sábado, 25 de junho de 2011

XIII Domingo do Tempo Comum - 26 de Junho

       1 – "Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não é digno de Mim. Quem encontrar a sua vida há-de perdê-la; e quem perder a sua vida por minha causa, há-de encontrá-la".
        Muito perto celebrámos a Páscoa, que culminou com a Ascensão de Jesus ao Céu e com o envio do Espírito Santo sobre os Apóstolos, para logo celebrarmos a Santíssima Trindade, acentuando o mistério de amor que Deus nos tem e em Quem temos origem e sentido, e a solenidade do Corpo de Deus, o memorial que Jesus nos deixou até à vida eterna. Morreu, ressuscitou, mas em quinta-feira santa antecipou a Sua permanência, através do mistério do pão e do vinho que se transformam, pelo poder do Seu Espírito, no Seu próprio Corpo e Sangue, em Sacramento.
       Depois é connosco. Ele parte para ficar mais dentro, mais fundo, mais próximo de nós... e conta connosco, chama-nos, desafia-nos, dá-nos as cartas, cabe-nos a nós jogar, embora saibamos que podemos contar com Ele.
       Mas vai logo avisando que nem tudo será fácil. Haverá momentos difíceis. Muito difíceis. Não teremos a vida facilitada por sermos Seus discípulos. Mas é com as nossas preocupações, com a nossa cruz, com a nossa vida, que Ele conta. Ele estará sempre, quando precisarmos, estará sempre connosco, do nosso lado, em nós!

       2 – A cruz, de uma ou outra maneira, é inevitável. A CRUZ, para os cristãos é expressão, é sacramento de amor. Deus ama-nos de tal forma que nos entrega Jesus. Jesus não vira as costas, dá a Sua vida pela humanidade. As dificuldades são próprias da nossa limitação humana. De contrário seríamos deuses. A vida é um desafio que envolve riscos e que envolve momentos de dor e de sofrimento. Podemos paralisar ou arriscar. É a provocação de Jesus.
       Quem O segue enfrentará sempre novos desafios, mas nunca estará só, nem ficará sem recompensa. "Quem vos recebe, a Mim recebe; e quem Me recebe, recebe Aquele que Me enviou. Quem recebe um profeta por ele ser profeta, receberá a recompensa de profeta; e quem recebe um justo por ele ser justo, receberá a recompensa de justo. E se alguém der de beber, nem que seja um copo de água fresca, a um destes pequeninos, por ele ser meu discípulo, em verdade vos digo: não perderá a sua recompensa”.
       É a promessa do próprio Jesus. É para cumprir.
        A primeira leitura apresenta-nos um homem de Deus, Eliseu, profeta de Israel. Acolhido por uma família a quem compensará com uma vida nova. É a antecipação e a confirmação que Deus cumpre com as suas promessas e recompensa os que O seguem, os que vivem d'Ele, os que cooperam com a Salvação.

       3 – Enviados por Jesus para formamos o Seu Corpo que é a Igreja, como membros diversos, mas contribuindo com o que de melhor existe em nós, para nos tornarmos verdadeiramente família de Deus. Fomos todos redimidos pelo Seu Sangue, pela Sua vida.
       De novo São Paulo incisivo: "Todos nós que fomos baptizados em Jesus Cristo fomos baptizados na sua morte. Fomos sepultados com Ele na sua morte, para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos, para glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova. Se morremos com Cristo, acreditamos que também com Ele viveremos, sabendo que, uma vez ressuscitado dos mortos, Cristo já não pode morrer; a morte já não tem domínio sobre Ele. Porque na morte que sofreu, Cristo morreu para o pecado de uma vez para sempre; mas a sua vida, é uma vida para Deus. Assim, vós também, considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Cristo Jesus”.
       Com Ele fomos mortos para o pecado para vivermos nesta vida nova assumida pela água e pelo Espírito Santos, desde o dia do nosso Baptismo.

Textos para a Eucaristia (ano A): 2 Re 4,8-11.14-16a; Rom 6,3-4. 8-11; Mt 10,37-42.

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