193 - Existe alguma lógica que une os sacramentos?
       Os Sacramentos são todos um encontro com Cristo, que é, no 
fundo, o sacramento original. Há sacramentos da Iniciação, que 
introduzem na fé: o Batismo, a Confirmação e a Eucaristia. Há 
sacramentos da cura: a Reconciliação e Unção dos Enfermos. E há 
sacramentos da comunhão e do envio: o Matrimónio e a Ordem. [1210-1211]
        O Batismo une a Cristo. A Confirmação concede-nos o Seu Espírito. A 
Eucaristia liga-nos a Ele. A Reconciliação reconcilia-nos com Cristo. 
Pela Unção dos Enfermos, Cristo cura, fortalece e consola. No sacramento
 do Matrimônio, Cristo promete o Seu amor no nosso amor e a Sua 
fidelidade na nossa fidelidade. Pelo sacramento da Ordem, os Sacerdotes 
podem perdoar os pecados e celebrar a Santa Missa.
229 - O que faz uma pessoa arrependida?
       Do exame da culpa pessoal 
surge o desejo de se melhorar; a isto se chama "arrependimento". A ele 
chegamos quando reparamos na contradição entre o amor de Deus e o nosso 
pecado. Então, enchemo-nos de dor pelo nosso pecado, propomo-nos a mudar
 a nossa vida e depositamos toda a nossa esperança na ajuda de Deus. 
[140-1433, 1490]
       A  realidade do pecado é frequentemente suplantada. 
Alguns acreditam até que o sentimento de culpa deve ser tratado apenas 
psicologicamente. No entanto, os autênticos sentimentos de culpa são 
importantes. É como um automóvel: quando o velocímetro mostra que a 
velocidade foi excedida, não é o velocímetro que tem a culpa, mas o 
condutor. Quanto mais perto estivermos de Deus, que é todo luz, tanto 
mais nítidos se revelam os nossos lados sombrios. Deus, contudo, não é 
uma luz que queima, mas uma luz que cura, daí que o arrependimento nos 
impele a caminhar para a Luz em que nos tornamos totalmente saudáveis.
291 - Como pode uma pessoa distinguir se a sua ação é boa ou má?
       O 
ser humano tem capacidade para distinguir as ações boas das más, porque 
possui razão e consciência, que lhe permitem juízos claros.
      Existem algumas diretrizes que ajudam a distinguir as boas
 das más ações: 1. Aquilo que faço deve ser bom; não basta uma boa 
intenção. Roubar bancos é sempre mau, mesmo que o faça com boa intenção 
de ajudar as pessoas pobres. 2. Mesmo que aquilo que eu faço seja 
realmente bom, a má intenção com que o faço torna má toda ação. 
Acompanhar um senhora idosa até casa e ajudá-la a entrar em casa são 
ações boas; se o fizer para preparar um futuro assalto, torno má essa 
ação. 3. As circunstâncias em que uma pessoa atua podem diminuir a 
responsabilidade, embora não mudem em nada o bom ou mau caráter dessa 
ação. Bater na mãe é sempre mau, mesmo que antes a mãe tenha dado pouco 
amor ao filho.
322 - O que é mais importante: a sociedade ou o indivíduo?
       Para Deus o ser humano conta primeiro como pessoa e só depois como ser em comunhão.
       A
 sociedade nunca pode ser mais importante que o indivíduo humano. O ser 
humano nunca deve ser um meio para um fim social. No entanto, 
instituições sociais como o Estado ou a família são necessárias para o 
indivíduo; elas correspondem até à sua natureza"
469 - O que é a oração?
       Estamos em oração quando o nosso coração se dirige a Deus. Quando uma pessoa ora, entra numa relação viva com Deus.
       A
 oração é a porta para a fé. Quem ora deixa de viver de si, para si e a 
partir da própria força. Ele sabe que há um Deus com quem pode falar. 
Uma pessoa que ora entrega-se cada vez mais a Deus. Ela procura desde já
 a união com Aquele com quem, cara a cara, se encontrará um dia. Por 
isso, pertence à vida cristã o esforço pela oração diária. Porém, não se
 aprende a orar como se aprende uma técnica. Embora isso soe estranho, 
orar é um dom que se obtém na oração.
470 - Que sentido tem a oração para uma pessoa?
       Nós
 oramos porque temos um desejo completamente infinito e porque Deus nos 
criou para Si: “O nosso coração está irriquieto até encontrar o descanso
 em Ti” (Santo Agostinho). Mas também oramos porque temos necessidade; 
assim disse a Madre Teresa: “Porque não me posso abandonar a mim mesma, 
abandono-me a Ele 24 horas por dia.”
       Esquecemos de Deus 
frequentemente, afastamo-nos, escondemo-nos d’Ele. Mesmo que evitemos 
pensar em Deus, mesmo que O neguemos, Ele está sempre disponível para 
nós. Ele procura-nos antes de O procurarmos; Ele anseia por nós, Ele 
chama-nos. Ao falarmos com nossa consciência, notamos repetidamente que 
falamos com Deus.  
       Ao sentirmo-nos sós, sem ninguém com quem 
falarmos, notamos que Deus está sempre disposto a conversar. Quando nos 
vemos em perigo, notamos que Deus respondeu ao nosso pedido de ajuda. 
Orar purifica. Orar possibilita resistência às tentações. Orar fortalece
 na fraqueza. Orar tira a angústia, duplica as forças, permite uma 
respiração mais profunda. Orar torna-nos felizes.
O que significa aprender a orar com Jesus? 
       Aprender
 a orar com Jesus significa entrar na Sua confiança infinita, 
associar-se à Sua oração e ser levado por Ele, passo a passo, até o Pai.
 
       Os discípulos, que viviam em comunhão com Jesus, aprenderam a 
orar escutando e imitando Jesus, cuja vida era inteiramente uma oração. 
Como Ele, eles tinham de estar alerta, lutar por um coração puro, dar 
tudo pela vinda do Reino de Deus, perdoar os seus inimigos, confiar em 
Deus ousadamente e colocar o amor por Ele acima de tudo. Neste exemplo 
de entrega, Jesus convidou os Seus discípulos a chamar a Deus, ao 
Omnipotente, "Papá, Pai Querido!" Quando oramos no Espírito de Jesus, 
especialmente com o Pai Nosso, caminhamos como que nas sandálias de 
Jesus e podemos estar seguros de que chegamos ao coração do Pai.

 
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