A terceira Carta Encíclica de Bento XVI empresta o título a este blogue. A Caridade na Verdade. Agora permanecem a fé, a esperança e a caridade, mas só esta entra na eternidade com Deus. Espaço pastoral de Tabuaço, Távora, Pinheiros e Carrazedo, de portas abertas para a Igreja e para o mundo...
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sexta-feira, 3 de novembro de 2023
sábado, 28 de outubro de 2017
sábado, 9 de setembro de 2017
O Filho do homem é senhor do sábado
Passava Jesus através das searas num dia de sábado e os discípulos apanhavam e comiam as espigas, debulhando-as com as mãos. Alguns fariseus disseram «Porque fazeis o que não é permitido ao sábado?». Respondeu-lhes Jesus: «Não lestes o que fez David, quando ele e os seus companheiros sentiram fome? Entrou na casa de Deus, tomou e comeu os pães da proposição, que só aos sacerdotes era permitido comer, e também os deu aos companheiros». E acrescentou; «O Filho do homem é senhor do sábado» (Lc 6, 1-5).
Jesus não é, de modo nenhum, anarquista ou reacionário. No entanto, aproveita diversas ocasições para alertar que a lei ordena a convivência social e religiosa, procurando, precisamente, o bem de todos, a harmonia, a paz, a justiça, um sentido para a vida. Quando a lei impede ou dificulta a sadia relação entre as pessoas, e o crescimento das mesmas, deverá ponderar-se se a lei é necessária, ou se mais importante são as pessoas.
A lei está ao serviço da vida, ao serviço das pessoas, ao serviço da dignidade. E nunca a pessoa ao serviço da lei. A lei é um intrumento a favor das pessoas. Não pode ser a pessoa a transformar-se em intrumento a favor da lei. E bem sabemos como há leis injustas e imorais, leis que dificultam a dignidade e promovem a destruiçãoda vida ou a dimunuição da qualidade da vivência humana.
Uma lei é o argumento para lançarem mais uma cilada a Jesus: como é que em dia de sábado os discípulos apanhavam algumas espinhas, debulhavam-nas e comiam os grãos. A lei permitia o que eles vinham fazendo. E no tempo de muita carestia, e em longas jornadas, seria uma forma de enganar o estômago que todos compreendiam. Por isso também estava na lei. Agora comer os grãos dedebulhados ao sábado é que não lhes parecia lá muito bem.
A resposta da Jesus baseia-se em acontecimentos narrados na Bíblia, no bom senso, e naquilo que é verdadeiramente importante: a pessoa humana.
segunda-feira, 24 de julho de 2017
O sinal do profeta Jonas...
Alguns escribas e fariseus disseram a Jesus: «Mestre, queremos ver um sinal da tua parte». Mas Jesus respondeu-lhes: «Esta geração perversa e infiel pretende um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta Jonas. Assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim o Filho do homem estará três dias e três noites no seio da terra. No dia do Juízo, os homens de Nínive levantar-se-ão com esta geração e hão-de condená-la, porque fizeram penitência quando Jonas pregou; e aqui está quem é maior do que Jonas. No dia do Juízo, a rainha do Sul erguer-se-á com esta geração e há-de condená-la, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; e aqui está quem é maior do que Salomão» (Mt 12, 38-42).
Aproximam-se de Jesus pessoas de origens diferentes e com motivações distintas. A fama de Jesus espalha-se progressivamente. Acorrem a Ele pessoas feridas pelo pecado, pela doença, pela morte, feridas pela pobreza, pela solidão, pela exclusão. Mas também O procuram por curiosidade, por que ouviram falar d'Ele, por desejo de ver alguma coisa surpreende, ou simplesmente vão porque os outros vão e não querem ficar de fora do número daqueles que conhecem Jesus. Afinal pode ser um fenómeno! Se sendo o fenómeno será bom conhecê-l'O.
Há alguns que são recorrentes junto de Jesus e "infiltram-se" para saber "o que pode dar" a fama d'Aquele homem daquele profeta, mais com o fito de não se deixarem nem ultrapassar nem enganar e se as coisas correram o risco de se descontrolarem em prejuízo próprio poderem intervir bloqueando qualquer movimento. Pelo que o pedido dos fariseus e dos doutores da Lei é sobretudo uma provocação. Não parece que seja para se deixarem convencer, parece mais uma cilada para mostrarem que Jesus afinal é um homem normal, sem poderes sobrenaturais, mais um impostor.
Por outro lado, é um desejo muito humano. Também nós, em muitas situações, somos como Tomé, queremos ver, queremos que nos seja demonstrado sem margem para dúvidas. Ora a fé não se enquadra numa dinâmica de provas positivo-científicas. A mensagem de Jesus é uma PROPOSTA e não uma evidência impositiva. Não seria fé.
Ainda assim Jesus antecipa um sinal: "o Filho do homem estará três dias e três noites no seio da terra". O sinal da morte e da ressurreição. Porém, para reconhecer e acolher este sinal é necessário abertura do coração e confiança em Deus.
terça-feira, 6 de junho de 2017
Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus
Foram enviados a Jesus alguns fariseus e partidários de Herodes para O
surpreenderem no que dissesse. Aproximaram-se e disseram: «Mestre,
sabemos que és sincero e não Te deixas influenciar por ninguém, pois não
fazes acepção de pessoas, mas ensinas com sinceridade o caminho de
Deus. É lícito ou não pagar o tributo a César? Devemos pagar ou não?».
