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terça-feira, 2 de outubro de 2018

Santos Anjos da Guarda

Nota histórica:
       Com o Sacrifício da Cruz, realizou-se a unidade entre todas as criaturas espirituais e materiais. Em virtude dessa unidade profunda do mundo em Jesus Cristo, os espíritos superiores, que são os Anjos, estão presentes à vida do homem, auxiliam-no, guardam-no e protegem-no.
       É-nos impossível descobrir, com os sentidos, a sua acção e descrever a natureza da sua ajuda. «Contudo, a orientação do conjunto da nossa vida depende deles, em parte. Os Anjos podem agir na nossa maneira de julgar, intervir nas nossas decisões, apresentar-nos valores sobrenaturais» (Gustavo Thils).
       A Igreja recomenda, por isso, que recorramos à intercessão dos Anjos da Guarda, especialmente nos momentos críticos da nossa vida.
       Eis o que diz o Senhor:
       "Vou enviar um Anjo à tua frente, para que te proteja no caminho e te conduza ao lugar que preparei para ti. respeita a sua presença e escuta a sua voz; não lhe desobedeças.Ele não perdoaria as tuas transgressões, porque fala em meu nome. Mas se ouvires a sua voz e fizeres tudo o que Eu te disser, serei inimigo dos teus inimigos...
       O meu Anjo irá à tua frente" (Ex 23, 20-23a).

       Disse Jesus aos seus discípulos:
       "... Não desprezeis um só destes pequeninos. Eu vos digo que os seus Anjos vêem continuamente o rosto do meu Pai que está nos Céus" (Mt 18, 1-5.10).

Oração de Colecta:
       Senhor, que na vossa admirável providência enviais os Anjos para nos guardarem, ouvi as nossas súplicas e fazei que sejamos sempre defendidos pela sua protecção e gozemos eternamente da sua companhia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
São Bernardo, abade

Guardem-te nos teus caminhos

Deus mandou os seus Anjos, para que te guardem em todos os teus caminhos. Dêem graças ao Senhor pela sua misericórdia e pelas suas maravilhas em favor dos filhos dos homens. Dêem graças e digam entre os gentios: Grandes coisas fez por eles o Senhor. Senhor, que é o homem para Vos dardes a conhecer a ele? Ou por que motivo pensa nele o vosso coração? Pensais nele, sois solícito para com ele, tendes cuidado dele. Finalmente enviais lhe o vosso Unigénito, infundis-lhe o vosso Espírito, prometeis lhe a visão do vosso rosto. E para que nenhum dos seres celestiais deixe de manifestar solicitude para connosco, enviais os espíritos bem aventurados para que nos sirvam, nos guardem e nos guiem.
Deus mandou os seus Anjos, para que te guardem em todos os teus caminhos. Quanta reverência, devoção e confiança devem inspirar te estas palavras! Veneração pela presença, devoção pela benevolência, confiança pela protecção. Estão portanto presentes; e estão a teu lado, não só contigo como companhia, mas também para ti como protecção. Estão presentes para te proteger, estão presentes para te favorecer. É certo que eles estão a cumprir um mandato do Senhor, mas devemos mostrar lhes a nossa gratidão pelo grande amor com que obedecem e nos socorrem em tantas necessidades.
Sejamos pois dedicados e agradecidos a tão dignos custódios; correspondamos ao seu amor, honremo-los quanto pudermos, quanto devemos. Dirijamos, porém, todo este amor e veneração ao Senhor, de quem depende inteiramente, tanto para nós como para os Anjos, a graça de O podermos amar e venerar e o mérito para sermos amados e venerados.
Portanto, irmãos, amemos n’Ele os seus Anjos como futuros herdeiros connosco e agora advogados e protectores que o Pai designou e colocou ao nosso lado. Agora já somos filhos de Deus, embora não se manifeste ainda o que havemos de ser com Ele na glória; somos filhos de menoridade, ainda sob a protecção de advogados e tutores, como se em nada nos distinguíssemos dos servos.
Mas, apesar de sermos como crianças e de nos faltar ainda um caminho tão longo e tão perigoso, que havemos de temer sob o patrocínio de tão excelsos custódios? Não podem ser vencidos nem enganados e muito menos enganar nos aqueles que nos guardam em todos os nossos caminhos. São fiéis, prudentes, poderosos; porquê recear? Basta segui los e acolhermo nos a eles e habitaremos sob a protecção do Deus do Céu.

