Encontrei a Zezínha Nogueira Pinto pouco depois de ela saber que estava gravemente doente. Ao dizer-lhe que podia contar com as minhas orações, ela agradeceu e sorriu com um ar tão jovial, que até parecia que estávamos a falar de uma coisa boa…
Quando nos despedimos, ainda acrescentou: “Sabe o que também me ajuda a abraçar esta cruz? O modo como o nosso João Paulo II viveu o sofrimento”!
Assim foi. Tal como o grande Papa polaco, a Zezinha não se escondeu por estar doente, nem disfarçou a sua fragilidade, ensinando-nos deste modo, a abraçar todas as circunstâncias que Deus nos dá, “confiando no melhor”.
Mas que tipo de confiança é esta?... A resposta partilhou-a ela com todos, no último artigo que a própria escreveu, publicado ontem postumamente:
“Seja qual for o desfecho, como o Senhor é meu pastor, nada me faltará”.
Aura Miguel, in Rádio Renascença.
Sem comentários:
Enviar um comentário