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terça-feira, 22 de janeiro de 2019

O Filho do homem é Senhor do Sábado

       Passava Jesus através das searas num dia de sábado e os discípulos, enquanto caminhavam, começaram a apanhar espigas. Disseram-Lhe então os fariseus: "Vê como eles fazem ao sábado o que não é permitido". Respondeu-lhes Jesus: "Nunca lestes o que fez David, quando teve necessidade e sentiu fome, ele e os seus companheiros? Entrou na casa de Deus, no tempo do sumo sacerdote Abiatar, e comeu dos pães da proposição, que só os sacerdotes podiam comer, e também os deu aos companheiros". E acrescentou: "O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado. Por isso, o Filho do homem é também Senhor do sábado" (Mc 2, 23-28).
       Em continuidade com as leituras de ontem, o Evangelho para este dia motra como por vezes a religião e as suas radições podem ser usadas contra o outro. Jesus lembra-nos que o essencial está no coração, na conversão interior. A Lei, como todos os preceitos, valem enquanto estão ao serviço do ser humano e da sua dignidade. As leis devem ser elaboradas para favorecer a vida humana e o relacionamento saudável entre pessoas, e entre estas e as instiuições...

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

A prática do bem não tem horas definidas...

        Estava Jesus a ensinar ao sábado numa sinagoga. Apareceu lá uma mulher com um espírito que a tornava enferma havia dezoito anos; andava curvada e não podia de modo algum endireitar-se. Ao vê-la, Jesus chamou-a e disse-lhe: «Mulher, estás livre da tua enfermidade»; e impôs-lhe as mãos. Ela endireitou-se logo e começou a dar glória a Deus. Mas o chefe da sinagoga, indignado por Jesus ter feito uma cura ao sábado, tomou a palavra e disse à multidão: «Há seis dias para trabalhar. Portanto, vinde curar-vos nesses dias e não no dia de sábado». O Senhor respondeu: «Hipócritas! Não solta cada um de vós do estábulo o seu boi ou o seu jumento ao sábado, para o levar a beber? E esta mulher, filha de Abraão, que Satanás prendeu há dezoito anos, não devia libertar-se desse jugo no dia de sábado?». Enquanto Jesus assim falava, todos os seus adversários ficaram envergonhados e a multidão alegrava-se com todas as maravilhas que Ele realizava (Lc 13, 10-17).
       Em mais um diálogo/confronto de Jesus com as classes predominantes do judaísmo sobressai o legalismo à volta da religião. Com efeito, esta justifica situações que deveria corrigir. Cumpre-se com a lei, ainda que se esqueça o semelhante. E com a mesma Lei se protegem trabalhos mais ou menos pesados, mas recusa-se a caridade.
       Jesus certamente não menospreza as tradições judaicas. Também Ele é judeu. Mas a religião não pode servir apenas para os interesses pessoais, nem como desculpa para não fazer o bem. Mais, o bem não tem dia nem hora para se realizar, todos os segundos são bons para praticar o bem.

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Levanta-te, põe-te de pé, estende a mão!

       Jesus entrou numa sinagoga a um sábado e começou a ensinar. Estava lá um homem com a mão direita paralítica. Os escribas e fariseus observavam Jesus, para verem se Ele ia curar ao sábado e encontrarem assim um pretexto para O acusarem. Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse ao homem que tinha a mão paralítica: «Levanta-te e põe-te de pé, aí no meio». O homem levantou-se e ficou de pé. Depois Jesus disse-lhes: «Eu pergunto-vos se é permitido ao sábado fazer bem ou fazer mal, salvar a vida ou tirá-la». Então olhou para todos à sua volta e disse ao homem: «Estende a mão». Ele assim fez e a mão ficou curada. Os escribas e fariseus ficaram furiosos e começaram a falar entre si do que haviam de fazer a Jesus (Lc 6, 6-11).
 