sábado, 29 de setembro de 2018

Arcanjos São Miguel, São Gabriel, São Rafael

       Entre «os puros espíritos que também são denominados Anjos» (Credo do Povo de Deus), sobressaem três, que têm sido especialmente honrados, através do séculos e a Liturgia une na mesma celebração. Além das funções próprias de todos os Anjos, eles aparecem-nos, na Escritura Sagrada, incumbidos de missão especial.
  • São Miguel (= «Quem como Deus»?) é o príncipe dos Anjos, identificado, por vezes, como o Anjo do turíbulo de ouro de que fala o Apocalipse. É o Anjo dos supremos combates. É o melhor guia do cristão, na hora da viagem para a eternidade. É o protector da Igreja de Deus (Apoc. 12-19).
  • São Gabriel (= «Deus é a minha força») é o mensageiro da Incarnação (Dan. 9, 21-22). É o enviado das grandes embaixadas divinas: anuncia a Zacarias o nascimento do Precursor e revela a Maria o mistério da divina Maternidade. Pio XII, em 12 de Janeiro de 1951, declarou este Arcanjo patrono das telecomunicações.
  • São Rafael (= «Medicina de Deus») manifesta-se na Bíblia como diligente e eficaz protector duma família, que se debate para não sucumbir às provações. É conselheiro, companheiro de viagem, defensor e médico. Honrando os Anjos, cuja existência nos é abundantemente testemunhada pela Sagrada Escritura, nós exaltamos o poder de Deus, Criador do mundo visível e invisível.
Oração de colecta:
       Senhor Deus do universo, que estabeleceis com admirável providência as funções dos Anjos e dos homens, concedei, propício, que a nossa vida seja protegida na terra por aqueles que eternamente Vos assistem e servem no Céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

sábado, 10 de junho de 2017

Santo Anjo da Guarda de Portugal

Nota histórica:
       Os Anjos que fazem parte desse mundo invisível, a que se estende também a acção criadora de Deus, vivem inteiramente dedicados ao louvor e ao serviço de Deus. A inteligência humana tem dificuldade em exprimir a natureza dessas criaturas espirituais. A sua missão, porém, é-nos mais conhecida através da Bíblia, que, em tantos passos, dá testemunho àcerca da existência dos Anjos.
       Mensageiros de Deus, em momentos decisivos da História da Salvação, os Anjos estão encarregados da Guarda dos homens (Mt. 18, 10: Act. 12,3) e da protecção da Igreja (Ap. 12, 1-9). A fé cristã crê também que cada nação em particular tem um Anjo encarregado de velar por ela.
       Em Portugal a devoção ao Anjo da guarda é muito antiga. Tomou, porém, um incremento especial com as Aparições do Anjo, em Fátima, aos Pastorinhos. Pio XII mandou inserir esta comemoração no nosso Calendário.

Oração (colecta):
       Deus eterno e omnipotente, que destinastes a cada nação o seu Anjo da Guarda, concedei que, pela intercessão e patrocínio do Anjo de Portugal, sejamos livres de todas as adversidades. Por Nosso Senhor Jesus Cristo...

sexta-feira, 8 de março de 2013

O Homem e a Mulher

O homem é a mais elevada das criaturas.
A mulher, o mais sublime dos ideais.
Deus fez para o homem um trono; para a mulher fez um altar.
O trono exalta e o altar santifica.
O homem é o cérebro; a mulher, o coração. O cérebro produz a luz; o coração produz amor. A luz fecunda; o amor ressuscita.
O homem é o génio; a mulher é o anjo. O génio é imensurável; o anjo é indefinível;
A aspiração do homem é a suprema glória; a aspiração da mulher é a virtude extrema; A glória promove a grandeza e a virtude, a divindade.
O homem tem a supremacia; a mulher, a preferência. A supremacia significa a força; a preferência representa o direito.
O homem é forte pela razão; a mulher, invencível pelas lágrimas.
A razão convence e as lágrimas comovem.
O homem é capaz de todos os heroísmos; a mulher, de todos os martírios. O heroísmo enobrece e o martírio purifica.
O homem pensa e a mulher sonha. Pensar é ter uma larva no cérebro; sonhar é ter na fronte uma auréola.
O homem é a águia que voa; a mulher, o rouxinol que canta. Voar é dominar o espaço e cantar é conquistar a alma.
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra; a mulher, onde começa o céu.

