"Anima-me e ilumina-me a certeza de que a Igreja é de
Cristo, o Qual não lhe deixará jamais faltar a sua orientação e a sua
solicitude. Agradeço a todos pelo amor e pela oração com que me tendes
acompanhado. Obrigado! Nestes dias, não fáceis para mim, senti quase fisicamente
a força da oração que me proporciona o amor da Igreja, a vossa oração. Continuai
a rezar por mim, pela Igreja, pelo futuro Papa. O Senhor vos guiará".
"Antes de tudo o deserto, onde Jesus se retira, é o lugar do
silêncio, da pobreza, onde o homem permanece desprovido das ajudas materiais e
se encontra diante dos pedidos fundamentais da existência, é impelido a ir ao
essencial e, precisamente por isso, é-lhe mais fácil encontrar Deus. Mas o
deserto é inclusive o lugar da morte, pois onde não há água também não há vida,
e é o lugar da solidão, onde o homem sente mais intensa a tentação. Jesus vai ao
deserto, e ali padece a tentação de deixar o caminho indicado pelo Pai para
seguir outras veredas, mais fáceis e mundanas (cf. Lc 4, 1-13)".
Que lugar tem Deus na minha vida?
"Superar as tentações de submeter Deus a nós mesmos e aos
nossos interesses, ou de o pôr num canto, e converter-se à justa ordem de
prioridades, reservar a Deus o primeiro lugar, é um caminho que cada cristão
deve percorrer sempre de novo. «Converter-se», um convite que ouviremos muitas
vezes na Quaresma, significa seguir Jesus de modo que o seu Evangelho seja guia
concreta da vida; quer dizer deixar que Deus nos transforme, deixar de pensar
que nós somos os únicos construtores da nossa existência; significa reconhecer
que somos criaturas, que dependemos de Deus, do seu amor, e que só «perdendo» a
nossa vida nele podemos ganhá-la. Isto exige que façamos as nossas escolhas à
luz da Palavra de Deus. Hoje não podemos continuar a ser cristãos como uma
simples consequência do facto de vivermos numa sociedade que tem raízes cristãs:
até quem nasce de uma família cristã e é educado religiosamente deve, todos os
dias, renovar a escolha de ser cristão, ou seja, reservar a Deus o primeiro
lugar, diante das tentações que uma cultura secularizada lhe propõe
continuamente, diante do juízo crítico de muitos contemporâneos".
Audiência Geral de Bento XVI, 13 de fevereiro de 2013: AQUI
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