       Jesus entra numa sinagoga, lugar de oração, de escuta da Sagrada Escritura, e de reflexão, para os judeus. Aproveita a ocasião para ensinar. Entre os presentes um homem com a mão direita paralítica. Os doutores da lei e os fariseus estão atentos ao ensino de Jesus mas também aos gestos que Ele possa fazer.
        Jesus não se inibe e chama o homem para que ele fique ainda mais visível, trá-lo para a luz, para o meio, para que todos possam testemunhar, pergunta se é permitido fazer bem ou mal em dia de Sábado, o dia sagrado dos judeus... e cura a mão paralítica.
       Para Jesus, como para os seus seguidores, todos os dias são bons para fazer bem... e todos os dias sãos ruins para fazer mal
       Por outro lado, as curas são sinal da força e presença de Deus em Jesus Cristo, juntamente com os exorcismos e o perdoar pecados.
        A discussão de hoje não se centra tanto na cura do paralítico, mas sobretudo no facto de se realizar a um Sábado. Para os judeus aceitava-se com facilidade que alguém pudesse, inspirado por Deus, ter poderes curativos. Facilmente aceitariam este facto em Jesus. Mas o Sábado é sagrado, motivo para censurarem Jesus.
        Por sua vez, Jesus aproveita para lhes dizer com clareza: o bem não tem dia nem hora, deve fazer-se em todo o tempo. As leis, as tradições, os preceitos não devem servir para escravizar mas para libertar a pessoa.

terça-feira, 13 de março de 2018

Levanta-te, toma a tua enxerga e anda...

Pela água e pelo Espírito Santo tornamo-nos novas criaturas, nascemos de novo, enformados como Corpo de Jesus que é a Igreja. Nas leituras propostas para hoje, a água aparece como elemento fundamental. Na primeira leitura, do profeta Ezequiel, a água em abundância produz vida, purifica, sara, gera abundância:
O Anjo disse-me: «Esta água corre para a região oriental, desce até Arabá e entra no mar, para que as suas águas se tornem salubres. Em toda a parte aonde chegar esta torrente, todo o ser vivo que nela se move terá novo alento e o peixe será muito abundante. Porque aonde esta água chegar, tornar-se-ão sãs as outras águas e haverá vida por toda a parte aonde chegar esta torrente. À beira da torrente, nas duas margens, crescerá toda a espécie de árvores de fruto: a sua folhagem não murchará, nem acabarão os seus frutos. Todos os meses darão frutos novos, porque as águas vêm do santuário. Os frutos servirão de alimento e as folhas de remédio» (Ez 47, 1-9.12).
       Também no Evangelho, a água surge como elemento purificador. As águas agitadas da piscina possibilitam a cura dos que nelas mergulham o corpo. Jesus é a Salvação em pessoa, é água, é vida nova, é cura. Quem vem/vai a Ele torna-se saudável não apenas de corpo mas sobretudo espiritualmente, capaz de viver, de amar, de caminhar para os outros, de abraçar, de partir, de rezar, de louvar...
Jesus subiu a Jerusalém. Existe em Jerusalém, junto à porta das ovelhas, uma piscina, chamada, em hebraico, Betsatá, que tem cinco pórticos. Ali jazia um grande número de enfermos, cegos, coxos e paralíticos. Estava ali também um homem, enfermo havia trinta e oito anos. Ao vê-lo deitado e sabendo que estava assim há muito tempo, Jesus perguntou-lhe: «Queres ser curado?» O enfermo respondeu-Lhe: «Senhor, não tenho ninguém que me introduza na piscina, quando a água é agitada; enquanto eu vou, outro desce antes de mim». Disse-lhe Jesus: «Levanta-te, toma a tua enxerga e anda». No mesmo instante o homem ficou são, tomou a sua enxerga e começou a caminhar. Ora aquele dia era sábado. Diziam os judeus àquele que tinha sido curado: «Hoje é sábado: não podes levar a tua enxerga». Mas ele respondeu-lhes: «Aquele que me curou disse-me: ‘Toma a tua enxerga e anda’». Perguntaram-lhe então: «Quem é que te disse: ‘Toma a tua enxerga e anda’». Mas o homem que tinha sido curado não sabia quem era, porque Jesus tinha-Se afastado da multidão que estava naquele local. Mais tarde, Jesus encontrou-o no templo e disse-lhe: «Agora estás são. Não voltes a pecar, para que não te suceda coisa pior». O homem foi então dizer aos judeus que era Jesus quem o tinha curado. Desde então os judeus começaram a perseguir Jesus, por fazer isto num dia de sábado (Jo 5, 1-3a.5-16).
       No Evangelho podem sublinhar-se outros aspetos relevantes. Aquele homem não tinha ninguém que olhasse por ele. Muitas passavam indiferentes. Como hoje pode acontecer. Há depois o preconceito (desculpa) religioso. A cura ao sábado provoca escândalo a quem não teve mãos, nem vontade, nem lembrança, nem generosidade para ajudar aquele enfermo, mas tem língua para expor e apontar...