Victor Hugo

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Deus também não podia ver-me assim

       Desconhecemos a autoria desta pequena estória, mas vale a pena refletir nela...:
       Ela deu um pulo assim que viu o cirurgião a sair da sala de operações.
       Perguntou:
       - Como é que está o meu filho? Ele vai ficar bom? - Quando é que eu posso vê-lo?
       O cirurgião respondeu:
       - Tenho pena. Fizemos tudo mas o seu filho não resistiu.
       Sally perguntou:
       - Porque razão é que as crianças pequenas tem câncer? Será que Deus não se preocupa? - Aonde estavas Tu, Deus, quando o meu filho necessitava?...'
       O cirurgião perguntou:
       - Quer algum tempo com o seu filho? Uma das enfermeiras irá trazê-lo dentro de alguns minutos e depois será transportado para a Universidade. Sally pediu à enfermeira para ficar com ela enquanto se despedia do seu filho. Passou os dedos pelo cabelo ruivo do seu filho.
       - Quer um cachinho dele?
       Perguntou a enfermeira.
       Sally abanou a cabeça afirmativamente.
       A enfermeira cortou o cabelo e colocou-o num saco de plástico, entregando-o a Sally.
       - Foi ideia do Jimmy doar o seu corpo à Universidade porque assim talvez pudesse ajudar outra pessoa, disse Sally. No início eu disse que não, mas o Jimmy respondeu:
       - Mãe, eu não vou necessitar do meu corpo depois de morrer. Talvez possa ajudar outro menino a ficar mais um dia com a sua mãe.
       Ela continuou:
       - O meu Jimmy tinha um coração de ouro. Estava sempre a pensar nos outros. Sempre disposto a ajudar, se pudesse.
       Depois de aí ter passado a maior parte dos últimos seis meses, Sally saiu do "Hospital Children's Mercy" pela última vez. Colocou o saco com as coisas do seu filho no banco do carro ao lado dela. A viagem para casa foi muito difícil. Foi ainda mais difícil entrar na casa vazia. Levou o saco com as coisas do Jimmy, incluindo o cabelo, para o quarto do seu filho. Começou a colocar os carros e as outras coisas no quarto exatamente nos locais onde ele sempre os teve. Deitou-se na cama dele, agarrou a almofada e chorou até que adormeceu. Era quase meia-noite quando acordou e ao lado dela estava uma carta.
       A carta dizia:
       - Querida Mãe, Sei que vais ter muitas saudades minhas; mas não penses que me vou esquecer de ti, ou que vou deixar de te amar só porque não estou por perto para dizer:"AMO-TE". Eu vou sempre amar-te cada vez mais, Mãe, por cada dia que passe. Um dia vamos estar juntos de novo. Mas até chegar esse dia, se quiseres adotar um menino para não ficares tão sozinha, por mim está bem. Ele pode ficar com o meu quarto e as minhas coisas para brincar. Mas se preferires uma menina, ela talvez não vá gostar das mesmas coisas que nós, rapazes, gostamos. Vais ter que comprar bonecas e outras coisas que as meninas gostam, tu sabes. Não fiques triste a pensar em mim. Este lugar é mesmo fantástico! Os avós vieram me receber assim que eu cheguei para me mostrar tudo, mas vai demorar muito tempo para eu poder ver tudo. Os Anjos são mesmo lindos! Adoro vê-los a voar! E sabes uma coisa?... O Jesus não parece nada como se vê nas fotos, embora quando o vi o tenha conhecido logo. Ele levou-me a visitar Deus! E sabes uma coisa?... Sentei-me no colo d'Ele e falei com Ele, como se eu fosse uma pessoa importante. Foi quando lhe disse que queria escrever-te esta carta, para te dizer adeus e tudo mais. Mas eu já sabia que não era permitido. Mas sabes uma coisa Mãe?... Deus entregou-me papel e a sua caneta pessoal para eu poder escrever-te esta carta. Acho que Gabriel é o anjo que te vai entregar a carta. Deus disse para eu responder a uma das perguntas que tu Lhe fizeste, "Aonde estava Ele quando eu mais precisava?"... Deus disse que estava no mesmo sítio, tal e qual, quando o filho dele, Jesus, foi crucificado. Ele estava presente, tal e qual como está com todos os filhos dele. Mãe, só tu é que consegues ver o que eu escrevi, mais ninguém. As outras pessoas veem este papel em branco. É mesmo maravilhoso não é!?... Eu tenho que dar a caneta de volta a Deus para Ele poder continuar a escrever no seu Livro da Vida. Esta noite vou jantar na mesma mesa com Jesus. Tenho a certeza que a comida vai ser boa.
       Estava quase a esquecer-me: já não tenho dores, o cancro já se foi embora. Ainda bem, porque já não podia mais e Deus também não podia ver-me assim. Foi quando ele enviou o Anjo da Misericórdia para me vir buscar. O anjo disse que eu era uma encomenda especial! O que dizes a isto?...

