quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A minha casa celestial

       Era uma vez um homem muito rico que amava mais as riquezas que as pessoas. Não era mau, mas boas ações eram poucas.
       Um dia morreu e foi recebido por São Pedro à porta do Céu. Deus teve misericórdia dele e admitiu a sua entrada.
       Um anjo cicerone acompanhou-o na visita a esta nova cidade onde moram os santos. O rico, ao ver uma morada muito bela, perguntou ao anjo:
       - Quem mora ali?
       O anjo respondeu:
       - É o Ricardo, o seu motorista que morreu o ano passado.
       O rico ficou pasmado: "Ora o Ricardo com uma casa destas!"
       Mais adiante apareceu uma outra moradia ainda mais bela. Ele perguntou:
       - E quem mora aqui?
       O Anjo respondeu:
       - Aqui é a casa da Senhora Ana, que foi sua cozinheira.
       O rico pensou: "Se os meus empregados têm no Céu vivendas tão bonitas, a minha deve ser um palácio!"
       O Anjo, depois desta visita ao Céu, parou diante de uma barraca construída com tábuas e placas de zinco. O anjo disse-lhe:
       - Esta será a sua casa para sempre.
       O rico ficou indignado:
       - Como é possível que eles tenham tão belas moradias e a minha seja tão pobre?
       O anjo explicou:
       - Nós aqui no Céu construímos as casas com os materiais que as pessoas nos enviam da terra. O senhor só enviou isto! Para perceber melhor, explico-lhe que os materiais das casas do Céu são as boas obras. Cada atitude de bondade, de perdão, de ajuda, de consolação, de amizade, de paz, é como que um tijolo de primeira qualidade.

in Juvenil, novembro 2013.

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