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domingo, 4 de dezembro de 2016

Paróquia de Tabuaço | Festa do Acolhimento | 2016

       A primeira festa da catequese, dos meninos e meninas do Primeiro Ano da Catequese, é a Festa do Acolhimento. O Objetivo é precisamente acolher os que pela primeira vez frequentam a catequese, pelo que é uma festa colocada no início do ano pastoral, início do ano catequético.
       Pelo segundo ano consecutivo, a Festa do Acolhimento integrou a Novena da Imaculada Conceição.
       Estiveram mais diretamente ligados a esta festa, as catequistas (Clara Castro e as que no último ano pastoral celebraram o Crisma) e os jovens que frequentam o 10.º Ano de Catequese, com a sua catequista.
       Alguns momentos sublinhados, além da introdução-contextualização da celebração, depois do Credo, o compromisso dos Pais, o compromisso das meninas e meninos do 1.º Ano de Catequese, o compromisso das catequistas.. apoiar, acompanhar, participar, ajudar, cooperar, inserir na vida da comunidade.
       Ao compromisso de uns e de outros, o desafio a todos de acolher para que cada um se sinta em casa.
       No Ofertório, a oração do Papa Francisco a Nossa Senhora, da Lumen Fidei, sublinhando com gestos algumas das expressões: a luz, a Palavra de Deus, o peregrinar, o compromisso missionário, a cultura do encontro e da entreajuda.
       Durante a Festa do Acolhimento, a Caminhada do Advento e Natal, com a colocação do tronco de Jessé, com as palavras sugeridas no plano pastoral da Diocese.
       Seguiu-se o chamamento de cada um dos meninos, para que cada um colocasse a respetiva fotografia/coração pequenino num coração maior, o nosso no coração de Jesus.
       Algumas fotografias desta bonita celebração:
Para outras fotos disponibilizadas,

domingo, 21 de agosto de 2016

Leituras: FÁTIMA LOPES - UM PEQUENO GRANDE AMOR

FÁTIMA LOPES (2009). Um pequeno grande amor. Lisboa: A Esfera dos Livros. 280 páginas.
       A conhecida apresentadora, tal como os programas que, ao longo dos anos, apresenta, também na escrita vem ao de cima a sensibilidade de mãe, de mulher, com uma preocupação muito humanista de escutar a vida, a história, as pessoas, respeitando, acolhendo, procurando dar pistas de discernimento, de decisão e de de luta.
       Este não é um livro fácil. Por certo. O tema retratado, em forma de romance, já na sua 17.ª edição, é por demais complexo, mas um tema muito relevante e que afeta muitas famílias. A vida atual colocou a descoberto a delicadeza dos filhos com pais separados. Porque há mais separações. Porque há uma maior exposição de casos específicos na comunicação social. Porque haverá uma maior preocupação por escutar as crianças e adolescentes. Porque há quem se preocupe.
       Antigamente não havia tantas separações, pelo que a questão dos filhos também não se colocava. Por outro lado, quando os filhos se tornaram "pedra de arremesso" entre marido e mulher, com os casos a chegarem à barra dos tribunais, tudo se tornou mais evidente e mais preocupante. Há casos dramáticos. As separações muitas delas são dramática, porque um dos dois não aceita, não compreende, tem outros interesses, não admite ser "deixado/a". Vêm as questões a um tempo, os bens materiais, a chantagem emocional. Os filhos entram nas disputas, ora por eles mesmo, pois o amor e ligação é forte e não se querem separar, ora para culpabilizar o outro pelo sofrimento infligido à criança ou ao adolescente, a exigência de contrapartidas, o dificultar da relação, afastando o/a filho/a de um dos pais, culpabilizando, dizendo mal do/o pai/mãe, porque foi embora, porque traiu, porque não quer saber.
       Os filhos são ainda os que mais sofrem. Mas não tem necessariamente que ser assim. O que separa os pais não tem que ser motivo para separá-los dos filhos, nem podem ser pedra de arremesso, nas disputas da custódia ou de outros interesses económicos ou sociais.
       A preocupação de Fátima Lopes, depreende-se deste livro, é ajudar a encontrar soluções de respeito, tolerância, apontando para o superior interesse da criança, do adolescente, do jovem.
       Gonçalo e Estela são os dois protagonistas desta história. Hão conhecer-se na escola quando falam de fins de semanas com o pai ou com a mãe. Gonçalo é uma prioridade para a mãe, que depois do seu nascimento, decidiu ser feliz, mas o marido não aceita de todo a separação e vai tentar virar o filho contra a mãe, insultando-a constantemente. Estela fica confiada a mãe, que não lhe liga nenhuma, o que quer é que o ex-marido lhe mantenha um padrão de vida elevado; para não criar disputas, o pai de Estela deixa que o tempo passe, para que Estela não seja a "pedra de arremesso".
       Fátima Lopes faz-nos um retrato luminoso sobre a separação dos pais, como refere desde o início, com a ajuda de pessoas ligadas a casos de situações semelhantes. Não fala muito de juízes, tribunais ou polícias, com o desejo que os pais reflitam e procurem juntos o bem dos filhos.
       A propósito, sobre separações, com a questão dos filhos também presentes, e com gravidezes para "obrigar" o outro a permanecer, valerá a pena ler: Vai valer a Pena, de Joaquim Quintino Aires.