Assinado com Amor de Deus, Jesus e de Mim.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O tempo de Deus

Quando Diz “Deus te ama”
E que “pois nunca havia morrido nada”
Devo então entender que morreu?
Mas morreu o que?

Anjo...
O que morreu?
Uma ilusão
Um sonho
Uma amizade
Uma emoção
Um sentimento puro e inexplicável
Uma doce emoção
Ou um amor sublime?

Uma comunhão
Um sentimento que existia
Ou ainda existe?

Anjo...
Nada morre antes do tempo de Deus...
E antes que morra terá vivido o suficiente.
Para ficar tatuado no coração de alguém
Mesmo que esse alguém nunca possa ser da gente!

Você não sabe, mas Deus escreveu na linha do meu destino,
Algo que ninguém consegue ver ou tocar...
E você conseguiu isso não sei como, nem por que...
Então o mistério continua até que Deus revele...
E sabemos que isso acontecerá no tempo de Deus
E o tempo dele não é o meu tempo
Nem o seu.

O tempo de Deus está em oculto...
E o que está em oculto permanecerá até que ele deseje...
Haverá assim dias de benções, de alegrias e felicidades.
Mesmo que esses "dias" sejam apenas alguns segundos vividos...
Pois o que importa, não é a quantidade do tempo.
Mas é o tempo vivido com intensidade.

Muitas das vezes não podemos viver esse tempo
De verdade, no tempo real.
Mas vivemos ele no sonho como disse.

Mas a verdade é que nada se perde
Quando queremos que isso aconteça
Fazemos esse momento acontecer
Sem sair da realidade;

(autora Rosa D Saron)

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

FOGO DE PENTECOSTES

Quem és tu, Luz que me inundas
E clareias o meu coração?
Tu me guias,
Qual mão carinhosa de mãe,
Se de Ti me desprendo,
Não saberia caminhar
Nem mais um passo.
Tu és o espaço,
Que cerca meu ser
E em si me acolhe.
Saindo de Ti,
Mergulho no abismo do nada,
De onde tu me tiraste.
Tu estás mais próximo a mim
Do que eu a mim mesmo,
E mais íntimo
Do que meu interior –
No entanto, continuas intocável
E incompreensível,
Arrebatando o que existe:
Santo Espírito – Eterno Amor.

Não és tu o maná,
Que passa do coração do Filho
Ao meu,
Comida dos anjos e dos santos?
Ele, que da morte
Para a vida se levantou,
Também a mim ressuscitou para a vida.

Arrancou-me do sono da morte,
E nova vida Ele me dá
De dia para dia.
Um dia sua plenitude
Inundar-me-á totalmente,
Vida de tua vida –
Sim, tu mesmo:
Santo Espírito – Eterna Vida.

És tu o raio
Que estala
Do trono do Juiz
E irrompe na noite da alma,
Que nunca se reconhece e si mesma.
Misericordioso – inexorável,
Penetra-lhe os abismos sombrios,
E ela, assustada com a visão de si mesma,
Cede-lhe confiante o lugar –
Santo temor,
Início daquela sabedoria,
Que vem das alturas
E nas alturas nos ancora fortemente - ,
Tua realidade nos cria de novo:
Santo espírito – Raio Penetrante.