sábado, 9 de setembro de 2017

O Filho do homem é senhor do sábado

       Passava Jesus através das searas num dia de sábado e os discípulos apanhavam e comiam as espigas, debulhando-as com as mãos. Alguns fariseus disseram «Porque fazeis o que não é permitido ao sábado?». Respondeu-lhes Jesus: «Não lestes o que fez David, quando ele e os seus companheiros sentiram fome? Entrou na casa de Deus, tomou e comeu os pães da proposição, que só aos sacerdotes era permitido comer, e também os deu aos companheiros». E acrescentou; «O Filho do homem é senhor do sábado» (Lc 6, 1-5).
       Jesus não é, de modo nenhum, anarquista ou reacionário. No entanto, aproveita diversas ocasições para alertar que a lei ordena a convivência social e religiosa, procurando, precisamente, o bem de todos, a harmonia, a paz, a justiça, um sentido para a vida. Quando a lei impede ou dificulta a sadia relação entre as pessoas, e o crescimento das mesmas, deverá ponderar-se se a lei é necessária, ou se mais importante são as pessoas.
       A lei está ao serviço da vida, ao serviço das pessoas, ao serviço da dignidade. E nunca a pessoa ao serviço da lei. A lei é um intrumento a favor das pessoas. Não pode ser a pessoa a transformar-se em intrumento a favor da lei. E bem sabemos como há leis injustas e imorais, leis que dificultam a dignidade e promovem a destruiçãoda vida ou a dimunuição da qualidade da vivência humana.
       Uma lei é o argumento para lançarem mais uma cilada a Jesus: como é que em dia de sábado os discípulos apanhavam algumas espinhas, debulhavam-nas e comiam os grãos. A lei permitia o que eles vinham fazendo. E no tempo de muita carestia, e em longas jornadas, seria uma forma de enganar o estômago que todos compreendiam. Por isso também estava na lei. Agora comer os grãos dedebulhados ao sábado é que não lhes parecia lá muito bem.
       A resposta da Jesus baseia-se em acontecimentos narrados na Bíblia, no bom senso, e naquilo que é verdadeiramente importante: a pessoa humana.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Haverá dias para fazer o bem?

       Jesus entrou de novo na sinagoga, onde estava um homem com uma das mãos atrofiada. Os fariseus observavam Jesus para verem se Ele ia curá-lo ao sábado e poderem assim acusá-l’O. Jesus disse ao homem que tinha a mão atrofiada: «Levanta-te e vem aqui para o meio». Depois perguntou-lhes: «Será permitido ao sábado fazer bem ou fazer mal, salvar a vida ou tirá-la?». Mas eles ficaram calados. Então, olhando-os com indignação e entristecido com a dureza dos seus corações, disse ao homem: «Estende a mão». Ele estendeu-a e a mão ficou curada. Os fariseus, porém, logo que saíram dali, reuniram-se com os herodianos para deliberarem como haviam de acabar com Ele (Mc 3, 1-6).
Para fazer o bem todos os dias são bons. Para fazer o mal nenhum dia deveria ser utilizado.
Esta é a mensagem de Jesus, ontem como hoje. Para os fariseus e outros que mais, o mais importante é garantir o cumprimento escrupuloso da lei. A lei, e neste concreto a Lei de Moisés, não pode ser usada para impedir o bem, para o não-compromisso. Antes da Lei e para lá da Lei estão as pessoas que Deus ama. Para Jesus, o fundamental é atender à pessoa, estar ao seu serviço e fazer o que está ao seu alcance para proporcionar bem-estar, paz, e saúde. Jesus testemunha a atenção de Deus às pessoas de carne e osso e neste gesto a certeza que Deus continua a agir no mundo. No sinal da cura, a certeza que Deus nos ama e nos quer bem.Assim com Jesus. Assim há de ser connosco.

sábado, 31 de outubro de 2015

Quem se humilha será exaltado...