Recomendamos também: A Viagem de Luz e Quim.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Extraia VIDA das cinzas...

       "Comece tudo de novo. Recomece quantas vezes forem necessárias. Dê sempre uma nova oportunidade. Extraia vida das cinzas. refaça as forças para uma nova batalha. saiba que o sábio é aquele que reconhece os seus erros e é capaz de os usar como alicerces da sua maturidade e não aquele que nunca erra. Pais e educadores, nunca desistam!"

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O nó do lençol

Neste dia que celebramos o festa da Sagrada Família (de Nazaré: Jesus, Maria e José, e cada um de nós), deixamos esta pequena estória. Desconhecemos autoria da mesma, mas vale a pena ler e meditar. Quando falta tempo e comunicação...
 (Imagem da Diocese de Lamego, usada na Programação Pastoral 2012)

       Numa reunião de pais numa escola da periferia, a professora ressaltava o apoio que os pais devem dar aos filhos e pedia-lhes que se fizessem presentes o máximo de tempo possível... Considerava que, embora a maioria dos pais e mães trabalhasse fora, deveria arranjar tempo para se dedicar às crianças. 
       Mas a professora ficou muito surpreendida quando um pai se levantou e explicou humildemente, que não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo, durante a semana, porque quando ele saía para trabalhar era muito cedo e o filho ainda estava a dormir. Quando voltava do trabalho já era muito tarde e o filho já não estava acordado.
       Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família, mas também contou que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho e que tentava compensá-lo indo beijá-lo todas as noites quando chegava em casa. E para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria. Isso acontecia religiosamente todas as noites quando ia beijá-lo.
       Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o pai tinha estado ali e o havia beijado. O nó era o meio de comunicação entre eles.
       A professora emocionou-se com aquela história e ficou surpreendida quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola. O fato faz-nos refletir sobre as muitas maneiras de as pessoas se fazerem presentes, de comunicarem com os outros.
       Aquele pai encontrou a sua, que era simples mas eficiente. E o mais importante é que o filho percebia, através do nó, o que o pai estava a dizer. Simples gestos como um beijo e um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais do que presentes ou a presença indiferente de outros pais.
       É por essa razão que um beijo cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o medo do escuro...
       É importante que nos preocupemos com os outros, mas é também importante que os outros o saibam e que o sintam. As pessoas podem não entender o significado de muitas palavras, mas sabem reconhecer um gesto de amor. Mesmo que esse gesto seja apenas um nó num lençol...