És tu a canção do amor
E santo temor,
Que ecoa eternamente
Ao redor do trono de Deus,
Que une em si
O puro som de todas as criaturas?
A sintonia
Que une os membros com a cabeça,
Nela cada um
Encontra feliz
O sentido misterioso de seu ser
E flutua em júbilo,
Em tuas torrentes:
Santo Espírito - Eterno Júbilo.

És tu a plenitude,
A força do Espírito,
Pela qual o Cordeiro rompe os selos
do livro da vida
Por um eterno decreto de Deus.
Impelidos por Ti,
Os mensageiros do juízo
Galopam pelo mundo
E separam com espada afiada
O Reino do meio das trevas.
Então, tornar-se-ão novos
O céu e a terra,
E tudo aparecerá no devido lugar
Pelo teu sopro:
Santo Espírito – Força Vencedora.

(Pentecostes de 1942, últimos meses da vida de Edith Stein)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Queria... realmente ser um anjo!


Queria .. realmente ser um anjo.

Ser o anjo que vela, o anjo que guarda, o anjo que protege.
Quebrar todas as barreiras elementais e ser apenas um anjo..

Mas não é permitido a um anjo
amar a uma única pessoa...
Seu amor não pode ser exclusivo,
seu amor deve ser extensivo.

E não é permitido a um anjo
chorar por todas as pessoas
Seu pranto deve ser exclusivo...
Suas lágrimas devem regar, uma por vez,
as flores que brotam em cada alma humana

Que anjo posso ser?
Que amor poderei dar ?
Que olhos irão me ver ?
A quem irei amar?

Queria realmente ser um anjo!
Ter a bondade nas faces, a sabedoria no olhar...
Saber sorrir, saber confortar.
Saber entender os aflitos, saber ensinar.
Ir ao encontro de todos
E a todos, amar

Queria realmente ser um anjo!
Um anjo qualquer, um anjo comum.
Atender as preces dos necessitados.
Atender a procura de afeto de uma criança.
Um anjo que aprende com a dor,
um anjo que aprende com o amor...

Queria realmente ser um anjo!
Sorrir ao ver a ventura do vencedor,
emocionar-me com o desespero do perdedor,
beijar a face daquele que suplica
e aplacar a raiva do inimigo cruel.

Por fim, queria realmente ser um anjo...
E poder quebrar todas as regras celestiais.
Sentir o amor único e exclusivo
e chorar por todos os demais.
Queria somente ser um anjo
que ama a você,

e nada mais...

(autor desconhecido)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A morada no céu

Um homem muito rico morreu e foi recebido no céu.

O anjo guardião levou-o por várias alamedas e foi
mostrando-lhe as casas e moradias.
Passaram por uma linda casa com belos jardins.
O homem perguntou: 'Quem mora aí?'
O anjo respondeu:
'É o Raimundo, aquele seu motorista que morreu
no ano passado.'
O homem ficou pensando:
Puxa! O Raimundo tem uma casa dessas!
Aqui deve ser muito bom!

Logo a seguir surgiu outra casa ainda mais bonita.
'E aqui, quem mora?' - perguntou o homem.
O anjo respondeu: 'Aqui é a casa da Rosalina,
aquela que foi sua cozinheira.'
O homem ficou imaginando que, tendo seus empregados
magníficas residências, sua morada deveria ser no
mínimo um palácio.
Estava ansioso por vê-la.
Nisso o anjo parou diante de um barraco construído
com tábuas e disse:
'Esta é a sua casa!'
O homem ficou indignado. 'Como é possivel!
Vocês sabem construir coisa muito melhor.'
'Sabemos - respondeu o anjo
- mas nós construímos apenas a casa.
O material são vocês mesmos que selecionam
e nos enviam lá de baixo.
Você só enviou isso!'

(autor desconhecido)

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Arcanjo Rafael

Seu nome significa "Deus te cura". Este Arcanjo tem como sua principal característica ajudar na cura dos doentes e, por isso, é o guardião da saúde. Ele age principalmente nas instituições sociais, nos hospitais e até mesmo em casas que estejam precisando de sua ajuda.

