FÁTIMA LOPES (2019). Fátima, o meu caminho, a minha fé. 2.ª Edição. Barcarena: Manuscrito Editora. 170 páginas.
Nada melhor que as palavras da autora para enquadrar o livro que sugerimos: "Fátima é um lugar de descanso, onde encontro respostas, mas também onde me são colocados novos desafios e novas perguntas. Onde confirmo a certeza que tenho desde pequenina: a de que nasci para ser feliz e ajudar os outros a serem felizes".
A Fátima Lopes não precisa de grandes apresentações, pois quase diariamente aparece em programas de televisão, nos últimos anos na TVI, em programas de entretenimento, vindo a "especializar" em programas que contam histórias de vida, demandas, sofrimento, sempre histórias de amor, de luta, de adversidade, de esperança. Além disso, é uma mulher de fé, católica, devota de Fátima. E não o esconde.
Em 12 de maio de 2017, a autora em trabalho de reportagem para a TVI foi surpreendida por 8 minutos em que o Papa Francisco, na Capelinha das Aparições, permaneceu em silêncio e em oração. Um mar de gente que, com o Papa, fez um "silêncio orante", na expressão do Papa Francisco. Foram dias muito aguardados, visita do Papa, centenário das Aparições de Nossa Senhora aos Pastorinhos, canonização de Francisco e Jacinta. "Foi como se, de repente, o Santuário tivesse ficado vazio. Silêncio... espontâneo, comovente, rezado por milhares de pessoas... uma paz que nunca tinha sentido antes. Um abraço quente que não conhecia... uma mão que pousava sobre a minha cabeça e me trazia uma sensação de conforto, de serenidade e de uma felicidade plena... Rapidamente que esqueci de que era apresentadora de televisão e deixei que falasse o meu lado crente. Senti necessidade de partilhar com os espectadores momentos íntimos associados à minha fé. Como, por exemplo, o caminho feito para conseguir engravidar do meu segundo filho".
São aqueles 8 minutos que marcam a decisão de Fátima Lopes em fazer-se peregrina de Fátima, partindo de Lisboa, a pé até ao Santuário, a primeira, em outubro de 2017 e, a segunda, em maio de 2018. Foi desafiada pelos companheiros de peregrinação a escrever sobre a sua experiência de caminhar a pé para Fátima.
"Defino-me como uma mulher de fé. Levo Fátima marcado no meu nome e na minha data de nascimento, 13 de maio, mas foi ali, naquele silêncio esmagador de mais de 500 mil peregrinos junto do seu pastor que eu senti que tinha de ir mais fundo, mais longe, na minha vida e na minha fé... Também eu queria escrever a minha história de peregrina. Também eu queria passar em análise a minha vida, enquanto caminhava, quilómetro a quilómetro. Queria sentir o milagre de Fátima e viver no meu coração a certeza de que o Papa Francisco nos deixou na homilia do dia 13 de maio: «Temos Mãe»... Este ano faço 50 anos e 25 anos de carreira na televisão. É por isso um ano repleto de celebrações para mim, como tudo o que cada uma delas significa... Este livro é por isso um marco. Uma reflexão sobre a minha vida, os meus valores, aquilo em que acredito e o que me move. Uma forma de agradecer tudo o que a vida me tem dado e todas as experiências que tenho vivido".
Ao longo do livro, Fátima Lopes fala da sua vida, das dificuldades e dos medos, de sofrimento e de perda, da vida e da fé, do amor e da esperança, de educação e de valores, num caminho cheio de esperança, assumindo a disponibilidade para aprender, para caminhar, para aprender com os erros, para enfrentar os medos e as perdas, para aprender com o passado, mas encarando com alegria o presente e o futuro. É uma leitura empolgante. Um testemunho de fé e de vida.
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