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Filho és, Pai serás - versão chinesa

       Uma senhora de idade avançada foi morar com o filho, a nora e a netinha de 4 anos. As mãos da velhinha estavam trémulas, sua visão embaçada e os passos, vacilantes.
       A família comia reunida à mesa. Mas as mãos trémulas e a visão falha da senhora a atrapalhavam na hora de comer. A soja rolava de sua colher e caía no chão. Quando pegava a tigela, o missoshiru (sopa à base de pasta de soja) era derramado na toalha.
       O filho e a nora irritaram-se com a bagunça:
       - Precisamos tomar uma providência com respeito à mamãe”, disse o filho.
       - Já tivemos suficiente sopa derramada, barulho de gente comendo com a boca aberta e comida pelo chão.
       Então, eles decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha.
       Ali, a senhora comia sozinha, enquanto o resto da família fazia as refeições na sala, com satisfação.
       Desde que a velhinha quebrara uma ou duas tigelas de louça, sua comida era servida numa tigela de madeira. Quando a família olhava para a velha senhora sentada ali sozinha, às vezes notava que ela tinha lágrimas nos olhos.
       Mesmo assim, as únicas palavras que lhe diziam eram admoestações ásperas quando ela deixava um palito ou comida cair ao chão. A menina de 4 anos assistia a tudo em silêncio.
       Uma noite, antes do jantar, a mãe percebeu que a filha pequena estava no chão, manuseando pedaços de madeira. Ela perguntou delicadamente à criança: “O que estás a fazer?”
       A menina respondeu docemente:
       - Oh, estou fazendo uma tigela para você comer, quando eu crescer.
       E a garota sorriu e voltou ao trabalho.

Filho és, Pai serás - LIMITES

        Nos velhos tempos havia uma terra onde os filhos costumavam levar os pais velhos, que já não podiam trabalhar, para o cimo de um monte, onde ficavam sozinhos, para morrer à míngua. Certa vez um jovem do lugar foi levar o velho pai, às costas, para abandoná-lo. Chegando ao ponto em que ia deixar o ancião, colocou-o no chão e deu-lhe uma manta para que se abrigasse do frio até a hora da morte.
        E o velho perguntou :
       - Tens por acaso uma faca contigo?
       - Tenho, sim senhor. Para que a quer?
       - Para que cortes ao meio esta manta que me estás dando. Guarda a outra metade para ti, quando teu filho te trouxer para este lugar.
       O jovem ficou pensativo. Tomou o pai às costas e voltou com ele para casa, fazendo assim, com que o horrível costume desaparecesse para sempre.
       Filho és, pai serás, como fizeres, assim acharás.
       Conhecemos esta história e este provérbio.
       Veja o vídeo/diaporama que sobre a exigência em relação aos filhos, na relação com a displicência em relação aos pais...

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Pai: estou a ver-te, todos os dias!

       Esta é uma belíssima carta de um filho para um pai, poderia ser de um aluno para um professor, de um discípulo para um mestre.

Postado a partir de Padres Inquietos.

terça-feira, 22 de março de 2011

Solenidade de São José | Dia do Pai

       No passado Sábado, 19 de março de 2011, celebrámos a solenidade de São José e, simultaneamente, o Dia do Pai. Ficam algumas das fotos, com música de fundo de Carlos Marques, da comunidade Shalom:

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Esperar não quer dizer desistir...

       Nunca deveríamos sentir vergonha dos outros, nunca deveríamos abandonar as pessoas. Um pai nunca deve desistir do seu filho, mesmo que este seja um rebelde e possua uma grave farmacodependência, pois, por pior que sejam os seus erros, ele ainda é um ser humano. A sociedade pode rejeitá-lo e discriminá-lo ao máximo, mas devemos estender-lhe as nossas mãos, mesmo que ele as rejete. Se ela rejeitar a nossa ajuda, devemos usar toda a habilidade para criar um novo clima na relação social e familiar e, assim, despertar o seu interesse pela vida...
       Devemos esperar. Esperar não quer dizer desistir, mas aguardar até que a pessoa dependente o procure. repito, não devemos impor a nossa ajuda, mas sempre colocá-la à disposição com gentileza e dignidade.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Pai palhaço > | < Pai polícia

       "Temos de exigir limites dos filhos, mas primeiramente temos de lhes dar amor. Os pais têm de lhes dar a sua amizade, o seu carinho, a sua atenção, a sua sabedoria e a sua inteligência, para depois cobrar limites e reacções...
       O pai que se comporta como um «palhaço» para envolver e encantar o seu filho, tem muito mais possibilidades de ajudar o filho do que aquele pai que se comporta como um «polícia» que o tenta punir..."

