“E o que aprendeste?”, insistiu o pai.
O filho respondeu:
“Que nós temos um cachorro e eles têm quatro. Que nós temos uma piscina com água tratada, que chega até metade do nosso quintal. Eles têm um rio sem fim, de água cristalina, onde têm peixinhos e outras belezas. Que importamos lustres do Oriente para iluminar nosso jardim , enquanto eles têm as estrelas e a lua para iluminá-los. Nosso quintal chega até o muro.
O deles chega até o horizonte. Compramos a nossa comida e aquecemos em microondas, eles cozinham em fogão a lenha. Ouvimos CD's, Mp3, eles ouvem a sinfonia dos pássaros, sapos, grilos, tudo isso às vezes acompanhado pelo sonoro canto de um vizinho trabalhando sua terra. Para nos protegermos vivemos rodeados por um muro, com alarmes... Eles vivem com suas portas abertas, protegidos pela amizade de seus vizinhos. Vivemos conectados ao celular, ao computador, neuroticamente actualizados. Eles estão "conectados" à vida, ao céu, ao sol, à água, ao campo, animais, às suas sombras, à sua família.”
O pai ficou impressionado com a profundidade de seu filho e então o filho terminou: “Obrigado, pai, por me ter ensinado o quanto somos pobres! “
Aí estão, as grandes obras de Deus. Um tapete sobre nossos pés e estendido nos céus. Temos olhos para ver, ouvidos para ouvir, mas falta a humildade em nossa mente e coração para poder sentir.
Esta é a diferença entre o pobre e o rico, entre o ter e o ser.
Que possamos sentir-nos verdadeiramente pobres, para poder crescer.
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