terça-feira, 4 de março de 2014

Muitos dos últimos serão os primeiros...

       Pedro começou a dizer a Jesus: «Vê como nós deixámos tudo para Te seguir». Jesus respondeu: «Em verdade vos digo: Todo aquele que tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou terras, por minha causa e por causa do Evangelho, receberá cem vezes mais, já neste mundo, em casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e terras, juntamente com perseguições, e, no mundo futuro, a vida eterna. Muitos dos primeiros serão os últimos e muitos dos últimos serão os primeiros» (Mc 10, 28-31)
       «Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro» (Mt 6, 24-34). Jesus colcoa-nos este dilema. Que resposta dar? Os discípulos, num primeiro tempo, tinha como preocupação os benefícios económicos, sociais e de estatuto que poderiam vir a ter se seguissem o Mestre. A resposta de Jesus é clara: o reino de Deus não nos enche de coisas materiais, o reino de Deus compromete-nos no serviço e a recompensa é a vida eterna. Quando o nosso coração se fixa em Deus, quando a nossa preocupação pelo Reino dos Céus está em primeiro lugar, o mais virá por acréscimo, e não nos faltarão pessoas nem o necessário para vivermos com dignidade.
        A expressão final do evangelho é muito clara: muitos dos que neste mundo parecem os primeiros serão contados entre os últimos, e muitos dos que são atualmente tidos por menos serão contados entre os primeiros. A lógica do Reino de Deus não é igual à lógica do mundo, onde predomina quem tem mais, mais poder, mais dinheiro, mais influência. O Reino de Deus é dom de Deus a todos, os primeiros são aqueles que se colocam ao serviço dos irmãos. Merecem atenção especial para Jesus e para os seus seguidores os que se encontram em situações de maior fragilidade.

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