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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Cardeal Medina Estevez - Padrinhos de batismo

       "Pode haver apenas um padrinho, ou um padrinho e uma madrinha, mas se não se encontrarem pessoas apropriadas, pode até prescindir-se disso.
       Os padrinhos devem ser pessoas adultas, que já receberam os sacramentos do Batismo, do Crisma e da Eucaristia, que sejam idóneas e, sobretudo, que vivam uma vida cristã séria e respeitável. Em virtude do Batismo, o padrinho e a madrinha adquirem uma parentela espiritual com o afilhado. Isto significa que responsabildiades assumidas não são um simples empenho social, que se poderia descurar, mas uma relação especial inerente à vida cristã e ao seu desenvolvimento. Os padrinhos devem apoiar os seus afilhados sobretudo dando-lhes o exemplo de coerência com o Evangelho de Jesus, aconselhando-os quando for necessário ou conveniente e até corrigindo-os quando vejam que se desviaram do bom caminh. E o afilhado deve receber com respeito e gratidão os conselhos dos seus padrinhos.
       Seria absurdo uma pessoa que vive em contradição aberta com a moral assumisse a responsabildiade de padrinho ou madrinha, que implica, precisamente, ajudar o batizado a viver em conformidade com a lei do Evangelho. Apresentemos alguns exemplos possíveis de tais incoerências. É o caso dos delinquentes, publicamente reconhecidos como tal e que não deram sinais inequívocos de arrependimento e nem sequer se ofereceram para reparar os seus malefício; como o caso de pessoas toxicodependentes ou narcotraficantes; ou de quem pratica a homossexualidade, e até a defende como qualquer coisa legítima. Não é possível que assumam a responsabilidade de padrinhos os que vivem em concubinato ou em adultério, nem os que mostram publicamente ódio para com pessoas que os ofenderam e não mostram sinais de arrependimento nem de reconciliação. O mesmo é válido para as pessoas que se afastaram da participação à Santa Missa dominical. Se uma pessoa ocupa um alto cargo público e não é católica, só pelo facto de ostentar tão alta dignidade não é razão suficiente para ser escolhida como padrinho, porque não será capaz de assumor as suas responsabilidades. Uma pessoa a quem é pedido para assumir o papel de padrinho ou madrinha, e que tem consciência de não possuir os requisitos para o ser, deveria, honestamente, recusar, e isto não deve ser interpretado como um afronta ou uma falta de amizade, mas como expressão de respeito para com o sacramento do Batismo, pela sua natureza essencialmente religiosa e pelas leis da Igreja que zelam pela sua dignidade".

in Cardeal MEDINA ESTEVEZ - Porquê batizar o meu filho?

OUTRO TEXTO para os Padrinhos:
Este é um tempo que está a ser utilizado para baptizar as crianças; e na apresentação, no diálogo, a Igreja diz: “Pedis o Baptismo para esta criança… tendes consciência da responsabilidade que assumis de a educar na fé cristã?”. Pais e padrinhos respondem “SIM”.
Não será muitas vezes um “faz de conta”?
Leitor, se és padrinho ou madrinha, responde a estas perguntas, mas sê sincero/a e honesto/a contigo.
  • Costumas falar aos teus afilhados e dás-lhes bons conselhos ?
  • Na data do seu aniversário do Baptismo dás-lhes os “parabéns”?
  • As prendas que lhes dás contribuem para a sua educação cristã ?
  • Conversas com eles sobre a sua fé em Jesus Cristo ?
  • Quando andam na Catequese costumas acompanhá-los e, de vez em quando, conversas com eles sobre a catequese ?
  • Rezas pelos teus afilhados ?
  • Frequentas a Igreja na Missa dominical… como exemplo que lhes deves dar?
  • Se não fazes nada disto, és apenas um “faz de conta”. Portanto, na verdade, não és padrinho ou madrinha.
O Baptismo é o nascimento para a fé. Não basta fazer nascer. É preciso ajudar a crescer. É o papel dos pais; e os padrinhos são pais cooperantes. É seu papel colaborar, por alguma razão são ‘compadres/comadres’.
Para crescer, um afilhado precisa de ser alimentado e ajudado a aprender a andar e a amar. Quem lhe presta esta ajuda? O Baptismo é o sacramento da nova vida, porque nos faz nascer para a vida divina. Pelo Baptismo tornamo-nos filhos de Deus, irmãos de Jesus, amigos do Espírito Santo, membros da família de Deus, a Igreja, irmãos de todos os homens. É um projecto de família da fé e de uma adesão ao Plano Salvador de Deus, ao seu Reino.
P. Batalha, in FAROL: Aqui.

Cardeal Medina Estevez - Porquê batizar o meu filho?

Cardeal Jorge MEDINA ESTEVEZ - Porquê batizar o meu filho? Paulus Editora. Lisboa 2013, 62 páginas.
       É o Sacramento do Batismo que nos abre as portas da Igreja. Na água e no Espírito Santo tornamo-nos novas criaturas, de Cristo, com Cristo e para Cristo, formando o Seu Corpo que é a Igreja. Os Sacramentos constituem um todo de graça e salvação. Deus veio até nós, em Pessoa, em Jesus Cristo. Com a Sua vida, mensagem, morte e ressurreição, oferenda total a Deus em favor de todos os homens. Com a Sua ressurreição e ascensão aos Céus, Jesus permanece entre nós, de forma especial pela graça sacramental que nos insere na comunidade cristã, seguidores de Jesus.
       Neste livrinho de bolso, o Cardeal Medina Estevez, de uma forma simples e acessível, introduz a importância do Sacramento do Batismo, porta da Igreja, fundamentando com os textos sagrados, a evolução histórica, a passagem do batismo de adultos para o batismo de crianças, o símbolos, os intervenientes, pais, padrinhos, comunidade.
       Na apresentação deste precioso contributo, o Cardeal António Cañizares Llovera, Prefeito da Congregação para o Culto, sublinha a satisfação de apresentação deste livro, que "toca uma realidade fundamental e muito alegre, cheia de esperança e de luz para a nossa vida, algo que nos atinge decisivamente". Este "texto não é para 'especialistas' mas para pessoas simples de coração, para todos... tem um carácter e um estilo fácil, belo e profundo, eminentemente correto, pedagógico e educativo...".
       Depois de dedicar um capítulo à missão dos padrinhos, o autor procura responder a algumas questões mais prementes: quando se deve batizar, onde, quem preside à celebração do batismo, se uma criança morrer sem ser batizada para onde vai, batismo em criança ou na idade adulta?
       Voltamos ao prefácio: "Este pequeno e ao mesmo tempo grande livro constitui um chamamento a viver o Batismo, a viver a nossa vida de batizados em Cristo como filhos de Deus: viver como santos e purificados, como corresponde ao nosso ser batismal; viver com autenticidade, verdade e coerência a realidade do batismo".