Além de influenciar na saúde física dos seres humanos, este arcanjo também age sobre a saúde do espírito, ou seja, está sempre procurando confortar as pessoas nas horas de desespero e acalmar os sofrimentos interiores. Além disso, também é o responsável e guardião dos talentos criativos.

Na Bíblia Sagrada, o Arcanjo Gabriel é citado no Livro de Tobias, que faz parte do Antigo Testamento. Foi o Arcanjo enviado por Deus para curar a cegueira de Tobias e acompanhá-lo numa longa e perigosa viagem para conseguir uma esposa. Rafael, junto a Miguel e Gabriel simbolizam a fidelidade, o poder e a glória dos anjos.

Autor desconhecido

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A doçura do Céu


Como deve ser maravilhoso o Céu. Tantas coisas bonitas lá deve haver. Porém a maior de todas as alegrias é poder contemplar Deus face-a-face. Vejamos este pequeno fatinho de São Francisco de Assis; o santo que ocupa o lugar de um Serafim no Céu; por isso é chamado de Santo Seráfico.

São Francisco de Assis, já muito debilitado do corpo, começou a pensar na desmesurada glória e gáudio dos bem-aventurados à vida eterna; e por isso começou a pedir a Deus que lhe concedesse a graça de experimentar um pouco daquele gáudio. E estando neste pensar, subitamente lhe apareceu um anjo com grandíssimo esplendor, o qual tinha um violino na mão esquerda e o arco na direita e, estando S. Francisco todo estupefacto pelo aspecto desse anjo, ele passou uma vez o arco sobre o violino, e subitamente tanta suavidade de melodia dulcificou a alma de S. Francisco e a suspendeu de todo sentimento corporal, que, segundo o que ele contou depois aos companheiros, não duvidava, se o anjo puxasse o arco para baixo, que pela intolerável doçura a alma se não partisse do corpo.


São Francisco de Assis, Editora Vozes, 1973, pp 142/143, retirado do blog "Almas Castelos"

domingo, 22 de agosto de 2010

Saudade é AMOR que fica!

No início da minha vida profissional, senti-me atraído em tratar crianças e me entusiasmei com a oncologia infantil.

Nós médicos somos treinados para nos sentirmos "deuses". Só que não o somos! Não acho o sentimento de omnipotência de todo ruim, se bem dosado. É este sentimento que nos ajuda a vencer desafios, a se rebelar contra a morte e a tentar ir sempre mais além. Se mal dosado, porém, este sentimento será de arrogância e prepotência.
Quando perdemos um paciente, voltamos à planície, experimentamos o fracasso e os limites que a ciência nos impõe e entendemos que não somos deuses.

Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional. Nesse hospital, comecei a frequentar a enfermaria infantil, e a me apaixonar pela oncopediatria. Mas também comecei a vivenciar os dramas dos meus pequenos pacientes, que via como vítimas inocentes desta terrível doença que é o câncer.
Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento destas crianças. Até o dia em que um anjo passou por mim.

Meu anjo era uma criança já com 11 anos, calejada por 2 anos de tratamentos, hospitais, exames e todos os desconfortos trazidos pela quimioterapia e radioterapia. Mas nunca vi meu anjo fraquejar. Já a vi chorar sim, muitas vezes, mas não via fraqueza em seu choro. Via medo em seus olhinhos algumas vezes, e isto é humano! Mas via confiança e determinação.

Um dia, cheguei ao hospital de manhã cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe e ouvi uma resposta que ainda hoje não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.

Meu anjo respondeu:

- Tio, às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores. Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade de mim. Mas eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!

Pensando que crianças assistem seus heróis morrerem e ressuscitarem nos seriados e filmes, indaguei: - E o que morte representa para você, querida?

- Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e no outro dia acordamos no nosso quarto, em nossa própria cama não é?

(Lembrei que minhas filhas costumavam dormir no meu quarto e após dormirem eu procedia exactamente assim.)

- É isso mesmo, e então?

- Quando nós dormimos, nosso pai vem e nos leva nos braços para o nosso quarto, para nossa cama, não é?

- Você é muito esperta!

- Olha tio, eu não nasci para esta vida! Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!

