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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Bento XVI - a Igreja está ao serviço de Outro

       Diria que uma Igreja que procura sobretudo ser atraente já estaria num caminho errado, porque a Igreja não trabalha para si, não trabalha para aumentar os próprios números e, assim, o próprio poder. A Igreja está ao serviço de um Outro: não serve a si mesma, para ser um corpo forte, mas serve para tornar acessível o anúncio de Jesus Cristo, as grandes verdades e as grandes forças de amor, de reconciliação que apareceu nesta figura e que provém sempre da presença de Jesus Cristo. Neste sentido a Igreja não procura tornar-se atraente, mas deve ser transparente para Jesus Cristo e, na medida em que não é para si mesma, como corpo forte, poderosa no mundo, que pretende ter poder, mas faz-se simplesmente voz de um Outro, torna-se realmente transparência para a grande figura de Cristo e para as grandes verdades que ele trouxe à humanidade. A força do amor, neste momento ouve-se, aceita-se. A Igreja não deveria considerar-se a si mesma, mas ajudar a considerar o Outro e ela própria ver e falar do Outro e pelo Outro. Parece-me que neste sentido também anglicanos e católicos têm a simples e idêntica tarefa, a mesma direcção a tomar. Se anglicanos e católicos juntos virem que não servem a si mesmos, mas que são instrumentos para Cristo, amigos do Esposo, como diz São João, se ambos executarem a prioridade de Cristo e não de si mesmos, então também caminham juntos, porque a prioridade de Cristo os irmana e já não são concorrentes onde cada um procura o maior número, mas estão unidos no compromisso pela verdade de Cristo que entra neste mundo e assim encontram-se também reciprocamente num ecumenismo verdadeiro e fecundo.

BENTO XVI, Entrevista no Avião a caminho de Londres, 16 de setembro de 2010: AQUI.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Bento XVI a dias da Visita ao Reino Unido

       "O Papa Bento XVI vai ser o primeiro sucessor de S. Pedro a ir, em visita oficial, ao Reino Unido, de 16 a 19 de Setembro. O Papa João Paulo II tinha feito, em 1982, uma visita pastoral.
       Desde que foi feito o anúncio oficial, no final do ano passado, que um conjunto de personalidades e entidades começou uma campanha anti-visita muito acesa. Pelo meio, a resposta, seja por parte da Conferência Episcopal, seja por parte dos leigos católicos tem sido muito interessante. Talvez a iniciativa de maior realce, seja a Catholic Voices, que é uma associação de leigos que se dispôs a formar-se sobre o Papa e sobre a doutrina católica e a estar disponível a ir falar a todos os meios de comunicação que desejassem abordar o tema da visita papal. A iniciativa tem tido bastante sucesso, pois os cerca de 50 elementos que fazem parte da Associação têm aparecido em inúmeras ocasiões, seja na rádio, seja na televisão, não só do Reino Unido, mas também em outros países.
       A campanha contra a visita papal tem usado vários argumentos: os casos de pedofilia cometido por clérigos, os custos da viagem, ataques dirigidos directamente à pessoa do Papa. No entanto, essa campanha tem trazido ao de cima um conjunto de artigos muito interessantes, de defesa do Papa e da Igreja, escritos até por não católicos. É o caso do artigo escrito no Daily Mail por Stephen Glover (que não é católico, como abertamente o diz no artigo), com o título: 'Os verdadeiros intolerantes são aqueles que se opõem ao Papa'.
       E não deixa de ter razão".
Texto: JP, Ubi Caritas.