       Disse-lhes Jesus: "Quando fores convidado para um banquete nupcial, não tomes o primeiro lugar. Pode acontecer que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu; então, aquele que vos convidou a ambos, terá que te dizer: ‘Dá o lugar a este’; e ficarás depois envergonhado, se tiveres de ocupar o último lugar. Por isso, quando fores convidado, vai sentar-te no último lugar; e quando vier aquele que te convidou, dirá: ‘Amigo, sobe mais para cima’; ficarás então honrado aos olhos dos outros convidados. Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado" (Lc 14, 1.7-11).
       Jesus vai a casa de um dos principais fariseus, em dia de Sábado, tomar uma refeição. Como em muitas outras ocasiões aproveita a oportunidade para pôr os fariseus e os discípulos a reflectir sobre a fama e o serviço. A opção de Jesus é o serviço na caridade.
       Alguns escolhem o primeiro lugar. Com a ocasião, Jesus contextualiza mais um ensinamento importante para os crentes, contando uma parábola, que pode muito bem ter acontecido muitas vezes, para nos dizer claramente que só a humildade nos abre verdadeiramente o coração de Deus mas também o coração dos outros.
       Se nos colocarmos numa situação de prepotência e arrogância só afastamos as pessoas. Do mesmo modo em relação a Deus.
      A primeira lição é muito prática: quando se é convidado, não se ocupa o primeiro lugar, mas um dos últimos ou aguarda-se que venha aquele que convidou e indique o lugar. Neste caso não haverá o risco de se se preterido para um lugar secundário.
       Mas a mensagem vai mais longe. Em vez de esperar ser servido, colocar-se ao serviço. Em vez de aguardar a fama, usar de caridade. Não se trata aqui de um propósito de se infligir a humilhação, pela humilhação, com o objetivo que alguém repare e possa exaltar. Neste caso é uma falsa humildade. Trata-se sim de optar pela caridade, como um bem que nos faz bem ao coração e à vida, não esperando aplausos em troca, mas tão somente a alegria de se saber amado por Deus e de saber que se prossegue a vontade do Senhor.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

É lícito ou não curar ao sábado?

       Jesus entrou, num sábado, em casa de um dos principais fariseus, para tomar uma refeição. Todos O observavam. Diante d’Ele encontrava-se um hidrópico. Jesus tomou a palavra e disse aos doutores da lei e aos fariseus: «É lícito ou não curar ao sábado?». Mas eles ficaram calados. Então Jesus tomou o homem pela mão, curou-o e mandou-o embora. Depois disse-lhes: «Se um filho vosso ou um boi cair num poço, qual de vós não irá logo retirá-lo em dia de sábado?». E eles não puderam replicar a estas palavras (Lc 14, 1-6).
       Toda a lei deve partir da caridade e conduzir ao bem da pessoa ou das pessoas. Pode haver leis que, no geral, até sejam justas e defensáveis, mas que no concreto pode prejudicar a pessoa e acentuar injustiças. É óbvio que quando uma lei, civil ou religiosa é "promulgada", o obejctivo é servir o maior número de pessoas. Não quer dizer, contudo, que seja favorável a todas as pessoas.
      No Evangelho de hoje aparece uma lei - o respeito pelo dia do Sábado -, e a interpretação concreta num caso específico, mas do qual se poderão inferir outras situações. Para os fariseus, à primeira vista, no Sábado não se pode fazer nada, nem mesmo curar uma pessoa. Para Jesus, o respeito pelo Sábado não impede ninguém de fazer o bem e de prestar auxílio a quem necessita. Mais, Jesus aponta também as coerências de quem se coloca numa atitude dogmática: e "se um filho vosso ou um boi cair num poço?"

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Há dias para fazer o bem?

       Jesus disse-lhes: «Eu pergunto-vos se é permitido ao sábado fazer bem ou fazer mal, salvar a vida ou tirá-la». Então olhou para todos à sua volta e disse ao homem: «Estende a mão». Ele assim fez e a mão ficou curada. Os escribas e fariseus ficaram furiosos e começaram a falar entre si do que haviam de fazer a Jesus (Lc 6, 6-11).
        Jesus entra numa sinagoga, lugar de oração, de escuta da Sagrada Escritura, e de reflexão, para os judeus. Aproveita a ocasião para ensinar. Entre os presentes um homem com a mão direita paralítica. Os doutores da lei e os fariseus estão atentos ao ensino de Jesus mas também aos gestos que Ele possa fazer.
       Jesus não se inibe e chama o homem para que ele fique ainda mais visível, pergunta se é permitido fazer bem ou mal em dia de Sábado, o dia sagrado dos judeus... e cura a mão paralítica.
Para Jesus, como para os seus seguidores, todos os dias são bons para fazer bem... e todos os dias sãos ruins para fazer mal