Boquiaberto, não sabia o que dizer. Chocado com o pensamento deste anjinho, com a maturidade que o sofrimento acelerou, com a visão e grande espiritualidade desta criança, fiquei parado, sem acção.

- E minha mãe vai ficar com muitas saudades minha, emendou ela.

Emocionado, travado na garganta, perguntei: - E o que saudade significa para você, meu anjo?

- Não sabe não tio? Saudade é o amor que fica!

Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um a dar uma definição melhor, mais directa e mais simples para a palavra saudade: é o amor que fica!

Um anjo passou por mim...

Foi enviado para me dizer que existe muito mais entre o céu e a terra, do que nos permitimos enxergar. Que geralmente, absolutilizamos tudo que é relativo (carros novos, casas, roupas de grife, jóias) enquanto relativizamos a única coisa absoluta que temos, nossa transcendência.

Meu anjinho já se foi, há longos anos. Mas deixou uma lição que ajudou a melhorar a minha vida, a tentar ser mais humano e carinhoso com meus doentes, a repensar meus valores.

Que bom que existe saudade! O amor que ficou é eterno.

Rogério Brandão, Médico oncologista

quarta-feira, 30 de junho de 2010

O Agradecimento Eterno

Que coisa mais linda é o amor de Deus para com todas as criaturas que ele criou. Que lindo o agradecimento desses serezinhos tão indefesos,mas com uma força surpreendente.Sejamos como os pássaros e agradeçamos ao nosso Pai, por cada dia lindo do nosso amanhecer, cantando e sorrindo, mesmo com as adversidades da vida.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Santo Anjo da Guarda de Portugal

Nota histórica:
       Os Anjos que fazem parte desse mundo invisível, a que se estende também a acção criadora de Deus, vivem inteiramente dedicados ao louvor e ao serviço de Deus. A inteligência humana tem dificuldade em exprimir a natureza dessas criaturas espirituais. A sua missão, porém, é-nos mais conhecida através da Bíblia, que, em tantos passos, dá testemunho àcerca da existência dos Anjos.
       Mensageiros de Deus, em momentos decisivos da História da Salvação, os Anjos estão encarregados da Guarda dos homens (Mt. 18, 10: Act. 12,3) e da protecção da Igreja (Ap. 12, 1-9). A fé cristã crê também que cada nação em particular tem um Anjo encarregado de velar por ela.
       Em Portugal a devoção ao Anjo da guarda é muito antiga. Tomou, porém, um incremento especial com as Aparições do Anjo, em Fátima, aos Pastorinhos. Pio XII mandou inserir esta comemoração no nosso Calendário.

Oração (colecta):
       Deus eterno e omnipotente, que destinastes a cada nação o seu Anjo da Guarda, concedei que, pela intercessão e patrocínio do Anjo de Portugal, sejamos livres de todas as adversidades. Por Nosso Senhor Jesus Cristo...

sexta-feira, 30 de abril de 2010

quinta-feira, 25 de março de 2010

O Anjo, a Menina e a Flor...

Uma menina morreu. Veio o Anjo e levou-a nos braços a caminho do céu.
Passou com ela sobre a casa da meninice e depois sobre um jardim balsâmico, estrelado de flores.
Perguntou o Anjo à menina:
- Qual a flor que desejas cultivar no paraíso?
Havia nesse jardim uma roseira muito linda mas que tinha o pé partido. Estava cheia de botõezinhos.
- Infeliz roseira!... Vamos levá-la a ver se ainda pode florir-disse a menina.
O Anjo obedeceu e beijou a criança e ainda colheram muitas outras flores.
Continuaram viagem e passaram por uma cidade com muitas ruas. Uma mais estreita, estava cheia de cacos, vidros partidos, farrapos e muito lixo. Entre as muitas porcarias, o Anjo descobriu um vaso de flores com a terra espalhada no chão. Viam-se muitas raízes de uma flor campestre. Alguém a deitou para ali como coisa inútil.
Disse o Anjo:
- Levamo-la e pelo caminho conto-te a história desta flor.
Lá ao fundo desta rua morava uma criança miserável e doente. Nos dias mais quentes de verão, o sol aquecia-lhe a casa e ele imaginava-se passeando pelos campos. De flores, só conhecia o ramo de faia que um vizinho lhe dera. Com ele por cima da cabeça sonhava estar na floresta ouvindo os passarinhos. Um dia, o vizinho trouxe-lhe muitas flores e entre elas uma tinha raíz. Logo a plantou num vaso e a planta cresceu, cresceu e todos os anos dava flores. O seu jardim era esse que ele ia regando e amava.
O anjo e menina, passaram por mais alguns sítios e chegaram ao céu. Mal lá entraram, o anjo deu um beijo à menina.
Depois virando-se para ela disse:
- Faz hoje um ano que esse menino vive no Paraíso. A flor que encontrámos e que alguém deitou fora, foi a que trouxemos. - Como sabes tu isso?- perguntou a menina. -Sei-o, porque essa criança sou eu.Quando te fui buscar logo conheci a flor que tanta companhia me fez.
Então,entre os coros dos anjos Deus pegou na flor, levou-a ao Coração e, por milagre pôs-se
a cantar louvores ao Criador multiplicando-se até ao infinito.

