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terça-feira, 2 de outubro de 2018

Santos Anjos da Guarda

Nota histórica:
       Com o Sacrifício da Cruz, realizou-se a unidade entre todas as criaturas espirituais e materiais. Em virtude dessa unidade profunda do mundo em Jesus Cristo, os espíritos superiores, que são os Anjos, estão presentes à vida do homem, auxiliam-no, guardam-no e protegem-no.
       É-nos impossível descobrir, com os sentidos, a sua acção e descrever a natureza da sua ajuda. «Contudo, a orientação do conjunto da nossa vida depende deles, em parte. Os Anjos podem agir na nossa maneira de julgar, intervir nas nossas decisões, apresentar-nos valores sobrenaturais» (Gustavo Thils).
       A Igreja recomenda, por isso, que recorramos à intercessão dos Anjos da Guarda, especialmente nos momentos críticos da nossa vida.
       Eis o que diz o Senhor:
       "Vou enviar um Anjo à tua frente, para que te proteja no caminho e te conduza ao lugar que preparei para ti. respeita a sua presença e escuta a sua voz; não lhe desobedeças.Ele não perdoaria as tuas transgressões, porque fala em meu nome. Mas se ouvires a sua voz e fizeres tudo o que Eu te disser, serei inimigo dos teus inimigos...
       O meu Anjo irá à tua frente" (Ex 23, 20-23a).

       Disse Jesus aos seus discípulos:
       "... Não desprezeis um só destes pequeninos. Eu vos digo que os seus Anjos vêem continuamente o rosto do meu Pai que está nos Céus" (Mt 18, 1-5.10).

Oração de Colecta:
       Senhor, que na vossa admirável providência enviais os Anjos para nos guardarem, ouvi as nossas súplicas e fazei que sejamos sempre defendidos pela sua protecção e gozemos eternamente da sua companhia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
São Bernardo, abade

Guardem-te nos teus caminhos

Deus mandou os seus Anjos, para que te guardem em todos os teus caminhos. Dêem graças ao Senhor pela sua misericórdia e pelas suas maravilhas em favor dos filhos dos homens. Dêem graças e digam entre os gentios: Grandes coisas fez por eles o Senhor. Senhor, que é o homem para Vos dardes a conhecer a ele? Ou por que motivo pensa nele o vosso coração? Pensais nele, sois solícito para com ele, tendes cuidado dele. Finalmente enviais lhe o vosso Unigénito, infundis-lhe o vosso Espírito, prometeis lhe a visão do vosso rosto. E para que nenhum dos seres celestiais deixe de manifestar solicitude para connosco, enviais os espíritos bem aventurados para que nos sirvam, nos guardem e nos guiem.
Deus mandou os seus Anjos, para que te guardem em todos os teus caminhos. Quanta reverência, devoção e confiança devem inspirar te estas palavras! Veneração pela presença, devoção pela benevolência, confiança pela protecção. Estão portanto presentes; e estão a teu lado, não só contigo como companhia, mas também para ti como protecção. Estão presentes para te proteger, estão presentes para te favorecer. É certo que eles estão a cumprir um mandato do Senhor, mas devemos mostrar lhes a nossa gratidão pelo grande amor com que obedecem e nos socorrem em tantas necessidades.
Sejamos pois dedicados e agradecidos a tão dignos custódios; correspondamos ao seu amor, honremo-los quanto pudermos, quanto devemos. Dirijamos, porém, todo este amor e veneração ao Senhor, de quem depende inteiramente, tanto para nós como para os Anjos, a graça de O podermos amar e venerar e o mérito para sermos amados e venerados.
Portanto, irmãos, amemos n’Ele os seus Anjos como futuros herdeiros connosco e agora advogados e protectores que o Pai designou e colocou ao nosso lado. Agora já somos filhos de Deus, embora não se manifeste ainda o que havemos de ser com Ele na glória; somos filhos de menoridade, ainda sob a protecção de advogados e tutores, como se em nada nos distinguíssemos dos servos.
Mas, apesar de sermos como crianças e de nos faltar ainda um caminho tão longo e tão perigoso, que havemos de temer sob o patrocínio de tão excelsos custódios? Não podem ser vencidos nem enganados e muito menos enganar nos aqueles que nos guardam em todos os nossos caminhos. São fiéis, prudentes, poderosos; porquê recear? Basta segui los e acolhermo nos a eles e habitaremos sob a protecção do Deus do Céu.

