quarta-feira, 20 de março de 2013

O Pai é o que assiste com mais amor

"A parábola do filho pródigo e uma reflexão sobre o tema.
- O Pai é paciência infinita
- O Pai é respeito infinito
- O Pai é generosidade sem limites
- O Pai é amor que persegue
- O Pai é amor que sabe sofrer sem pesar nos outros
- O Pai é amor sempre operante
- O Pai é esperança respeitosa
- O Pai é ternura que sabe derramar o Seu Sangue em silêncio
- O Pai é criatividade, que sabe arriscar
- O Pai é Aquele que quer a todo o custo a salvação do seu filho
- O Pai é aquele que quer arrancar o filho do mal!
Então, continua a contar Jesus:
       Então aquele filho foi guardar os porcos para não morrer de fome. Queria comer ao menos as alfarrobas dos porcos, mas ninguém lhas dava.
       Era a maior humilhação. Nós sabemos que para um Hebreu, tocar um porco era ficar impuro, era não poder mais rezar nem ler a Escritura, não podia entrar no templo ou na Sinagoga.
       A vida ensina que há coisas que nunca conhecemos enquanto não as experimentamos.
       Mas, como Deus é amor operante, também permite estas coisas para que o pecador reentre em si, com a sua experiência pessoal. Deus conduz-nos pela mão com infinita paciência.

Jesus explica-nos quem é o Pai e continua:
       O Pai, é aquele que não abandona ninguém, antes pelo contrário, é aquele que assiste com mais amor quem necessita mais de Ti.
       Então eis que começa o primeiro passo para o Sacramento do Perdão. Diríamos nós, para a confissão.

Diz o Evangelho:
       "Então reentrou em si mesmo e disse: Quantos jornaleiros na casa do meu Pai têm pão em abundância e eu aqui morro de fome; levantar-me-ei e irei ter com meu Pai ".
       Cessa finalmente a resistência, triunfa o bom senso. A provação ajuda a ver o que é o egoísmo que não deixava ver e aquele jovem começa a pensar. Nós somos seres sem juízo como as crianças...!
       E o Pai, com paciência nos conduz. Obrigado, ó Pai, por tudo quanto fazes por nós, Tu tens a arte de tocar o nosso coração e de levar cada uni de nós ao Sacramento.
       E para alguns de nós, se calhar, o Pai teve que trabalhar tanto para nos trazer aqui...
       E o rapaz finalmente diz: levantar-me-ei e irei ter com Meu Pai e Lhe direi: "Pai pequei contra o Céu e contra Ti; já não sou digno de ser chamado teu, filho!"

       Neste momento, no coração do Filho, o Pai amadurece a vontade que o leva a tomar uma decisão: voltarei para o Pai, voltarei para o Sacramento da Reconciliação.
       O Pai é paciência, o Pai é tolerância, o Pai é amor infinito que trabalha constantemente no coração do homem e que nós nunca saberemos compreender: Porque ele manda situações duras, humilhações, sofrimentos, vergonhas, confrontações até que apareça o arrependimento.

Nesta altura o rapaz diz:
       Pequei, pequei, trata-me como o último dos teus servos...
       Então, partiu e foi: eis o SACRAMENTO DA RECONCILIAÇÃO!
       É mesmo assim, quando decidimos, pronto: estamos preparados para o sacramento do Perdão.

       E Jesus explica:
       O Sacramento é voltar para a casa! Voltar para os braços do Pai, é o arrependimento, é Reparação: trata-me como um dos teus servos.

Notemos que também esta decisão é uma graça do Pai;
é o arrependimento que se torna eficaz,
é o arrependimento que se torna acção,
é o arrependimento que se torna reparação.
Eis que assim nós vemos que o Pai não somente ama,
mas reconstrói dentro de nós com uma paciência infinita,
com o sofrimento e a dor.
O Pai dobra a vontade do filho.
O Pai trabalha no coração do homem com amor infinito
que nunca compreenderemos:
situações duras, humilhações, sofrimentos, vergonha etc.
até que apareça o arrependimento.
       E então o jovem diz finalmente:
       irei e lhe direi: Pequei. Trata-me como o último dos teus servos...
       Levantou-se e partiu!

       Eis o Sacramento: o Sacramento é voltar para os braços do Pai, o arrependimento é reparação bem definida.

       Notemos ainda: antes o amor do filho era muito frágil, depois, o Sacramento do Perdão reconstrói em nós uma criatura nova!
       "Correu para ele, abraçou-o"!
       Diante deste gesto, cada um de nós pode rezar assim: "Pai, eu posso cometer os mais horríveis crimes
(como sabemos este filho tinha destruído todo o seu património...), mas nenhum delito é tão grande até ao ponto de ser capaz de travar o Teu amor. Antes, quanto maior for o delito, mais nos dispensas ternura e amor". Tu beijas o filho, e o levas a retribuir-te o beijo!
       E que faz o filho?"

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