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domingo, 30 de junho de 2013

Papa Francisco - mediadores da caridade

       "Às vezes, confundimos o significado de «mediador» com o de «intermediário»; mas não são a mesma coisa. O mediador é aquele que, para unir as partes, paga do seus ordenado, paga com o que tem, consome-se a si próprio. O intermediário é um retalhista que faz descontos a ambas as partes para ter o seu merecido lucro. O amor coloca-nos no papel de mediadores e não de intermediários. O mediador sai sempre a perder, porque a lógica da caridade é chegar a perder tudo para que a unidade vença, para que o amor vença. Mas mais: a lei do cristão é a mesma do mediador. Para um cristão, progredir não é subir no emprego, ter uma boa reputação, ser considerado; para um cristão, progredir é «baixar-se» nesta tarefa de mediador.

in Jorge Maria Bergoglio/Papa FRANCISCO, Só o amor nos salvará.

Papa Francisco - o nosso Deus é próximo da nossa carne

       "O nosso Deus é um Deus próximo... É o Deus próximo, próximo da nossa carne. O Deus do encontro que sai ao encontro do seu povo. O Deus que põe o seu povo em situação de encontro... Jesus ensina-nos outro caminho: sair. Sair a dar testemunho, sair a saber do irmão, sair a partilhar, sair a perguntar. Encarnar-se.

in Jorge Maria Bergoglio/Papa FRANCISCO, Só o amor nos salvará.

Papa Francisco - Deus já vive na nossa cidade

       Deus já vive na nossa cidade e urge - enquanto refletimos - sair ao seu encontro, para O descobrir, para construir relações de proximidade, para O acompanhar no seu crescimento e encarnar o fermento da sua Palavra em obras concretas. O olhar de fé cresce sempre que pomos a Palavra em prática. A contemplação melhora no meio da ação. Agir como bons cidadãos - em qualquer cidade - melhora a fé...
        Poder-se-á dizer que o olhar de fé nos leva a sair todos os dias e cada vez mais ao encontro do próximo que habita a cidade. Leva-nos a sair ao encontro porque este olhar se alimenta na proximidade. Não tolera a distância, porque sente que ela esbate os contornos do que deseja ver; e a fé quer ver para servir e amar, não para constatar e dominar. Ao sair para a rua, a fé limita a avidez do olhar dominador e cada próximo concreto para que olha com desejos de servir ajuda-a a focar melhor o seu «objeto próprio e amado», que é Jesus Cristo feito homem. Quem diz que crê em Deus e «não vê» o seu irmão engana-se.

       ... a maior exclusão consiste em nem sequer «ver» o excluído - aquele que dorme na rua não é visto como pessoa, mas como parte do lixo e dos restos abandonados da paisagem urbana, da cultura descartável, do «camião do lixo» - a cidade humana cresce com o olhar que «vê» o outro como concidadão.
       O nosso Deus vive na cidade e Se mistura na sua vida quotidiana, não discrimina nem relativiza. A sua verdade é a do encontro que descobre rostos e casa rosto é único. Incluir pessoas com rosto e nome próprios não implica relativizar valores nem justificar antivalores... o olhar de amor não discrimina nem relativiza, porque é misericordioso e a misericórdia cria maior proximidade....

       Para concluir, podemos dizer que o olhar do crente sobre a cidade se resolve em três atitudes concretas:
  • Sair de si ao encontro do outro resolve-se em proximidade, em atitudes de proximidade. O nosso olhar tem de ser sempre um olhar que sai e que é próximo. Não autorreferencial, mas transcendente;
  • O fermento e a semente da fé resolvem-se no testemunho. Dimensão martirial da fé;
  • O acompanhamento resolve-se na paciência, na hypomonê, que acompanha processos sem maltratar os limites...
in Jorge Maria Bergoglio/Papa FRANCISCO, Só o amor nos salvará.

domingo, 23 de junho de 2013

Papa Francisco - atravessar a Porta da Fé

       A porta fechada da minha casa, que é o lugar da minha intimidade, dos meus sonhos, das minhas esperanças e dos meus sofrimentos, tal como das minhas alegrias, está fechada para os outros. E não se trata apenas da minha casa material, mas também do recinto da minha vida, do meu coração. São cada vez menos aqueles que podem atravessar esse umbral. A segurança de umas portas blindadas guarda a insegurança de uma vida que se torna mais frágil e menos permeável às riquezas da vida e ao amor dos outros.
       A imagem de um aporta aberta foi sempre o símbolo da luz, amizade, alegria, liberdade e confiança... A porta fechada faz-nos mal, anquilosa-nos, separa-nos.
       Começamos o Ano da Fé e, paradoxalmente, a imagem que o Papa (Bento XVI) propõe é a da porta, uma porta que se tem de transpor para se poder encontrar o que tanto nos falta...

