segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A Fé dos simples

Meu Cristo, de olhar triste,
Suspenso entre o céu e a terra
Na Cruz que abraçaste por amor.
Leio no teu rosto a mais cruel dor.
Mas não é físico o teu sentimento.
Parece contradição:
Os teus braços presos na cruz
Abraçam,
Os teus olhos
São luz,
Os teus pés cravados
Caminham,
O teu lado aberto
É espaço de acolhimento.
Todos os que Te olham
Sentem-se amados.

Meu Cristo, de olhar triste,
Por ti passam apressados
Os que correm atrás da vida.
Olham-te desconfiados
Os doutores da lei deste tempo.
Mas há os sós e sem guarida,
Os perseguidos e marginalizados
Os que não têm pão,
Os doentes e injustiçados,
Os desempregados,
Os que perderam a esperança
Ou esvaziaram o coração.

Vós todos que tendes pressa de viver
E não viveis,
Que desperdiçais,
Que não tendes pão
Ou estais doentes ou sem trabalho,
Que perdestes a esperança
Ou sofreis de marginalidade,
Só neste Jesus encontrareis
O verdadeiro sentido da vida:
Paz, solidariedade,
Amor, liberdade, doação,
Felicidade, ressurreição

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