Mas Jesus, conhecendo a sua hipocrisia, respondeu-lhes: «Porque Me
armais esse laço? Trazei-Me um denário para Eu ver». Eles trouxeram-no e
Jesus perguntou-lhes: «De quem é esta imagem e esta inscrição?». Eles
responderam: «De César». Então Jesus disse-lhes: «Dai a César o que é de
César e a Deus o que é de Deus». E eles ficaram muito admirados com
Jesus (Mc 12, 13-17).
Quando vemos alguém BOM naquilo que é e/ou naquilo que faz, a primeira reação nem sempre é de aceitação e de reconhecimento. Pode a isso chamar-se preconceito ou cautela, ou ser provocado por situações anteriores de desilusão. Olhamos, e esperamos para ver, para ver se é AQUILO que mostra, ou se mostra o que não é.
A Jesus enviam emissários. Constavam que era um homem bom, justo, profeta, sábio. Há que O colocar à prova. Para uns seria mera curiosidade, para outros uma questão de confiança, não querem ser defraudados, para outros, e parece ser este o caso, para O expor, pois tira-lhes protagonismo, como se o bem que o outro faz me possa diminuir.
Infelizmente, deve ser uma característica muito nosso, ouço muitas vezes em alguém a dizer que quer brilhar, dar estrilho, chamar à atenção. Obviamente todos temos necessidade de ser reconhecidos, o problema é quando se torna um fim, o único fim da nossa vida. E logo que vemos outros a "brilharem" isso deixa-nos danados, furibundos, e já nem conseguimos disfarçar um certo mau estar. Por vezes preferimos pessoas medianas, que não nos façam sombra, e melhor ainda se conseguirmos colocá-las sobre a nossa sombra.
Ah, como Cristo era e é diferente? Faz dos esfarrapados líderes. Pregam em Meu nome, expulsam demónios? Ótimo, estão a trabalhar connosco.
O Evangelho têm outras nuances importantes e pertinentes também para este tempo. Veja-se como continua a usar-se politica e economicamente a religião (por vezes) para as maiores barbaridades. É necessário dar a Deus o que é de Deus e a César o que é de César. É urgente lembrar-nos, e atuarmos em conformidade, que só Deus é Deus e ninguém pode colocar-se no Seu lugar para espezinhar outros... E, por outro, não divinizar ou eternizar pessoas e regimes, pois pode tornar-se uma dor de cabeça!
sábado, 19 de novembro de 2011
Falaste bem, Mestre...
E que os mortos ressuscitam, até Moisés o deu a entender no episódio da
sarça ardente, quando chama ao Senhor ‘o Deus de Abraão, o Deus de Isaac
e o Deus de Jacob’. Não é um Deus de mortos, mas de vivos, porque para
Ele todos estão vivos». Então alguns escribas tomaram a palavra e
disseram: «Falaste bem, Mestre». E ninguém mais se atrevia a fazer-Lhe
qualquer pergunta (Lc 20, 27-40).
No tempo de Jesus existiam vários grupos, fações. Um desses grupos, os saduceus, classe dos comerciantes, preocupava-se sobretudo com o que era material, com o que poderia dar dinheiro. Era um grupo materialista. Os seus membros não acreditavam na ressurreição dos mortos.
Aproximam-se de Jesus e colocam-lhe um "problema" muito da tradição judaica. Se um irmão tivesse casado e morrido sem descendência, o irmão a seguir desposaria a mesma mulher para desse modo lhe dar descendência, e se este, por sua vez, também não deixasse descendência, o seguinte assumia a responsabilidade de casar com a mesma mulher a fim de lhe dar a descendência. Ora sucedeu que sete desposaram a mulher, mas todos morreram sem descendência, com qual deles ficaria ela na vida eterna?
A resposta de Jesus é clara e inequívoca, na vida eterna nem se casam nem se dão em casamento. É uma realidade distinta da terrena e história.
Por outro lado, Jesus evoca a Sagrada Escritura, na ocasião em que Moisés vai falar com Deus, tratando Deus como o "Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob", ou seja, um Deus de vivos e não de mortos. Como Moisés é uma referência fundante e fundamental para todos os judeus, esta referência de Jesus é conclusiva e não merece reparos.
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Há dias para fazer o bem?
Jesus disse-lhes: «Eu pergunto-vos se é permitido ao sábado fazer bem ou
fazer mal, salvar a vida ou tirá-la». Então olhou para todos à sua
volta e disse ao homem: «Estende a mão». Ele assim fez e a mão ficou
curada. Os escribas e fariseus ficaram furiosos e começaram a falar
entre si do que haviam de fazer a Jesus (Lc 6, 6-11).
Jesus entra numa sinagoga, lugar de oração, de escuta da Sagrada Escritura, e de reflexão, para os judeus. Aproveita a ocasião para ensinar. Entre os presentes um homem com a mão direita paralítica. Os doutores da lei e os fariseus estão atentos ao ensino de Jesus mas também aos gestos que Ele possa fazer.
Jesus não se inibe e chama o homem para que ele fique ainda mais visível, pergunta se é permitido fazer bem ou mal em dia de Sábado, o dia sagrado dos judeus... e cura a mão paralítica.
Para Jesus, como para os seus seguidores, todos os dias são bons para fazer bem... e todos os dias sãos ruins para fazer mal
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