sábado, 7 de outubro de 2017

Nossa Senhora do Rosário

       O mês de Outubro é muito rico. É o mês das missões. É o mês do Rosário.
       Começamos o mês em toada de oração pelas Missões, celebrando no primeiro dia a festa de Santa Teresa do Menino Jesus, Padroeira das Missões. Ao sétimo dia: Nossa Senhora do Rosário.
       A Rosário tem sido valorizado ao longo dos anos, com os vários Papas. Este dia foi instituído pelo Papa São Pio V no aniversário da vitória obtida pelos cristãos na batalha naval de Lepanto e atribuída ao auxílio da Santa Mãe de Deus, invocada com a oração do Rosário (1571).
       São Domingos de Gusmão deu uma grande contributo para o aprofundar o culto a Nossa Senhora do Rosário, que lhe apareceu, e a necessidade de "usar" o Rosário contra o demónio.
       Fátima foi também um desses acontecimentos importantes que acentuou a relevância do Rosário.
       :: 13 de Maio: "Rezem o terço todos os dias para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra";
       :: 13 de Junho: "Quero que rezem o terço todos os dias";
       :: 13 de Julho: "Quero que continuem a rezar o terço todos os dias em honra de Nossa Senhora do Rosário para obter a paz para o mundo e o fim da guerra, porque só ela lhes poderá valer. Quando rezais o terço dizei depois de cada mistério: Ó meu Jesus, perdoai-nos e livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas para o Céu, principalmente as que mais precisarem";
       :: 19 de Agosto: "Quero que continueis a rezar o terço todos os dias";
       :: 13 de Setembro: "Continuem a rezar o terço para alcançar o fim da guerra";
       :: 13 de Outubro: "Sou a Senhora do Rosário. Quero que continuem sempre a rezar o terço todos os dias".

Oração de colecta:
       Infundi, Senhor, a vossa graça em nossas almas, para que nós, que, pela anunciação do Anjo, conhecemos a encarnação de Cristo, vosso Filho, pela sua paixão e morte na cruz e com a intercessão da bem-aventurada Virgem Maria, alcancemos a glória da ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Dos Sermões de São Bernardo, abade

Meditemos nos mistérios da salvação

O Santo que nascerá de ti será chamado Filho de Deus. O Verbo do Pai dos Céus é fonte de sabedoria. Por meio de ti, Virgem santa, o Verbo Se fará carne, de modo que quem diz: Eu estou no Pai e o Pai em Mim, dirá também: Eu saí de Deus e vim ao mundo.
No princípio, diz João, era o Verbo. Já brotava a fonte, mas ainda só em si mesma, porque ao princípio o Verbo estava junto de Deus, habitando a luz inacessível. O Senhor dizia desde o início: Eu tenho pensamentos de paz e não de aflição. Mas o vosso pensamento está em Vós, Senhor, e nós ignoramos o que pensais. Com efeito, quem conheceu a mente do Senhor ou quem foi o seu conselheiro?
O pensamento de paz desceu do Céu para realizar a sua obra de paz: O Verbo fez Se homem e habita já no meio de nós. Na verdade, habita pela fé nos nossos corações, na nossa memória, no nosso pensamento, e desceu até à própria imaginação. Que primeiro pensamento teria o homem acerca de Deus, a não ser talvez um ídolo fabricado pelo seu coração? Deus era incompreensível, inacessível, invisível e para além de todo o nosso pensamento; agora, porém, quis ser compreendido, quis ser visto, quis ser pensado.
De que modo? Sem dúvida recostado no presépio, deitado no regaço da Virgem, pregando na montanha, passando a noite em oração; ou então, suspenso da cruz, lívido na morte, livre entre os mortos e dominando sobre o poder do inferno; ou também ressurgindo ao terceiro dia e mostrando aos Apóstolos os lugares dos cravos, sinais de vitória, e finalmente subindo, na presença deles, ao mais alto do Céu.
Quem não meditará na verdade, na piedade e na santidade destes factos? Quando medito em qualquer deles, o meu pensamento encontra a Deus, e em tudo é o meu Deus. É verdadeira sabedoria meditar nestes mistérios, é verdadeira prudência evocar a doce memória destes frutos excelentes que Maria recebeu do Céu e tão copiosamente derramou sobre nós.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

São Bernardo

O santo de hoje nasceu no ano de 1605 em Corleone, Sicília, na Itália. Como é belo poder perceber o testemunho de hoje! Como a misericórdia de Deus fez maravilhas a partir do arrependimento!

São Bernado foi crescendo numa vida longe do relacionamento com Deus e com a Igreja. Logo, distante de si e do amor aos irmãos, o orgulho foi tomando conta do seu coração. Então, decidiu entrar para a vida militar; não para servir a sociedade, mas para dominá-la. De fato, ele estava longe de Deus. Resultado: numa das muitas discussões que viraram briga, ele acabou num duelo, ferindo de morte um companheiro seu da vida militar. Foi neste momento trágico de sua história que ele abriu o coração para Deus, pois sua consciência foi pesando. Embora ele tenha fugido e recorrido a um chamado “direito de asilo”, não foi preso, mas estava preso a uma vida de pecado. Quem poderia resgatá-lo? Nosso Senhor Jesus Cristo, o Verbo encarnado que veio nos assumir na nossa fragilidade e nos revelar este amor que redime, que salva e é a nossa esperança.

