natal.
domingo, 27 de dezembro de 2020
terça-feira, 22 de dezembro de 2020
sexta-feira, 18 de dezembro de 2020
sábado, 28 de novembro de 2020
quarta-feira, 6 de maio de 2020
quinta-feira, 19 de dezembro de 2019
sábado, 29 de dezembro de 2018
Agora deixareis ir em paz o vosso servo...
Ao chegarem os dias da purificação, segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, para O apresentarem ao Senhor, como está escrito na Lei do Senhor: «Todo o filho primogénito varão será consagrado ao Senhor», e para oferecerem em sacrifício um par de rolas ou duas pombinhas, como se diz na Lei do Senhor. Vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão, homem justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava nele. O Espírito Santo revelara-lhe que não morreria antes de ver o Messias do Senhor; e veio ao templo, movido pelo Espírito. Quando os pais de Jesus trouxeram o Menino para cumprirem as prescrições da Lei no que lhes dizia respeito, Simeão recebeu-O em seus braços e bendisse a Deus, exclamando: «Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, deixareis ir em paz o vosso servo, porque os meus olhos viram a vossa salvação, que pusestes ao alcance de todos os povos: luz para se revelar às nações e glória de Israel, vosso povo». O pai e a mãe do Menino Jesus estavam admirados com o que d’Ele se dizia. Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua Mãe: «Este Menino foi estabelecido para que muitos caiam ou se levantem em Israel e para ser sinal de contradição; – e uma espada trespassará a tua alma – assim se revelarão os pensamentos de todos os corações» (Lc 2, 22-35).

Na apresentação de Jesus no Templo, cumprindo todas as exigências da Lei, destaca-se hoje no Evangelho a profecia do velho Simeão, homem justo e piedoso, que esperava a salvação de Israel. Depois e acolher o Messias em seus braços, cumpre com a vida, não há mais nada a esperar, chegou a plenitude do tempo e da história, o momento da morte pode agora chegar, o último dos desejos foi cumprido.
Por outro lado, o velho Simeão diz a Maria que Aquele Menino Lhe trará muita dor, mas ao mesmo tempo a Sua vida será LUZ que revelará os corações, vem para evidenciar a salvação e salvar até o que está perdido...
quarta-feira, 26 de dezembro de 2018
Paróquia de Pinheiros | Natal 2018
O Natal celebra, para nós cristãos, o nascimento de Jesus, pelo que a forma honesta de o celebrar é precisamente pela celebração da Santa Missa, onde Ele se torna presente pela ação do Espírito Santo, em Igreja, fazendo-Se o maior dos presentes à humanidade.
na Paróquia de Pinheiros, como em tantas comunidades, a Missa de Natal envolveu as famílias, com o acolhimento aos familiares emigrados. No final da Eucaristia, a passagem pelo Cemitério, para relembrar os que já partiram, mas que Deus no-los devolve na celebração do mistério Pascal na Eucaristia.
na Paróquia de Pinheiros, como em tantas comunidades, a Missa de Natal envolveu as famílias, com o acolhimento aos familiares emigrados. No final da Eucaristia, a passagem pelo Cemitério, para relembrar os que já partiram, mas que Deus no-los devolve na celebração do mistério Pascal na Eucaristia.
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