Celebramos hoje a solenidade do Sagrado Coração de Jesus, acentuando-se o amor que Deus revela através da vida e sobretudo da oferenda de Jesus na Cruz. Com a Sua morte, Jesus mostra como o amor não tem limites, pode ir até à radicalidade, até às últimas consequência, com um senão, ficando na morte ficaria esquecido para sempre. Ele veio para testemunhar, para ilustrar o amor de Deus. Ao morrer, levou-nos conSigo, partimos no Seu coração, para o coração de Deus Pai, de onde nos atrai, nos envolve, nos assiste, pelo Espírito Santo que nos dá em abundância.
Na última Ceia deixa-nos precisamente o memorial através do qual o Seu Corpo permanece, faz Corpo connosco.
Mas vejamos cada uma das leituras que nos são propostas para esta solenidade.
Na primeira leitura, retirado do profeta Oseias (11, 1.3-4.8c-9), as palavras calorosas e intimistas do Senhor Deus. Deus guia-nos como crianças ao colo da Mãe, cuidando, alimentando, através dos laços humanos:
«Quando Israel era ainda criança, já Eu o amava; do Egipto chamei o meu filho. Eu ensinava Efraim a andar e trazia-o nos braços; mas não compreenderam que era Eu quem cuidava deles. Atraía-os com laços humanos, com vínculos de amor. Tratava-os como quem pega um menino ao colo, inclinava-Me para lhes dar de comer. O meu coração agita-se dentro de Mim, estremece de compaixão. Não cederei ao ardor da minha ira, nem voltarei a destruir Efraim. Porque Eu sou Deus e não homem, sou o Santo no meio de ti e não venho para destruir».
Deus que ama com o coração de Mãe. Bem sabemos como a linguagem em Oseias é por demais expressiva para nos permitir (quase) palpar o amor de Deus.
Na segunda leitura, da Epístola de São Paulo aos Efésios (3, 8-12.14-19), o desafio para nos enraizarmos no grande amor de Jesus Cristo, que ultrapassa qualquer conhecimento:
"Assim, profundamente enraizados na caridade, podereis compreender, com todos os cristãos, a largura, o comprimento, a altura e a profundidade do amor de Cristo, que ultrapassa todo o conhecimento, e assim sejais totalmente saciados na plenitude de Deus".
O Evangelho (Jo 19, 31-37), por sua vez, relato o momento pós-mortem de Jesus:
Ao chegarem a Jesus, vendo-O já morto, não Lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados trespassou-Lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. Aquele que viu é que dá testemunho e o seu testemunho é verdadeiro. Ele sabe que diz a verdade, para que também vós acrediteis. Assim aconteceu para se cumprir a Escritura, que diz: «Nenhum osso lhe será quebrado». Diz ainda outra passagem da Escritura: «Hão-de olhar para Aquele que trespassaram».
Do lado de Jesus sai sangue e água, símbolos dos Sacramentos. É pela água e pelo Espírito Santo que nos tornamos participantes do Corpo de Cristo, que é a Igreja. É no Seu sangue que Jesus sela a nova aliança connosco, é uma Aliança de Sangue. Melhor, é uma aliança que brota do Seu lado aberto, bem junto ao coração. O coração, anatomicamente não passa de um músculo, mas teológica, religiosa, poética e biblicamente, é o centro dos sentimentos e emoções, é no coração que a vontade nos aproxima (ou distancia) dos outros e de Deus.
Leituras e orações: Secretariado Nacional da Liturgia.
Por lapso, repusemos o post do Sagrado Coração de Jesus, com as leituras do ciclo C. Por conseguinte, uma nova proposta, com as leituras do ano B.
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