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O dia em que aprendi o que é estar morto

       O dia em que aprendi o que é estar morto.
       Hoje, estive morto. Senti que toda a vida se escapava pelo ar que, aflito e a custo, respirava, enquanto as lágrimas eram gritadas, louco no carro, os olhos à procura, à procura, à procura. Morri, ali.
       A minha filha deveria sair da Escola de Santo António, na Parede, apanhar uma carrinha do ATL e eu ia buscá-la. O que é que aconteceu? O cartão da escola, que supostamente controla as entradas e saídas dos alunos, valeu zero. Ela saiu, porque viu uma carrinha de ATL e entrou. Era o ATL errado. Ninguém lhe perguntou o nome, não houve uma chamada, nada. Ela entrou com uma colega e só após duas horas de aflição indizível, comigo à procura dela por todo o lado, é que o telefone tocou. De um "After School", a perguntar se eu era o pai de uma Mafalda Ribeiro, que eles tinham, aflita, a pedir para ligarem ao pai. Aliás foi ela que falou: "papá?"
       Durante duas horas, morri. Percorri ruas de possíveis percursos, olhei para todas as sombras, parques infantis, supermercados, escola antiga, liguei para os pais de colegas dela, todos os absurdos e horrores passaram pela minha cabeça, chamei o seu nome, entre choro, em ruas e em todos os recantos da escola. Nada. Evaporou-se. Horrível. Uma tristeza, uma aflição, um horror que nunca mais vou esquecer.
       E quando o telefone tocou e era ela, aquela voz doce da minha princesa, minha vida, meu ar, meu sopro de vida, eu soube o que era renascer. E desfiz-me em lágrimas de novo, e dali até ao tal After School, que teve a minha filha à sua guarda por engano, até ela pedir para ligarem ao pai, levei um segundo e levei toda a vida. Obrigado meu Deus, obrigado!
       Estacionei às tês pancadas, voei em passo trocado de nervos, pela rua fora, Mafaldinha, Mafaldinha, Mafaldinha, cego de amor aflito, só há descanso e vida quando a abraçar e estiver tudo bem. Quando a abracei, e ela, agarrada a mim, me disse, apenas: "Olá Papá" eu soube que tinha renascido. E ela também, coitadinha.
       Com o cartão de visita da nova escola, estou esclarecido. Tantas referências boas e afinal é isto: no primeiro dia, por maioria de razão, deveria existir um ainda mais rigoroso controlo de entradas e saídas, mas quando cheguei o portão estava escancarado, como deveria estar quando a Mafalda viu uma carrinha do ATL a chegar, estava na hora e ela saiu da escola e entrou na carrinha. Ninguém perguntou nada, ninguém fez nada.
       E um ATL mete um grupo de crianças numa carrinha, não pergunta nomes, não verifica nada e só ao fim de duas horas é que, perante a aflição de uma criança de 10 anos a pedir para ligarem ao pai é que se acaba com este horror?
       Quando penso na forma como desaparecem crianças, para sempre, todos os dias, penso que esses pais e filhos terão sentido isto, e muitos, mesmo sobrevivendo, morreram para sempre. Eu tive a sorte de poder renascer.
       E sei que, a partir de hoje, ganhei uma nova causa: fazer tudo o que estiver ao meu alcance para contribuir para uma Escola responsável, atenta, segura, onde os nossos filhos aprendem e podemos, enquanto pais, estar descansados.
       Quando depois desta tarde de horror, fui buscar o pequeno Gonçalo ao colégio e ele me disse, comprometido, "Papá, parti os óculos a jogar à bola" eu disse para mim: que importância é que isso tem?Nenhuma, realmente, não tem nenhuma importância. Não podia dizer-lhe que o pai hoje tinha aprendido o que é morrer, e tinha tido a bênção de poder nascer de novo.

Pedro Ribeiro (Rádio Comercial), in Dias úteis.

domingo, 12 de setembro de 2010

Limites - Mónica Monastério

Somos as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os filhos, os erros de nossos progenitores... e com o esforço de abolirmos os abusos do passado... somos os pais mais dedicados e compreensivos, mas, por outro lado... os mais bobos e inseguros que já houve na história.

