O Batismo não é a entrada num estado de isenção, de neutralidade. O viver crente está a fazer-se, é sempre inacabado, é sempre o lugar da turbulência, da agitação.
Lutando com Deus, também dançamos com ele. A fé uma dança, e Abraão mostra-nos isso. Quando já não tinha grandes expectativas acerca da vida, Deus convoca-o para uma forma de nomadismo singular que é a fé. Abraão vai viver na viagem, e essa é a dimensão da própria fé.
Com o movimento da fé, sabemos de onde partimos mas, ao contrário dos caminhos que habitualmente percorremos, tantas vezes estreitos e utilitários, desconhecemos para onde vamos. Com a fé, viajamos sem mapas para lá de tudo o que se pode prever.
Segunda parte da conferência "Por vezes luto com Deus, por vezes danço", pelo P. José Tolentino Mendonça:
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