terça-feira, 20 de maio de 2014

Ratzinger/Bento XVI - a fé de Maria inicia a Nova Aliança

"Tal como a fé de Abraão esteve no início da Antiga Aliança, assim a fé de Maria inicia a Nova Aliança na cena da Anunciação... Maria põe o seu corpo, todo o seu ser à disposição de Deus para abrigar a Sua presença..." (p 46).
"No momento da queda começa também a promessa" (p 49)
"Na saudação do anjo torna-se claro que a bênção é mais forte que a maldição. O sinal da mulher tornou-se sinal de esperança, a mulher torna-se a guia da esperança"  (p 50).
"A Igreja não inventou nada de novo quando começou a enaltecer Maria; não desceu do cume da adoração do Deus único para um mero louvor humano. A Igreja faz o que deve fazer e o que lhe foi cometido desde o princípio" (p 59).
"O louvor de Maria, conservado, pelo menos, num dos ramos da tradição do cristianismo mais antigo, é o fundamento do Evangelho de infância de Lucas. O registo destas palavras no Evangelho eleva esta veneração de Maria  de um mero facto a uma tarefa da Igreja de todos os lugares e de todos os tempos.
A Igreja negligencia algo que lhe é comandado se não louva Maria. Quando o louvor de Maria nela emudece, a Igreja afasta-se da palavra bíblica. Quando isso acontece também não louva a Deus de forma suficiente. Pois, por um lado, conhecemos Deus através da sua criação: 'O que é invisível em Deus - o seu eterno poder e divindade - tornou-se visível à inteligência, desde a criação do mundo, nas suas obras' (Rom 1,20). Por outro lado, conhecemos Deus, de forma mais próxima, através da história que ele fez com os homens...
O verso do Magnificat mostra-nos que Maria foi uma dessas pessoas que se inserem de forma muito especial no nome de Deus, tanto que não O louvamos suficientemente quando A pomos de parte" (pp 60-61)
"O fundamento da nossa tristeza é a caducidade do nosso amor, a supremacia da finitude, da morte, do sofrimento, da maldade, da mentira; é a nossa solidão no mundo contraditório, no qual os misteriosos e luminosos sinais da bondade de Deus irrompendo pelas frinchas do mundo, são postos em causa pelo poder das trevas, o qual ou faz com que se atribua o mal a Deus ou faz com que Deus pareça ausente" (p 63).
in RATZINGER e VON BALTASHAR. Maria, primeira Igreja: AQUI.

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