Autor do conto: Guerra Junqueiro

O Anjo e Nossa Senhora - encantador

       Mais um diporama que procurámos, de acordo com a Solenidade da Anunciação do Anjo a Nossa Senhora que iria ser a Mãe do Filho do Altíssimo, no canal "Faz-te ao Largo", e lá encontrámos. Vale a pena ouvir a música, ler a mensagem, encantar-se com as imagens, meditar no mistério de Deus junto à humanidade, rezar a vida.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Os Anjos

O menino voltou-se para a mãe e perguntou:
“Os anjos existem mesmo? Eu nunca vi nenhum.”
Como ela lhe afirmasse a existência deles, o pequeno disse que iria andar pelas estradas, até encontrar um anjo.
“É uma boa ideia”, falou a mãe. “Irei com você.”
“Mas você anda muito devagar,” argumentou o garoto. “Você tem um pé aleijado.”
A mãe insistiu que o acompanharia. Afinal, ela podia andar muito mais depressa do que ele pensava.
Lá se foram. O menino saltitando e correndo e a mãe mancando, seguindo atrás.
De repente, uma carruagem apareceu na estrada. Majestosa, puxada por lindos cavalos brancos. Dentro dela, uma dama linda, envolta em veludos e sedas, com plumas brancas nos cabelos escuros. As jóias eram tão brilhantes que pareciam pequenos sóis.
Ele correu ao lado da carruagem e perguntou à senhora:

“Você é um anjo?”

Ela nem respondeu. Resmungou alguma coisa ao cocheiro, que chicoteou os cavalos e a carruagem sumiu na poeira da estrada.
Os olhos e a boca do menino ficaram cheios de poeira. Ele esfregou os olhos e tossiu bastante. Então, chegou sua mãe que limpou toda a poeira, com seu avental de algodão azul.
“Ela não era um anjo, não é, mamãe?”
“Com certeza, não. Mas um dia poderá se tornar um”, respondeu a mãe.
Mais adiante, uma jovem belíssima, em um vestido branco, encontrou o menino. Seus olhos eram estrelas azuis e ele lhe perguntou:

“Você é um anjo?”

Ela ergueu o pequeno em seus braços e falou feliz:
“Uma pessoa me disse ontem à noite que eu era um anjo.”
Enquanto acariciava o menino e o beijava, ela viu seu namorado chegando. Mais do que depressa, colocou o garoto no chão. Tudo foi tão rápido que ele não conseguiu se firmar bem nos pés e caiu.
“Olhe como você sujou meu vestido branco, seu monstrinho!” Disse ela, enquanto corria ao encontro do seu amado.
O menino ficou no chão, chorando, até que chegou sua mãe e lhe enxugou as lágrimas com seu avental de algodão azul.
Aquela moça, certamente, não era um anjo.
O garoto abraçou o pescoço da mãe e disse estar cansado.

“Você me carrega?”

“É claro”, disse a mãe. “Foi para isso que eu vim.”

Com o precioso fardo nos braços, a mãe foi mancando pelo caminho, cantando a música que ele mais gostava.
Então o menino a abraçou com força e lhe perguntou:

“Mãe, você não é um anjo?”

A mãe sorriu e falou mansinho:

“Imagine, nenhum anjo usaria um avental de algodão azul como o meu.”

William J. Bennett