Assim, arrependeu-se e começou a busca de uma vida em Deus, uma vida de Igreja, sacramental. Discerniu um chamado à vida religiosa, buscou a família franciscana e ali tornou-se irmão religioso, fiel às regras. De fato, se antes expressava arrogância, agora comunicava paz, penitência, luta contra o pecado.

Ele foi se santificando também no serviço ao próximo. "Santidade sem serviço aos outros pode ser apenas um ideal, mas, no concreto, esta luta, este bom combate é para sermos melhores em Deus, melhores uns para os outros".

Religioso, capuchinho, modelo de vida na pobreza, na castidade e na obediência. Este santo do século XVII nos convida, neste novo milênio, a sermos sinais no poder que a misericórdia divina tem de, com a nossa ajuda e nosso sim, fazer-nos santos.

São Bernardo, rogai por nós!
Fonte:  Canção Nova

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

São Bernardo, abade e doutor da Igreja

Nota biográfica:
       Nasceu no ano 1090 perto de Dijon (França) e recebeu uma piedosa educação. Admitido, no ano 1111, entre os Monges Cistercienses, foi eleito, pouco tempo depois, abade do mosteiro de Claraval. Com a sua actividade e exemplo exerceu uma notável influência na formação espiritual dos seus irmãos religiosos. Por causa dos cismas que ameaçavam a Igreja, percorreu a Europa para restabelecer a paz e a unidade. Escreveu muitas obras de teologia e ascética. Morreu em 1153.

Oração (de colecta):
       Senhor, que fizestes de São Bernardo, abade, inflamado no zelo da vossa casa, uma luz que na vossa Igreja arde e ilumina, concedei-nos, por sua intercessão, o mesmo fervor de espírito para vivermos sempre como filhos da luz. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Fonte: Secretariado Nacional da Liturgia.
Pode ver a oração atribuída a São Bernardo e outros elementos sobre a sua vida, no nosso blogue.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Oração de São Bernardo

"Lembrai-vos ó piíssima Virgem Maria".
É conhecida como a Oração de São Bernardo.
É-lhe atribuída, como o grande devoto de Nossa Senhora,
ainda que não haja certeza.
Em todo o caso é uma belíssima oração.
Aqui fica:

Lembrai-vos, ó piíssima Virgem Maria,
que nunca se ouviu dizer
que algum daqueles que tenha recorrido à Vossa protecção,
implorado o Vosso socorro, fosse por Vós desamparado.
Animado, pois, com igual confiança, a Vós,
Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro,
de Vós me valho, e, gemendo sob o peso dos meus pecados,
me prosto a Vossos pés.
Não desprezeis as minha súplicas,
ó Mãe do Filho de Deus humanado,
mas dignai-vos de as ouvir propícia
e de me alcançar o que Vos rogo.

À vossa protecção recorremos,
Santa Mãe de Deus,
não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades,
mais livrai-nos sempre de todos os perigos,
ó Virgem gloriosa e bendita. Amém.

São Bernardo, abade e doutor da Igreja

Nasceu numa família nobre da Borgonha, no castelo de Fontaine-lès-Dijon, Dijon, em França, sendo o terceiro de sete filhos, em 1090. Em 1112, entra para a Abadia de Cister, onde se torna monge. Convence parentes e amigos, e entra no mosteiro juntamente com mais 30 candidatos a monges.
Poucos anos depois, em 1115, o Abade, Santo Estevão Harding, incumbe-o da missão de achar um lugar adequado para fundar um novo mosteiro, em Clairvaux, isto é, Claraval. São Bernardo assume o cargo de Abade de Claraval.
Os primeiros tempos são difíceis. São Bernardo é muito exigente. Apoia-se na Sagrada Escritura e em Santo Agostinho. Muitas pessoas afluem à Abadia, e a própria família acaba convertida, o seus pai e os seus cinco irmãos tornam-se monges de Claraval. A sua irmã toma hábito no priorado de Jully-les-Nonnains.
Em 1118 são formadas novas casas cistercienses, para responder à superlotação de Claraval.
Começa então a escrever diversas cartas e homilias. defende os beneditinos, cistercienses de hábito branco, contra os beneditinos de hábito negro, de Cluny. O Abade de Cluny responde-lhe amigavelmente e apesar das diferenças tornam-se amigos.
Em 1128, participa do concílio de Troyes,
é nomeado secretário do Concílio
e consegue que seja aprovada a Ordem do Templo (Templários).
Ganha grande notoriedade na Igreja.
Conselheiro de Papas, Bispos e Reis.
Em 1145, a abadia de Claraval dá um papa à Igreja, Eugénio III.
Mostra uma grande devoção a Nossa Senhora.
Deve-se-lhe a invocação final da Salvé Rainha,
"Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria".
São Bernardo fundou ao todo 72 mosteiros, em Espanha, Inglaterra, Irlanda, Flandres, Itália, Dinamarca, Suécia e Hungria.
Morreu no dia 20 de Agosto de 1153, tinha 63 anos de idade.