O grave é que estamos lidando com crianças mais “espertas” do que nós, ousadas, e mais “poderosas” que nunca!

Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ser, passamos de um extremo ao outro. Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais... e a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos.

Os últimos que tivemos medo dos pais... e os primeiros que tememos os filhos.

Os últimos que cresceram sob o mando dos pais... e os primeiros que vivem sob o jugo dos filhos.

E, o que é pior... os últimos que respeitamos nossos pais...(às vezes sem escolhas)... e os primeiros que aceitamos que nossos filhos nos faltem com o respeito.

À medida que o permissível substituiu o autoritarismo, os termos das relações familiares mudou de forma radical... para o bem e para o mal.

Com efeito, antes se considerava um bom pai, aquele cujos filhos se comportavam bem, obedeciam suas ordens, e os tratavam com o devido respeito. E bons filhos, as crianças que eram formais, e veneravam seus pais, mas à medida em que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram se desvanecendo... hoje, os bons pais são aqueles que conseguem que seus filhos os amem, ainda que pouco o respeitem.

E são os filhos, quem agora, esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira que respeitem suas idéias, seus gostos, suas preferências e sua forma de agir e viver. E que além disso, que patrocinem no que necessitarem para tal fim.

Quer dizer; os papéis se inverteram. Agora são os pais que têm que agradar a seus filhos para “ganhá-los” e não o inverso como no passado. Isto explica o esforço que fazem tantos pais e mães para serem os melhores amigos e “darem tudo” a seus filhos.

Dizem que os extremos se atraem. Se o autoritarismo do passado encheu os filhos de medo de seus pais... a debilidade do presente os preenche de medo e menosprezo... aos nos verem tão débeis e perdidos como eles.

Os filhos precisam perceber que durante a infância, estamos à frente de suas vidas, como líderes capazes de sujeitá-los quando não os podemos conter... e de guiá-los, enquanto não sabem para onde vão...

É assim que evitaremos que as novas gerações se afoguem no descontrole e tédio no qual está afundando uma sociedade que parece ir à deriva, sem parâmetros nem destino. Se o autoritarismo suplanta, o permissível sufoca.

Apenas uma atitude firme, respeitosa, lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores, porque vamos à frente liderando-os... e não atrás, carregando-os e rendidos às suas vontades.

Os limites abrigam o indivíduo. Com amor ilimitado e profundo respeito.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

O Nó do amor

Numa reunião de pais numa escola da periferia, a directora ressaltava o apoio que os pais devem dar aos filhos e pedia-lhes que se fizessem presentes o máximo tempo possível... Considerava que, embora a maioria dos pais e mães daquela comunidade trabalhassem fora, deveriam achar um tempo para se dedicar e entender as crianças.
Mas a directora ficou muito surpreendida quando um pai se levantou e explicou, com seu jeito humilde, que ele não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo, durante a semana, porque quando ele saía para trabalhar era muito cedo e o filho ainda estava a dormir... Quando voltava do trabalho já era muito tarde e o garoto já não estava acordado.
Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família, mas também contou que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho e que tentava redimir-se todas as noites quando chegava a casa. E, para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria. Isso acontecia religiosamente todas as noites quando ia beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o pai tinha estado ali e o havia beijado. O nó era o meio de comunicação entre eles.
A directora emocionou-se com aquela singela história e ficou surpresa quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola.
O facto faz-nos reflectir sobre as muitas maneiras das pessoas se fazerem presentes, de se comunicarem com os outros. Aquele pai encontrou a sua, que era simples mas eficiente. E o mais importante é que o filho percebia, através do nó afectivo, o que o pai lhe estava a dizer.
Por vezes, importamo-nos tanto com a forma de dizer as coisas e esquecemos o principal, que é a comunicação através do sentimento. Simples gestos como um beijo e um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais do que presentes ou desculpas vazias.
É válido que nos preocupemos com as pessoas, mas é importante que elas saibam, que elas sintam isso. Para que haja a comunicação é preciso que as pessoas "ouçam" a Linguagem do nosso coração, pois, em matéria de afecto, os sentimentos sempre falam mais alto que as palavras.
É por essa razão que um beijo, revestido do mais puro afecto, cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o medo do escuro. As pessoas podem não entender o significado de muitas palavras, mas SABEM registar um gesto de amor. Mesmo que esse gesto seja apenas um nó num lençol...

