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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Não sejais motivo de escândalo

       Disse Jesus aos seus discípulos: «Quem vos der a beber um copo de água, por serdes de Cristo, em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa. Se alguém escandalizar algum destes pequeninos que crêem em Mim, melhor seria para ele que lhe atassem ao pescoço uma dessas mós movidas por um jumento e o lançassem ao mar. Se a tua mão é para ti ocasião de pecado, corta-a; porque é melhor entrar mutilado na vida do que ter as duas mãos e ir para a Geena, para esse fogo que não se apaga. E se o teu pé é para ti ocasião de pecado, corta-o; porque é melhor entrar coxo na vida do que ter os dois pés e ser lançado na Geena. E se um dos teus olhos é para ti ocasião de pecado, deita-o fora; porque é melhor entrar no reino de Deus só com um dos olhos do que ter os dois olhos e ser lançado na Geena, onde o verme não morre e o fogo não se apaga». Na verdade, todos serão salgados com fogo. O sal é coisa boa; mas se ele perder o sabor, com que haveis de temperá-lo? Tende sal em vós mesmos e vivei em paz uns com os outros» (Mc 9, 41-50).
       Em primeiro lugar, a certeza: ninguém ficará sem recompensa por fazer o bem, mesmo que seja um copo de água dado em nome de Jesus.
       Por outro lado, nada de escandalizar, com palavras e obras, os que nos rodeiam, especialmente as pessoas mais simples. Quanto maior for o nosso esclarecimento e a nossa responsabilidade, maior há-de ser o nosso compromisso com os outros, com a verdade, com o bem, com Jesus Cristo.
       No mundo a nossa postura deverá ser a de Jesus Cristo, no mundo mas sem sermos do mundo. Deveremos ser como o sal na comida, temperar, dar sabor e sentido ao mundo actual e contribuir positivamente para a sua transformação.

quarta-feira, 12 de março de 2014

A belíssima oração do camponês

       Um pobre camponês que regressava do mercado a altas horas da noite, percebeu que não levava consigo o seu livro de orações.
       Então, pensou em rezar da seguinte maneira:
- Cometi uma verdadeira estupidez, Senhor. Saí de casa esta manhã sem o meu livro de oração e como tenho pouca memória, agora, não sou capaz de rezar nem sequer uma oração. De maneira que vou fazer uma coisa: vou rezar cinco vezes o alfabeto muito devagar, e tu, que conheces todas as orações, podes juntar as letras e formar essas oração que sou incapaz de recordar.
 
       E o Senhor disse aos seus anjos:
       - De todas as orações que escutei hoje, esta foi, sem dúvida, a melhor, porque brotou de um coração simples e sincero.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Abrir-se ao DOM

Recuperar a verdade do Natal é abrir-se ao dom, deixar que Cristo se forme em nós
        Acende-se, neste tempo, a nostalgia nos nossos corações. E quando escrevo "nossos", estou a pensar em quantos ainda viveram um Natal religioso, familiar e feliz; afinal os que conheceram outra realidade diferente desta pressa anónima, irrefletida e comercial que hoje nos afoga.
       Nostálgicos, exclamamos que "já não é como dantes". Estranhamente, porém, resignamo-nos, qual pedaço de esferovite perdido na corrente: apesar de flutuar, está decididamente rendido a uma força estranha!
       Foi já há mais de uma dezena e meia de anos que me confrontei com um grito de alarme numa revista espanhola: "Roubaram-nos o Natal". Mas aonde nos levou esta constatação? Que reação provocou, para além do estranho sentimento de perda? Às indefinições que vivemos…
       Sempre tive grande dificuldade em lidar com a resignação, mesmo quando ma apresentavam vestida de suposta virtude. Realmente, tenho medo de cobardias dóceis ou cómodas abdicações.
       É por isso mesmo que defendo uma urgência: recuperar a verdade do Natal - lavando-a de todas contaminações e "distrações", para usar a ideia expressa pelo Papa Bento XVI no Angelus do passado domingo.
       Se o fizermos, torna-se natural o anúncio e a partilha da impensável notícia: "Deus amou tanto o mundo, que lhe deu o seu Filho unigénito".
       Reconheça-se que muitos cristãos assim procedem, trabalhando para que os sinais do Amor não desapareçam das casas, das ruas e, sobretudo, dos gestos. Deparamo-nos, por isso, com exposições, presépios, estandartes às janelas e campanhas que levam ao encontro do outro - que é sempre o lugar de encontro com Deus. Mas são demasiados os embrulhados numa mera generosidade de coisas; ou em atitudes simplesmente protocolares, vividas com o desencanto de quem eterniza indiferenças, ainda que escritas sob o manto de "cordiais saudações"!..
       Recuperar a verdade do Natal é abrir-se ao dom, deixar que Cristo se forme em nós. Sem medo, pois que quanto mais fugirmos de Deus, mais nos desumanizamos.

João Aguiar Campos, Editorial da Agência Ecclesia.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Eu Te bendigo, ó Pai, pelos pequeninos

       Jesus exclamou: "Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, Eu Te bendigo, porque assim foi do teu agrado. Tudo Me foi dado por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar" (Mt 11, 25-27).

       Os pequeninos são os predilectos de Jesus. Grandes em generosidade, em humildade, em acolhimento, prontos para aprender, para escutar, para servir o semelhante, prontos para receber o amor de Deus, simples para se deixarem cativar pelo olhar de Deus. Disponíveis para amar e para levar aos outros a alegria da vida.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Chocolate Quente

Um grupo de jovens licenciados, todos bem sucedidos nas carreiras, decidiu fazer uma visita a um velho professor, agora reformado.

Durante a visita, a conversa dos jovens alongou-se em lamentos sobre o imenso stress que tinha tomado conta das suas vidas e do seu trabalho.
O professor não fez qualquer comentário sobre isso e perguntou se gostariam de tomar uma chávena de chocolate quente.
Todos se mostraram interessados e o professor dirigiu-se à cozinha, de onde regressou vários minutos depois com uma grande chaleira e uma grande quantidade de chávenas, todas diferentes - de fina porcelana e de rústico barro, de simples vidro e de cristal, umas com aspecto vulgar e outras caríssimas.
Apenas disse aos jovens para se servirem à vontade.
Quando já todos tinham uma chávena de chocolate quente na mão, disse-lhes:
- Reparem como todos procuraram escolher as chávenas mais bonitas e dispendiosas, deixando ficar as mais vulgares e baratas... Embora seja normal que cada um pretenda para si o melhor, é isso a origem dos vossos problemas e stress.
A chávena por onde estais a beber não acrescenta nada à qualidade do chocolate quente.
Na maioria dos casos é apenas uma chávena mais requintada e algumas nem deixam ver o que estais a beber.
O que vós realmente queríeis era o chocolate quente, não a chávena; mas fostes conscientemente para as chávenas melhores...
Enquanto todos confirmavam, mais ou menos embaraçados, a observação do professor, este continuou:
- Considerai agora o seguinte: a vida é o chocolate quente; o dinheiro e a posição social são as chávenas.
Estas são apenas meios de conter e servir a vida. A chávena que cada um possui não define nem altera a qualidade da vossa vida.
Por vezes, ao concentrarmo-nos apenas na chávena acabamos por nem apreciar o chocolate quente que Deus nos ofereceu.
As pessoas mais felizes nem sempre têm o melhor de tudo, apenas sabem aproveitar ao máximo tudo o que têm.
Vivei com simplicidade. Amai generosamente. Ajudai-vos uns aos outros com empenho. Falai com gentileza...... e apreciai o vosso chocolate quente.

(autor desconhecido)