Vendo Jesus à sua volta uma grande multidão, mandou passar para a outra
margem do lago. Aproximou-se então um escriba, que Lhe disse: «Mestre,
seguir-Te-ei para onde fores». Jesus respondeu-Lhe: «As raposas têm as
suas tocas e as aves os seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde
reclinar a cabeça». Disse-Lhe outro discípulo: «Senhor, deixa-me ir
primeiro sepultar meu pai». Mas Jesus respondeu-Lhe: «Segue-Me e deixa
que os mortos sepultem os seus mortos» (Mt 8, 18-22).
Na solenidade do martírio dos apóstolos São Pedro e de São Paulo um dos textos sugeridos é o da aparição de Jesus aos discípulos, depois de Ressuscitado, em que pergunta a Pedro pelo amor, pela cumplicidade, pela disposição para amar, para entregar, para gastar a vida por Jesus Cristo. Jesus não pergunta por capacidades, ou por diplomas, ou pelas circunstâncias presentes, pergunta pela disponibilidade para O acolher, para O amar, para o viver, para O levar ao mundo.
Na volta também não promete grande coisa, promete a VIDA ETERNA. Porquanto o que promete poderá deixar-nos inquietos, incomodados. O Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça, Ele próprio é a nossa herança, a nossa vida. O seguimento implica-nos totalmente, até deixar que os mortos fiquem na morte, para prosseguimos com os vivos na vida de Jesus.
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