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Oração de um Pai

       Senhor, dá-me um filho que seja bastante forte para saber quanto é fraco e corajoso para se enfrentar a si mesmo, quando tiver medo; um filho que seja orgulhoso e inflexível na derrota inevitável, mas humilde e manso na vitória.
       Dá-me um filho cujo externo não esteja onde deveria estar a espinha dorsal; um filho que te conheça e saiba conhecer-se a si mesmo é a pedra angular do saber.
       Guia-o, eu te suplico, não pelo caminho fácil do conforto, mas sob a pressão e o orgulho das dificuldades e dos obstáculos.
       Que aprenda a manter-se erecto na tempestade e ter compaixão dos malogrados.
       Dá-me um filho de coração puro e objectivos elevados; um filho que saiba dominar-se antes de procurar dominar os outros homens, um filho que aprenda a rir, mas que não desaprenda de chorar, um filho que tenha olhos para o futuro, mas que nunca se esqueça do passado.
       E depois que lhes tiveres concedido todas estas coisas, dá-lhe, eu te rogo, compreensão bastante para que seja sempre um homem sério, sem contudo, se levar nunca muito a sério.
       Dá-lhe humildade, Senhor, para que possa ter sempre em mente a simplicidade da verdadeira grandeza, a tolerância da verdadeira sabedoria, a humildade da verdadeira força.
       Então, eu, seu pai, ousarei murmurar:
       "NÃO VIVI EM VÃO"

GEN Mac Arthur

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Quem leva o filho para a igreja, não vai buscá-lo na cadeia