       Transpor essa porta pressupõe empreender uma caminhada que dura toda a vida, enquanto passamos avançando diante de tantas portas que hoje se nos vão abrindo, muitas delas portas falsas, portas que nos convidam de forma atraente, que prometem uma felicidade vazia, portas autorreferenciadas que se esgotam em si mesma e sem garantida de futuro. Enquanto as portas das casas estão fechadas, as portas dos shoppings estão sempre abertas.
       Atravessamos a porta da fé, cruzamos esse umbral, quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma. Uma graça que tem um nome concreto: Jesus! Jesus é a Porta (cf. Jo 10, 9)... Como porta Ele abre-nos o caminho para Deus e, como Bom Pastor, é o Único que cuida de nós à custa da sua própria vida.

Jorge Maria Bergoglio/Papa FRANCISCO, Só o amor nos salvará.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

YOUCAT - Catecismo Jovem da Igreja Católica

       No 11 de outunro (2012) iniciou-se o ANO da FÉ, proposto pelo Papa Bento XVI, por ocasião da celebração dos 50 anos do concílio Vaticano II e 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica. Nessa mesma altura, irá decorrer a Assembleia Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização para a transmissão da Fé cristã.
       LEITURAS obrigatórias para o ANO DA FÉ: a BÍBLIA; os Documentos do concílio VATICANO II; o CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, publicado em 1992, por João Paulo II e cuja coordenação esteve a cargo do atual Papa, então Cardeal Joseph Ratzinger; a Carta Apostólica Porta da Fé (11 de outubro de 2011), em que Bento XVI promulga/convoca o Ano da Fé e aponta as coordenadas para viver este ano.
       O Catecismo da Igreja Católica é uma referência fundamental para a nossa identidade católica. Assume contributos de muitos estudiosos, dos bispos das dioceses, do mundo inteiro, de congregações, de fiéis, religiosos, sacerdotes... Foi um trabalho demorado, mas cuja objetivo era condensar o essencial do catolicismo, em linguagem acessível a todos, esclarecedora, e referência incontornável.
       Dada esta importância, foram publicados outros subsídios para ajudarem a ler o Catecismo.
       Em 2005 (28 de junho: vigília da solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo), Bento XVI promulgava o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, passavam então, segundo o próprio Papa, 20 anos do início da elaboração do Catecismo da Igreja Católica. O compêndio é de fácil leitura, apresentando-se em formato de perguntas - respostas.
       Em 2011, ano da Jornada Mundial da Juventude, que se realizou em Madrid, na vizinha Espanha, é dado à estampa um novo contributo para divulgação do essencial da Mensagem cristã, experimentada/vivida pelas comunidades católicas, em comunhão com o Papa e com os Bispos, sucessores dos Apóstolos.
       YOUCAT (Youth Catechism of the Catholic Church - Catecismo Jovem da Igreja Católica) é uma proposta apelativa para os mais jovens, mas como outras leituras, também esta poderá ser acessível para todas as idades. Segue a mesma lógica do Compêndio, seguindo o formato de pergunta e resposta, remetendo para o Catecismo, e apresentado frases ilustrativas de autores célebres a desconhecidos, ligados à Igreja, à cultura, à arte, ao desporto,... com imagens inspiradoras.
       Tal como o CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA e também o COMPÊNDIO, o Catecismo Jovem divide em quatro Partes:
  1. Em que cremos (= A Profissão de Fé)
  2. Como celebramos os mistérios cristãos (= A celebração do mistério Cristão)
  3. A vida em Cristo
  4. Como devemos orar (= A oração cristã)
       São 527 questões, que condensam os 2865 números do Catecismo e as 598 questões do Compêndio.
       Pode ler-se de maneiras diferentes. Lendo tudo seguido, seguindo, na margem das páginas, as "citações" de nomes consagrados, dos Papas, da Bíblia; lendo o corpo, as perguntas e respostas e depois voltando a ler as citações. Começando pelo início ou lendo/meditando os temas mais sugestivos para cada um. Ou recorrendo ao índice remissivo, índice de conceitos, que remete para a(s) página(s) respetivas. Pode ler-se de uma assentada. Ou conforme a disposição. Pode ler-se aos bocados e sublinhar o que naquele momento tem mais relevância.
       Os nossos sublinhados irão aparecer por aqui, citações, questões e respostas.
       Pode ler-se a partir de páginas da internet em português como por exemplo:  
       O YOUCAT conta ainda com a Carta de Apresentação do Papa Bento XVI e do Posfácio do Cardeal-Patriarca D. José da Cruz Policarpo.