O Céu é o próprio Deus, o seu estar, a sua Glória indizível. Simbolicamente, os céus estão acima de nós, são aquilo que nos cobre, representam, no fundo, o teto, a dança festiva, o horizonte escatológico da nossa própria existência. Sabemos que, sobre todos os lugares, existe o Céu. Sabemos que o Céu não nos cobre apenas nos dias de alegria, mas também nos tempos de tristeza e sofrimento. Nas horas de encruzilhada, em que a esperança parece diminuta. Sabemos que nenhum lugar tem mais Céu que outro. O santuário não tem mais Céu do que o lugar onde trabalhamos, onde nos comprometemos, na ação e na fadiga, com a nossa profissão e nos nossos serviços... Sobre o teto acolhedor não existe mais Céu do que sobre a estrada solitária que atravessámos.
E o Céu não tem fronteiras. Não temos, no fundo, de falar outra língua, não temos de realizar nada de especial, porque o Céu é aquilo que nos cobre continuamente.
Pe. José Tolentino de Mendonça, Pai-nosso que estais na terra.
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