       O médico psiquiatra Içami Tiba em palestra proferida em Curitiba levantou questão em diversos pontos na criação dos filhos. Transcrevemos parte da palestra e sugerimos uma reflexão em família, pois como ressaltamos: "a mãe ou o pai que leva o filho para a igreja, não vai buscá-lo na cadeia..."
A educação não pode ser delegada à escola.
> Aluno é transitório. Filho é para sempre.
O quarto não é lugar para fazer criança cumprir castigo.
> Não se pode castigar com internet, som, tv, etc...
Educar significa punir as condutas derivadas de um comportamento errôneo.
> Queimou índio pataxó, a pena deve ser passar o dia todo em hospital de queimados.
É preciso confrontar o que o filho conta com a verdade real.
> Se falar que professor o xingou, tem que ir até a escola e ouvir o outro lado, além das testemunhas.
A autoridade deve ser compartilhada entre os pais. Ambos devem mandar. Não podem sucumbir aos desejos da criança.
> A criança não pode alterar as regras da casa. A mãe “não pode” interferir nas regras ditadas pelo pai (e nas punições também) e vice-versa. Se o pai determinar que não haverá um passeio, a mãe não pode interferir. Tem que respeitar sob pena de criar um delinquente.
Em casa que tem comida, criança não morre de fome.
> Se ela quiser comer, saberá à hora. E é o adulto quem tem que dizer “qual é à hora” de se comer e o que comer.
A criança deve ser capaz de explicar aos pais a matéria que estudou e na qual será testada.
> Não pode simplesmente repetir, decorado. Tem que entender.
É preciso transmitir aos filhos a idéia de que temos de produzir o máximo que podemos.
> Isto porque na vida não podemos aceitar a média exigida pelo colégio: não podemos dar 70% de nós, ou seja, não podemos tirar 7,0.
As drogas e a gravidez indesejada estão em alta porque os adolescentes estão em busca de prazer. E o prazer é inconseqüente.
> A gravidez é um sucesso biológico e um fracasso sob o ponto de vista sexual.
Maconha não produz efeito só quando é utilizada. Quem está são, mas é dependente, agride a mãe para poder sair de casa, para fazer uso da droga.
> A mãe deve, então, virar as costas e não aceitar as agressões. Não pode ficar discutindo e tentando dissuadi-lo da idéia. Tem que dizer que não conversará com ele e pronto. Deve 'abandoná-lo'.
A mãe é incompetente para 'abandonar' o filho.
> Se soubesse fazê-lo, o filho a respeitaria. Como sabe que a mãe está sempre ali, não a respeita.
Se o pai ficar nervoso porque o filho aprontou alguma coisa, não deve alterar a voz. Deve dizer que está nervoso e, por isso, não quer discussão até ficar calmo.
> A calmaria deve o pai dizer, virá em 2, 3, 4 dias. Enquanto isso, o videojogo, as saídas, a balada, ficarão suspensas, até ele se acalmar e aplicar o devido castigo. Se o filho não aprendeu ganhando, tem que aprender perdendo.
Não pode prometer presente pelo sucesso que é sua obrigação.
> Tirar nota boa é obrigação. Não xingar avós é obrigação. Ser polido é obrigação. Passar no vestibular é obrigação. Se ganhou o carro após o vestibular, ele o perderá se for mal na faculdade.
Quem educa filho é pai e mãe.
> Avós não podem interferir na educação do neto, de maneira alguma. Jamais. Não é cabível palpite. Nunca.
Mãe não deve engolir sapos do filho,
> > pois ele pensará que a sociedade terá que engolir também.
Videojogos são um perigo: os pais têm que explicar como é a realidade, mostrar que na vida real não existem 'vidas', e sim uma única vida.
> Não dá para morrer e reencarnar. Não dá para apostar tudo, apertar o botão e zerar a dívida.
O erro mais frequente na educação do filho é colocá-lo no topo da casa. O filho não pode ser a razão de viver de um casal. O filho é um dos elementos.
> O casal tem que deixá-lo, no máximo, no mesmo nível que eles. A sociedade pagará o preço quando alguém é educado achando-se o centro do universo. Filhos drogados são aqueles que sempre estiveram no topo da família.
Dinheiro 'a rodo' para o filho é prejudicial.
> Mesmo que os pais o tenham, precisam controlar e ensinar a gastar.
Dr. Içami Tiba
  • Membro do Board of Directors of the International Association of Group Psychotherapy.
  • Conselheiro do Instituto Nacional de Capacitação e Educação para o Trabalho "Via de Acesso".
  • Professor de cursos e workshops no Brasil e no Exterior.
       Em pesquisa realizada em março de 2004, pelo IBOPE, entre os psicólogos do Conselho Federal de Psicologia, os entrevistados colocaram o Dr. Içami Tiba como terceiro autor de referência e admiração - o primeiro nacional.
  1. lugar: Sigmund Freud;
  2. lugar: Gustav Jung;
  3. lugar: Içami Tiba.

sexta-feira, 26 de março de 2010

A minha Mãe e a Alta Costura

       Rica ou pobre, a mãe autêntica, noite e dia, vela pelo seu filho (a). Tudo faz por ele ou por ela, silenciosamente, e, por vezes, na ingratidão filial, continua a tecer amor e carinho para que a vida saída do seu ventre conquiste a felicidade.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Simplesmente José

Um Pai em Nascimento

       Neste dia do Pai, recomendaríamos entre outras a seguinte leitura: Um Pai em Nascimento, de José Eduardo Agualusa. O livro recolhe várias crónicas escritas sobre a temática de ser pai. É prefaciado pela também não menos conhecida Laurinda Alves. Muitas crónicas foram precisamente escritas na revista "Pais & Filhos", a convite da então directora Laurinda Alves. Trata da experiência de ser pai, desde a notícia em que se encontra, com a esposa, grávida, até tomar consciência do seu papel... e por aí adiante. O livro tem a chancela da Editora Objectiva ( Março 2010), e do autor.
É uma leitura interessante, para pais, para educadores, para mães, para filhos. Leve, provocadora, de fácil leitura, divertida, desempoeirada.

Marcas de Vida: dedicada aos pais

       "Marcas de Vida" é o título da canção que se segue, devidamente ilustrada com imagens. Dedicamo-la aos pais. A letra fala-nos certamente de Deus que é Pai, que Se preocupa e Se ocupa de todos em todos os momentos da vida. É assim com os nossos pais. Ou deveria ser ser. Sirva como homenagem a todos os pais que ao jeito de Deus, não desamparam os filhos. Seja um desafio, para os pais que se matêm distantes e desinteressados.