Cada vez mais me dou conta que andamos muito distraídos de coisas essenciais à nossa vida e à sua felicidade possível, abafando-as com preocupações e trabalhos diversos de utilidade duvidosa, mas esgotantes do nosso tempo e energia.
É assim com a falta de apreço pela beleza, a natural e a construída, e com o que tal implica de procura e de cultivo, que, não raro, descuramos ou secundarizamos a outros interesses.
A este propósito, lembro uma afirmação de Bento XVI que aqui deixo como desafio aos leitores e leitoras: A beleza é a grande necessidade do homem, é a raiz da qual brota o tronco da nossa paz e os frutos da nossa esperança. A beleza é também reveladora de Deus porque, como Ele, a obra bela é pura gratuidade, convida à liberdade e arranca do egoísmo. (Barcelona, 2010)
Será que temos a devida consciência de que a beleza é mesmo uma necessidade? E, se assim é, há que procurá-la, tanto em momentos e ocasiões especiais como no trivial dos nossos quotidianos?
Será que a beleza merece a nossa atenção e o nosso cuidado na transmissão de valores às novas gerações, nas famílias, nas escolas, na comunicação social, nos outdoors das nossas cidades?
De modo especial, Com ou sem “pontes” e “feriados”, aproveitemos o nosso tempo para procurar, contemplar e cuidar da beleza natural porque, como escreve Fiodor Dostoievski, a Beleza salvará o mundo.
In Ouvido ao Vento. Veja-se Fundação Betânia.
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