A Alegria da Partida.
Muitas as partidas. As nossas, as de Maria, as de Jesus.
Neste segundo dia de Novena, a Festa de Santo André, Apóstolo. Primeiro motivo para a reflexão. Jesus parte. Está sempre a partir, ora a subir a montanha, ora a descer. Parte de uma para outra cidade, de uma para outra aldeia. Convida aqueles que serão seus discípulos, a sair para O Seguir. André e os outros Apóstolos saem das suas vidas, para novas vidas, seguindo-O. Depois da Sua morte e ressurreição, sairão a pregar o Evangelho por toda a parte.
Também Maria está em partida constante, desprendida. Com o anúncio do Anjo, sai da vida anterior para uma nova vida. Uma nova Maria. Parte de Nazaré para uma cidade da Galileia, para casa de Isabel, e leva-lhe alegria. Parte de casa de Isabel e volta a Nazaré e logo partirá de Nazaré para Belém, onde dará à luz Jesus. Parte para o Egito quando existe a ameaça sobre e Jesus. E parte do Egipto de volta a Israel. Parte muitas vezes, sai de casa, da sua comodidade e do seu espaço, para Jerusalém, pela Páscoa. Meditámos o mistério da perda e encontro de Jesus no Templo, precisamente por ocasião da Páscoa. Há de partir muitas vezes ao encontro de Jesus. Parte para o Calvário do Seu Filho. E depois de Jesus estar morto, Maria parte para testemunhar a ressurreição. Parte para o Céu, de onde nos atrai, intercedendo por nós junto do Pai.
A partida há de caracterizar a nossa vida como cristãos. O Papa terminou hoje a visita a África. Saiu do Seu Estado, da Sua casa, para levar uma mensagem de paz e de esperança, para levar Jesus. E como costuma dizer, também nós deveremos sair do nosso espaço e da nossa comodidade, e ir às periferias existenciais, ao encontro dos mais pobres, dos que estão marginalizados. Hoje, em dia de nevoeiro e de frio saímos de casa para virmos rezar, para virmos à Igreja. Como Maria, partamos, fisicamente, mas sobretudo espiritualmente para irmos ao encontro dos que mais precisam.
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