A Alegria do Perdão.
Um dos momentos mais extraordinários e de maior provação na vida de Virgem Imaculada é o do processo condenatório do Seu Filho Jesus. O próprio Jesus perdoa àqueles que O condenam e O conduzem à Cruz: Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem. Se Jesus perdoa, também Maria os perdoa pelo que fizeram ao Filho.
Perdoar de todo o coração e não com reservas. Se perdoamos, mas logo acrescentamos, mas não esqueço o que me fizeste, até ao dia em que temos oportunidade para lho atirar à cara, então ficamos presos, ao passado, em casa.
Se não perdoámos, temos medo de sair à rua e encontrarmos com aquele com quem nos zangámos. Se foi no trabalho, levantamo-nos a pensar como vai ser encontrar aquela pessoa no local de trabalho, ou como vamos encontrar-nos ao pequeno almoço com o pai, a mãe, com o avô. Se não perdoamos, ficámos presos.
O perdão liberta-nos. É um passo para a liberdade. Sentimo-nos livres, podemos sair, encontrar as pessoas. O perdão abre para a caridade, para a comunhão. Quem não perdoa não está em comunhão consigo mesmo, nem com Deus, nem com os outros. Não perdoar é quebrar essas ligações ou colocá-las em suspenso. Quem não perdoa, quebra a comunhão com Deus que primeiramente nos perdoou.
Maria sente-se livre. A espada de dor atravessa a sua alma, mas não se insurge, não se revolta contra ninguém, nem contra Deus, nem contra os outros. É livre para amar, para acolher, para continuar a viver.
Saibamos perdoar, para que Deus nos perdoe.
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