Aproximou-se de Jesus um jovem, que Lhe perguntou: «Mestre, que hei-de fazer de bom para ter a vida eterna?». Jesus respondeu-lhe: «Porque Me interrogas sobre o que é bom? Bom é um só. Mas se queres entrar na vida, guarda os mandamentos». Ele perguntou: «Que mandamentos?». Jesus respondeu-lhe: «Não matarás, não cometerás adultério; não furtarás; não levantarás falso testemunho; honra pai e mãe; ama o teu próximo como a ti mesmo». Disse-lhe o jovem: «Tudo isso tenho eu guardado. Que me falta ainda?». Jesus respondeu-lhe: «Se queres ser perfeito, vende o que tens e dá-o aos pobres e terás um tesouro nos Céus. Depois vem e segue-Me». Ao ouvir estas palavras, o jovem retirou-se entristecido, porque tinha muitos bens (Mt 19, 16-22).
Olhando para os meios de comunicação social facilmente verificamos como os bens materiais são a ruína de muitas pessoas. A crise económica-financeira é também (e sobretudo) crise de valores. Quantas empresas, à procura de lucro fácil, se esqueceram de apostar na qualidade e nas pessoas?! Quantas empresas foram à falência, com centenas de milhares de empregos a serem perdidos todos os dias?! Veja-se, por outro lado, o que resulta das heranças (multimilionárias), como do português em que filha e secretária, com um advogado conhecido pelo meio, discutiam a fortuna deixada, bem como a morte da secretária?!
Os bens materiais são importantes, ao conforto, ao bem-estar pessoal e familiar, mas não um fim em si mesmo. O essencial são as pessoas e a sua felicidade, que se constrói com outros valores, com valores espirituais, a amizade, a partilha solidária, a justiça, o bem, o amor, a ternura, a convivência sadia com os outros.
Para este jovem, os bens materiais foram um empecilho para se realizar como pessoa, para ser feliz...
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